Questões de Concurso
Para médico infectologista
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Homem de 70 anos evolui para coma após acidente vascular cerebral. No 20º dia de internação em enfermaria de neurologia de um hospital geral, apresenta insuficiência respiratória pelo agravamento do quadro neurológico, sendo intubado, colocado em ventilação mecânica e encaminhado à UTI. No 4º dia de internação na UTI, desenvolve febre, evolui com piora dos parâmetros ventilatórios, descompensação hemodinâmica, aumento da secreção pelo tubo orotraqueal e surgem leucocitose no hemograma e imagem radiológica de condensação na radiografia de tórax no leito. Fez uso de ciprofloxacino intravenoso por 7 dias durante o período que esteve internado na enfermaria.
Diante da evolução clínica e laboratorial do paciente, é necessário que:
Homem de 43 anos, portador de infecção pelo HIV há 6 anos, atualmente em uso do seu primeiro esquema antirretroviral, com tenofovir / lamivudina / efavirenz há 3 anos. Refere má adesão à terapia, frequentemente deixando de tomar seu esquema principalmente, mas não exclusivamente, nos finais de semana. Últimos exames laboratoriais do ambulatório mostram CD4 210 cél/mm3 (era 480 cél/mm3 há seis meses), carga viral 10.200 cópias/ml (era indetectável há 6 meses). Apresenta febre persistente, que cede com uso de antitérmicos comuns, tosse não produtiva e surgimento de adenomegalias cervicais bilateralmente. Ao exame, emagrecido, hipocorado, hidratado, eupnéico. OF sem candidose. Adenomegalias cervicais bilaterais, de 1 a 2 cm de diâmetro, não aderidas aos planos profundos, algumas parecendo ter flutuação à palpação. Radiografia de tórax mostra alargamento de mediastino. Internado para investigação, foi submetido a aspirado de gânglio cervical, que demonstrou pesquisa de BAAR positiva. Escarro espontâneo analisado por GeneXpert mostrou positividade e sensibilidade para a rifampicina.
Na impossibilidade de realizar exames laboratoriais adicionais, a melhor conduta terapêutica para o paciente, considerando as informações clínicas e laboratoriais disponíveis, é iniciar no decorrer dos próximos dias esquema:
Um jovem médico, convencido de que é extremamente importante obter cultura para realização de TSA mesmo nos casos mais simples de infecções de pele e subcutâneo, visando tanto assegurar a eficácia da terapêutica individual, quanto o conhecimento “real” do problema da resistência antimicrobiana, adota como rotina, sempre que possível, coletar amostra adequada para isolamento microbiológico.
O resultado de cultura e antibiograma exposto abaixo pertence a um adolescente, com antecedente de reação anafilática à sulfa na infância, e foi obtido dois dias antes a partir da aspiração do centro de uma lesão compatível com furúnculo em nádega esquerda e que apresentava halo circunjacente de cerca de 7 cm.
Sabendo-se que o esquema antimicrobiano prescrito foi clindamicina VO por 7 dias e que o paciente encontra-se estável clinicamente e apresentou uma melhora parcial da lesão, a melhor conduta a ser prescrita a partir deste momento, terceiro dia após início de tratamento, com base na evolução clínica e dos resultados laboratoriais dispostos seria:
Interno de medicina, 24 anos, participa de uma cirurgia ortopédica de urgência e se acidenta com espícula óssea, resultando em uma lesão cortante profunda em sua mão direita. Ao ser atendido e interrogado imediatamente após o acidente, o interno refere ter feito “todas as vacinas da infância no posto de saúde”, nega ter feito qualquer vacina durante a adolescência e afirma ter recebido uma dose de vacina contra hepatite B no ano que ingressou na faculdade.
O perfil sorológico para hepatite B, HIV e hepatite C do paciente determina qual conduta deverá ser recomendada ao interno. O conjunto de medidas de profilaxia pós-exposição indicada para o interno seria:
Um paciente portador de infecção pelo HIV, em abandono de terapia antirretroviral há 6 meses, é admitido num Serviço de Infectologia com quadro respiratório a esclarecer. É colocado em quarto privativo, em precaução de disseminação aérea e medicado com sulfametoxazol + trimetoprim, em dose para pneumocistose, e com a associação de ampicilina + sulbactam. No quinto dia de internação, desenvolve um quadro de herpes zoster na região torácica, simultaneamente à liberação do resultado da pesquisa de BAAR em escarro induzido, que se revelou negativa.
Além de iniciar tratamento antiviral específico para o paciente, o conjunto de condutas imediatas mais adequado, que deve ser implementado pelos profissionais de saúde, atuando naquele setor, após o diagnóstico do herpes zoster é:
Homem de 35 anos é admitido em serviço de emergência, referindo tosse seca persistente há duas semanas e início de febre alta (40 oC) há cinco dias. Há dois dias com dispneia, mesmo em repouso. Refere ainda emagrecimento de 6 Kg nos últimos dois meses, atribuído em parte à dificuldade de ingestão de alimentos sólidos por dor retroesternal. Sabe ser portador de HIV há anos, mas não faz acompanhamento médico nem faz terapia específica. Usuário de drogas ilícitas, nos últimos seis anos, não mais usando a via intravenosa.
Na anamnese dirigida ainda foram evidenciados: diarreia de até 10 evacuações diárias, sem muco, pus ou sangue; ulceração perianal com mais um mês de duração; e alteração de acuidade visual à direita. Ao exame, paciente emagrecido, hipocorado ++/4, desidratado, taquipnéico, orofaringe com placas esbranquiçadas superficiais em mucosa jugal e língua, removíveis com espátula, e também de lesões raiadas, brancas, nas bordas laterais da língua, não removíveis com espátula. Presença de lesões violáceas de 1 cm de diâmetro em região gengival e palato. FR 32 irpm, PA 110 x 50 mmHg, PR 112 bpm. Pulmões com MV rude com estertores crepitantes difusos bilateralmente. Fígado palpável a 2 cm do RCD. Sem sinais meníngeos ou déficits neurológicos focais.
Cicatriz hipocrômica em região torácica seguindo o trajeto intercostal restrito ao lado direito do corpo. Lesões cutâneas máculo-papulares violáceas em tronco e membros inferiores. Presença de lesão ulcerada em região perianal, de 4 cm de diâmetro, dolorosa, de fundo limpo e bordas regulares. Radiografia de tórax revela infiltrado intersticial difuso e gasometria arterial mostra PaO2 de 50 mmHg. Fundoscopia encontra focos de hemorragia sobre exsudato amarelado.
O número de manifestações oportunistas, ativas ou passadas, apresentadas pelo paciente nesse quadro avançado de síndrome de imunodeficiência adquirida, que pode ser atribuído à família dos herpesvírus é:
Criança de 3 anos, sexo feminino, é trazida ao Serviço de Emergência por apresentar, há dois dias, febre, cefaleia, episódios de vômitos e diarreia moderada. A mãe informa ter conhecimento de casos de febre e diarreia nas últimas duas semanas, na creche que a criança frequenta.
A etiologia mais provável para o conjunto de achados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais é:
Com relação ao HIV/AIDS, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A pneumonia por Pneumocystis jiroveci é a mais frequente infecção oportunista em crianças infectadas pelo HIV. A faixa de maior risco é a do primeiro ano de vida, quando o diagnóstico definitivo da infecção pelo HIV, na maioria das crianças expostas, ainda não pode ser feito.
( ) A Síndrome Retroviral Aguda (SRA) é caracterizada por uma fase transitória sintomática, que ocorre logo após a exposição ao HIV. As manifestações clínicas podem ocorrer em cerca de 50 a 90% dos indivíduos. Os principais achados clínicos da SRA incluem febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e cefaleia e assemelha-se à mononucleose infecciosa.
( ) A infecção pelo HIV desencadeia alterações inflamatórias durante todo o curso da infecção. Durante a fase aguda, ocorre uma resposta inflamatória significativa representada pelo aparecimento de diversos marcadores plasmáticos de fase aguda (por ex., alfa 1 anti-tripsina e amiloide A) e liberação de um grande número de citocinas inflamatórias comandadas pelo interferon alfa e IL15, o que coincide com o aumento expressivo da carga viral plasmática.
As afirmativas são, respectivamente,
Com relação às infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Nos pacientes hospitalizados, as IRAS relacionadas ao trato urinário são as mais comuns, entretanto, as infecções respiratórias e de corrente sanguínea representam os casos de maior gravidade.
( ) Os bacilos gram negativos pertencentes à família Enterobacteriaceae são as bactérias isoladas com maior frequência de amostras biológicas de pacientes com IRAS.
( ) Para fazer frente ao surgimento de organismos multirresistentes, nas IRAS está ocorrendo um rápido e eficiente desenvolvimento de um grande número de novos antimicrobianos.
As afirmativas são, respectivamente,
Em junho de 2014, a Organização Mundial de Saúde emitiu uma nota sobre a grave situação da transmissão do vírus Ebola em três países da África Ocidental: Guiné, Libéria e Serra Leoa. Em três meses foram diagnosticados mais de 600 casos da doença com cerca de 390 óbitos e a epidemia continua em ascensão.
Com relação à doença causada pelo vírus Ebola, assinale a afirmativa correta.
Para o tratamento de meningite por Haemophilus influenzae é indicado o uso de
Com relação ao tratamento de suporte da sepse grave e choque séptico, analise as afirmativas a seguir.
I. A reposição volêmica inicial de escolha é feita com cristaloides.
II. A substância vasopressora de primeira escolha é a norepinefrina.
III. Deve-se necessariamente utilizar hidrocortisona intravenosa mesmo se a reposição volêmica e a terapia vasopressora forem capazes de restaurar a estabilidade hemodinâmica.
Assinale:
Paciente do sexo feminino, 20 anos, é atendida em um pronto atendimento com quadro de febre, odinofagia, placas esbraquiçadas em orofaringe, adenopatia cervical posterior simétrica, hepatoesplenomegalia discreta e erupção cutânea. O leucograma revela leucocitose com elevada linfocitose atípica.
Assinale a opção que indica a principal hipótese diagnóstica para o caso descrito.
Com relação à Doença de Chagas, analise as afirmativas a seguir.
I. A transmissão oral ocorre a partir da ingestão de alimentos contaminados com Trypanosoma cruzi. Esta forma, frequente na região Amazônica, tem sido implicada em surtos intrafamiliares em diversos estados brasileiros e tem apresentado letalidade elevada.
II. O benznidazol é a droga de escolha disponível para o tratamento específico da Doença de Chagas.
III. Entre as alterações eletrocardiográficas mais comuns da forma crônica da Doença de Chagas incluem-se o bloqueio completo do ramo direito, o hemibloqueio anterior esquerdo e o bloqueio atrioventricular de 1º, 2º e 3º graus.
Assinale:
Com relação à hanseníase, analise as afirmativas a seguir.
I. Eritema e infiltração difusos, placas eritematosas de pele, infiltradas e de bordas mal definidas, tubérculos e nódulos, madarose, lesões das mucosas, com alteração de sensibilidade caracterizam a forma tuberculoide da doença.
II. O tratamento é eminentemente ambulatorial. Administra-se uma associação de medicamentos denominada de poliquimioterapia constituída por rifampicina, dapsona e clofazimina. Essa associação evita a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre, com frequência, quando se utiliza apenas um medicamento, impossibilitando a cura da doença.
III. A baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico) é utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em paucibacilar ou multibacilar. O resultado negativo da baciloscopia exclui o diagnóstico de hanseníase.
Assinale:
Paciente de oito anos de idade apresenta quadro clínico com febre alta de início abrupto, amigdalite com presença de exsudato, vômitos, exantema, enantema com petéquias no palato, com presença dos sinais de Pastia e de Filatov.
Assinale a opção que indica a principal hipótese diagnóstica para o caso descrito.
Com relação às endocardites infecciosas, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A lesão característica da endocardite infecciosa é a vegetação, um coágulo de plaquetas e fibrina infectado, contendo ainda leucócitos e hemácias. A vegetação pode estar localizada em qualquer sítio do endotélio, mas frequentemente ocorre nas superfícies endoteliais das válvulas cardíacas e próteses valvares.
( ) Os anticoagulantes são indicados para prevenir a ocorrência de fenômenos embólicos na endocardite infecciosa.
( ) O agente etiológico mais frequente da endocardite infecciosa é o estafilococo coagula-senegativa.
As afirmativas são, respectivamente,