Questões de Concurso Para mgs

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Q2389247 Português
Texto – Detalhes:


O velho porteiro do palácio chega em casa trêmulo. Como sempre que tem baile no palácio, sua mulher o espera com café da manhã reforçado. Mas dessa vez, ele nem olha para a xícara fumegante, o bolo, a manteiga, as geleias. Vai direto à aguardente. Atirase na sua poltrona perto do fogão e toma um longo gole da bebida, pelo gargalo.

– Helmuth, o que foi?

– Espera Helga. Deixa eu me controlar primeiro.

Toma outro gole de aguardente.

– Conta, homem! O que houve com você? Aconteceu alguma coisa no baile?

– Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos com convite, tudo direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho-de-papai sem convite que quer me levar na conversa. De repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! Dentro da carruagem salta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela porque mulher desacompanhada não entra em baile de palácio. Mas essa dona é tão bonita, tão, sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.

– Bom, Helmuth. Até aí...

– Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela escadaria, mas nada de mais. E então bate meia noite. Há um rebuliço na porta do palácio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria, correndo. Ela perde um sapato. E o príncipe atrás dela.

– O príncipe?

– Ele mesmo. E gritando para mim segurar a esfarrapada. “Segura”! “Segura”! Me preparo para segurá-la quando ouço uma espécie de ‘vum’ acompanhado de um clarão. Me viro e...

- E o quê, meu Deus?

O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.

– Você não vai acreditar.

– Conta!

– A tal carruagem. A de ouro. Tinha se transformado numa abóbora.

– Numa o quê?!

– Eu disse que você não ia acreditar.

– Uma abóbora?

– E os cavalos em ratos. – Helmuth...

– Não tem mais aguardente?

– Acho que você já bebeu demais por hoje.

– Juro que não bebi nada!

– Esse trabalho no palácio está acabando com você, Helmuth. Pede para ser transferido para o almoxarifado.



(Luís Fernando Veríssimo – in “Domingo”, revista do Jornal do Brasil, nº. 117). 
Em relação ao texto apresentado, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).


( ). “Atira-se na sua poltrona perto do fogão e toma um longo gole de café, pelo gargalo."
( ). “Como sempre que tem baile no palácio, sua mulher raramente o espera com café da manhã reforçado.”
( ). “Toma outro gole de aguardente.”
( ). “O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.”


Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. 
Alternativas
Q2389116 História e Geografia de Estados e Municípios
"No sudoeste de Minas, encontramos a mais famosa formação geológica, a Serra da Canastra, que abriga e “protege” as nascentes do rio ______, o curso d’água mais conhecido, e ainda, o Parque Nacional da Serra da Canastra, importante ponto turístico e de preservação ambiental."
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. 
Alternativas
Q2389115 Geografia
O Brasil faz divisa com 9 países da América do Sul e o Departamento Ultramarino Francês da Guiana.
Assinale a alternativa que apresenta dois países que não fazem fronteira com Brasil.
Alternativas
Q2389114 Geografia
Sobre a Divisão Geográfica do Brasil, leia as afirmativas abaixo e assinale a alternativa incorreta:
Alternativas
Q2389113 Geografia
Dentre os principais aspectos da Geografia do país está: “______: constituído basicamente de planaltos, planícies e depressões.”
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
Alternativas
Q2389112 Conhecimentos Gerais
O Brasil ocupa grande parte do sul do continente americano e é considerado um país populoso. Sobre o território brasileiro, leia as afirmativas abaixo e assinale a alternativa incorreta
Alternativas
Q2389111 Matemática
Um pacote de farinha tem 500 g (gramas). Se João, para fazer um bolo, gastou 1/2 pacote, então ele gastou o equivalente a: 
Alternativas
Q2389110 Matemática
João comprou 5 pacotes de balas, e cada pacote contém 12 balas. A quantidade total de balas que João comprou foi de:
Alternativas
Q2389109 Matemática
Maria tinha 20 livros. Um determinado dia ela fez uma doação para uma biblioteca de 9 dos seus livros. Maria agora possui um total de: 
Alternativas
Q2389108 Matemática
Maria comprou 22 metros de tecido para fazer cortinas. Se depois ela comprou mais 41 metros para fazer uma colcha, agora ela tem um total de tecido equivalente a: 
Alternativas
Q2389107 Matemática
Uma caixa d´agua com capacidade para 1000 litros está totalmente cheia. Uma pessoa pega dessa caixa 1/4 dessa capacidade. Podemos afirmar que essa pessoa pegou:
Alternativas
Q2389106 Português

Texto - “Negócio de Ocasião”.

(por Fernando Sabino)



         Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!

– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou mandar começar mais tarde.

Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:

– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...

          E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:

– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.

Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:

– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?

– Trinta e dois.

– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...

Que marca?

– Smith-Wesson.

– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?

– Cinco mil cruzeiros.

– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?

– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...

– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?

– O senhor está brincando...

Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:

– Toma, é seu – decidiu-se.

          Antes de entrar na posse da arma, o comprador foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos peitos:

– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.


Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.

Assinale a única alternativa em que a concordância verbal aparece de maneira inadequada: 
Alternativas
Q2389105 Português

Texto - “Negócio de Ocasião”.

(por Fernando Sabino)



         Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!

– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou mandar começar mais tarde.

Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:

– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...

          E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:

– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.

Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:

– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?

– Trinta e dois.

– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...

Que marca?

– Smith-Wesson.

– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?

– Cinco mil cruzeiros.

– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?

– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...

– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?

– O senhor está brincando...

Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:

– Toma, é seu – decidiu-se.

          Antes de entrar na posse da arma, o comprador foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos peitos:

– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.


Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.

Indique a única oração em que a vírgula foi empregada corretamente:
Alternativas
Q2389104 Português

Texto - “Negócio de Ocasião”.

(por Fernando Sabino)



         Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!

– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou mandar começar mais tarde.

Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:

– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...

          E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:

– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.

Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:

– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?

– Trinta e dois.

– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...

Que marca?

– Smith-Wesson.

– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?

– Cinco mil cruzeiros.

– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?

– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...

– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?

– O senhor está brincando...

Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:

– Toma, é seu – decidiu-se.

          Antes de entrar na posse da arma, o comprador foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos peitos:

– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.


Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.

Leia o fragmento de texto a seguir:- “Mandou que os trabalhos começassem às dez horas” [...] Olhou ‘o revólver’, pensativo: dez mil ‘era’ um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo...” Agora, assinale a alternativa correta quanto à classificação das palavras grifadas sequencialmente.
Alternativas
Q2389103 Português

Texto - “Negócio de Ocasião”.

(por Fernando Sabino)



         Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!

– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou mandar começar mais tarde.

Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:

– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...

          E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:

– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.

Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:

– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?

– Trinta e dois.

– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...

Que marca?

– Smith-Wesson.

– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?

– Cinco mil cruzeiros.

– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?

– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...

– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?

– O senhor está brincando...

Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:

– Toma, é seu – decidiu-se.

          Antes de entrar na posse da arma, o comprador foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos peitos:

– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.


Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.

Em... “Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada” - a palavra ‘civilizada’ é um adjetivo. Assinale a alternativa que apresenta apenas adjetivos. 
Alternativas
Q2389102 Português

Texto - “Negócio de Ocasião”.

(por Fernando Sabino)



         Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!

– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou mandar começar mais tarde.

Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:

– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...

          E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:

– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.

Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:

– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?

– Trinta e dois.

– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...

Que marca?

– Smith-Wesson.

– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?

– Cinco mil cruzeiros.

– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?

– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...

– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?

– O senhor está brincando...

Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:

– Toma, é seu – decidiu-se.

          Antes de entrar na posse da arma, o comprador foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos peitos:

– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.


Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.

A palavra ‘revólver’ é uma paroxítona terminada em R e por isso deve ser acentuada. Assinale a alternativa que apresenta todas as palavras paroxítonas.
Alternativas
Q2389101 Português

Texto - “Negócio de Ocasião”.

(por Fernando Sabino)



         Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!

– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou mandar começar mais tarde.

Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:

– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...

          E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:

– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.

Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:

– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?

– Trinta e dois.

– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...

Que marca?

– Smith-Wesson.

– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?

– Cinco mil cruzeiros.

– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?

– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...

– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?

– O senhor está brincando...

Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:

– Toma, é seu – decidiu-se.

          Antes de entrar na posse da arma, o comprador foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos peitos:

– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.


Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.

“Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça.” - Esse trecho do texto pode ser considerado:
Alternativas
Q2389100 Português

Texto - “Negócio de Ocasião”.

(por Fernando Sabino)



         Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!

– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou mandar começar mais tarde.

Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:

– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...

          E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:

– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.

Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:

– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?

– Trinta e dois.

– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...

Que marca?

– Smith-Wesson.

– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?

– Cinco mil cruzeiros.

– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?

– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...

– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?

– O senhor está brincando...

Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:

– Toma, é seu – decidiu-se.

          Antes de entrar na posse da arma, o comprador foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos peitos:

– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.


Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.

Na terceira vez que o vizinho de baixo vai reclamar, ele aparece armado e furioso, sua atitude demostrava__________. Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.de acordo com o texto.
Alternativas
Q2389099 Português

Texto - “Negócio de Ocasião”.

(por Fernando Sabino)



         Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!

– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou mandar começar mais tarde.

Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:

– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...

          E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:

– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.

Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:

– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?

– Trinta e dois.

– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...

Que marca?

– Smith-Wesson.

– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?

– Cinco mil cruzeiros.

– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?

– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...

– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?

– O senhor está brincando...

Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:

– Toma, é seu – decidiu-se.

          Antes de entrar na posse da arma, o comprador foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos peitos:

– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.


Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.

Assinale a alternativa que preencha corretamente de acordo com o texto a afirmativa apresentada: Diante da segunda reclamação do vizinho de baixo, o vizinho de cima reagiu com __________. 
Alternativas
Q2389098 Português

Texto - “Negócio de Ocasião”.

(por Fernando Sabino)



         Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!

– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou mandar começar mais tarde.

Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:

– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...

          E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:

– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.

Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:

– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?

– Trinta e dois.

– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...

Que marca?

– Smith-Wesson.

– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?

– Cinco mil cruzeiros.

– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?

– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...

– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?

– O senhor está brincando...

Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:

– Toma, é seu – decidiu-se.

          Antes de entrar na posse da arma, o comprador foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos peitos:

– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.


Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.

Assinale a alternativa correta referente à atitude do vizinho de cima em relação à primeira queixa do vizinho de baixo.
Alternativas
Respostas
321: B
322: A
323: D
324: B
325: A
326: C
327: C
328: A
329: D
330: D
331: B
332: B
333: D
334: B
335: A
336: A
337: D
338: D
339: A
340: C