Questões de Concurso Para revisor de texto

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Q2779278 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de 31 a 43.

Para assegurar a pertinência da dominação produtiva industrial, do modo de pensar e de fazer que a gera e que ela induz, é preciso fazer romper a alteridade em múltiplas facetas de exotismo. É preciso também fazer aparecer as sociedades ainda diferentes como caminhos sem saída, erros, ausências ou inacabados no curso de uma progressão histórica inelutável. Na melhor das hipóteses, poder-se-ia considerá-los como traços de fases anteriores na construção da cidade humana universal. As sociedades que a exploração descobre, tornam-se imagens fotográficas e depois cinematográficas suscetíveis de ser transportadas, editadas, montadas, referidas e, sobretudo, comentadas em relação a um espectador cuja centralidade e o caráter de referencialidade essencial não são postos em questão. Trata-se de tentativas de levantamentos sistemáticos de desvios e de etapas no que será a elaboração de uma humanidade alocada sob a chancela universal do darwinismo.

A melhora das condições técnicas da exploração do mundo (transporte e comunicação se aperfeiçoam com a máquina a vapor, a eletricidade e o telégrafo) fornecia a essas intenções meios cada vez mais performativos. O cinema completa a panóplia dos instrumentos para essa coleta generalizada, fundindo a ambição do olhar à objetividade pela supressão dos obstáculos do espaço e do tempo. A imagem animada capta o transitório da duração, supera a subjetividade do testemunho duvidoso dos viajantes de longa distância, suprime os desvios especiosos da memória: os momentos fugidios da vivência, as singularidades e as diferenças do Outro tornam-se transportáveis e, portanto, observáveis à vontade, como o obelisco de Luxor, as múmias do Egito ou os afrescos do Partenon.

A etnografia iniciada por Franz Boas, e que fará da pesquisa de campo seu “laboratório” indispensável, emergindo dos limbos da reflexão teórica e frequentemente ética sobre as origens e as etapas das sociedades humanas, se tornará, do mesmo modo, um instrumento dessa coleção de realidades do mundo e de uma “objetivação” no mesmo sentido do olhar. A apresentação de uma observação dinâmica e totalizante, a passagem “pelo campo” e, portanto, a experimentação, fazem do cinema e da etnografia irmãos gêmeos de um empreendimento comum de descoberta, de identificação, de apropriação e talvez de absorção e de assimilação do mundo e de suas histórias.

Ao extremo da distância/diferença constatada, nas regiões mais remotas, no seio das sociedades mais exóticas, se – isto é, este anônimo genérico e referencial que se considera o homem branco – identificavam, com um fervor receoso, primitivismos nos limites de um inquietante estado de natureza, canibalismos “selvagens” marcando aparentemente o que devia ser o salto qualitativo em direção à cultura ou antes em direção à Civilização com sua maiúscula. Com essas designações, essas estigmatizações fascinadas, o homem ocidental decerto mastigava, como em uma denegação analítica, sua própria bulimia, sua necessidade incessante de apropriação, de dominação, projetando finalmente no outro seu próprio desejo de consumo, de devoração...! A gravação por imagem e som, assim como o empreendimento de categorização etnográfica, contribuem para os mesmos efeitos: absorver a distância material do outro e reduzi-lo a imagem e a conceitos de que se alimentam meu olhar e minha mente

(Adaptado de: PIAULT, Marc. Antropologia e Cinema. São Paulo, Editora Unifesp, 2018)

A melhora das condições técnicas da exploração do mundo (transporte e comunicação se aperfeiçoam com a máquina a vapor, a eletricidade e o telégrafo) fornecia a essas intenções meios cada vez mais performativos.


Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido, as orações que compõem a frase acima encontram-se articuladas por meio de subordinação em:

Alternativas
Q2779277 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de 31 a 43.

Para assegurar a pertinência da dominação produtiva industrial, do modo de pensar e de fazer que a gera e que ela induz, é preciso fazer romper a alteridade em múltiplas facetas de exotismo. É preciso também fazer aparecer as sociedades ainda diferentes como caminhos sem saída, erros, ausências ou inacabados no curso de uma progressão histórica inelutável. Na melhor das hipóteses, poder-se-ia considerá-los como traços de fases anteriores na construção da cidade humana universal. As sociedades que a exploração descobre, tornam-se imagens fotográficas e depois cinematográficas suscetíveis de ser transportadas, editadas, montadas, referidas e, sobretudo, comentadas em relação a um espectador cuja centralidade e o caráter de referencialidade essencial não são postos em questão. Trata-se de tentativas de levantamentos sistemáticos de desvios e de etapas no que será a elaboração de uma humanidade alocada sob a chancela universal do darwinismo.

A melhora das condições técnicas da exploração do mundo (transporte e comunicação se aperfeiçoam com a máquina a vapor, a eletricidade e o telégrafo) fornecia a essas intenções meios cada vez mais performativos. O cinema completa a panóplia dos instrumentos para essa coleta generalizada, fundindo a ambição do olhar à objetividade pela supressão dos obstáculos do espaço e do tempo. A imagem animada capta o transitório da duração, supera a subjetividade do testemunho duvidoso dos viajantes de longa distância, suprime os desvios especiosos da memória: os momentos fugidios da vivência, as singularidades e as diferenças do Outro tornam-se transportáveis e, portanto, observáveis à vontade, como o obelisco de Luxor, as múmias do Egito ou os afrescos do Partenon.

A etnografia iniciada por Franz Boas, e que fará da pesquisa de campo seu “laboratório” indispensável, emergindo dos limbos da reflexão teórica e frequentemente ética sobre as origens e as etapas das sociedades humanas, se tornará, do mesmo modo, um instrumento dessa coleção de realidades do mundo e de uma “objetivação” no mesmo sentido do olhar. A apresentação de uma observação dinâmica e totalizante, a passagem “pelo campo” e, portanto, a experimentação, fazem do cinema e da etnografia irmãos gêmeos de um empreendimento comum de descoberta, de identificação, de apropriação e talvez de absorção e de assimilação do mundo e de suas histórias.

Ao extremo da distância/diferença constatada, nas regiões mais remotas, no seio das sociedades mais exóticas, se – isto é, este anônimo genérico e referencial que se considera o homem branco – identificavam, com um fervor receoso, primitivismos nos limites de um inquietante estado de natureza, canibalismos “selvagens” marcando aparentemente o que devia ser o salto qualitativo em direção à cultura ou antes em direção à Civilização com sua maiúscula. Com essas designações, essas estigmatizações fascinadas, o homem ocidental decerto mastigava, como em uma denegação analítica, sua própria bulimia, sua necessidade incessante de apropriação, de dominação, projetando finalmente no outro seu próprio desejo de consumo, de devoração...! A gravação por imagem e som, assim como o empreendimento de categorização etnográfica, contribuem para os mesmos efeitos: absorver a distância material do outro e reduzi-lo a imagem e a conceitos de que se alimentam meu olhar e minha mente

(Adaptado de: PIAULT, Marc. Antropologia e Cinema. São Paulo, Editora Unifesp, 2018)

A etnografia iniciada por Franz Boas, e que fará da pesquisa de campo seu “laboratório” indispensável, [...] se tornará, do mesmo modo, um instrumento dessa coleção de realidades do mundo ... (3o parágrafo)


Caso se atribua sentido hipotético à frase acima, os verbos, mantida sua correlação, deverão assumir a seguinte forma:

Alternativas
Q2779276 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de 31 a 43.

Para assegurar a pertinência da dominação produtiva industrial, do modo de pensar e de fazer que a gera e que ela induz, é preciso fazer romper a alteridade em múltiplas facetas de exotismo. É preciso também fazer aparecer as sociedades ainda diferentes como caminhos sem saída, erros, ausências ou inacabados no curso de uma progressão histórica inelutável. Na melhor das hipóteses, poder-se-ia considerá-los como traços de fases anteriores na construção da cidade humana universal. As sociedades que a exploração descobre, tornam-se imagens fotográficas e depois cinematográficas suscetíveis de ser transportadas, editadas, montadas, referidas e, sobretudo, comentadas em relação a um espectador cuja centralidade e o caráter de referencialidade essencial não são postos em questão. Trata-se de tentativas de levantamentos sistemáticos de desvios e de etapas no que será a elaboração de uma humanidade alocada sob a chancela universal do darwinismo.

A melhora das condições técnicas da exploração do mundo (transporte e comunicação se aperfeiçoam com a máquina a vapor, a eletricidade e o telégrafo) fornecia a essas intenções meios cada vez mais performativos. O cinema completa a panóplia dos instrumentos para essa coleta generalizada, fundindo a ambição do olhar à objetividade pela supressão dos obstáculos do espaço e do tempo. A imagem animada capta o transitório da duração, supera a subjetividade do testemunho duvidoso dos viajantes de longa distância, suprime os desvios especiosos da memória: os momentos fugidios da vivência, as singularidades e as diferenças do Outro tornam-se transportáveis e, portanto, observáveis à vontade, como o obelisco de Luxor, as múmias do Egito ou os afrescos do Partenon.

A etnografia iniciada por Franz Boas, e que fará da pesquisa de campo seu “laboratório” indispensável, emergindo dos limbos da reflexão teórica e frequentemente ética sobre as origens e as etapas das sociedades humanas, se tornará, do mesmo modo, um instrumento dessa coleção de realidades do mundo e de uma “objetivação” no mesmo sentido do olhar. A apresentação de uma observação dinâmica e totalizante, a passagem “pelo campo” e, portanto, a experimentação, fazem do cinema e da etnografia irmãos gêmeos de um empreendimento comum de descoberta, de identificação, de apropriação e talvez de absorção e de assimilação do mundo e de suas histórias.

Ao extremo da distância/diferença constatada, nas regiões mais remotas, no seio das sociedades mais exóticas, se – isto é, este anônimo genérico e referencial que se considera o homem branco – identificavam, com um fervor receoso, primitivismos nos limites de um inquietante estado de natureza, canibalismos “selvagens” marcando aparentemente o que devia ser o salto qualitativo em direção à cultura ou antes em direção à Civilização com sua maiúscula. Com essas designações, essas estigmatizações fascinadas, o homem ocidental decerto mastigava, como em uma denegação analítica, sua própria bulimia, sua necessidade incessante de apropriação, de dominação, projetando finalmente no outro seu próprio desejo de consumo, de devoração...! A gravação por imagem e som, assim como o empreendimento de categorização etnográfica, contribuem para os mesmos efeitos: absorver a distância material do outro e reduzi-lo a imagem e a conceitos de que se alimentam meu olhar e minha mente

(Adaptado de: PIAULT, Marc. Antropologia e Cinema. São Paulo, Editora Unifesp, 2018)

A flexão do verbo em destaque deve-se ao elemento sublinhado em:

Alternativas
Q2779275 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de 31 a 43.

Para assegurar a pertinência da dominação produtiva industrial, do modo de pensar e de fazer que a gera e que ela induz, é preciso fazer romper a alteridade em múltiplas facetas de exotismo. É preciso também fazer aparecer as sociedades ainda diferentes como caminhos sem saída, erros, ausências ou inacabados no curso de uma progressão histórica inelutável. Na melhor das hipóteses, poder-se-ia considerá-los como traços de fases anteriores na construção da cidade humana universal. As sociedades que a exploração descobre, tornam-se imagens fotográficas e depois cinematográficas suscetíveis de ser transportadas, editadas, montadas, referidas e, sobretudo, comentadas em relação a um espectador cuja centralidade e o caráter de referencialidade essencial não são postos em questão. Trata-se de tentativas de levantamentos sistemáticos de desvios e de etapas no que será a elaboração de uma humanidade alocada sob a chancela universal do darwinismo.

A melhora das condições técnicas da exploração do mundo (transporte e comunicação se aperfeiçoam com a máquina a vapor, a eletricidade e o telégrafo) fornecia a essas intenções meios cada vez mais performativos. O cinema completa a panóplia dos instrumentos para essa coleta generalizada, fundindo a ambição do olhar à objetividade pela supressão dos obstáculos do espaço e do tempo. A imagem animada capta o transitório da duração, supera a subjetividade do testemunho duvidoso dos viajantes de longa distância, suprime os desvios especiosos da memória: os momentos fugidios da vivência, as singularidades e as diferenças do Outro tornam-se transportáveis e, portanto, observáveis à vontade, como o obelisco de Luxor, as múmias do Egito ou os afrescos do Partenon.

A etnografia iniciada por Franz Boas, e que fará da pesquisa de campo seu “laboratório” indispensável, emergindo dos limbos da reflexão teórica e frequentemente ética sobre as origens e as etapas das sociedades humanas, se tornará, do mesmo modo, um instrumento dessa coleção de realidades do mundo e de uma “objetivação” no mesmo sentido do olhar. A apresentação de uma observação dinâmica e totalizante, a passagem “pelo campo” e, portanto, a experimentação, fazem do cinema e da etnografia irmãos gêmeos de um empreendimento comum de descoberta, de identificação, de apropriação e talvez de absorção e de assimilação do mundo e de suas histórias.

Ao extremo da distância/diferença constatada, nas regiões mais remotas, no seio das sociedades mais exóticas, se – isto é, este anônimo genérico e referencial que se considera o homem branco – identificavam, com um fervor receoso, primitivismos nos limites de um inquietante estado de natureza, canibalismos “selvagens” marcando aparentemente o que devia ser o salto qualitativo em direção à cultura ou antes em direção à Civilização com sua maiúscula. Com essas designações, essas estigmatizações fascinadas, o homem ocidental decerto mastigava, como em uma denegação analítica, sua própria bulimia, sua necessidade incessante de apropriação, de dominação, projetando finalmente no outro seu próprio desejo de consumo, de devoração...! A gravação por imagem e som, assim como o empreendimento de categorização etnográfica, contribuem para os mesmos efeitos: absorver a distância material do outro e reduzi-lo a imagem e a conceitos de que se alimentam meu olhar e minha mente

(Adaptado de: PIAULT, Marc. Antropologia e Cinema. São Paulo, Editora Unifesp, 2018)

... comentadas em relação a um espectador cuja centralidade e o caráter de referencialidade essencial não são postos em questão. (1o parágrafo)

A etnografia iniciada por Franz Boas, e que fará da pesquisa de campo seu “laboratório” indispensável... (3o parágrafo)

... absorver a distância material do outro e reduzi-lo a imagem e a conceitos de que se alimentam meu olhar e minha mente. (último parágrafo)


Os termos sublinhados acima refere-se respectivamente a:

Alternativas
Q2779274 Português

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de 31 a 43.

Para assegurar a pertinência da dominação produtiva industrial, do modo de pensar e de fazer que a gera e que ela induz, é preciso fazer romper a alteridade em múltiplas facetas de exotismo. É preciso também fazer aparecer as sociedades ainda diferentes como caminhos sem saída, erros, ausências ou inacabados no curso de uma progressão histórica inelutável. Na melhor das hipóteses, poder-se-ia considerá-los como traços de fases anteriores na construção da cidade humana universal. As sociedades que a exploração descobre, tornam-se imagens fotográficas e depois cinematográficas suscetíveis de ser transportadas, editadas, montadas, referidas e, sobretudo, comentadas em relação a um espectador cuja centralidade e o caráter de referencialidade essencial não são postos em questão. Trata-se de tentativas de levantamentos sistemáticos de desvios e de etapas no que será a elaboração de uma humanidade alocada sob a chancela universal do darwinismo.

A melhora das condições técnicas da exploração do mundo (transporte e comunicação se aperfeiçoam com a máquina a vapor, a eletricidade e o telégrafo) fornecia a essas intenções meios cada vez mais performativos. O cinema completa a panóplia dos instrumentos para essa coleta generalizada, fundindo a ambição do olhar à objetividade pela supressão dos obstáculos do espaço e do tempo. A imagem animada capta o transitório da duração, supera a subjetividade do testemunho duvidoso dos viajantes de longa distância, suprime os desvios especiosos da memória: os momentos fugidios da vivência, as singularidades e as diferenças do Outro tornam-se transportáveis e, portanto, observáveis à vontade, como o obelisco de Luxor, as múmias do Egito ou os afrescos do Partenon.

A etnografia iniciada por Franz Boas, e que fará da pesquisa de campo seu “laboratório” indispensável, emergindo dos limbos da reflexão teórica e frequentemente ética sobre as origens e as etapas das sociedades humanas, se tornará, do mesmo modo, um instrumento dessa coleção de realidades do mundo e de uma “objetivação” no mesmo sentido do olhar. A apresentação de uma observação dinâmica e totalizante, a passagem “pelo campo” e, portanto, a experimentação, fazem do cinema e da etnografia irmãos gêmeos de um empreendimento comum de descoberta, de identificação, de apropriação e talvez de absorção e de assimilação do mundo e de suas histórias.

Ao extremo da distância/diferença constatada, nas regiões mais remotas, no seio das sociedades mais exóticas, se – isto é, este anônimo genérico e referencial que se considera o homem branco – identificavam, com um fervor receoso, primitivismos nos limites de um inquietante estado de natureza, canibalismos “selvagens” marcando aparentemente o que devia ser o salto qualitativo em direção à cultura ou antes em direção à Civilização com sua maiúscula. Com essas designações, essas estigmatizações fascinadas, o homem ocidental decerto mastigava, como em uma denegação analítica, sua própria bulimia, sua necessidade incessante de apropriação, de dominação, projetando finalmente no outro seu próprio desejo de consumo, de devoração...! A gravação por imagem e som, assim como o empreendimento de categorização etnográfica, contribuem para os mesmos efeitos: absorver a distância material do outro e reduzi-lo a imagem e a conceitos de que se alimentam meu olhar e minha mente

(Adaptado de: PIAULT, Marc. Antropologia e Cinema. São Paulo, Editora Unifesp, 2018)

Está correto o que se afirma sobre a pontuação do texto em:

Alternativas
Respostas
86: E
87: C
88: B
89: A
90: E