Questões de Concurso
Para médico urologista
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A incisão transuretral da próstata está indicada em pacientes jovens, com próstatas menores do que 30 g e sintomas decorrentes de obstrução infravesical; sua eficácia é semelhante á da ressecção transuretral (RTU), com índices de complicações mais baixos.
O holmium laser (Ho:YAG) é uma opção para o tratamento de próstatas volumosas, acima de 125 g, técnica chamada de HoLEP (holmium laser enucleation of the prostate), e permite uma alta hospitalar sem sonda vesical no segundo dia pós- operatório.
Os stents intraprostáticos temporários biodegradáveis ou não têm recebido uma maior atenção, sobretudo nos casos em que pode ocorrer retenção urinária transitória, como, por exemplo, após a terapia a laser ou com micro-ondas de alta intensidade.
Os trabalhos de Griffiths-Van Mastrier-Schäfer estabeleceram que a contração detrusora é uma resposta ao fluxo urinário, e não o contrário.
Em serviços de referência, aproximadamente 10% dos estudos urodinâmicos são realizados com adição simultânea de imagem (videourodinâmica).
Os sintomas miccionais de pacientes portadores de hiperplasia prostática (HPB) decorrem apenas da obstrução infravesical causada pelo aumento do volume prostático.
A etiologia mais comum das fístulas ureterovaginais é a lesão em cirurgias ginecológicas, sobretudo as histerectomias oncológicas complexas, tecnicamente desafiadoras.
A correção por via abdominal das FVVs está indicada em fístulas grandes e altas, fístulas pós-radioterapia, insucesso na correção transvaginal, em bexigas de baixa capacidade que necessitem de ampliação e na impossibilidade de posicionar a paciente em litotomia.
As FVVs pós-cirúrgicas estão associadas a lesões ureterais ou fístulas ureterovaginais em cerca de 1% dos casos; por isso, exames de imagem do trato urinário superior são indicados somente em casos selecionados.
A recorrência neoplásica deve ser sempre afastada nos casos de fístulas pós-radioterapia, mediante biópsia do trajeto fistuloso.
A fístula vesicovaginal (FVV) é a fístula mais comum entre os sistemas urinário e ginecológico, e sua etiologia nos países industrializados decorre, em mais de 75% dos casos, de cirurgias ginecológicas, urológicas e pélvicas.
Caso ocorra insucesso com o TVT (tension free vaginal tape), uma segunda colocação da faixa deve ser feita com mudanças técnicas, pois os índices de complicação são mais elevados.
Os resultados com o sling transobturatório (TOT) demonstram, na análise de curto e médio prazo, índices de continência semelhantes ao do sling pubovaginal; perfurações vesicais não ocorrem com o TOT, e isso reforça a não realização de cistoscopias durante a cirurgia.
A tensão aplicada ao sling deve ser individualizada, pois a técnica no tension, se usada indiscriminadamente, levará a resultados subótimos; pacientes com pressões de perda menores que 60 e mobilidade uretral mínima devem ser submetidas a sling compressivo.
Os sintomas de bexiga hiperativa e a confirmação de hiperatividade detrusora no estudo urodinâmico são fatores preditivos de insucesso ao se realizar sling em pacientes com IUE.
Os slings de fáscia autólogos se impõem nos casos de perda tecidual após diverticulectomia uretral, erosões de slings sintéticos, fraturas de bacia, erosão uretral por cateterismo crônico e fístula uretral.
O tratamento conservador da IUE pode ser instituído por meio de mudanças comportamentais, reabilitação do assoalho pélvico, biofeedback e eletroestimulação, ou com dispositivos intravaginais de compressão uretral.
Atualmente, aceita-se que a porção média da uretra, sustentada pelos ligamentos pubouretrais, seja a mais importante no mecanismo da continência urinária.
Mulheres com história de IUE sem sintomas de bexiga hiperativa e que possuam anormalidade anatômica bem definida, hipermobilidade uretrovesical ou de parede anterior não necessitam de avaliação urodinâmica para definir seu tratamento.
A Sociedade Internacional de Continência recomenda definir a etiologia da IUE (hipermobilidade uretral ou insuficiência esfincteriana) com base na pressão de perda sob manobra de Valsalva.