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Para professor - filosofia
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(...) E na introdução à dialética transcendental, Kant diz: “Verdade ou aparência não se encontram no objeto na medida em que ele se dá na intuição e sim no juízo a seu respeito, na medida em que é pensado.”
A caracterização da verdade como “concordância”, adequatio, omoiosis, é, de certo, por demais vazia e universal. (...)
(HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo, § 44, b). In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009, p.156.)
A partir do trecho da obra Ser e tempo de Heidegger, pode ser afirmado que
“(...) é fácil conceber o condicionamento social do atual declínio da aura. Ele repousa sobre duas circunstâncias, e ambas se relacionam com o aumento crescente das massas e a crescente intensidade de seus movimentos. (...) Unicidade e duração se entrelaçam na imagem assim como volatilidade e repetibilidade na reprodução.”
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.286.
De acordo com o trecho, é correto afirmar que
(...) a arte fica amputada de todo o conteúdo e supõe-se no seu lugar um elemento tão formal como a satisfação. Bastante paradoxalmente, a estética torna-se para Kant um hedonismo castrado, prazer sem prazer, com igual injustiça para com a experiência artística, na qual a satisfação atua casualmente e de nenhum modo é a totalidade, e para com o interesse sensual, as necessidades reprimidas e insatisfeitas...
ADORNO, Theodor. Teoria estética. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.371-372.
Considerando essa crítica de T. Adorno à concepção estética de Kant, pode ser afirmado que
Aqui, nesse perigo supremo da vontade, aproxima-se a arte, como feiticeira salvadora, como feiticeira da cura; somente ela é capaz de converter aqueles pensamentos nauseantes acerca do terrível ou absurdo da existência em representações com as quais se pode viver: são elas o sublime enquanto aplacamento artístico do terrível, e o cômico enquanto descarga artística da náusea do absurdo.
NIETZSCHE, O nascimento da tragédia. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.247.
Considerando o texto, pode-se afirmar que, para Nietzsche, a arte
(...) a poesia é adequada a todas as Formas do belo e se estende sobre todas elas, porque seu autêntico elemento é a bela fantasia (...).
(HEGEL. Cursos de estética. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.202.)
De acordo com o texto e o pensamento de Hegel, é correto afirmar que
Portanto, a moralidade, a religião, a metafísica, assim como todo o resto das ideologias e suas formas correspondentes de consciência, não conservam mais o semblante de independência. Elas não possuem uma história, um desenvolvimento; são os homens que, desenvolvendo suas produções materiais e seus intercâmbios materiais, alteram junto com tais processos sua existência real, seu pensamento e os produtos de seu pensamento.
(MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 136)
A partir do trecho acima citado de Marx e Engels, pode-se afirmar que a ideologia é
“Tudo aquilo que se infere de um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, infere-se também do tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida pela sua própria força e pela sua própria invenção. Numa tal condição (...) não há sociedade; e o que é pior do que tudo, um medo contínuo e perigo de morte violenta. E a vida do homem é solitária, miserável, sórdida, brutal e curta.
(HOBBES, Leviatã, I, XIII. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba:SEED,2009.)
De acordo com o texto e o pensamento de Hobbes, é correto afirmar que
Todos compreendem o quanto seja louvável a um príncipe manter a palavra dada e viver com integridade e não com astúcia. Contudo, pela experiência de nossos tempos, vê-se que certos príncipes realizaram coisas notáveis, mas tiveram em pouca conta a fé dada e souberam com astúcia manejar a cabeça dos homens. Superaram, enfim, aqueles que se apoiaram na sinceridade.
(MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe (Capítulo XVIII). In MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p. 457.)
A partir do trecho selecionado, marque a opção em que se encontra a melhor definição para o
pensamento político maquiaveliano, em relação à filosofia política desenvolvida na Grécia Clássica.
“O credo que aceita como fundamento da moral o Útil ou Princípio da Máxima Felicidade considera que uma ação é correta na medida em que tende a promover a felicidade e errada quando tende a gerar o oposto da felicidade. Por felicidade entende-se o prazer e a ausência da dor; por infelicidade, dor ou privação do prazer”.
(STUART MILL, John. O utilitarismo. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p.129)
O trecho retirado da obra de Mill expõe o princípio utilitarista de ação moral. Qual das sentenças
abaixo é uma razão utilitarista para tratar animais não humanos com dignidade, tanto em pesquisas
quanto em relação ao consumo de carne?
“Uma vontade perfeitamente boa estaria do mesmo modo submetida a leis objetivas (do bem), mas nem por isso poderia ser representada como obrigada a ações conforme a leis, porque ela por si mesma, de acordo com sua constituição subjetiva, somente pode ser determinada pela representação do bem.”
(KANT, Fundamentação da metafísica dos costumes. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 121.)
Sobre o conteúdo desse trecho da obra de Kant citada, é correto afirmar que:
Parece, então, que a ideia de uma conexão necessária entre os eventos surge de uma quantidade de situações similares, que decorrem da conjunção constante desses eventos. Tal ideia não pode nunca ser sugerida por qualquer dessas situações, inspecionada em cada posição e sob todas as abordagens possíveis. Mas não existe nada, em uma quantidade de situações, diferente de qualquer situação singular supostamente similar às outras; exceção feita apenas ao fato de, após uma repetição de situações similares, a mente ser levada pelo hábito a esperar, quando um evento aparece, aquilo que costuma acompanhá-lo, acreditando que esse acompanhamento vai acontecer.
(HUME, David. Uma investigação sobre o entendimento humano. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 106)
De acordo com Hume, a crença de que um fenômeno X causa um fenômeno Y
Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundamentei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão muito duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo de firme e de constante nas ciências.
(DESCARTES, René. Meditações Metafísicas (1ª Meditação). In: MARCONDES, Danilo (org.). Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p. 74.)
Na primeira Meditação, René Descartes (1596-1650) desenvolveu a dúvida metódica e a possibilidade
de se alcançar o conhecimento seguro. É correto afirmar que, também nesta meditação, o filósofo
apresentou
Vemos que as coisas que não têm inteligência, como, por exemplo, os corpos naturais, agem para uma finalidade, o que se mostra pelo fato de sempre ou frequentemente agirem da mesma forma, para conseguirem o máximo, donde se segue que não é por acaso, mas intencionalmente, que atingem seu objetivo. As coisas, entretanto, que não têm inteligência só podem procurar um objetivo dirigidas por alguém que conhece e é inteligente, como a flecha dirigida pelo arqueiro. Logo, existe algum ser inteligente que ordena todas as coisas da natureza para seu correspondente objetivo: a este ser chamamos Deus.
(AQUINO, Tomás de. Suma Teológica (I, Questão 2). In: MARCONDES, Danilo (org.). Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p. 71.)
Ao elaborar a quinta via racional da existência de Deus, Tomás de Aquino
Pois se as coisas futuras e passadas existem, quero saber onde estão. Se ainda não posso sabê-lo, sei ao menos que, onde quer que estejam, ali não são futuras nem passadas, mas presentes. Pois se também ali forem futuras, ali ainda não estão, e se ali forem passadas, ali já não estão. Portanto, onde quer que estejam, o que quer que sejam, não são senão presentes.
(AGOSTINHO. Confissões. Livro XI. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. pp. 42)
Agostinho declara, no livro citado de suas Confissões, o desconhecimento sobre a natureza do tempo. O trecho reproduzido remete a uma hipótese levantada pelo autor de que
Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para realização de importantes tarefas. Ao contrário, se desperdiçada no luxo e na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai.
(SÊNECA. Sobre a brevidade da vida. Porto Alegre: L&PM, 2007, p. 26.)
Tendo como base o texto acima, é correto afirmar que
“SÓCRATES: E agora, Mênon, vê que progressos ele já fez em termos de memória? De início não sabia que linha forma a figura de oito pés e mesmo agora não sabe, mas antes achava que sabia e respondeu confiante como se soubesse, sem ter consciência das dificuldades; ao passo que agora sente a dificuldade em que se encontra e, além de não saber, não acha mais que sabe.”
(PLATÃO. Mênon. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 35)
Dentre as características da filosofia socrática inferidas dos escritos de Platão, o trecho acima retrata
Texto 1 –
A questão é que nenhum deus persegue a sabedoria ou deseja tornar-se sábio, pois já o é; e ninguém mais que seja sábio persegue a sabedoria. Nem o ignorante persegue a sabedoria ou deseja ser sábio(...). O homem que não se sente deficiente não deseja aquilo de que não sente deficiência. (...)[A] necessidade de Amor tem que ser amiga da sabedoria e, como tal, deve situar-se entre o sábio e o ignorante.
(PLATÃO, O Banquete. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p.28)
Texto 2 –
É pela indagação que os homens começam agora e começaram originalmente a filosofar (...). Ora, quem indaga e está perplexo sente-se ignorante (...) de modo que, se foi para escapar à ignorância que os homens estudaram filosofia, é óbvio que procuraram a ciência pelo conhecimento e não por qualquer utilidade prática.
(ARISTÓTELES, Metafísica. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, pp. 50-51)
Tendo como base apenas os trechos citados, considere as seguintes afirmações:
I. Para ambos os autores, a filosofia demanda uma necessidade de conhecer.
II. De acordo com texto 1, sentir-se ignorante não é próprio do ignorante nem do sábio.
III. Para Platão a filosofia tem a mesma natureza divina que Eros.
IV. Aristóteles supõe que o ser humano possui a necessidade prática de conhecer.
São afirmações corretas apenas
Agora, porém, partirá injustiçado se de fato for embora, mas não por nós, as leis, e sim pelos homens; mas se fugir depois de tão vergonhosamente revidar injustiça com injustiça e o mal com o mal, rompendo os seus pactos e acordos conosco e ferindo àqueles que menos deveria – a si mesmo e aos amigos, ao país e a nós – , ficaremos zangadas com você...
(PLATÃO, Críton. In MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 25)
Com o argumento exposto no texto, Sócrates convence Críton de que, apesar da pena que recebe,
sua recusa a fugir faz sentido. Sobre o argumento de Sócrates, é correto afirmar que
O trecho citado, retirado do Livro X da República de Platão, expressa