Questões de Concurso Para fcria-ap
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A ideia de dor e sofrimento foi se tornando marginal. Nossa cultura difunde a ideia de que você é mais autêntico e mais realizado quando sofre menos; você tem que ter boa saúde, boa forma... Do ponto de vista moral ocorre a mesma coisa. Queremos que as sensações psíquicas cumpram o mesmo modelo das sensações físicas agradáveis. Assim, vou sempre em busca de uma espécie de autossuficiência. Só me tornando autossuficiente eu não corro o risco do desprazer, porque o outro sempre pode me frustrar. Você tenta retirar da vida mental e sentimental as frustrações, as desilusões e os lutos, que são inevitáveis. O indivíduo hoje já nasce recebendo a indicação de que não deve sofrer. Vamos pegar duas "dores" comuns de hoje, as frustrações profissionais e as frustrações amorosas. Hoje, seja para o insucesso amoroso, seja para o profissional, receita-se um antidepressivo. Não há esforço nenhum dos indivíduos. Esse é o pior dos mundos. Mas podemos construir um mundo humano onde caiba o sofrimento, sem que ele seja dilacerante.
(Adaptado de: COSTA, Jurandir Freire. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
A ideia de dor e sofrimento foi se tornando marginal. Nossa cultura difunde a ideia de que você é mais autêntico e mais realizado quando sofre menos; você tem que ter boa saúde, boa forma... Do ponto de vista moral ocorre a mesma coisa. Queremos que as sensações psíquicas cumpram o mesmo modelo das sensações físicas agradáveis. Assim, vou sempre em busca de uma espécie de autossuficiência. Só me tornando autossuficiente eu não corro o risco do desprazer, porque o outro sempre pode me frustrar. Você tenta retirar da vida mental e sentimental as frustrações, as desilusões e os lutos, que são inevitáveis. O indivíduo hoje já nasce recebendo a indicação de que não deve sofrer. Vamos pegar duas "dores" comuns de hoje, as frustrações profissionais e as frustrações amorosas. Hoje, seja para o insucesso amoroso, seja para o profissional, receita-se um antidepressivo. Não há esforço nenhum dos indivíduos. Esse é o pior dos mundos. Mas podemos construir um mundo humano onde caiba o sofrimento, sem que ele seja dilacerante.
(Adaptado de: COSTA, Jurandir Freire. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
Em janeiro de 1968, estreava na Europa e nos Estados Unidos um filme considerado o primeiro da nova era do cinema hollywoodiano, por quebrar tabus e fazer sucesso entre o público jovem. Era Bonnie e Clyde, de Arthur Penn. Tratava-se da história de dois jovens apaixonados, ladrões de banco, que circulavam pelo centro dos Estados Unidos durante a Grande Depressão. O casal reforçava nos jovens a ideia da quebra de todas as regras.
Lançado num país que ainda se recuperava do trauma do assassinato do presidente John Kennedy e via aumentar a tensão provocada por conflitos raciais, o filme causou repulsa e indignação entre os críticos. Por adotar, com humor, o ponto de vista dos criminosos, foi visto como subversivo.
Paralelamente ao lançamento do filme, surgiam produtos que se destinavam exclusivamente aos jovens e que passariam a depender do consumo destes. Esses produtos atravessavam as fronteiras nacionais com uma facilidade sem precedentes e a cultura de massas tornou-se internacional por definição.
(Adaptado de: ZAPPA, Regina e SOTO, Ernesto. 1968: Eles só queriam mudar o mundo. Rio de Janeiro: Zahar, edição digital)