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Para diplomata
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Maior potência industrial do século XIX, a Inglaterra, que optou pela mediação política de autoridades locais em suas colônias, não se beneficiou da corrida imperialista na mesma proporção alcançada por seus concorrentes diretos, como a Alemanha.
Ao longo do século XIX, nas regiões economicamente mais dinâmicas, capitalismo e sociedade industrial consolidaram-se em meio a um cenário de crescente urbanização, de formação e expansão do mercado de trabalho assalariado, de uma economia cada vez mais permeada por bens industrializados, de concentração e centralização da riqueza e dos capitais em grandes empresas, e de um mercado em franco processo de mundialização.
Em A Riqueza das Nações, Adam Smith critica o mercantilismo, alinhando-se, nesse aspecto, com os fisiocratas franceses, mas deles se afastando ao sustentar que ao Estado compete conduzir e proteger a economia nacional na disputa por mercados com outros países.
O processo de colonização vigente nas décadas finais do século XIX integra um contexto de expansão do sistema produtivo, do qual resultam a busca de mercados consumidores, de matéria-prima industrial e de bases estratégicas, bem como o surgimento de áreas propícias ao investimento de capitais e ao recebimento dos contingentes populacionais excedentes das metrópoles.
O retardo do desenvolvimento da economia industrial nos países da Europa Continental, comparativamente ao da Grã-Bretanha, deveu-se à precária cultura liberal empreendedora e às dificuldades econômicas advindas de conflitos armados.
A economia industrial no continente europeu foi dinamizada, entre outros importantes fatores, pela inexistência, até a década de 60 do século XIX, de políticas protecionistas de comércio exterior.
A expansão da Revolução Industrial na Europa favoreceu o surgimento de movimentos políticos e sociais, alguns deles relacionados ao rápido processo de urbanização que se verificou no continente a partir do século XIX.
A disseminação da economia industrial na Europa Continental foi facilitada pelos grandes fluxos de investimentos internacionais que surgiram dos excedentes de capitais, com o objetivo de boas oportunidades de negócios, o que permitiu a injeção de capitais no sistema financeiro europeu e de tecnologias no processo de industrialização.
O fragmento de texto acima remete a uma das mais duradouras guerras civis travadas no Brasil, a Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul, ao longo de uma década (1835-1845). Relativamente ao período conhecido como regencial, que se estende da abdicação de Pedro I (1831) ao Golpe da Maioridade (1840), assinale a opção correta.
Ao longo do regime militar instaurado, no Brasil, em 1964, a política externa brasileira para a África, a partir do governo Costa e Silva e principalmente do governo Geisel, subordinou-se aos imperativos econômicos; assim, a necessidade de abrir novos mercados para produtos industrializados e de obter fornecimento de petróleo, que levou o Brasil a reconhecer todas as ex-colônias portuguesas, superou os interesses estritamente políticos, assentados no desejo de afastar o país do modelo calcado na defesa de posições colonialistas.
A diplomacia econômica praticada pelo governo Geisel com a finalidade de promover o desenvolvimento pretendia reduzir as vulnerabilidades do país aos contingenciamentos da economia internacional, orientando-se pela busca de diversificação de parcerias, o que explica a aproximação do Brasil com a América Latina, a África e a Europa Oriental, entre outros parceiros.
Aparadas as arestas com alguns importantes e tradicionais parceiros, como França e Itália, o Brasil assinou, com a Alemanha, acordo nuclear que previa a implantação de centrais nucleares, o reprocessamento de combustíveis e a produção de reatores nucleares, com respectivas instalações e componentes, mas vetava, em face das pressões norte-americanas, a prospecção, o tratamento e o enriquecimento do urânio.
Os avanços e recuos verificados na estratégia de abertura política formulada por Geisel e Golbery refletiam, respectivamente, o sentimento oposicionista, que começava a ganhar força na sociedade brasileira, e a linha-dura, com fortes pressões de áreas integrantes do sistema de poder contrárias a qualquer forma de distensão do regime.
A partir do fragmento de texto acima, reproduzido do discurso do deputado Ulysses Guimarães no ato de promulgação da Constituição Federal (CF) em 5/10/1988, assinale a opção correta acerca da Carta Magna e do processo de redemocratização vivido pelo país com o fim do regime militar.
Com a independência do Brasil, foram prejudicados tanto os setores dominantes da ex-colônia, dado o rompimento da ponte estabelecida com a Coroa portuguesa na abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional, quanto as elites do Vale do Paraíba, dados os acordos celebrados com a Inglaterra e com Portugal para o reconhecimento do novo Estado, mediante os quais foi renovada a perspectiva de poder da aristocracia açucareira nordestina.
O trecho final do texto sugere que o reconhecimento do Estado nacional brasileiro pelos Estados Unidos da América (EUA) era condição essencial para que outras potências também o fizessem, devido à relevância de Washington no jogo de poder mundial e à amplitude de sua ação internacional na primeira metade do século XIX.
A Inglaterra demorou a reconhecer o Brasil independente, porque, a despeito da importância relativamente pequena do mercado brasileiro para as exportações britânicas e do fim do tráfico africano assegurado pelo governo de D. Pedro I, era forte a resistência das elites locais à renovação dos tratados de 1810, extremamente vantajosos para os ingleses.
O reconhecimento da independência do Brasil, diferentemente do que se verificou com as colônias espanholas na América, ocorreu mediante negociação tripartite, na qual se destacou a mediação da Inglaterra entre metrópole e ex-colônia.