Questões de Concurso Para engenheiro sanitarista

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Q2717263 Português

EXCERTO 3- QUESTÕES 11 a 15


  1. Ser multitarefa, uma outra dimensão do mesmo fenômeno, é visto como uma
  2. capacidade neste momento histórico, uma espécie de ganho evolutivo que tornaria a pessoa
  3. mais bem adaptada à sua época. É pergunta de questionários, qualidade apresentada por
  4. pessoas vendendo a si mesmas, exigência apontada pelos gurus do sucesso. Logo se
  5. tornará altamente subversivo, desorganizador, alguém ter a ousadia de afirmar: “Não, eu não
  6. sou multitarefa. Me dedico a uma coisa de cada vez”.
  7. Han, assim como outros filósofos contemporâneos, discorda dessa ideia – ou dessa
  8. propaganda. Ou, ainda, dessa armadilha. Para ele, a técnica temporal e de atenção
  9. multitarefa não representa nenhum progresso civilizatório. Trata-se, sim, de um retrocesso.
  10. excesso de positividade se manifesta também como excesso de estímulos, informações e
  11. impulsos. Modifica radicalmente a estrutura e a economia da atenção. Com isso, fragmenta e
  12. destrói a atenção. A técnica da multitarefa não é uma conquista civilizatória atingida pelo
  13. humano deste tempo histórico. Ao contrário, está amplamente disseminada entre os animais
  14. em estado selvagem: “Um animal ocupado no exercício da mastigação da sua comida tem de
  15. ocupar-se, ao mesmo tempo, também com outras atividades. Deve cuidar para que, ao
  16. comer, ele próprio não acabe comido. Ao mesmo tempo ele tem que vigiar sua prole e manter
  17. o olho em seu/sua parceiro/a. Na vida selvagem, o animal está obrigado a dividir sua atenção
  18. em diversas atividades. Por isso, não é capaz de aprofundamento contemplativo – nem no
  19. comer nem no copular. O animal não pode mergulhar contemplativamente no que tem diante
  20. de si, pois tem de elaborar, ao mesmo tempo, o que tem atrás de si”.
  21. A contemplação é civilizatória. E o tédio é criativo. Mas ambos foram eliminados pelo
  22. preenchimento ininterrupto do tempo humano por tarefas e estímulos simultâneos. Você
  23. executa uma tarefa e atende ao celular, responde a um WhatsApp enquanto cozinha, come
  24. assistindo à Netflix e xingando alguém no Facebook, pergunta como foi a escola do filho
  25. checando o Twitter, dirige o carro postando uma foto no Instagram, faz um trabalho enquanto
  26. manda um email sobre outro e assim por diante. Duas, três... várias tarefas ao mesmo tempo.
  27. Como se isso fosse um ganho – e não uma perda monumental, uma involução.
  28. Voltamos ao modo selvagem. Nietzsche (1844-1900), ainda na sua época, já
  29. chamava a atenção para o fato de que a vida humana finda numa hiperatividade mortal se
  30. dela for expulso todo elemento contemplativo: “Por falta de repouso, nossa civilização
  31. caminha para uma nova barbárie”.


Disponível em:<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/04/politica/1467642464_246482.html>.

Acesso em: 12 abr. 2017.

Quanto à visão de Eliane Brum sobre a “técnica temporal de atenção multitarefa”, só não é correto afirmar que
Alternativas
Q2717262 Português

EXCERTO 3- QUESTÕES 11 a 15


  1. Ser multitarefa, uma outra dimensão do mesmo fenômeno, é visto como uma
  2. capacidade neste momento histórico, uma espécie de ganho evolutivo que tornaria a pessoa
  3. mais bem adaptada à sua época. É pergunta de questionários, qualidade apresentada por
  4. pessoas vendendo a si mesmas, exigência apontada pelos gurus do sucesso. Logo se
  5. tornará altamente subversivo, desorganizador, alguém ter a ousadia de afirmar: “Não, eu não
  6. sou multitarefa. Me dedico a uma coisa de cada vez”.
  7. Han, assim como outros filósofos contemporâneos, discorda dessa ideia – ou dessa
  8. propaganda. Ou, ainda, dessa armadilha. Para ele, a técnica temporal e de atenção
  9. multitarefa não representa nenhum progresso civilizatório. Trata-se, sim, de um retrocesso.
  10. excesso de positividade se manifesta também como excesso de estímulos, informações e
  11. impulsos. Modifica radicalmente a estrutura e a economia da atenção. Com isso, fragmenta e
  12. destrói a atenção. A técnica da multitarefa não é uma conquista civilizatória atingida pelo
  13. humano deste tempo histórico. Ao contrário, está amplamente disseminada entre os animais
  14. em estado selvagem: “Um animal ocupado no exercício da mastigação da sua comida tem de
  15. ocupar-se, ao mesmo tempo, também com outras atividades. Deve cuidar para que, ao
  16. comer, ele próprio não acabe comido. Ao mesmo tempo ele tem que vigiar sua prole e manter
  17. o olho em seu/sua parceiro/a. Na vida selvagem, o animal está obrigado a dividir sua atenção
  18. em diversas atividades. Por isso, não é capaz de aprofundamento contemplativo – nem no
  19. comer nem no copular. O animal não pode mergulhar contemplativamente no que tem diante
  20. de si, pois tem de elaborar, ao mesmo tempo, o que tem atrás de si”.
  21. A contemplação é civilizatória. E o tédio é criativo. Mas ambos foram eliminados pelo
  22. preenchimento ininterrupto do tempo humano por tarefas e estímulos simultâneos. Você
  23. executa uma tarefa e atende ao celular, responde a um WhatsApp enquanto cozinha, come
  24. assistindo à Netflix e xingando alguém no Facebook, pergunta como foi a escola do filho
  25. checando o Twitter, dirige o carro postando uma foto no Instagram, faz um trabalho enquanto
  26. manda um email sobre outro e assim por diante. Duas, três... várias tarefas ao mesmo tempo.
  27. Como se isso fosse um ganho – e não uma perda monumental, uma involução.
  28. Voltamos ao modo selvagem. Nietzsche (1844-1900), ainda na sua época, já
  29. chamava a atenção para o fato de que a vida humana finda numa hiperatividade mortal se
  30. dela for expulso todo elemento contemplativo: “Por falta de repouso, nossa civilização
  31. caminha para uma nova barbárie”.


Disponível em:<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/04/politica/1467642464_246482.html>.

Acesso em: 12 abr. 2017.

O exemplo do comportamento dos animais corrobora a tese de que “ser multitarefa”
Alternativas
Q2717261 Português

EXCERTO 2- QUESTÕES 7 a 10


  1. Talvez parte do que consideramos ativismo seja um novo tipo de passividade. Há
  2. tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos falta
  3. contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos falta silêncios. Nos falta até o tédio.
  4. Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja uma ilusão de
  5. ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao
  6. contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e de pontos
  7. de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um
  8. espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não há
  9. mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba resta a
  10. ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra todas
  11. as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem. Apaziguam,
  12. mas não movem. Entorpecem, mas será que movem?
  13. Sobre esse tema há um pequeno livro, precioso, chamado sugestivamente de
  14. Sociedade do Cansaço. (...) Sobre nossa nova condição, Han diz: “A sociedade do trabalho e
  15. a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A
  16. dialética do senhor e escravo está, não em última instância, naquela sociedade na qual cada
  17. um é livre e capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma
  18. sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho.
  19. Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A
  20. especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia,
  21. vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração
  22. é possível mesmo sem senhorio”.
Pode-se afirmar que a autora imprime um tom informal em seu texto por
Alternativas
Q2717259 Português

EXCERTO 2- QUESTÕES 7 a 10


  1. Talvez parte do que consideramos ativismo seja um novo tipo de passividade. Há
  2. tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos falta
  3. contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos falta silêncios. Nos falta até o tédio.
  4. Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja uma ilusão de
  5. ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao
  6. contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e de pontos
  7. de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um
  8. espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não há
  9. mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba resta a
  10. ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra todas
  11. as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem. Apaziguam,
  12. mas não movem. Entorpecem, mas será que movem?
  13. Sobre esse tema há um pequeno livro, precioso, chamado sugestivamente de
  14. Sociedade do Cansaço. (...) Sobre nossa nova condição, Han diz: “A sociedade do trabalho e
  15. a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A
  16. dialética do senhor e escravo está, não em última instância, naquela sociedade na qual cada
  17. um é livre e capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma
  18. sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho.
  19. Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A
  20. especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia,
  21. vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração
  22. é possível mesmo sem senhorio”.
Segundo os princípios da norma culta, ocorre desvio de concordância verbal na oração
Alternativas
Q2717257 Português

EXCERTO 2- QUESTÕES 7 a 10


  1. Talvez parte do que consideramos ativismo seja um novo tipo de passividade. Há
  2. tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos falta
  3. contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos falta silêncios. Nos falta até o tédio.
  4. Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja uma ilusão de
  5. ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao
  6. contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e de pontos
  7. de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um
  8. espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não há
  9. mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba resta a
  10. ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra todas
  11. as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem. Apaziguam,
  12. mas não movem. Entorpecem, mas será que movem?
  13. Sobre esse tema há um pequeno livro, precioso, chamado sugestivamente de
  14. Sociedade do Cansaço. (...) Sobre nossa nova condição, Han diz: “A sociedade do trabalho e
  15. a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A
  16. dialética do senhor e escravo está, não em última instância, naquela sociedade na qual cada
  17. um é livre e capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma
  18. sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho.
  19. Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A
  20. especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia,
  21. vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração
  22. é possível mesmo sem senhorio”.
Um dos paradoxos da “sociedade do desempenho”, apontado pela autora, consiste no (na)
Alternativas
Respostas
246: B
247: A
248: D
249: A
250: B