Questões de Concurso
Para médico
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Os adesivos não biológicos (cianoacrilatos) também são bacteriostáticos, particularmente contra organismos gram-positivos, incluindo Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Streptococcus do grupo A, um efeito que é possivelmente devido à ausência de uma cápsula de lipopolissacarídeo entre esses patógenos.
A epiceratoplastia tectônica tem se tornado cada vez mais popular devido à menor taxa de rejeição do enxerto em comparação à ceratoplastia penetrante. É um procedimento superior ao da ceratoplastia penetrante nas perfurações corneanas, desde que as córneas de doadores tenham contagem rica de células endoteliais ao serem usadas para esse fim.
A cola de fibrina é biodegradável e induz mínima inflamação estromal ou necrose tecidual; a fibrina catalisa a conversão de fibrinogênio em trombina na via de coagulação, o que resulta na formação de um tampão que forma um selante eficaz e, quando usado para defeitos de até 2 mm, é tão eficaz quanto o cianoacrilato.
Uma vantagem do uso de cianoacrilato é sua baixa toxicidade estromal, podendo entrar em contato direto com a córnea ou o cristalino sem causar aumento da pressão intraocular, possivelmente por ser inerte e não afetar a rede trabecular.
Adesivos teciduais podem ser usados para tratar pequenas perfurações da córnea, sendo mais adequados para perfurações menores de 3 mm de diâmetro, côncavas em perfil e localizadas longe do limbo, devido à má adesão entre a cola e o tecido conjuntivo.
A acuidade visual não é um guia útil para distinguir OACR completa da incompleta, pois a visão central pode estar gravemente prejudicada na isquemia retiniana sem infarto, assim como a visão central pode estar presente com OACR completa e infarto retiniano se uma artéria ciliorretiniana perfunde e poupa a mácula central.
O conteúdo de oxigênio arterial pode ser aumentado com o uso de câmara hiperbárica e pode ser útil para OACR incompleta como uma medida para auxiliar a sobrevivência da retina interna isquêmica, mas não tem valor na OACR completa, da mesma forma que a oxigenioterapia hiperbárica não é um tratamento geralmente aceito para acidente vascular cerebral ou infarto do miocárdio.
Os vasodilatadores sistêmicos ou por injeção retrobulbar, assim como o ato de respirar níveis elevados de dióxido de carbono, podem aumentar a pressão de perfusão na artéria central da retina e ajudar o trombo ou êmbolo a se mover distalmente; portanto, manobras terapêuticas adicionais dessa natureza provavelmente serão úteis.
Os agentes hipotensores oculares orais e tópicos têm efeito muito mais lento e menos profundo do que a paracentese da câmara anterior, mas podem ser úteis mantendo a pressão intraocular baixa por alguns dias.
Apesar de eficácia não comprovada e dos riscos de complicações, que incluem catarata traumática, hifema e endoftalmite, a paracentese da câmara anterior produz um aumento imediato na pressão de perfusão da artéria central da retina, especialmente quando comparada à intervenção farmacológica, que ainda é amplamente defendida para os casos de OACR.
As células ganglionares que expressam melanopsina são incapazes de respostas intrínsecas à luz; elas dependem dos fotorreceptores para fornecer sinais que definem a fase do ritmo circadiano e para auxiliar na condução do reflexo pupilar à luz que envolve projeções para o pretectum.
Como o número de tipos de fotorreceptores espectralmente distintos prediz a dimensionalidade da visão de cores, as interações entre a rodopsina dos bastonetes, a melanopsina das células ganglionares da retina e os pigmentos dos cones, todos diferentes em sensibilidade espectral, podem produzir visão tetra ou pentacromática genuína em humanos.
Os sinais mediados pela melanopsina, identificados como substrato para definir os ritmos circadianos, não influenciam a percepção das cores.
A visão em cores está ausente em condições escotópicas, quando apenas um único tipo de célula fotorreceptora, os bastonetes, está ativo; no entanto, os bastonetes interagem com os sinais dos cones para influenciar a percepção das cores na luz mesópica.
Na retina humana, os bastonetes estão completamente ausentes do centro foveal; eles começam a superar os cones além de cerca de 300 μm do centro foveal (1 grau central) e atingem o pico em densidade a cerca de 3 mm de excentricidade, onde superam os cones em aproximadamente 20:1.
Em relação ao caso clínico apresentado, julgue o item que se segue.
A uveíte posterior é o subtipo de uveíte mais comumente associado à EM, sendo uma consequência da desmielinização dos neurônios retinianos, porém não se sabe se a uveíte é uma das manifestações da EM ou um distúrbio coincidente.
Em relação ao caso clínico apresentado, julgue o item que se segue.
Entre os pacientes com EM, a prevalência de uveíte é cerca de 10 vezes maior do que na população em geral; além da inflamação intraocular, os sintomas visuais podem ser resultantes de lesões desmielinizantes das vias visuais ou de complicações visuais de drogas modificadoras de doença para EM.
Em relação ao caso clínico apresentado, julgue o item que se segue.
Esse tipo de inflamação afeta predominantemente o vítreo, apresentando-se com células vítreas e, muitas vezes, agregados branco-amarelados de células inflamatórias que se denominam snowballs e(ou) acúmulo de exsudatos amarelo-acinzentados na ora serrata conhecido como snowbanks.
Em relação ao caso clínico apresentado, julgue o item que se segue.
Entre as etiologias prováveis, destacam-se a idiopática, sarcoidose e esclerose múltipla (EM), podendo complicar-se com edema macular ou vasculite retiniana, sendo o edema macular um elemento-chave do prognóstico visual desse tipo de uveíte.
Em relação ao tema do texto precedente, julgue o item subsecutivo.
A redução da pressão intraocular é amplamente reconhecida como ineficaz na OACR e não deve ser tentada, pois seu fundamento como modalidade terapêutica em aumentar a perfusão da artéria central da retina para a retina interna não se comprovou, além de apresentar efeitos adversos e desvantagens potenciais que se sobrepõem a esse fundamento.