Questões de Concurso
Para aeb
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Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 7.
João e Maria
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?
Sivuca e Chico Buarque. Chico Buarque de Holanda. São Paulo, Abril
Educação, 1980. (Literatura Comentada)
Em: “E você era a princesa que eu fiz coroar”, o verbo destacado, ao ser substituído pelo futuro do pretérito do modo indicativo, fica da seguinte forma:
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 7.
João e Maria
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?
Sivuca e Chico Buarque. Chico Buarque de Holanda. São Paulo, Abril
Educação, 1980. (Literatura Comentada)
Analise as assertivas abaixo a respeito do texto.
I. O tempo da narrativa é marcado por um “agora”, que indica uma ocorrência concomitante com o momento da fala.
II. Nessa narrativa, o narrador não participa da história narrada.
III. Na segunda estrofe, ao lado de várias formas verbais no tempo pretérito imperfeito (“era”, “andava”), ocorre uma forma no pretérito perfeito do modo indicativo (“fiz”).
IV. Na terceira estrofe, ocorre uma forma verbal no presente (“acho”) e uma no pretérito mais-que-perfeito composto (“tinha nascido”).
É correto o que se afirma em
Um Apólogo
Machado de Assis
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
– Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
– Deixe-me, senhora.
– Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
– Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
– Mas você é orgulhosa.
– Decerto que sou.
– Mas por quê?
– É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
– Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
– Também os batedores vão adiante do imperador.
– Você é imperador?
– Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
– Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
– Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
– Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Texto extraído do livro “Para Gostar de Ler – Volume 9 – Contos”, Editora Ática: São Paulo, 1984, p. 59.
Assinale a alternativa cujo termo destacado seja um verbo empregado na forma nominal.
I. Incrementar a participação em projetos de cooperação internacional.
II. Dominar as tecnologias mínimas necessárias ao desenvolvimento do Programa.
III. Usar o poder de compra do Estado, mobilizando a indústria para o desenvolvimento de sistemas espaciais básicos.
IV. Organizar a cadeia produtiva da indústria espacial.
É correto o que se afirma em
Um Apólogo
Machado de Assis
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
– Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
– Deixe-me, senhora.
– Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
– Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
– Mas você é orgulhosa.
– Decerto que sou.
– Mas por quê?
– É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
– Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
– Também os batedores vão adiante do imperador.
– Você é imperador?
– Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
– Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
– Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
– Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Texto extraído do livro “Para Gostar de Ler – Volume 9 – Contos”, Editora Ática: São Paulo, 1984, p. 59.
Observe o trecho transcrito do texto e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a que se refere o pronome destacado.
“– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?”
Solar System’s Water is Older Than the Sun
Next time you’re swimming in the ocean, consider this: part of the water is older than the sun.
So concludes a team of scientists who ran computer models comparing the ratios of hydrogen isotopes over time. Taking into account new insights that the solar nebula had less ionizing radiation than previously thought, the models show that at least some of the water found in the ocean, as well as in comets, meteorites and on the moon, predate the sun’s birth.
The only other option, the scientists conclude, is that it formed in the cold, intersteller cloud from which the sun itself originated.
The discovery, reported in this week’s Science, stems from the insight of lead author Lauren Ilsedore Cleeves, a doctoral student at the University of Michigan, who realized that planetforming disks around young stars should be shielded from galactic rays by the strong solar winds, dramatically altering the chemistry occurring inside the disks, said Conel Alexander, with the Carnegie Institution of Washington.
“The finding... makes it quite hard for these regions in the disk to synthesize any new molecules. This was an ‘aha’ moment for us – without any new water creation the only place these ices could have come from was the chemically rich interstellar gas out of which the solar system formed originally,” Cleeves wrote in an email to Discovery News.
“It’s remarkable that these ices survived the entire process of stellar birth,” she added.
The finding has implications for the search for life beyond Earth, as water is believed to be necessary for life.
“If the sun’s formation was typical, interstellar ices – including water – are likely common ingredients present during the formation of all planetary systems, which puts a wonderful outlook on the possibility of other life in the universe,” Cleeves said.
In addition, it’s not just water that likely survived the solar system’s birth.
“The same must be true for the organic matter that we know is present in molecular cloud ices. So I think this strengthens the case that we have interstellar organic matter in meteorites and comets too,” Alexander wrote in an email to Discovery News.
Available in: http://news.discovery.com
Read the sentence taken from the text.
“The finding has implications for the search for life beyond Earth, as water is believed to be necessary for life.”
Choose the alternative in which the underlined word is conjugated in the same verb tense as the one above.
Muitos pensam que a pesquisa científica é uma atividade puramente racional, na qual o objetivismo lógico é o único mecanismo capaz de gerar conhecimento. Como resultado, os cientistas são vistos como insensíveis e limitados, um grupo de pessoas que corrompe a beleza da Natureza ao analisá-la matematicamente. Essa generalização, como a maioria das generalizações, me parece profundamente injusta, já que ela não incorpora a motivação mais importante do cientista, o seu fascínio pela Natureza e seus mistérios.
Que outro motivo justificaria a dedicação de toda uma vida ao estudo dos fenômenos naturais, senão uma profunda veneração pela sua beleza? A ciência vai muito além da sua mera prática. Por trás das fórmulas complicadas, das tabelas de dados experimentais e da linguagem técnica, encontra-se uma pessoa tentando transcender as barreiras imediatas da vida diária, guiada por um insaciável desejo de adquirir um nível mais profundo de conhecimento e de realização própria. Sob esse prisma, o processo criativo científico não é assim tão diferente do processo criativo nas artes, isto é, um veículo de autodescoberta que se manifesta ao tentarmos capturar a nossa essência e lugar no Universo.
À primeira vista, pode parecer estranho que um livro escrito por um cientista sobre a evolução do pensamento cosmológico comece com um capítulo sobre mitos de criação de culturas pré-científicas. Existem duas justificativas para minha escolha.
Primeira, esses mitos encerram todas as respostas lógicas que podem ser dadas à questão da origem do Universo, incluindo as que encontramos em teorias cosmológicas modernas. Com isso não estou absolutamente dizendo que a ciência moderna está meramente redescobrindo a antiga sabedoria, mas que, quando nos deparamos com a questão da origem de todas as coisas, podemos discernir uma clara universalidade do pensamento humano.
A segunda razão para começar este livro com mitos de criação é mais sutil. Esses mitos são essencialmente religiosos, uma expressão do fascínio com que as mais variadas culturas encaram o mistério da Criação. Como discutirei em detalhe, é precisamente esse mesmo fascínio que funciona como uma das motivações principais do processo criativo científico.
GLEISER, M. “Prefácio”. Texto com adaptações. In: A dança do universo. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
De acordo com as ideias do texto, analise as assertivas abaixo.
I. O estranhamento sugerido pelo autor no trecho deriva da aparente incompatibilidade entre a temática a ser desenvolvida pelo autor e o modo como ele escolheu começar a discorrer sobre ela.
II. O respeito ao passado figura como um dos elementos utilizados pelo autor como um dos motivos para que o leitor não estranhe tanto a aproximação que ele sugere entre a temática do livro e o modo como ele escolheu começar a discorrer sobre ela.
III. O estereótipo de ciência criticado pelo autor desconsidera algumas facetas importantes do fazer científico, como sua busca em ir além do ordinário.
É correto o que se afirma em
Building a Practical College Degree for the New Economy
This is not a great time to be a recent college graduate.
Average student-loan debt is $29,400. The underemployment rate is 44 percent for graduates ages 22 to 27, meaning they are holding jobs that don’t require bachelor’s degrees. And the average age of financial independence for college graduate these days is 30.
Such statistics have given rise to the narrative that a college degree is no longer worth it, although volumes of economic studies on lifetime earnings prove otherwise. Even so, given the number of college graduates struggling to launch their careers, a wide gap has emerged between what the workforce needs in employees and what colleges are producing in graduates.
Part of the problem is that we have high expectations for the bachelor’s degree today. Thirty years ago, when fewer people required a higher education to get ahead in life, the bachelor’s degree was seen as a vehicle for broad learning. The training part came later by going to graduate school or getting a job where the new employer trained you.
Now we demand that skills training move in tandem with broad learning, and expect both to be completed in the four years of an undergraduate education. For too many students, however, the bachelor’s degree is not providing that dual experience – high-impact, in-classroom learning and out-of-theclassroom, experiential, and hands-on learning necessary for success in today’s economy.
Because of student loan debt, graduate or professional school is no longer an option for many recent college graduates. They’re searching for quick and cheap addon boot camps that give them what they’re missing. And a whole new set of providers are emerging outside of the traditional higher-education ecosystem to provide that lift.
Last year, General Assembly, which offers courses of a few hours to a few weeks in everything from digital marketing to web development, expanded to Washington, DC, where it is selling out of nearly all of its offerings. Its average student is in his mid-20s and just a few years out of college.
According to the text,
I. colleges are not producing in graduates what the workforce needs in employees.
II. nowadays, the bachelor’s degree is seen only as a vehicle for broad learning.
III. nearly 44% of graduates ages 22 to 27 hold jobs that require bachelor’s degree.
IV. colleges are expected to give students not only skills training, but also broad learning.
V. economic studies on lifetime earnings prove a college degree is no longer worth it.
The correct assumption(s) is(are)