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Q598645 Português
Igualdade de quê?
EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.
Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.
O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.
O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.
A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?
O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.
Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.
Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.
quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas-parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.
O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.
A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros.

GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)
Entre as passagens do texto apresentadas a seguir, assinale aquela em que se verifica relação de causa e efeito.
Alternativas
Q598644 Português
Igualdade de quê?
EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.
Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.
O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.
O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.
A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?
O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.
Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.
Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.
quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas-parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.
O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.
A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros.

GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)
Assinale a alternativa em que o sentido da palavra em destaque está indicado INCORRETAMENTE.
Alternativas
Q597882 Enfermagem
A convulsão é uma intercorrência frequente no ambiente hospitalar e ambulatorial, sua etiologia é diversa e o atendimento deve ser imediato e eficiente, evitando complicações e diminuindo os ricos para o paciente.
São cuidados de enfermagem que devem ser prestados ao paciente em crise convulsiva, EXCETO:
Alternativas
Q597881 Enfermagem
A nutrição parenteral consiste em oferecer por via endovenosa os nutrientes importantes para manter ou melhorar o estado nutricional do indivíduo, em condições semelhantes àquelas que são normalmente oferecidas à circulação após os processos absortivos.
Sobre os componentes que devem constar na nutrição parenteral, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q597880 Enfermagem
Considere o caso clínico a seguir. Um paciente do sexo masculino, 67 anos de idade, deu entrada na no pronto-atendimento após sentir desconforto torácico. Ele passou pela classificação de risco e o enfermeiro o encaminhou para a sala laranja, onde foi feito o eletrocardiograma e confirmado o infarto agudo do miocárdio.
No tratamento do infarto agudo do miocárdio, são utilizadas drogas específicas. Sobre essas drogas, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q597879 Enfermagem
A prevenção e o tratamento das lesões cutâneas são atualmente um desafio para o cuidado de enfermagem aos pacientes acamados.
Em relação aos cuidados com as feridas cutâneas, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q597878 Enfermagem
Considere o caso clínico a seguir. Uma paciente do sexo feminino, 35 anos de idade, com diagnóstico clínico de lúpus eritematoso sistêmico e que está sob os cuidados de um técnico de Enfermagem, deve ser medicada com Dexametasona 4 mg, por via endovenosa de 6/6 horas. Na instituição, está disponível frasco de Dexametasona com 10 mg/2,5 ml.
Assinale a alternativa que apresenta o volume em ml da droga que será utilizado a cada horário da sua administração.
Alternativas
Q597877 Enfermagem
Considere o caso clínico a seguir. Um paciente do sexo masculino, 28 anos de idade, deu entrada no pronto-atendimento apresentando fratura de base de crânio.
Sobre a assistência de enfermagem que deve ser prestada para esse tipo de paciente, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q597876 Enfermagem
Um dos sistemas mais frequentemente afetados no paciente acamado é o respiratório, e a atelectasia, que consiste no colapso alveolar de um segmento pulmonar, é uma complicação comum.
São cuidados para prevenir a atelectasia, EXCETO:
Alternativas
Q597875 Enfermagem
Os artigos hospitalares são classificados de acordo com o grau de risco que apresentam para causar infecções.
A esse respeito, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q597874 Enfermagem
As lesões por queimadura resultam da transferência de energia de uma fonte de calor para o corpo. Sua gravidade é determinada por extensão, profundidade e agente causador.
Sobre as queimaduras, é CORRETO afirmar:
Alternativas
Q597873 Enfermagem
Para proporcionar conforto, realizar exames, tratamentos e cirurgias, existem diferentes posições do corpo que devem ser de conhecimento da equipe de Enfermagem.
Sobre essas posições, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q597872 Enfermagem
Todos os métodos de esterilização devem passar por testes específicos para comprovar a sua eficiência.
Sobre a esterilização por vapor saturado sob pressão, assinale a alternativa que apresenta o teste utilizado para medir a eficiência do sistema de vácuo do equipamento.
Alternativas
Q597871 Enfermagem
A Escala de Coma de Glasgow (ECG), utilizada para avaliar a função do Sistema Nervoso Central, é composta de padrões de avaliação, e seus valores variam entre 3-15, sendo o valor menor caracterizado pelo pior resultado.
Sobre a Escala de Coma de Glasgow, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q597870 Enfermagem
O atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR) envolve duas etapas: suporte básico de vida e suporte avançado de vida.
Considerando os procedimentos desenvolvidos nessas etapas, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q597869 Enfermagem
O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, por meio da Resolução 358/2009, determina que a assistência de Enfermagem será sistematizada implantando o processo de enfermagem em toda instituição pública ou privada que presta esse tipo de assistência.
Tendo em vista a determinação do COFEN, assinale com V as afirmativas VERDADEIRAS e com F as FALSAS.

( ) O técnico e o auxiliar de Enfermagem não devem participar da execução do Processo de Enfermagem (PE), uma vez que todas as atividades que estão envolvidas no processo são privativas do enfermeiro.
( ) A SAE é um processo dinâmico e que requer na prática conhecimento técnico-científico para uma análise macrodinâmica da assistência de enfermagem.
( ) As etapas do Processo de Enfermagem são exame físico, prescrição de enfermagem e relatório de enfermagem.
( ) A investigação é a fase que determina o estado de saúde do paciente, é de competência do enfermeiro e, para cumpri-la com eficiência, este deve dominar as técnicas de anamnese e exame físico.
Assinale a sequência CORRETA.
Alternativas
Q597868 Enfermagem
Conforme o que consta no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, sobre as responsabilidades e deveres quanto ao sigilo profissional, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q597867 Direito Sanitário
“A assistência às urgências se dá predominantemente nos 'serviços' que funcionam exclusivamente para este fim – os tradicionais prontos-socorros – estando estes adequadamente estruturados e equipados ou não". BRASIL. Constituição (1998). Lei Nº 2.048/2002.
De acordo com a lei 2.048/2002, assinale a alternativa INCORRETA em relação aos atendimentos de urgência.
Alternativas
Q597866 Direito Sanitário
De acordo com o artigo 198 da Constituição Federal de 1988, são diretrizes do Sistema Único de Saúde, EXCETO:
Alternativas
Q597865 Direito Sanitário
De acordo com Beaghole e Bonita (2010), o coeficiente de mortalidade infantil é utilizado como medida do estado geral de saúde de uma comunidade.
Sobre esse indicador, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Respostas
1641: D
1642: B
1643: C
1644: C
1645: B
1646: D
1647: D
1648: A
1649: C
1650: A
1651: B
1652: A
1653: C
1654: B
1655: D
1656: A
1657: C
1658: D
1659: B
1660: D