Questões de Concurso
Para físico
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Por uma questão de simplicidade expressiva, o autor de letra de música popular às vezes utiliza a norma coloquial da língua. A estrofe traz exemplos disso. Para se adequar à norma culta padrão, um dos versos deveria ser escrito da seguinte forma:
A cruz da estrada
Castro Alves
[...] Quando, à noite, o silêncio habita as matas,
A sepultura fala a sós com Deus.
Prende-se a voz à boca das cascatas,
E as asas de ouro aos astros lá nos céus”
[...]
Disponível em:<http://www.casadobruxo.com.br/poesia/a/castro60.htm> . Acesso em: 15 jul. 2016.
A frase e a expressão destacadas são exemplos, respectivamente, de
Do lado do oriente, o horizonte se cartãopostalizava clássico
[...]
ANDRADE, Mário de. Táxis e crônicas no diário nacional. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005, p. 219.
Tendo em vista que “oriente” é o lado do horizonte em que o sol nasce, dadas as afirmativas,
I. A intenção do escritor foi somente mostrar que a palavra “cartãopostalizava” é uma forma do verbo “cartãopostalizar”.
II. O autor empregou uma metáfora para fazer referência à beleza e ao encantamento do dia que estava nascendo.
III. Ao usar um neologismo, o escritor pretendeu dizer que a paisagem era tão bonita que se assemelhava às belas fotos que comumente são usadas nos cartões postais.
verifica-se que está(ão) correta(s)
Sabia que a roupa nova, o colarinho, a gravata, as botinas e o chapéu de baeta o tornavam ridículo, mas não queria pensar nisso.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2016. p. 76 (fragmento).
Assinale a alternativa correta, considerando os aspectos formais
da gramática normativa.
Quando se ensina língua, o que se ensina?
A pergunta que se acha no item acima foi formulada por Antônio Augusto G. Batista na introdução do seu livro, Aulas de português – Discursos e saberes escolares, (1997:1) com um conteúdo levemente diferente: “Quando se ensina português, o que se ensina?”.
Para o autor, tratava-se da questão do ensino de língua portuguesa, mas aqui se trata da língua e não apenas do português. E não do ensino da língua como tal, mas do seu estudo. Na realidade, essa indagação pode ser feita de muitas coisas, mas em particular se aplica ao caso da língua.
Se adotarmos a posição saussuriana, defendida no Curso, de que “o ponto de vista cria o objeto”, parece que a pergunta faz mais sentido. [...]
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.