Questões de Concurso Para prefeitura de trairi - ce

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Q1625847 Português
COMO SEREMOS AMANHÃ?
Por mais modernos, avançados, biônicos, quânticos, incríveis que sejamos, não poderemos nos livrar das emoções humanas.

    Estar aberto às novidades é estar vivo. Fechar-se a elas é morrer estando vivo. Um certo equilíbrio entre as duas atitudes ajuda a nem ser antiquado demais nem ser superavançadinho, correndo o perigo de confusões ou ridículo. Sempre me fascinaram as mudanças – às vezes avanço, às vezes retorno à caverna. Hoje andam incrivelmente rápidas, atingindo nossos usos e costumes, ciência e tecnologia, com reflexos nas mais sofisticadas e nas menores coisas com que lidamos. Nossa visão de mundo se transforma, mas penso que não no mesmo ritmo; então de vez em quando nos pegamos dizendo, como nossas mães ou avós tanto tempo atrás: “Nossa! Como tudo mudou!”.
    Nos usos e costumes, a coisa é séria e nos afeta a todos: crianças muito precocemente sexualizadas pela moda, pela televisão, muitas vezes por mães alienadas, por teorias abstrusas e mal aplicadas. Se antes namorar era difícil, o primeiro batom rosa-claro aos 15 anos, e não havia pílula anticoncepcional, hoje talvez amar ande descomplicado demais. (...) Casamentos (isto é, uniões ditas estáveis, morar juntos) estão sendo atropelados pela incapacidade de fortalecer laços, construir juntos com alguma paciência. Não sou de sermos infelizes juntos pelo resto da vida, mas de tentarmos um pouco mais. (...) Na saúde, acho que muito melhorou. Sou de uma infância sem antibióticos. A gente sobrevivia sob os cuidados de mãe, pai, avó, médico de família, aquele que atendia do parto à cirurgia mais complexa para aqueles dias. Dieta, que hoje se tornou obsessão, era impensável, sobretudo para crianças, e eu préadolescente gordinha, não podia nem falar em “regime” que minha mãe arrancava os cabelos e o médico sacudia a cabeça: “Nem pensar”.
    Em breve, estaremos menos doentes: células-tronco e chips vão nos consertar de imediato, ou evitar os males. Teremos de descobrir o que fazer com tanto tempo de vida a mais que nos será concedido. Nada de aposentadoria precoce, chinelo e pijama (isso ainda se usa?). Mas aprender sempre. Interrogar o mundo, curtir a natureza, saborear a arte, viajar para Marte e outras rimas exóticas. Passear, criar, divertir-se, viajar (talvez por teletransporte, feito o pó de pirlimpimpim da boneca Emília do nosso Monteiro Lobato que querem castrar).
    Quem sabe, nos mataremos menos, se as drogas forem controladas e a miséria extinta. Não creio em igualdade, mas em dignidade para todos. Talvez haja menos guerras, porque de alguma forma seremos menos violentos. Leremos unicamente livros eletrônicos ou algo ainda mais moderno. As vastas bibliotecas de papel serão museus, guardando o cheiro da minha infância, quando – se eu aborrecia minha mãe com mil perguntas – meu pai me sentava em uma dessas poltronas de couro e botava no meu colo alguma enciclopédia com figuras de flores, frutas, bichos, protegida por papel de seda amarelado. Inesquecível e delicioso, sobretudo quando chovia.
    As crianças terão outras memórias, outras brincadeiras, outras alegrias; os adultos, novas sensações e possibilidades – mas as emoções humanas, estas eu penso que vão demorar a mudar. Todos vão continuar querendo mais ou menos o mesmo: afeto, presença, sentido para a vida, alegria. Desta, por mais modernos, avançados, biônicos, quânticos, incríveis, não poderemos esquecer. Ou não valerá a pena nem um só ano a mais, saúde a mais, brinquedinhos a mais. Seremos uns robôs cinzentos e sem graça.

Lya Luft
Marque a opção INCORRETA, segundo o texto.
Alternativas
Q1625846 Português
COMO SEREMOS AMANHÃ?
Por mais modernos, avançados, biônicos, quânticos, incríveis que sejamos, não poderemos nos livrar das emoções humanas.

    Estar aberto às novidades é estar vivo. Fechar-se a elas é morrer estando vivo. Um certo equilíbrio entre as duas atitudes ajuda a nem ser antiquado demais nem ser superavançadinho, correndo o perigo de confusões ou ridículo. Sempre me fascinaram as mudanças – às vezes avanço, às vezes retorno à caverna. Hoje andam incrivelmente rápidas, atingindo nossos usos e costumes, ciência e tecnologia, com reflexos nas mais sofisticadas e nas menores coisas com que lidamos. Nossa visão de mundo se transforma, mas penso que não no mesmo ritmo; então de vez em quando nos pegamos dizendo, como nossas mães ou avós tanto tempo atrás: “Nossa! Como tudo mudou!”.
    Nos usos e costumes, a coisa é séria e nos afeta a todos: crianças muito precocemente sexualizadas pela moda, pela televisão, muitas vezes por mães alienadas, por teorias abstrusas e mal aplicadas. Se antes namorar era difícil, o primeiro batom rosa-claro aos 15 anos, e não havia pílula anticoncepcional, hoje talvez amar ande descomplicado demais. (...) Casamentos (isto é, uniões ditas estáveis, morar juntos) estão sendo atropelados pela incapacidade de fortalecer laços, construir juntos com alguma paciência. Não sou de sermos infelizes juntos pelo resto da vida, mas de tentarmos um pouco mais. (...) Na saúde, acho que muito melhorou. Sou de uma infância sem antibióticos. A gente sobrevivia sob os cuidados de mãe, pai, avó, médico de família, aquele que atendia do parto à cirurgia mais complexa para aqueles dias. Dieta, que hoje se tornou obsessão, era impensável, sobretudo para crianças, e eu préadolescente gordinha, não podia nem falar em “regime” que minha mãe arrancava os cabelos e o médico sacudia a cabeça: “Nem pensar”.
    Em breve, estaremos menos doentes: células-tronco e chips vão nos consertar de imediato, ou evitar os males. Teremos de descobrir o que fazer com tanto tempo de vida a mais que nos será concedido. Nada de aposentadoria precoce, chinelo e pijama (isso ainda se usa?). Mas aprender sempre. Interrogar o mundo, curtir a natureza, saborear a arte, viajar para Marte e outras rimas exóticas. Passear, criar, divertir-se, viajar (talvez por teletransporte, feito o pó de pirlimpimpim da boneca Emília do nosso Monteiro Lobato que querem castrar).
    Quem sabe, nos mataremos menos, se as drogas forem controladas e a miséria extinta. Não creio em igualdade, mas em dignidade para todos. Talvez haja menos guerras, porque de alguma forma seremos menos violentos. Leremos unicamente livros eletrônicos ou algo ainda mais moderno. As vastas bibliotecas de papel serão museus, guardando o cheiro da minha infância, quando – se eu aborrecia minha mãe com mil perguntas – meu pai me sentava em uma dessas poltronas de couro e botava no meu colo alguma enciclopédia com figuras de flores, frutas, bichos, protegida por papel de seda amarelado. Inesquecível e delicioso, sobretudo quando chovia.
    As crianças terão outras memórias, outras brincadeiras, outras alegrias; os adultos, novas sensações e possibilidades – mas as emoções humanas, estas eu penso que vão demorar a mudar. Todos vão continuar querendo mais ou menos o mesmo: afeto, presença, sentido para a vida, alegria. Desta, por mais modernos, avançados, biônicos, quânticos, incríveis, não poderemos esquecer. Ou não valerá a pena nem um só ano a mais, saúde a mais, brinquedinhos a mais. Seremos uns robôs cinzentos e sem graça.

Lya Luft
Assinale a opção que NÃO representa opinião da autora, segundo o texto.
Alternativas
Q1625845 Português
COMO SEREMOS AMANHÃ?
Por mais modernos, avançados, biônicos, quânticos, incríveis que sejamos, não poderemos nos livrar das emoções humanas.

    Estar aberto às novidades é estar vivo. Fechar-se a elas é morrer estando vivo. Um certo equilíbrio entre as duas atitudes ajuda a nem ser antiquado demais nem ser superavançadinho, correndo o perigo de confusões ou ridículo. Sempre me fascinaram as mudanças – às vezes avanço, às vezes retorno à caverna. Hoje andam incrivelmente rápidas, atingindo nossos usos e costumes, ciência e tecnologia, com reflexos nas mais sofisticadas e nas menores coisas com que lidamos. Nossa visão de mundo se transforma, mas penso que não no mesmo ritmo; então de vez em quando nos pegamos dizendo, como nossas mães ou avós tanto tempo atrás: “Nossa! Como tudo mudou!”.
    Nos usos e costumes, a coisa é séria e nos afeta a todos: crianças muito precocemente sexualizadas pela moda, pela televisão, muitas vezes por mães alienadas, por teorias abstrusas e mal aplicadas. Se antes namorar era difícil, o primeiro batom rosa-claro aos 15 anos, e não havia pílula anticoncepcional, hoje talvez amar ande descomplicado demais. (...) Casamentos (isto é, uniões ditas estáveis, morar juntos) estão sendo atropelados pela incapacidade de fortalecer laços, construir juntos com alguma paciência. Não sou de sermos infelizes juntos pelo resto da vida, mas de tentarmos um pouco mais. (...) Na saúde, acho que muito melhorou. Sou de uma infância sem antibióticos. A gente sobrevivia sob os cuidados de mãe, pai, avó, médico de família, aquele que atendia do parto à cirurgia mais complexa para aqueles dias. Dieta, que hoje se tornou obsessão, era impensável, sobretudo para crianças, e eu préadolescente gordinha, não podia nem falar em “regime” que minha mãe arrancava os cabelos e o médico sacudia a cabeça: “Nem pensar”.
    Em breve, estaremos menos doentes: células-tronco e chips vão nos consertar de imediato, ou evitar os males. Teremos de descobrir o que fazer com tanto tempo de vida a mais que nos será concedido. Nada de aposentadoria precoce, chinelo e pijama (isso ainda se usa?). Mas aprender sempre. Interrogar o mundo, curtir a natureza, saborear a arte, viajar para Marte e outras rimas exóticas. Passear, criar, divertir-se, viajar (talvez por teletransporte, feito o pó de pirlimpimpim da boneca Emília do nosso Monteiro Lobato que querem castrar).
    Quem sabe, nos mataremos menos, se as drogas forem controladas e a miséria extinta. Não creio em igualdade, mas em dignidade para todos. Talvez haja menos guerras, porque de alguma forma seremos menos violentos. Leremos unicamente livros eletrônicos ou algo ainda mais moderno. As vastas bibliotecas de papel serão museus, guardando o cheiro da minha infância, quando – se eu aborrecia minha mãe com mil perguntas – meu pai me sentava em uma dessas poltronas de couro e botava no meu colo alguma enciclopédia com figuras de flores, frutas, bichos, protegida por papel de seda amarelado. Inesquecível e delicioso, sobretudo quando chovia.
    As crianças terão outras memórias, outras brincadeiras, outras alegrias; os adultos, novas sensações e possibilidades – mas as emoções humanas, estas eu penso que vão demorar a mudar. Todos vão continuar querendo mais ou menos o mesmo: afeto, presença, sentido para a vida, alegria. Desta, por mais modernos, avançados, biônicos, quânticos, incríveis, não poderemos esquecer. Ou não valerá a pena nem um só ano a mais, saúde a mais, brinquedinhos a mais. Seremos uns robôs cinzentos e sem graça.

Lya Luft
Em relação ao texto, marque a opção CORRETA. A autora
Alternativas
Q1406783 Medicina
No atendimento ao paciente com suspeita de dengue, são sinais de alerta que indicam possibilidade de gravidade do quadro clínico.
Alternativas
Q1406782 Medicina
As parasitoses intestinais constituem grave problema de saúde pública em países em desenvolvimento. Assinale a alternativa que representa o grupamento de vermes que apresenta ciclo pulmonar.
Alternativas
Q1406781 Medicina
Assinale a alternativa que representa o antihipertensivo de primeira escolha no tratamento inicial do paciente portador de diabetes mellitus.
Alternativas
Q1406780 Enfermagem
As equipes de atenção básica devem realizar ações de acordo com as regras do Programa de Agentes Comunitários de Saúde/Programa de Saúde da Família (PACS/PSF). Considerando a Atenção Básica, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1406779 Medicina
Quanto ao infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST, é INCORRETO afirmar:
Alternativas
Q1406778 Medicina
Sobre pneumonia pneumocócica, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1406777 Medicina
Pacientes portadores de AIDS apresentam algumas anormalidades endócrinas e metabólicas. Dentre elas, podemos citar, EXCETO.
Alternativas
Q1406776 Medicina
Analise as alternativas a seguir quanto ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica em ambiente de atenção primária de saúde.
I. Para paciente hipertenso, sem outras comorbidades, em uso de diurético tiazídico e inibidor de enzima conversora de angiotensina, sem controle satisfatório da pressão arterial e com indicação de acréscimo de outro anti-hipertensivo, devese considerar, como melhor opção, a associação de um betabloqueador. II. Enalapril 10 mg/dia pode ser uma boa escolha para o tratamento anti-hipertensivo de primeira linha (monoterapia) em paciente de cor branca, com 50 anos de idade, sem comorbidade associada. III. Betabloqueador não costuma ser escolha de primeira linha como monoterapia para o tratamento de hipertensão, embora possa ser utilizado em situações específicas.
Assinale opção que indica a(s) alternativa(s) CORRETA(S).


Alternativas
Q1406775 Medicina
Assinale a alternativa que representa o tipo de câncer mais comum no Brasil.
Alternativas
Q1406774 Medicina

Analise o caso a seguir.


Um médico atende um paciente feminino, 40 anos, na emergência, com histórico de enxaqueca e que vem usando medicação específica para a doença mais de duas vezes por semana, devido a aumento na frequência das crises de dor. A paciente vem solicitando Tomografia de Crânio (TC), para saber “o que é”, pois relata não suportar mais as dores. Seu exame neurológico é normal.


Assinale a opção que representa a MELHOR CONDUTA para o caso.

Alternativas
Q1406773 Medicina
Em relação às úlceras pépticas, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1406772 Medicina
Em relação às hepatites virais, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1406771 Medicina
Assinale a alternativa CORRETA, quanto às alterações motoras, reflexo e sinal de Babinski, em um paciente que apresentou acidente vascular cerebral há 5 dias, com lesão da área motora no hemisfério direito.
Alternativas
Q1406770 Medicina
Quanto aos tumores ósseos, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1406769 Medicina
A incidência de ZANCA, no estudo radiológico de uma paciente com história de queda da própria altura, é indicada para avaliação de qual articulação?
Alternativas
Q1406768 Medicina
A prevalência de uma doença é o número de casos em uma população definida em um certo ponto no tempo. Existem vários fatores que podem influenciar as taxas de prevalência, aumentando-a ou diminuindo-a. Assinale a opção que representa um fator que DIMINUI a taxa de prevalência de uma doença.
Alternativas
Q1406767 Medicina
“Nada é mais importante no diagnóstico da dor lombar que a história do paciente. ” Essa afirmação confirma que a coluna lombar pode ser sítio de diversas manifestações.
I. Doenças sistêmicas (metástases, mieloma, espondilite anquilosante). II. Doenças abdominais (ulcera péptica, colecistite, pancreatite). III. Articulação coxo femoral e sacorilíacas (infecções, tumores). IV. Doença da coluna lombar (artrose, fraturas, degeneração discal).
Assinale a alternativa CORRETA, quanto às possíveis causas de Lombalgia.
Alternativas
Respostas
361: D
362: B
363: C
364: B
365: B
366: D
367: E
368: D
369: A
370: B
371: C
372: C
373: C
374: A
375: B
376: C
377: B
378: C
379: D
380: C