Questões de Concurso Para if-pa

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Q2161767 Direito Administrativo
A Lei nº 9.784/1999, que regula o processo administrativo na Administração Pública Federal, determina que a Administração Pública atue com observância a princípios basilares. Considerando tal informação, relacione adequadamente as colunas a seguir.
1. Determina que a atuação do agente público se dê de forma ética e proba, sugerindo o correto trato com a coisa pública.
2. A Administração Pública se sujeita à normativa estatal, sendo-lhe permitido atuar quando a lei determina ou autoriza.
3. É a garantia para o administrado da estabilidade do entendimento jurídico adotado pela Administração Pública, evitando a ocorrência de surpresas, bem como a alteração que prejudique direitos adquiridos.
4. Exige que a Administração Pública justifique fundamentadamente a tomada de suas decisões, indicando os motivos fáticos e jurídicos que levaram à prática do ato administrativo.
5. Foi introduzido no ordenamento jurídico tendo como pressuposto o conceito de Administração Pública gerencial, com foco nos melhores resultados e na economia de recursos públicos.
( ) Legalidade. ( ) Eficiência. ( ) Moralidade. ( ) Segurança Jurídica. ( ) Motivação.
A sequência está correta em
Alternativas
Q2161766 Direito Administrativo
Edgar, servidor público federal, no exercício de suas funções, solicitou vantagem indevida a particular para que fosse realizado determinado ato de ofício em contrariedade ao que dispõe a legislação vigente. Com sua conduta, de forma indevida, Edgar auferiu a quantia de R$ 1.000,00. Nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, é possível afirmar que a conduta do servidor configura ato de improbidade
Alternativas
Q2161765 Legislação Federal
Determinado documento público fornecido em caráter sigiloso por Estado estrangeiro foi recepcionado pelo Governo brasileiro, sendo-lhe imposto um sigilo de vinte e cinco anos. Considerando o prazo imposto para a restrição de acesso à informação constante no referido documento, assinale a alternativa que contenha, nos termos da Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), autoridades competentes para a classificação desse grau de sigilo:
Alternativas
Q2161764 Redação Oficial
As cores do silêncio

    Bem, chega de falar de política. Hoje vou falar de uma coisa silenciosa chamada pintura.
   Porque acho que a vida é inventada por nós – mas, claro, dentro das possibilidades reais – creio também, consequentemente, que o acaso desempenha um papel importante nessa invenção. E na arte também, sem dúvidas.
    Mas o artista, para inventar sua obra, trabalha dentro de determinados princípios que descobre e de que se vale para impor sua inventividade poética sobre o acaso.
    No fundo a criação artística é resultado da opção que o artista faz entre sua necessidade de criar e os fatores casuais que envolvem a criação. Em suma, ele torna necessário o que era mera probabilidade.
     Descubro esses pensamentos ao rever um álbum de obras de Van Gogh. Embora já as conhecesse de longa data, descubro nelas, ainda sim, que a pintura dele é de fato diferente de tudo o que se pintava antes. Todo mundo hoje sabe disso, claro, mas tive a impressão de que só então, ao rever suas telas, percebia por quê.
     E isso me levou a refletir sobre o que era a pintura, antes dele, feita pelos impressionistas. Já falei aqui da diferença entre a pintura de ateliê – realizada dentro de casa – e a pintura impressionista, feita ao ar livre.
     Os pintores impressionistas descobriram a cor da paisagem sob a luz solar, a vibração da luz sobre a superfície das coisas. E, ao descobri‐las, descobriram também que o colorido da paisagem muda com o passar das horas: descobriram o tempo. É exemplo disso a série de quadros em que Monet mostra a catedral de Rouen em momentos diferentes do dia.
     A descoberta da realidade que muda a cada minuto gerou uma pintura de pinceladas fluentes, que provocariam em Cézanne uma reação contrária: ele queria que a nova pintura se ajustasse a uma estrutura permanente, que ele admirava nas obras dos museus.
     Daí sua opção inovadora, que geraria o cubismo, nascido dessa visão que queria mudar o mundo em pintura, de tal modo que as maçãs que ele pintou não pretendiam ser a cópia da maçã real: eram pintura.
     Não sei que efeito teve essa nova visão da pintura sobre Van Gogh. A verdade é que, no começo, ele quis fazer da pintura a cópia dramática do sofrimento humano, particularmente dos mineiros de Borinage. Van Gogh que vai fascinar as pessoas e mudar a linguagem pictórica surge depois que ele conhece a pintura dos impressionistas e especialmente do impressionismo pontilhista.
    Essa mudança da pintura de Van Gogh, que abandona as cores soturnas para entregar‐se ao colorido vibrante dos quadros neoimpressionistas é surpreendente, mas, sem dúvida, própria de uma personalidade que oscila entre atitudes e reações extremadas.
     De qualquer modo, por mais surpreendente que seja essa mudança em seu modo de pintar, ela corresponde a uma necessidade indiscutível, legítima, tal a extraordinária força expressiva que constatamos nesses quadros. A conclusão inevitável é que foi na pintura que a personalidade complexa e angustiada de Van Gogh encontrou afinal o modo feliz de inventar‐se. Pintando, ele era saudável. 
     Mas é necessário acentuar que, a partir da incursão do pontilhismo, Van Gogh descobre seu próprio caminho, tornando-se criador de um universo pictórico que me fascina e fascina a todos que dele tomam conhecimento. E, no meu caso pelo menos, quanto mais o frequento, mais novo o descubro.
    A verdade é que descobri o que eu já sabia, mas não sabia tanto. É que, na sua pintura, os capinzais, os arbustos, os roseirais, os pinheiros, o céu estrelado, não são os que conhecemos: são uma outra realidade por ele criada, feita de pastas de cor, de pinceladas inesperadas que transformam a paisagem num mundo gráfico‐pictórico, enfim, em algo que só existe ali, nas telas por ele pintadas.
      Não sei se consigo expressá‐lo: o que está em suas telas não é a paisagem real. Como Cézanne, mas em outra linguagem, ele mudou o mundo em pintura e a pintura em fascinante delírio. A natureza é bela, mas a beleza de suas telas é outra, é invenção humana.

(GULLAR, Ferreira. As cores do silêncio. Folha de São Paulo. Agosto de 2014.)
Sobre as peculiaridades da redação oficial, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento “digníssimo”.
( ) Fica dispensado o emprego do superlativo “ilustríssimo” para as autoridades que recebem o tratamento de “Vossa Senhoria” e para particulares.
( ) “Doutor” não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Deve-se evitar usá-lo indiscriminadamente.
A sequência está correta em
Alternativas
Q2161763 Português
As cores do silêncio

    Bem, chega de falar de política. Hoje vou falar de uma coisa silenciosa chamada pintura.
   Porque acho que a vida é inventada por nós – mas, claro, dentro das possibilidades reais – creio também, consequentemente, que o acaso desempenha um papel importante nessa invenção. E na arte também, sem dúvidas.
    Mas o artista, para inventar sua obra, trabalha dentro de determinados princípios que descobre e de que se vale para impor sua inventividade poética sobre o acaso.
    No fundo a criação artística é resultado da opção que o artista faz entre sua necessidade de criar e os fatores casuais que envolvem a criação. Em suma, ele torna necessário o que era mera probabilidade.
     Descubro esses pensamentos ao rever um álbum de obras de Van Gogh. Embora já as conhecesse de longa data, descubro nelas, ainda sim, que a pintura dele é de fato diferente de tudo o que se pintava antes. Todo mundo hoje sabe disso, claro, mas tive a impressão de que só então, ao rever suas telas, percebia por quê.
     E isso me levou a refletir sobre o que era a pintura, antes dele, feita pelos impressionistas. Já falei aqui da diferença entre a pintura de ateliê – realizada dentro de casa – e a pintura impressionista, feita ao ar livre.
     Os pintores impressionistas descobriram a cor da paisagem sob a luz solar, a vibração da luz sobre a superfície das coisas. E, ao descobri‐las, descobriram também que o colorido da paisagem muda com o passar das horas: descobriram o tempo. É exemplo disso a série de quadros em que Monet mostra a catedral de Rouen em momentos diferentes do dia.
     A descoberta da realidade que muda a cada minuto gerou uma pintura de pinceladas fluentes, que provocariam em Cézanne uma reação contrária: ele queria que a nova pintura se ajustasse a uma estrutura permanente, que ele admirava nas obras dos museus.
     Daí sua opção inovadora, que geraria o cubismo, nascido dessa visão que queria mudar o mundo em pintura, de tal modo que as maçãs que ele pintou não pretendiam ser a cópia da maçã real: eram pintura.
     Não sei que efeito teve essa nova visão da pintura sobre Van Gogh. A verdade é que, no começo, ele quis fazer da pintura a cópia dramática do sofrimento humano, particularmente dos mineiros de Borinage. Van Gogh que vai fascinar as pessoas e mudar a linguagem pictórica surge depois que ele conhece a pintura dos impressionistas e especialmente do impressionismo pontilhista.
    Essa mudança da pintura de Van Gogh, que abandona as cores soturnas para entregar‐se ao colorido vibrante dos quadros neoimpressionistas é surpreendente, mas, sem dúvida, própria de uma personalidade que oscila entre atitudes e reações extremadas.
     De qualquer modo, por mais surpreendente que seja essa mudança em seu modo de pintar, ela corresponde a uma necessidade indiscutível, legítima, tal a extraordinária força expressiva que constatamos nesses quadros. A conclusão inevitável é que foi na pintura que a personalidade complexa e angustiada de Van Gogh encontrou afinal o modo feliz de inventar‐se. Pintando, ele era saudável. 
     Mas é necessário acentuar que, a partir da incursão do pontilhismo, Van Gogh descobre seu próprio caminho, tornando-se criador de um universo pictórico que me fascina e fascina a todos que dele tomam conhecimento. E, no meu caso pelo menos, quanto mais o frequento, mais novo o descubro.
    A verdade é que descobri o que eu já sabia, mas não sabia tanto. É que, na sua pintura, os capinzais, os arbustos, os roseirais, os pinheiros, o céu estrelado, não são os que conhecemos: são uma outra realidade por ele criada, feita de pastas de cor, de pinceladas inesperadas que transformam a paisagem num mundo gráfico‐pictórico, enfim, em algo que só existe ali, nas telas por ele pintadas.
      Não sei se consigo expressá‐lo: o que está em suas telas não é a paisagem real. Como Cézanne, mas em outra linguagem, ele mudou o mundo em pintura e a pintura em fascinante delírio. A natureza é bela, mas a beleza de suas telas é outra, é invenção humana.

(GULLAR, Ferreira. As cores do silêncio. Folha de São Paulo. Agosto de 2014.)
Nas seguintes afirmativas, as palavras sublinhadas possuem o mesmo valor semântico, EXCETO em:
Alternativas
Respostas
1246: B
1247: B
1248: A
1249: A
1250: A