Questões de Concurso Para prefeitura de caucaia - ce

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Q2769042 Português

Leia o Texto I para responder às questões 1 a 7.

TEXTO I

O Assalto


Na feira, a gorda senhora protestou a altos brados contra o preço do chuchu:

— Isto é um assalto!

Houve um rebuliço. Os que estavam perto fugiram. Alguém, correndo, foi chamar o guarda. Um minuto depois, a rua inteira, atravancada, mas provida de um admirável serviço de comunicação espontânea, sabia que se estava perpetrando um assalto ao banco. Mas que banco? Havia banco naquela rua? Evidente que sim, pois do contrário como poderia ser assaltado?

— Um assalto! Um assalto! — a senhora continuava a exclamar, e quem não tinha escutado, escutou, multiplicando a notícia. Aquela voz subindo do mar de barracas e legumes era como a própria sirena policial, documentando, por seu uivo, a ocorrência grave, que fatalmente se estaria consumando ali, na claridade do dia, sem que ninguém pudesse evitá-la.

Moleques de carrinho corriam em todas as direções, atropelando-se uns aos outros. Queriam salvar as mercadorias que transportavam. Não era o instinto de propriedade que os impelia. Sentiam-se responsáveis pelo transporte. E no atropelo da fuga, pacotes rasgavam-se, melancias rolavam, tomates esborrachavam-se no asfalto. Se a fruta cai no chão, já não é de ninguém; é de qualquer um, inclusive do transportador. Em ocasiões de assalto, quem é que vai reclamar uma penca de bananas meio amassadas?

— Olha o assalto! Tem um assalto ali adiante!

O ônibus na rua transversal parou para assuntar. Passageiros ergueram-se, puseram o nariz para fora. Não se via nada. O motorista desceu, desceu o trocador, um passageiro advertiu:

— No que você vai a fim do assalto, eles assaltam sua caixa.

Ele nem escutou. Então os passageiros também acharam de bom alvitre abandonar o veículo, na ânsia de saber, que vem movendo o homem, desde a idade da pedra até a idade do módulo lunar.

Outros ônibus pararam, a rua entupiu.

— Melhor. Todas as ruas estão bloqueadas. Assim eles não podem dar no pé.

— É uma mulher que chefia o bando!

— Já sei. A tal dondoca loira.

— A loura assalta em São Paulo. Aqui é morena.

— Uma gorda. Está de metralhadora. Eu vi.

— Minha Nossa Senhora, o mundo está virado!

— Vai ver que está caçando é marido.

— Não brinca numa hora dessas. Olha aí sangue escorrendo!

— Sangue nada, é tomate.

Na confusão, circularam notícias diversas. O assalto fora a uma joalheria, as vitrinas tinham sido esmigalhadas a bala. E havia joias pelo chão, braceletes, relógios. O que os bandidos não levaram, na pressa, era agora objeto de saque popular. Morreram no mínimo duas pessoas, e três estavam gravemente feridas.

Barracas derrubadas assinalavam o ímpeto da convulsão coletiva. Era preciso abrir caminho a todo custo. No rumo do assalto, para ver, e no rumo contrário, para escapar. Os grupos divergentes chocavam-se, e às vezes trocavam de direção; quem fugia dava marcha à ré, quem queria espiar era arrastado pela massa oposta. Os edifícios de apartamentos tinham fechado suas portas, logo que o primeiro foi invadido por pessoas que pretendiam, ao mesmo tempo, salvar o pelo e contemplar lá de cima. Janelas e balcões apinhados de moradores, que gritavam:

— Pega! Pega! Correu pra lá!

— Olha ela ali!

— Eles entraram na Kombi ali adiante!

— É um mascarado! Não, são dois mascarados!

Ouviu-se nitidamente o pipocar de uma metralhadora, a pequena distância. Foi um deitar-no-chão geral, e como não havia espaço uns caíam por cima de outros. Cessou o ruído, Voltou. Que assalto era esse, dilatado no tempo, repetido, confuso?

— Olha o diabo daquele escurinho tocando matraca! E a gente com dor-de-barriga, pensando que era metralhadora!

Caíram em cima do garoto, que soverteu na multidão. A senhora gorda apareceu, muito vermelha, protestando sempre:

— É um assalto! Chuchu por aquele preço é um verdadeiro assalto!

Carlos Drummond de Andrade

Pode-se afirmar que o Texto I é

Alternativas
Q2768439 Português

Leia o Texto I para responder às questões 1 a 7.

TEXTO I

O Assalto


Na feira, a gorda senhora protestou a altos brados contra o preço do chuchu:

— Isto é um assalto!

Houve um rebuliço. Os que estavam perto fugiram. Alguém, correndo, foi chamar o guarda. Um minuto depois, a rua inteira, atravancada, mas provida de um admirável serviço de comunicação espontânea, sabia que se estava perpetrando um assalto ao banco. Mas que banco? Havia banco naquela rua? Evidente que sim, pois do contrário como poderia ser assaltado?

— Um assalto! Um assalto! — a senhora continuava a exclamar, e quem não tinha escutado, escutou, multiplicando a notícia. Aquela voz subindo do mar de barracas e legumes era como a própria sirena policial, documentando, por seu uivo, a ocorrência grave, que fatalmente se estaria consumando ali, na claridade do dia, sem que ninguém pudesse evitá-la.

Moleques de carrinho corriam em todas as direções, atropelando-se uns aos outros. Queriam salvar as mercadorias que transportavam. Não era o instinto de propriedade que os impelia. Sentiam-se responsáveis pelo transporte. E no atropelo da fuga, pacotes rasgavam-se, melancias rolavam, tomates esborrachavam-se no asfalto. Se a fruta cai no chão, já não é de ninguém; é de qualquer um, inclusive do transportador. Em ocasiões de assalto, quem é que vai reclamar uma penca de bananas meio amassadas?

— Olha o assalto! Tem um assalto ali adiante!

O ônibus na rua transversal parou para assuntar. Passageiros ergueram-se, puseram o nariz para fora. Não se via nada. O motorista desceu, desceu o trocador, um passageiro advertiu:

— No que você vai a fim do assalto, eles assaltam sua caixa.

Ele nem escutou. Então os passageiros também acharam de bom alvitre abandonar o veículo, na ânsia de saber, que vem movendo o homem, desde a idade da pedra até a idade do módulo lunar.

Outros ônibus pararam, a rua entupiu.

— Melhor. Todas as ruas estão bloqueadas. Assim eles não podem dar no pé.

— É uma mulher que chefia o bando!

— Já sei. A tal dondoca loira.

— A loura assalta em São Paulo. Aqui é morena.

— Uma gorda. Está de metralhadora. Eu vi.

— Minha Nossa Senhora, o mundo está virado!

— Vai ver que está caçando é marido.

— Não brinca numa hora dessas. Olha aí sangue escorrendo!

— Sangue nada, é tomate.

Na confusão, circularam notícias diversas. O assalto fora a uma joalheria, as vitrinas tinham sido esmigalhadas a bala. E havia joias pelo chão, braceletes, relógios. O que os bandidos não levaram, na pressa, era agora objeto de saque popular. Morreram no mínimo duas pessoas, e três estavam gravemente feridas.

Barracas derrubadas assinalavam o ímpeto da convulsão coletiva. Era preciso abrir caminho a todo custo. No rumo do assalto, para ver, e no rumo contrário, para escapar. Os grupos divergentes chocavam-se, e às vezes trocavam de direção; quem fugia dava marcha à ré, quem queria espiar era arrastado pela massa oposta. Os edifícios de apartamentos tinham fechado suas portas, logo que o primeiro foi invadido por pessoas que pretendiam, ao mesmo tempo, salvar o pelo e contemplar lá de cima. Janelas e balcões apinhados de moradores, que gritavam:

— Pega! Pega! Correu pra lá!

— Olha ela ali!

— Eles entraram na Kombi ali adiante!

— É um mascarado! Não, são dois mascarados!

Ouviu-se nitidamente o pipocar de uma metralhadora, a pequena distância. Foi um deitar-no-chão geral, e como não havia espaço uns caíam por cima de outros. Cessou o ruído, Voltou. Que assalto era esse, dilatado no tempo, repetido, confuso?

— Olha o diabo daquele escurinho tocando matraca! E a gente com dor-de-barriga, pensando que era metralhadora!

Caíram em cima do garoto, que soverteu na multidão. A senhora gorda apareceu, muito vermelha, protestando sempre:

— É um assalto! Chuchu por aquele preço é um verdadeiro assalto!

Carlos Drummond de Andrade

De acordo com a leitura do texto, indique a única opção que não se aplica ao Texto I.

Alternativas
Q2461068 Medicina
A vacinação é a melhor forma de proteger as crianças contra doenças imunopreveníveis. Identifique a vacina que deve ser dada à criança aos 3 meses de vida, de acordo com o calendário de vacinação do Ministério da Saúde.
Alternativas
Q2461060 Medicina
Qual dos itens a seguir representa um critério diagnóstico da cetoacidose diabética? 
Alternativas
Q2461059 Medicina
De acordo com a Lei Complementar nº 141/12, os Estados e o Distrito Federal deverão aplicar, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, um percentual das suas arrecadações tributárias. A qual valor corresponde esse percentual?
Alternativas
Q2461058 Medicina
Sobre o infarto agudo do miocárdio (IAM), está CORRETO o que se afirma na alternativa.
Alternativas
Q2461052 Medicina
Sobre o uso de Enoxaparina no tratamento profilático de pacientes hemodinamicamente estáveis com suspeita de infarto agudo do miocárdio (IAM), assinale o item que apresenta a indicação CORRETA.
Alternativas
Q2460480 Segurança e Saúde no Trabalho
Sobre os acidentes de trabalho, está CORRETO o que se afirma em

Alternativas
Q2460476 Medicina

Analise as doenças a seguir.


I. Esquistossomose.


II. Botulismo.


III. Coqueluche.


IV. Síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika.


V. Hantavirose.


Quais as doenças de notificação compulsória imediata?

Alternativas
Q2460475 Medicina
Qual das alternativas apresenta uma característica da reação subintrante da hanseníase? 
Alternativas
Q2460473 Medicina
Compõem a fase de manutenção do esquema básico para o tratamento da tuberculose em indivíduos acima dos 10 anos de idade,
Alternativas
Q2460470 Medicina
Qual dos itens a seguir representa um critério diagnóstico da cetoacidose diabética? 
Alternativas
Q2460463 Medicina

Leia as afirmações a respeito da vaginose bacteriana.


I. pH < 4,5 é uma característica do quadro.


II. Para o diagnóstico, faz-se necessário um teste de Whiff negativo.


III. A presença de clue cells é um dos critérios de Amsel.


IV. O padrão ouro do diagnóstico é a coloração por Gram do fluido vaginal.


V. O rastreio de vaginose bacteriana é indicado mesmo em mulheres assintomáticas.


Marque a opção que apresenta o número de afirmações CORRETAS.

Alternativas
Q2460361 Medicina
Em geral, a recomendação de terapia medicamentosa para casos de doença meningocócica em adultos é o uso de
Alternativas
Q2460359 Medicina
Em relação ao acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica, abordado pelo Decreto nº 7.508/11, marque o item que apresente a afirmação CORRETA.
Alternativas
Q2460357 Medicina
Observe o trecho com atenção.

“[...] estimular a participação das pessoas, a orientação comunitária das ações de saúde na Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território. Considerando ainda o enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, através de articulação e integração das ações intersetoriais na organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais centradas nas pessoas e no exercício do controle social”.

O trecho se refere a uma diretriz da Rede de Atenção à Saúde (RAS) a ser operacionalizada na Atenção Básica. Pode-se afirmar que esta diretriz é a
Alternativas
Q2460354 Medicina
Assinale, a seguir, o item que apresenta, à primeira, opção de tratamento para a Donovanose.
Alternativas
Q2460352 Medicina
Na investigação de um abdome agudo, é essencial que seja realizada uma anamnese de qualidade, bem como um bom exame físico abdominal. Nesse caso, assinale o item que corresponde à CORRETA descrição de um achado semiológico e sua respectiva correlação clínica.
Alternativas
Q2460351 Medicina
Em relação aos exames bacteriológicos para o diagnóstico de tuberculose, assinale a opção da afirmação CORRETA.
Alternativas
Q2460347 Medicina
Diversas manifestações de imunodeficiência podem estar relacionadas ao HIV, porém, nem todas são entendidas como definidoras de AIDS. Assinale o item que corresponde a uma doença definidora de AIDS.
Alternativas
Respostas
21: D
22: D
23: C
24: E
25: B
26: E
27: A
28: C
29: C
30: C
31: A
32: E
33: B
34: A
35: B
36: A
37: D
38: D
39: C
40: E