Questões de Concurso Para if sul rio-grandense
Foram encontradas 883 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Marcos Bagno trabalha com a ideia de que a ortografia oficial do português não é estritamente racional, exibindo uma série de incoerências e incongruências que inevitavelmente conduzem os aprendizes a fazerem deduções que, embora lógicas do ponto de vista intuitivo, não encontram respaldo nas convenções da ortografia oficial.
Para o autor, é correto afirmar que os erros de ortografia detectados na escrita dos alfabetizados
Leila Perrone-Moisés sintetiza alguns argumentos sobre o porquê de se estudar literatura: ensinar literatura é ensinar a ler e, nas sociedades letradas, sem leitura não há cultura; os textos literários podem incluir todos os outros tipos de texto que o aluno deve conhecer; a significação, no texto literário, não se reduz ao significado, operando a interação de vários níveis semânticos e produzindo interpretações teoricamente infinitas; a literatura de ficção, ao mesmo tempo em que ilumina a realidade, mostra que outras realidades são possíveis, desenvolvendo a capacidade imaginativa e inspirando transformações históricas; e, por último, a poesia capta níveis de percepção e de fruição da realidade que outros tipos de texto não alcançam.
Considerando as virtudes arroladas pela autora, o ensino de literatura deve pressupor que o professor
Ao sintetizar as propriedades sintático-semântico-pragmáticas do verbo – as suas funções –, Marcos Bagno destaca que essa complexa classe gramatical (1) cria um molde que comporta espaços passíveis de serem preenchidos por sintagmas nominais; (2) estabelece uma perspectiva, isto é, um ponto de vista a respeito do estado das coisas enunciado e dos seus participantes; (3) obriga-nos a examinar a categoria de “pessoa”; (4) carrega, em sua morfologia, informações acerca do “tempo”; (5) permite a expressão de “aspectos”; (6) permite, também, modalizar o estado de coisas que descrevemos; e, por fim, (7) comporta informações de “voz”.
Ao detalhar seus pressupostos, o autor elabora a seguinte tipologia:
Qualitativa |
Imperfectivo |
inceptivo |
cursivo | ||
terminativo | ||
Perfectivo |
pontual |
|
resultativo | ||
Quantitativa |
Iterativo |
imperfectivo |
perfectivo | ||
Semelfactivo |
(BAGNO, M. Gramática peddagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2012).
A tipologia reproduzida acima, importante para o estudo dos verbos, diz respeito
A Semana de Arte Moderna, em 1922, representou um ponto de encontro de várias tendências artísticas que vinham se formando desde os anos da I Guerra Mundial. Seus desdobramentos resultaram, em boa medida, na publicação de obras literárias fundamentais desse primeiro modernismo, bem como de um extenso aparato crítico, por meio de revistas e manifestos, que iam delimitando subgrupos e consolidando matizes estéticos e ideológicos.
De uma destas revistas, extraiu-se o seguinte excerto da “Carta aberta a Alberto de Oliveira”, de Mario de Andrade, datada de 20 de abril de 1925:
“Estamos fazendo isso: Tentando. Tentando dar caráter nacional prás nossas artes. Nacional e não regional. Uns pregando. Outros agindo. Agindo e se sacrificando conscientemente pelo que vier depois. Estamos reagindo contra o preconceito da fórma. Estamos matando a literatice. Estamos acabando com o dominio espiritual da França sobre nós. Estamos acabando com o dominio gramatical de Portugal. Estamos esquecendo a pátria-amada-salve-salve em favor duma terra de verdade que vá enriquecer com o seu contingente característico a imagem multiface da humanidade. O nosso primitivismo está sobretudo nisso: Arte de intenções práticas [...]”
(Manteve-se a escrita original do texto)
Pela análise do excerto acima, conjugada às reflexões de Alfredo Bosi acerca dos desdobramentos da Semana de Arte Moderna, é correto afirmar que o trecho, extraído da carta publicada originalmente na Revista
Margareth Rago afirma que o feminismo propõe uma nova relação entre teoria e prática, a partir da qual se delineia um novo agente epistêmico, não isolado do mundo, mas inserido no coração dele, não isento e imparcial, mas subjetivo e afirmando sua particularidade. Esse é um pressuposto teórico que auxilia a compreender, por exemplo, o ensaio de Lélia Gonzalez, cuja enunciação analítica coincide com o locus discursivo do sujeito (epistêmico) analisado, articulando consciência e memória no desvelamento do racismo e do sexismo como sintomáticos da “neurose cultural brasileira”.
Os estudos feministas, adotando o diálogo crítico como premissa para a construção do conhecimento, a partir da reflexão de Margareth Rago, permitem