Questões de Concurso
Para museólogo
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A pesquisa sobre a forma como cada peça de acervo foi originalmente adquirida e como era utilizada, ou seja, a reconstrução de sua história e sua contextualização, é aspecto da documentação da peça que justifica sua seleção para compor a coleção do museu.
A documentação museológica é importante sistema de recuperação de informação que permite não só a transformação das coleções do museu em fontes de pesquisa, mas também em instrumento de transmissão de conhecimento.
A observação direta de uma peça de acervo permite obter as chamadas informações extrínsecas, ou seja, aquelas evidentes na sua superfície externa.
(...) A história do estado da Bahia é antiga. Salvador foi a primeira capital do Brasil e por muitos anos foi o centro administrativo de Portugal na Colônia. Essa importância dada à capital abrangia também o Recôncavo Baiano. Aqui se instituiu um expressivo comércio de açúcar, fumo e outros produtos oriundos de diversas localidades, que foram em direção a Portugal e outros países europeus. A população do Recôncavo em períodos coloniais sofreu muito com a ambição desenfreada dos portugueses, que tinham como único interesse a exploração das riquezas destas terras. Observa-se muito bem no trecho seguinte de Miguel Santos e outros a intenção portuguesa, assim que chegou a estas terras.
Nos primeiros contatos que os portugueses mantiveram com o Recôncavo, perceberam a existência de uma diversidade de plantas, animais e uma sociedade nativa, denominada indígena. O colonizador europeu, quando partiu para África, América e Ásia, sabia que, se necessário, destruiria todas as culturas encontradas, a fim de atingir o seu objetivo: exploração das terras “descobertas”. Daí a construção de ideologias para justificar as investidas políticas, socioeconômicas e culturais que lhe trariam grandes lucros a partir da comercialização de produtos que não se identificavam com a realidade dos nativos.
(SANTOS, 1996)
A proximidade do Recôncavo com a primeira capital do Brasil facilitava o embarque dos produtos e desembarque dos escravos, tornando Salvador o principal ponto de comunicação, fazendo com que suas adjacências também sofressem inúmeras mudanças. Essa região já demonstrava sua importância desde os primórdios da colonização. Registros desse período ainda permanecem na paisagem de Salvador e de algumas cidades do Recôncavo: são os sobrados em estilo barroco, as igrejas, os pelourinhos. A paisagem mudou ao longo do tempo. Hoje, Cachoeira comporta uma intensa atividade turística, abriga um dos campi da UFRB, o que faz com que estudantes de variados locais do país se desloquem para esta pequena cidade para estudar, trazendo melhorias, mas também aumentando, e muito, o custo de vida da população cachoeirana. Cachoeira, felizmente, ainda preserva em sua arquitetura um longo período da história brasileira, em parte graças aos investimentos do governo, que através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) faz reformas em vários prédios, que já estavam prestes a sucumbir. Isto também ocorre em Salvador e São Félix. (...)
FONTE: http://www.narradoresdoreconcavo.com.br/index/reconcavo [adaptado]
O último parágrafo do texto fala, sobretudo, da cidade de Cachoeira. Segundo as autoras, essa cidade apresenta, nos dias de hoje, o seguinte contraste:
O fato museal, conceito cunhado por Waldisa Russio, só se concretiza em um contexto musealizado, ou seja, o fato museal só ocorre em museus do tipo tradicional.
Estudiosos do ramo museológico consideram o Museu do Louvre, aberto em 1793, em Paris, o primeiro museu público europeu.
O ecomuseu, definido por Hugues de Varine e George Henri Rivière, constitui uma prática social estruturada a partir da relação entre determinado grupo social, determinado patrimônio e determinado território.
Há uma multiplicidade de conceitos de museu virtual, situação que dificulta a definição epistemológica desse fenômeno. É correto afirmar, contudo, que o museu virtual lida com documentos eletrônicos, o que desafia algumas categorias de documentação museológica, como procedência e autenticidade.
A nova museologia, movimento surgido na década de 70 do século passado, provocou o desenvolvimento de novas experiências museológicas, que criaram mecanismos de inclusão social. No Brasil, contudo, não há registro de práticas museológicas similares, mesmo no caso de museus comunitários.
Em razão da popularização dos computadores, a tendência de visitação a museus presenciais no Brasil é decrescente.
A coleção inicial do Museu Real, atual Museu Nacional — fundado em 1818 por D. João VI e situado na Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro — era constituída de pinturas e esculturas pertencentes à família real.
A Convenção para Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, promulgada pela UNESCO em 1972, visa ao estabelecimento de mecanismos de identificação, conservação, valorização e transmissão às gerações futuras do patrimônio situado no território dos Estados-parte. Na atualidade, esse objetivo impacta negativamente na preservação e comunicação do patrimônio pertencente a pequenos grupos sociais, o que reduz a garantia de integridade da diversidade cultural.
A limpeza de objetos de metal deve ser realizada apenas com água e sabão neutro.
Essas peças podem ser expostas em locais fechados sem ar condicionado, dada a inexistência de restrição a grau de temperatura no que se refere ao material têxtil.
Na ausência de um restaurador habilitado, deve-se delegar a tarefa de restauração a qualquer outro técnico da área de museologia.
Uma rotina de restauração periódica é imprescindível para a manutenção do acervo.
É necessário o uso de luvas de algodão para o manuseio de medalhas e moedas, que devem ser limpas com chumaços de algodão embebidos em álcool metilado industrial.
Apaixonado é um atentado, uma fábrica de vazios, uma usina de distrações. Não peça nenhum favor a ele. Não lembrará nem que você existe. Nem que ele existe. É uma ausência feliz. Só pensa em beijar e rebobinar os beijos com os suspiros.
O apaixonado colecionará desatenções, das mais banais às sublimes. Eu consegui esquecer uma mala na recepção da TV Gazeta, em São Paulo. Uma mala não é pouca coisa. Simplesmente fiz de conta que não era minha, e abandonei a cena sem nenhum tormento. Não fiquei desesperado quando descobri o extravio. Concluíf que poderia comprar mudas de roupas e buscaria de volta na semana seguinte. Beatriz esqueceu a chave de casa num táxi. Ela não transparecia a menor preocupação. Primeiro me deu carinho, depois telefonou para o motorista e perguntou calmamente se tinha a possibilidade de entregar o molho na residência de uma amiga. Não surtou imaginando furtos. Confiava nas casualidades e na amizade dos anjos da guarda.
O apaixonado não está nem aí para o mundo material, na posse e nos seus pertences. Tudo pode ser acomodado, reposto, transferido, adiado, substituído. O sexo é o seu Rivotril. Nenhuma tragédia é significativa para lhe arrancar da paciência e do olhar boiando fixamente ao infinito.
Eu e Beatriz, somando as nossas duas últimas semanas, perdemos quatro voos. Perdemoslivros. Perdemos sacolas de roupas em restaurantes. Perdemos um celular no bar. Perdemos dezenas de carregadores. Perdemos o vencimento das contas. Perdemos promoções no trabalho. Perdemos filmes, shows, peças de teatro. Perdemos consultas, aulas na academia, alguns amigos nos esperando em cafés.
Perdemos o mundo porque ganhamos um ao outro. É a gente se encontrar que as horas voam, o vento rasteja, a noite não avisa que chegou, e não escutamos mais nada, a não ser os próprios pensamentos.
Corremos o risco de despejo, de entrar no SPC, de ser fichado pelo Serasa. Sorte que não temos cachorros e gatos.
A força da paixão é diretamente proporcional ao tamanho do esquecimento dos apaixonados.
CARPINEJAR. Fabrício. Risco de despejo. Disponível em: http://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-carpinejar/post/risco-de-despejo.html. Acessado em: 27 mar. 2016.
Em “O apaixonado colecionará desatenções, das mais banais às sublimes.”, o sinal indicativo da crase foi corretamente utilizado nesse fragmento, o que NÃO ocorre em:
I. O museu pode ser um espaço alternativo para passeio em período de férias ou visita alternativa nos intervalos de trabalho.
II. O museu deve estar a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, aberto ao público.
III. Como instituição, o museu deve estar aberto à pesquisa dos testemunhos materiais do homem e de seu entorno que os adquire, conserva e comunica.
IV. Uma visão interdisciplinar e organizacional aprimorada, nos leva a uma relação maior com a atividade do turismo e do lazer, que contam cada vez mais com os museus.
Estão corretas apenas as alternativas: