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Com base em descobertas feitas na Grã-Bretanha, Chile, Hungria, Israel e Holanda, uma equipe de treze pessoas liderada por John Goldthorpe, sociólogo de Oxford altamente respeitado, concluiu que, na hierarquia da cultura, não se pode mais estabelecer prontamente a distinção entre a elite cultural e aqueles que estão abaixo dela a partir dos antigos signos: frequência regular a óperas e concertos; entusiasmo, em qualquer momento dado, por aquilo que é visto como “grande arte”; hábito de torcer o nariz para “tudo que é comum, como uma canção popular ou um programa de TV voltado para o grande público”. Isso não significa que não se possam encontrar pessoas consideradas (até por elas mesmas) integrantes da elite cultural, amantes da verdadeira arte, mais informadas que seus pares nem tão cultos assim quanto ao significado de cultura, quanto àquilo em que ela consiste, ao que é tido como o que é desejável ou indesejável para um homem ou uma mulher de cultura.
Ao contrário das elites culturais de outrora, eles não são conhecedores no estrito senso da palavra, pessoas que encaram com desprezo as preferências do homem comum ou a falta de gosto dos filisteus. Em vez disso, seria mais adequado descrevê-los – usando o termo cunhado por Richard A. Peterson, da Universidade Vanderbilt – como “onívoros”: em seu repertório de consumo cultural, há lugar tanto para a ópera quanto para o heavy metal ou o punk, para a “grande arte” e para os programas populares de televisão. Um pedaço disto, um bocado daquilo, hoje isto, amanhã algo mais.
Em outras palavras, nenhum produto da cultura me é estranho; com nenhum deles me identifico cem por cento, totalmente, e decerto não em troca de me negar outros prazeres. Sinto-me em casa em qualquer lugar, embora não haja um lugar que eu possa chamar de lar (talvez exatamente por isso). Não é tanto o confronto de um gosto (refinado) contra outro (vulgar), mas do onívoro contra o unívoro, da disposição para consumir tudo contra a seletividade excessiva. A elite cultural está viva e alerta; é mais ativa e ávida hoje do que jamais foi. Porém, está preocupada demais em seguir os sucessos e outros eventos festejados que se relacionam à cultura para ter tempo de formular cânones de fé ou a eles converter outras pessoas.
(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. A cultura no mundo líquido moderno. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2013, p. 6-7.)
Considere o uso da pontuação no trecho:
[...] não se pode mais estabelecer prontamente a distinção entre a elite cultural e aqueles que estão abaixo dela a partir dos antigos signos: frequência regular a óperas e concertos; entusiasmo, em qualquer momento dado, por aquilo que é visto como “grande arte”; hábito de torcer o nariz para “tudo que é comum, como uma canção popular ou um programa de TV voltado para o grande público”. (1° parágrafo)
Os dois-pontos são empregados com o objetivo de
Com base em descobertas feitas na Grã-Bretanha, Chile, Hungria, Israel e Holanda, uma equipe de treze pessoas liderada por John Goldthorpe, sociólogo de Oxford altamente respeitado, concluiu que, na hierarquia da cultura, não se pode mais estabelecer prontamente a distinção entre a elite cultural e aqueles que estão abaixo dela a partir dos antigos signos: frequência regular a óperas e concertos; entusiasmo, em qualquer momento dado, por aquilo que é visto como “grande arte”; hábito de torcer o nariz para “tudo que é comum, como uma canção popular ou um programa de TV voltado para o grande público”. Isso não significa que não se possam encontrar pessoas consideradas (até por elas mesmas) integrantes da elite cultural, amantes da verdadeira arte, mais informadas que seus pares nem tão cultos assim quanto ao significado de cultura, quanto àquilo em que ela consiste, ao que é tido como o que é desejável ou indesejável para um homem ou uma mulher de cultura.
Ao contrário das elites culturais de outrora, eles não são conhecedores no estrito senso da palavra, pessoas que encaram com desprezo as preferências do homem comum ou a falta de gosto dos filisteus. Em vez disso, seria mais adequado descrevê-los – usando o termo cunhado por Richard A. Peterson, da Universidade Vanderbilt – como “onívoros”: em seu repertório de consumo cultural, há lugar tanto para a ópera quanto para o heavy metal ou o punk, para a “grande arte” e para os programas populares de televisão. Um pedaço disto, um bocado daquilo, hoje isto, amanhã algo mais.
Em outras palavras, nenhum produto da cultura me é estranho; com nenhum deles me identifico cem por cento, totalmente, e decerto não em troca de me negar outros prazeres. Sinto-me em casa em qualquer lugar, embora não haja um lugar que eu possa chamar de lar (talvez exatamente por isso). Não é tanto o confronto de um gosto (refinado) contra outro (vulgar), mas do onívoro contra o unívoro, da disposição para consumir tudo contra a seletividade excessiva. A elite cultural está viva e alerta; é mais ativa e ávida hoje do que jamais foi. Porém, está preocupada demais em seguir os sucessos e outros eventos festejados que se relacionam à cultura para ter tempo de formular cânones de fé ou a eles converter outras pessoas.
(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. A cultura no mundo líquido moderno. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2013, p. 6-7.)
Com base em descobertas feitas na Grã-Bretanha, Chile, Hungria, Israel e Holanda, uma equipe de treze pessoas liderada por John Goldthorpe, sociólogo de Oxford altamente respeitado, concluiu que, na hierarquia da cultura, não se pode mais estabelecer prontamente a distinção entre a elite cultural e aqueles que estão abaixo dela a partir dos antigos signos: frequência regular a óperas e concertos; entusiasmo, em qualquer momento dado, por aquilo que é visto como “grande arte”; hábito de torcer o nariz para “tudo que é comum, como uma canção popular ou um programa de TV voltado para o grande público”. Isso não significa que não se possam encontrar pessoas consideradas (até por elas mesmas) integrantes da elite cultural, amantes da verdadeira arte, mais informadas que seus pares nem tão cultos assim quanto ao significado de cultura, quanto àquilo em que ela consiste, ao que é tido como o que é desejável ou indesejável para um homem ou uma mulher de cultura.
Ao contrário das elites culturais de outrora, eles não são conhecedores no estrito senso da palavra, pessoas que encaram com desprezo as preferências do homem comum ou a falta de gosto dos filisteus. Em vez disso, seria mais adequado descrevê-los – usando o termo cunhado por Richard A. Peterson, da Universidade Vanderbilt – como “onívoros”: em seu repertório de consumo cultural, há lugar tanto para a ópera quanto para o heavy metal ou o punk, para a “grande arte” e para os programas populares de televisão. Um pedaço disto, um bocado daquilo, hoje isto, amanhã algo mais.
Em outras palavras, nenhum produto da cultura me é estranho; com nenhum deles me identifico cem por cento, totalmente, e decerto não em troca de me negar outros prazeres. Sinto-me em casa em qualquer lugar, embora não haja um lugar que eu possa chamar de lar (talvez exatamente por isso). Não é tanto o confronto de um gosto (refinado) contra outro (vulgar), mas do onívoro contra o unívoro, da disposição para consumir tudo contra a seletividade excessiva. A elite cultural está viva e alerta; é mais ativa e ávida hoje do que jamais foi. Porém, está preocupada demais em seguir os sucessos e outros eventos festejados que se relacionam à cultura para ter tempo de formular cânones de fé ou a eles converter outras pessoas.
(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. A cultura no mundo líquido moderno. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2013, p. 6-7.)
Está aberta a temporada de ipês. Eu definiria essas árvores como sendo o clichê menos enfadonho de Brasília. Sim, porque, como parte do ciclo da natureza, eles brotam e colorem a capital das mesmas cores, no mesmo período, todos os anos. É a repetição mais original trazida pelo início da seca. Ainda que presença certa, os ipês são esperados com igual ansiedade a cada estação. E eles não aparecem sozinhos. Mesmo que soberanos em uma paisagem ressequida, a beleza dessas árvores − que exibem flores em cachos, de cores vistosas − é exaltada pela questionável feiura das plantas mirradas do cerrado.
Os ipês ficam ainda altivos ao lado de árvores que hibernam em forma de seu próprio esqueleto. Seus galhos aparentemente mortos, retorcidos, sem flores, sem folhas, se recolhem para dar espaço à exuberância dos ipês em tons de roxo, rosa, amarelo ou branco. Na paisagem desértica, eles ganham ainda mais destaque, o que me faz pensar que a natureza é mesmo um belo exemplo de equilíbrio. Se brotassem todos juntos, teriam que dividir a majestade. Em apresentação solo, viram reis absolutos, para os quais se dirigem aplausos, flashes, sorrisos e agradecimentos pela beleza da vida. Excesso é veneno para a magia. Sábios, os ipês.
(Adaptado de: DUARTE, Flávia. Eu não me canso dos ipês. Disponível em: http://blogs.correiobraziliense.com.br, 17.07.2017)
Está aberta a temporada de ipês. Eu definiria essas árvores como sendo o clichê menos enfadonho de Brasília. Sim, porque, como parte do ciclo da natureza, eles brotam e colorem a capital das mesmas cores, no mesmo período, todos os anos. É a repetição mais original trazida pelo início da seca. Ainda que presença certa, os ipês são esperados com igual ansiedade a cada estação. E eles não aparecem sozinhos. Mesmo que soberanos em uma paisagem ressequida, a beleza dessas árvores − que exibem flores em cachos, de cores vistosas − é exaltada pela questionável feiura das plantas mirradas do cerrado.
Os ipês ficam ainda altivos ao lado de árvores que hibernam em forma de seu próprio esqueleto. Seus galhos aparentemente mortos, retorcidos, sem flores, sem folhas, se recolhem para dar espaço à exuberância dos ipês em tons de roxo, rosa, amarelo ou branco. Na paisagem desértica, eles ganham ainda mais destaque, o que me faz pensar que a natureza é mesmo um belo exemplo de equilíbrio. Se brotassem todos juntos, teriam que dividir a majestade. Em apresentação solo, viram reis absolutos, para os quais se dirigem aplausos, flashes, sorrisos e agradecimentos pela beleza da vida. Excesso é veneno para a magia. Sábios, os ipês.
(Adaptado de: DUARTE, Flávia. Eu não me canso dos ipês. Disponível em: http://blogs.correiobraziliense.com.br, 17.07.2017)
Está aberta a temporada de ipês. Eu definiria essas árvores como sendo o clichê menos enfadonho de Brasília. Sim, porque, como parte do ciclo da natureza, eles brotam e colorem a capital das mesmas cores, no mesmo período, todos os anos. É a repetição mais original trazida pelo início da seca. Ainda que presença certa, os ipês são esperados com igual ansiedade a cada estação. E eles não aparecem sozinhos. Mesmo que soberanos em uma paisagem ressequida, a beleza dessas árvores − que exibem flores em cachos, de cores vistosas − é exaltada pela questionável feiura das plantas mirradas do cerrado.
Os ipês ficam ainda altivos ao lado de árvores que hibernam em forma de seu próprio esqueleto. Seus galhos aparentemente mortos, retorcidos, sem flores, sem folhas, se recolhem para dar espaço à exuberância dos ipês em tons de roxo, rosa, amarelo ou branco. Na paisagem desértica, eles ganham ainda mais destaque, o que me faz pensar que a natureza é mesmo um belo exemplo de equilíbrio. Se brotassem todos juntos, teriam que dividir a majestade. Em apresentação solo, viram reis absolutos, para os quais se dirigem aplausos, flashes, sorrisos e agradecimentos pela beleza da vida. Excesso é veneno para a magia. Sábios, os ipês.
(Adaptado de: DUARTE, Flávia. Eu não me canso dos ipês. Disponível em: http://blogs.correiobraziliense.com.br, 17.07.2017)
Está aberta a temporada de ipês. Eu definiria essas árvores como sendo o clichê menos enfadonho de Brasília. Sim, porque, como parte do ciclo da natureza, eles brotam e colorem a capital das mesmas cores, no mesmo período, todos os anos. É a repetição mais original trazida pelo início da seca. Ainda que presença certa, os ipês são esperados com igual ansiedade a cada estação. E eles não aparecem sozinhos. Mesmo que soberanos em uma paisagem ressequida, a beleza dessas árvores − que exibem flores em cachos, de cores vistosas − é exaltada pela questionável feiura das plantas mirradas do cerrado.
Os ipês ficam ainda altivos ao lado de árvores que hibernam em forma de seu próprio esqueleto. Seus galhos aparentemente mortos, retorcidos, sem flores, sem folhas, se recolhem para dar espaço à exuberância dos ipês em tons de roxo, rosa, amarelo ou branco. Na paisagem desértica, eles ganham ainda mais destaque, o que me faz pensar que a natureza é mesmo um belo exemplo de equilíbrio. Se brotassem todos juntos, teriam que dividir a majestade. Em apresentação solo, viram reis absolutos, para os quais se dirigem aplausos, flashes, sorrisos e agradecimentos pela beleza da vida. Excesso é veneno para a magia. Sábios, os ipês.
(Adaptado de: DUARTE, Flávia. Eu não me canso dos ipês. Disponível em: http://blogs.correiobraziliense.com.br, 17.07.2017)
Está aberta a temporada de ipês. Eu definiria essas árvores como sendo o clichê menos enfadonho de Brasília. Sim, porque, como parte do ciclo da natureza, eles brotam e colorem a capital das mesmas cores, no mesmo período, todos os anos. É a repetição mais original trazida pelo início da seca. Ainda que presença certa, os ipês são esperados com igual ansiedade a cada estação. E eles não aparecem sozinhos. Mesmo que soberanos em uma paisagem ressequida, a beleza dessas árvores − que exibem flores em cachos, de cores vistosas − é exaltada pela questionável feiura das plantas mirradas do cerrado.
Os ipês ficam ainda altivos ao lado de árvores que hibernam em forma de seu próprio esqueleto. Seus galhos aparentemente mortos, retorcidos, sem flores, sem folhas, se recolhem para dar espaço à exuberância dos ipês em tons de roxo, rosa, amarelo ou branco. Na paisagem desértica, eles ganham ainda mais destaque, o que me faz pensar que a natureza é mesmo um belo exemplo de equilíbrio. Se brotassem todos juntos, teriam que dividir a majestade. Em apresentação solo, viram reis absolutos, para os quais se dirigem aplausos, flashes, sorrisos e agradecimentos pela beleza da vida. Excesso é veneno para a magia. Sábios, os ipês.
(Adaptado de: DUARTE, Flávia. Eu não me canso dos ipês. Disponível em: http://blogs.correiobraziliense.com.br, 17.07.2017)
A respeito da competência das Varas do Trabalho, segundo a legislação trabalhista em vigor, considere:
I. A ação de consignação em pagamento que o empregador promover em face do empregado deve ser proposta no foro do domicílio deste, desde que esta situação esteja prevista no seu contrato de trabalho, caso contrário, a competência será da Vara onde se deu a contratação do trabalhador.
II. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
III. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em que o empregado tenha sido contratado ou a localidade mais próxima.
IV. Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
V. Mesmo em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, a competência continuará sendo exclusiva da Vara da localidade da prestação dos respectivos serviços, eis que se trata de regra mais benéfica ao empregado.
Está correto o que consta APENAS em
Considere as situações abaixo descritas.
I. Sócrates é comissário de bordo de empresa aérea Céu de Brigadeiro S/A e permanece dentro da aeronave nos períodos de abastecimento.
II. Mercúrio é motorista da empresa Astro Rei Ltda. e realiza entregas utilizando habitualmente carro. Esporadicamente, na ausência do carro, realiza as entregas de motocicleta.
III. Netuno é vigilante bancário, trabalhando em escala 12 × 36, portando arma de fogo.
IV. Zeus é empregado da empresa Atenas Geradora de Energia Elétrica S/A, trabalhando na função de eletricitário, adentrando em área considerada de risco uma vez ao dia, lá permanecendo por cinco minutos.
Levando em consideração a legislação trabalhista em vigor e a jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho,