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Para médico
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A paciente não apresenta indicação de investigação de abortamento habitual, uma vez que, apesar do histórico de quatro abortamentos, ela teve uma gestação viável.
O acompanhamento da paciente no caso da adoção de conduta expectante para se avaliar o sucesso deve ser feito por meio de dosagens seriadas de beta-HCG.
Considerando a hipótese de abortamento em curso e que a paciente se encontre estável hemodinamicamente, com sangramento vaginal controlado e sem sinais de infecção, pode ser adotada conduta expectante.
A respeito desse caso clínico, julgue o item a seguir.
Se, em uma nova ecografia, não se visualizar embrião/saco
gestacional dentro do útero e a espessura endometrial for de
14 mm, então será indicada realização de esvaziamento
uterino (com AMIU ou curetagem).
O sinal de Piskacek, considerado um sinal de probabilidade gestacional que pode ser percebido por meio da palpação do fundo uterino, pode ser descrito como uma assimetria uterina que é resultante da implantação ovular e que gera um abaulamento do útero.
Alterações cutâneas na pele da gestante, como cloasma e linha nigra, são sinais de probabilidade de gestação.
Sintomas de presunção, como, por exemplo, náuseas, vômitos, alterações no volume da mama, polaciúria, constipação e lombalgia, são inespecíficos e devem ser sempre colocados no contexto da paciente, após correta anamnese de antecedentes ginecológicos/obstétricos, histórico sexual e comorbidades.
O sinal de Nobile-Budin, que é a percepção, por meio do toque vaginal, do preenchimento do fundo de saco vaginal pelo útero, é um sinal de probabilidade da gestação.
Os sinais e sintomas de gravidez são classificados em três grupos: de presunção, de probabilidade e de certeza. Acerca desses achados, julgue o seguinte item.
A percepção de movimentos fetais e de partes fetais pelo
examinador, identificada normalmente a partir de
24 semanas de gestação, é um sinal de certeza de gravidez.
Considere que uma paciente tenha iniciado quadro de hipertensão arterial após a 20.ª semana de gestação e apresente, ainda, início de trombocitopenia, com aumento de transaminases como únicas outras alterações. Nesse caso, o correto diagnóstico é de hipertensão gestacional, e não de pré-eclâmpsia, já que a paciente não tem proteinúria significativa.
São fatores de risco para pré-eclâmpsia: nuliparidade, idade acima de 40 anos (para gestantes nulíparas), gestação múltipla e diabetes melito preexistente.
Caso uma paciente hipertensa crônica comece a necessitar, após 20 semanas de gestação, de um incremento das suas doses terapêuticas anti-hipertensivas iniciais ou da associação de anti-hipertensivos, o seu correto diagnóstico será de pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial crônica, mesmo na ausência de proteinúria.
Creatinina sérica acima de 1,2 mg/dL e oligúria com diurese abaixo de 500 mL/24 h são sinais de gravidade na préeclâmpsia.
Obesidade ou índice de massa corporal acima de 30 kg/m², hipertensão crônica, diabetes melito e algumas doenças autoimunes podem ser considerados fatores de risco para pré-eclâmpsia.
Considere uma cardiotocografia reativa e sem alterações em gestação a termo sem intercorrências, com movimentação respiratória, corporal e tônus adequado, mas com líquido amniótico (ILA) reduzido a um score de PBF de 8/10, o que sugere asfixia crônica compensada. Nesse caso, é recomendável indicar o parto, já que o feto está a termo.
Além da cardiotocografia, são avaliados ainda quatro parâmetros ultrassonográficos no perfil biofísico fetal: movimentos respiratórios, movimentos corporais, tônus e líquido amniótico.
A cardiotocografia é um método mais objetivo de avaliação da vitalidade fetal que o mobilograma, porque a contagem dos movimentos fetais a partir da percepção materna é subjetivo e menos padronizado.
A classificação para cardiotocografia intraparto inclui como categoria III (traçado anormal) padrão sinusoidal, desacelerações prolongadas maiores que 2 minutos e menores que 10 minutos, e variabilidade ausente com desacelerações tardias recorrentes.
Em uma gestação de 36 semanas, com a gestante fora de trabalho de parto, é considerado um padrão reativo (tranquilizador) a presença de, pelo menos, duas acelerações em 20 minutos de registro, ou seja, a frequência cardíaca fetal deve se elevar pelo menos 20 bpm acima da linha de base por pelo menos 20 segundos duas vezes durante os 20 minutos de exame.
A infecção materna por HIV e(ou) HTLV, com ou sem transmissão ao feto ou recém-nascido, constitui causa infecciosa que contraindica o aleitamento materno.