Questões de Concurso Para professor - geografia
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“Hoje, temos um marco que nos permite trazer essas discussões para o ensino da Geografia, que é a Lei n° 10.639. Essa Lei é tratada na Parte 1, ‘A Lei n° 10.639 e o ensino de Geografia’. Ela coloca na ordem do dia – de diferentes maneiras – que o mundo da educação tem que refletir sobre essas questões, tem que refletir sobre a forma como as relações raciais são tratadas dentro de conteúdos programáticos e, também, de práticas pedagógicas. Ela nos provoca, portanto, a inserir novos conteúdos, mas, sobretudo, a rever conteúdos e práticas pedagógicas.”
(SANTOS, R. E. dos (org.). Diversidade, espaço e relações étnicoraciais: o negro na geografia do Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 115-136.)
Uma forma de estabelecer novos e necessários olhares consiste na ruptura com as estigmatizações socioespaciais, que instituem papeis sociais restritos aos negros e limitadas visões sobre seus lugares, e na explicitação da diversidade de ocupações e funções que são e podem ser exercidas na sociedade por eles.
A partir do que foi explicitado, uma prática pedagógica afinada com a revisão de conteúdos e formas de apresentar a África consiste em:
“Os geógrafos têm majoritariamente se apropriado das imagens ‘para contar’, exercendo um tipo de performance em que as representações mostradas normalmente corroboram a narrativa do expositor. Ao mostrar uma foto ou um mapa de uma determinada região, o professor geralmente ‘sugere sua presença’ na sala de aula, contando como ‘é’ o Nordeste, a China ou o Oriente Médio. Dificilmente essas imagens são utilizadas ‘para descobrir’ as seletividades existentes na sua produção ou na sua recepção pelos alunos.” (NOVAES, A. R. Uma Geografia Visual? Contribuições para o uso de imagens na difusão do conhecimento geográfico. In: Espaço e Cultua, UERJ. Rio de Janeiro, n° 30, p. 6-22, jul/dez 2011.)
A partir da crítica acima apontada, uma maneira renovada de trabalhar a Geografia em sala de aula através de imagens é encontrada em:
Os deslocamentos populacionais e a mobilidade espacial são temas fundamentais para o estudo da Geografia na atualidade. As afirmativas a seguir apresentam justificativas a essa relevância:
I Migração não é apenas deslocamento humano, mas também irradiação geográfica de um dado sistema econômico e de uma dada estrutura social.
II Migrações são respostas e representam, em grande parte dos casos, o abandono não desejado da rede tradicional de relações longamente tecidas através de gerações, ainda que haja esforços para mantê-las.
III Migrações forçadas são respostas e representam, em grande parte dos casos, a entrada já como perdedor em outra arena de competições cujas regras ainda têm de se aprender.
IV Migrações são respostas e representam, em grande parte dos casos, uma ruptura cultural com todas as suas sequelas e todos os seus reflexos.
Das afirmativas consideradas:
“Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: ‘Veja!’ - e, ao falar, aponta.
O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu.
Seu mundo se expande.
Ele fica mais rico interiormente
E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.”
“Já li muitos livros sobre psicologia da educação,
sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por
mais que me esforce, não consigo me lembrar de
qualquer referência à educação do olhar ou à
importância do olhar na educação, em qualquer deles.”
“A primeira tarefa da educação é ensinar a ver...
“É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo.”
“Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.”
"As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver um mundo melhor"
" Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem...
O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido”
(Rubem Alves)
A respeito da riqueza do trabalho de campo como prática pedagógica na Geografia, afirma-se que:
I Há uma pedagogia no olhar que se basta a partir do empirismo do local e das abstrações realizadas pelos alunos, não carecendo de articulação a uma formação teórica e conceitual.
II O trabalho de campo deve ser entendido como um objetivo em si mesmo e não como um meio.
III Revela as diversas posssibilidades de recortar, analisar e conceituar o espaço, de acordo com as questões, metas e objetivos definidos.
IV Deve basear-se na totalidade do espaço, enquanto dinâmica e processo, sem esquecer os arranjos específicos que tornam cada lugar, cidade, bairro ou região uma articulação particular de fatores físicos e humanos em um mundo fragmentado, porém cada vez mais articulado.
As práticas e compreensões adequadas a respeito das finalidades didáticas através do trabalho de campo em Geografia correspondem apenas às afirmativas:
Partindo do consenso de que o nível escalar é sempre pensado em termos de lógica zonal de organização do espaço, enfatizam-se recortes em termos de superfícies ou áreas, que podem gerar diversas maneiras de regionalizar o espaço. Superando as visões tradicionais, Rogério Haesbaert (2010) propõe que, no atual estágio do processo de globalização e de mundialização da economia capitalista, o estudo regional deve ser vinculado: