Questões de Concurso
Para semae de piracicaba - sp
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Para uma companheira inseparável
Em Gramado, o Festival de Cinema; em Passo Fundo, a Jornada de Literatura: uma semana de festas no Rio Grande do Sul. Não para mim, que não fui convidado para nenhuma das duas (talvez pensem que já morri?), e mesmo que fosse, quase certamente não poderia ir. É que, embora continue vivo, arrumei uma inimiga poderosa. A Tosse, eu a chamo, assim mesmo, com maiúsculas merecidas, pois já dura uns quatro meses e não tem nada, absolutamente nada, que a cure.
Começou, que eu me lembre, lá por maio. Foi logo depois de uma gripe e tão generalizada que tinha também um pouco de sinusite, rinite, otite e se outros ites existem no aparelho respiratório, essa gripe certamente também tinha. Tudo foi passando aos poucos. Ela, a Tosse, não.
Traiçoeira, inadequada, vem principalmente à noite. Tarde da noite, como entidade do mal que é, lá pelas quatro, cinco da manhã, quando faz tanto frio que seria suicídio sair da cama. E não passa.
Meu médico diz que a causa é uma só – chama-se Porto Alegre, talvez uma das cidades com um dos piores climas do país. Principalmente em agosto, quando as paredes vertem água de tanta umidade, não há sol, o mofo se infiltra e as casas geladas transformam-se numa espécie de Disneyworld de ácaros. Trata-se, portanto, de atravessar agosto. Falta pouco. Prometo ser forte.
(Caio Fernando de Abreu. Pequenas epifanias, 2014. Adaptado)
Para responder à questão, considere o trecho do segundo parágrafo:
Foi logo depois de uma gripe e tão generalizada que tinha também um pouco de sinusite, rinite, otite e se outros ites existem no aparelho respiratório, essa gripe certamente também tinha.
No contexto em que está empregada, a oração destacada
no trecho pode ser corretamente substituída por:
Para uma companheira inseparável
Em Gramado, o Festival de Cinema; em Passo Fundo, a Jornada de Literatura: uma semana de festas no Rio Grande do Sul. Não para mim, que não fui convidado para nenhuma das duas (talvez pensem que já morri?), e mesmo que fosse, quase certamente não poderia ir. É que, embora continue vivo, arrumei uma inimiga poderosa. A Tosse, eu a chamo, assim mesmo, com maiúsculas merecidas, pois já dura uns quatro meses e não tem nada, absolutamente nada, que a cure.
Começou, que eu me lembre, lá por maio. Foi logo depois de uma gripe e tão generalizada que tinha também um pouco de sinusite, rinite, otite e se outros ites existem no aparelho respiratório, essa gripe certamente também tinha. Tudo foi passando aos poucos. Ela, a Tosse, não.
Traiçoeira, inadequada, vem principalmente à noite. Tarde da noite, como entidade do mal que é, lá pelas quatro, cinco da manhã, quando faz tanto frio que seria suicídio sair da cama. E não passa.
Meu médico diz que a causa é uma só – chama-se Porto Alegre, talvez uma das cidades com um dos piores climas do país. Principalmente em agosto, quando as paredes vertem água de tanta umidade, não há sol, o mofo se infiltra e as casas geladas transformam-se numa espécie de Disneyworld de ácaros. Trata-se, portanto, de atravessar agosto. Falta pouco. Prometo ser forte.
(Caio Fernando de Abreu. Pequenas epifanias, 2014. Adaptado)
Para responder à questão, considere o trecho do segundo parágrafo:
Foi logo depois de uma gripe e tão generalizada que tinha também um pouco de sinusite, rinite, otite e se outros ites existem no aparelho respiratório, essa gripe certamente também tinha.
Além de “certamente”, presente nesse trecho, encontram-se
no texto os advérbios “absolutamente” (1º parágrafo: “e
não tem nada, absolutamente nada”) e “principalmente”
(3º parágrafo: “vem principalmente à noite”). Eles expressam,
correta e respectivamente, circunstâncias de:
Para uma companheira inseparável
Em Gramado, o Festival de Cinema; em Passo Fundo, a Jornada de Literatura: uma semana de festas no Rio Grande do Sul. Não para mim, que não fui convidado para nenhuma das duas (talvez pensem que já morri?), e mesmo que fosse, quase certamente não poderia ir. É que, embora continue vivo, arrumei uma inimiga poderosa. A Tosse, eu a chamo, assim mesmo, com maiúsculas merecidas, pois já dura uns quatro meses e não tem nada, absolutamente nada, que a cure.
Começou, que eu me lembre, lá por maio. Foi logo depois de uma gripe e tão generalizada que tinha também um pouco de sinusite, rinite, otite e se outros ites existem no aparelho respiratório, essa gripe certamente também tinha. Tudo foi passando aos poucos. Ela, a Tosse, não.
Traiçoeira, inadequada, vem principalmente à noite. Tarde da noite, como entidade do mal que é, lá pelas quatro, cinco da manhã, quando faz tanto frio que seria suicídio sair da cama. E não passa.
Meu médico diz que a causa é uma só – chama-se Porto Alegre, talvez uma das cidades com um dos piores climas do país. Principalmente em agosto, quando as paredes vertem água de tanta umidade, não há sol, o mofo se infiltra e as casas geladas transformam-se numa espécie de Disneyworld de ácaros. Trata-se, portanto, de atravessar agosto. Falta pouco. Prometo ser forte.
(Caio Fernando de Abreu. Pequenas epifanias, 2014. Adaptado)
Para uma companheira inseparável
Em Gramado, o Festival de Cinema; em Passo Fundo, a Jornada de Literatura: uma semana de festas no Rio Grande do Sul. Não para mim, que não fui convidado para nenhuma das duas (talvez pensem que já morri?), e mesmo que fosse, quase certamente não poderia ir. É que, embora continue vivo, arrumei uma inimiga poderosa. A Tosse, eu a chamo, assim mesmo, com maiúsculas merecidas, pois já dura uns quatro meses e não tem nada, absolutamente nada, que a cure.
Começou, que eu me lembre, lá por maio. Foi logo depois de uma gripe e tão generalizada que tinha também um pouco de sinusite, rinite, otite e se outros ites existem no aparelho respiratório, essa gripe certamente também tinha. Tudo foi passando aos poucos. Ela, a Tosse, não.
Traiçoeira, inadequada, vem principalmente à noite. Tarde da noite, como entidade do mal que é, lá pelas quatro, cinco da manhã, quando faz tanto frio que seria suicídio sair da cama. E não passa.
Meu médico diz que a causa é uma só – chama-se Porto Alegre, talvez uma das cidades com um dos piores climas do país. Principalmente em agosto, quando as paredes vertem água de tanta umidade, não há sol, o mofo se infiltra e as casas geladas transformam-se numa espécie de Disneyworld de ácaros. Trata-se, portanto, de atravessar agosto. Falta pouco. Prometo ser forte.
(Caio Fernando de Abreu. Pequenas epifanias, 2014. Adaptado)
Leia a charge para responder à questão.
(Chargista Duke. https://www.otempo.com.br/charges, 20.03.2020)