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Um novo estudo estima que a área de manguezais no entorno da foz do rio Amazonas é pelo menos 180 km2 maior do que se
conhece. De acordo com artigo publicado na revista científica Current Biology, a extensão total desse tipo de vegetação de transição
entre o ambiente terrestre e o marinho chega a 1.713 km2 na grande desembocadura do curso de água. As plantas presentes na
região apresentam uma particularidade: são uma mistura de espécies adaptadas a ambientes de água doce, como várzeas, com as
de manguezais típicos, onde a salinidade é alta.
No solo enlameado do chamado delta do Amazonas, um tipo de foz formado por vários canais e pequenas ilhas, foram
encontradas florestas com espécies herbáceas como as aningas, acompanhadas de árvores típicas de várzeas que parecem fora do
hábitat padrão, como alguns tipos de palmeiras, inclusive pés de açaí e de buriti. Normalmente, os manguezais são dominados por
árvores adaptadas a ambientes de água salgada ou salobra. “Mas o Amazonas despeja tanta água doce no Atlântico que a salinidade
é próxima a zero em seu delta e por dezenas de quilômetros ao longo da costa na direção norte”, afirma o oceanógrafo Angelo
Bernardino.
(Adaptado de: ELER, Guilherme. Revista Pesquisa FAPESP. Ed. 321, nov. 22)