Questões de Concurso
Para diplomata
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Os sentidos e a correção gramatical do primeiro parágrafo do texto seriam mantidos e as relações sintáticas estariam bem identificadas caso o autor tivesse adotado, nesse trecho, a seguinte pontuação: Deixei os braços pousarem na madeira inchada e úmida; abri um pouco a janela, a pensar que isso de olhar a chuva de frente podia abrandar o ritmo dela; ouvi, lá embaixo, na varanda, os passos da avó Agnette, que se ia sentar na cadeira da varanda a apanhar ar fresco; senti que despedir-me da minha casa era despedir-me dos meus pais, das minhas irmãs, da avó e era despedir-me de todos os outros: os da minha rua; senti que rua não era um conjunto de casas, mas uma multidão de abraços; a minha rua, que sempre se chamou Fernão Mendes Pinto, nesse dia, ficou espremida numa só palavra que quase me doía na boca se eu falasse com palavras de dizer: infância.
No trecho “Não gosto de despedidas porque elas chegam dentro de mim como se fossem fantasmas mujimbeiros que dizem segredos do futuro que eu nunca pedi a ninguém para vir soprar no meu ouvido de criança” (l.19-22), o narrador apresenta, por meio de uma comparação, uma das razões de não gostar de despedidas, caracterizando, de forma restritiva, o elemento com que compara as despedidas.
O emprego, no texto, das expressões coloquiais “cairia muito bem” (l.11) e “mandando brasa” (l.12) indica a informalidade com que Vinicius de Moraes escreve a seu destinatário.
Na carta a Antonio Carlos Jobim, a menção a correspondências que nunca eram enviadas sugere que havia temas confidenciais que só poderiam ser tratados pelo remetente e pelo destinatário da carta de 7 de setembro de 1964 em encontro pessoal.
Infere-se da carta de Vinicius de Moraes a Antonio Carlos Jobim que o poeta brasileiro, também diplomata, estava em missão profissional na cidade do Havre por ocasião de uma data nacional brasileira, embora manifestasse preferência por estar em outro lugar.
Pelo emprego da expressão “todo mundo” (l.14), pressupõe-se que, além do embaixador, outros amigos e colegas de trabalho de Vinicius de Moraes, sem que se possa saber quantos, telefonaram-lhe do Brasil.
Dada a propriedade que assume o pronome “este” nos mecanismos coesivos empregados no trecho “que estimulem e desenvolvam este nobre fim” (l.23-24), não é facultada a seguinte reescrita: que estimulem este nobre fim e o desenvolvam.
O período que finaliza o primeiro parágrafo está na ordem inversa, como indica o emprego inicial da conjunção “Pois”, que introduz uma oração subordinada anteposta à oração principal.
Na linha 3, o vocábulo “arquiteto” retoma por substituição o nome próprio “Oscar Niemeyer”, empregado na linha 2, mecanismo que corresponde a uma variedade de metonímia e por meio do qual se evita a repetição de vocábulo.
A elipse em “nem que estará” (l.18) e o emprego do pronome anafórico “ele” (l.20) são mecanismos de coesão utilizados para referenciar o substantivo “Oscar” (l.18).
No texto, a linguagem foi empregada predominantemente em suas funções emotiva e poética.
O uso da expressão “mais antiautopromocionais” (l.9) indica a opção do autor do texto por forma prolixa, dada a presença de dois prefixos no vocábulo adjetivo, em detrimento da concisão que seria proporcionada pela escolha da forma equivalente menos autopromocional, a qual manteria o efeito retórico desejado.
O emprego de adjetivos no grau superlativo absoluto, como “mais emocionantes” ( R .1), “mais antiautopromocionais” (l.9), “tão frágil e precário” (l.17), produz o efeito de exaltação da superioridade dos atributos técnico e criativo de Oscar Niemeyer em relação a outros brasileiros notáveis.
Ao empregar as expressões “Papai do Céu” (l.18) e “verdes pastagens do Paraíso” (l.19-20), o autor do texto demonstra neutralidade em relação ao universo de crenças que elas representam.
O trecho “uma obra que se desejava o menos imperfeita possível” (l.37-38) poderia ser reescrito, sem prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, da seguinte maneira: uma obra que era desejada a menos possível imperfeita.
Os vocábulos “decorrência” (l.11), “condizente” (l.25) e “irreprimível” (l.26) regem termos que lhes complementam, necessariamente, o sentido.