Questões de Concurso
Para pedagogo
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Um funcionário da prefeitura precisa salvar seu documento feito no Microsoft Word 2010 (configuração padrão e em português). Assim que ele clicar nas teclas CTRL + B, por padrão, o arquivo gerado será de extensão:
Um slide mestre é o slide principal em uma hierarquia de slides que armazena todas as informações sobre o tema e os layouts de slide de uma apresentação. Para ser adicionado um slide mestre no Power Point 2007 (configuração padrão e em português), devemos clicar inicialmente na guia:
Conforme a planilha a seguir, feita no Microsoft Excel 2010 (configuração padrão e em português) com os nomes de alguns times paraenses, o resultado na célula C1, com a aplicação da fórmula =CONT.SE(A1:A7;"REMO") é:
A |
B |
C |
D |
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1 |
Remo |
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2 |
Tuna |
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3 |
Paysandu |
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4 |
Bragantino |
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5 |
Remo |
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6 |
Bragantino |
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7 |
Tuna |
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8 |
Remo |
Considerando as células preenchidas no Excel 2010 (configuração padrão e em português) conforme a figura a seguir, o conteúdo da célula C1 corresponde ao resultado correto de que fórmula?
A |
B |
C |
D |
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1 |
4 |
8 |
12 |
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2 |
6 |
10 |
14 |
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3 |
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4 |
Leia o texto e responda o que é pedido no comando da questão.
É correto, sem advérbios.
A lição da menina negra, magérrima, que cantou feito rainha.
Elza Soares estreou no programa de Ary Barroso na Rádio Tupi. Tinha 16 anos e era mãe. Sua cria estava doente e Elza Inscreveu-se no show de Barroso porque os primeiros lugares ganhavam prêmios em dinheiro. Era uma chance de pagar o tratamento do filho. Elza subiu no palco, mulher negra, jovem, magérrima, vestida conforme o lugar que lhe cabia na perversa espiral de privilégios da nossa sociedade. Notavam-se os remendos no vestido. Os alfinetes. Ary Barroso ficou chocado com alguém que, para muitos, não merecia estar sob os holofotes. ·o que é que você veio fazer aqui?" Ary recebeu Elza com boa dose da branquitude, classismo e machismo que inebriam a elite brasileira desde sempre.
Elza respondeu: "Eu vim cantar". Ary seguiu a cantilena do opressor: "E quem disse que você sabe cantar?". A menina de 16 anos, cujo filho ardia em febre, respondeu com a coragem das mães: "Eu". "De onde você veio, menina?" Ary não parecia se cansar de assinalar que Elza era uma estrangeira ali. Nesse momento, a menina respondeu com a audácia disruptiva que mora em cada nota do seu jazz de lata d'água na cabeça: "Eu vim do planeta fome".
Em 1983, a respeitadíssima acadêmica indiana Gayatri Spivak escreveu Pode o Subalterno Falar? O ensaio, referência para quem deseja compreender a contribuição dos estudos pós-coloniais para as ciências humanas, fala do silenciamento sistemático do subalterno. Categoria nomeada por Gramsci, o subalterno é quem não pertence socialmente e politicamente as estruturas hegemônicas de poder. Os excluídos. Os triturados diariamente pela mecânica da discriminação. As Elzas e seus filhos febris. Spivak teorizou sobre o fato de não parecer natural ou adequado o subalterno falar. O silêncio é o que se espera dele.
Se o subalterno não deve falar, como poderia ousar cantar? Ary e sua plateia, que ria da humilhação de Elza, achavam que não. E hoje? Seria diferente? Mudamos pouco. Somos a mesma plateia rindo de novas humilhações que nos chegam pelas novas mídias, mas somos iguais. Esperamos do subalterno o silêncio. Zombamos do subalterno que ousa quebrar esse nosso contrato social. E não se enganem: a zombaria é o novo açoite. Mudamos pouco. Os ancestrais de Elza toram para o pelourinho. Elza foi ridicularizada ao vivo. Hoje, fingimos ter superado esse passado, mas as revistas lidas pelas madamas saúdam a nova onda: uniformes de domésticas assinados por estilistas renomados.
Mudamos quase nada.
Naquele dia, Elza cantou Lama na Rádio Tupi. A subalterna cantou rainha, majestosa. Ary Barroso aplaudiu boquiaberto. A plateia que antes riu levantou-se. Reverenciou a nobreza da negra do planeta fome que ousou adentrar um espaço que lhe era negado e fez dele seu reino. Para quem ainda não entendeu: o politicamente correto é simplesmente isso. O correto. Algumas piadas a menos? Sim. Mas, em troca, hoje temos infinitos talentos antes silenciados embalando nossos sonhos. Só os que não sonham não veem que o resultado é positivo e deve ser comemorado.
(Manoela Miklos. 25 de janeiro, 2019. Revista VEJA).
"Hoje, fingimos ter superado esse passado, mas as revistas lidas pelas madames saúdam a nova onda: uniformes de domésticas assinados por estilistas renomados.". As vírgulas e os dois pontos na estrutura só não assinalam: