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Q2726871 Português

INSTRUÇÃO: Leia o texto I a seguir para responder às questões de 1 a 10.


TEXTO I


O estupro


Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.


Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.


Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.


Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.


Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.


Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.


O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.


Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.


Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.


Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.


A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.


A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito. A realidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.


Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.


Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.


O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.


VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017.

Disponível em: <https://goo.gl/QmDE86>.

Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

A principal característica de gêneros textuais como este é:

Alternativas
Q2726870 Português

INSTRUÇÃO: Leia o texto I a seguir para responder às questões de 1 a 10.


TEXTO I


O estupro


Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.


Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.


Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.


Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.


Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.


Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.


O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.


Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.


Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.


Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.


A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.


A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito. A realidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.


Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.


Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.


O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.


VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017.

Disponível em: <https://goo.gl/QmDE86>.

Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

Assinale a alternativa em que a ideia expressa entre colchetes não está presente no respectivo trecho.

Alternativas
Q2726869 Português

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TEXTO I


O estupro


Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.


Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.


Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.


Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.


Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.


Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.


O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.


Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.


Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.


Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.


A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.


A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito. A realidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.


Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.


Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.


O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.


VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017.

Disponível em: <https://goo.gl/QmDE86>.

Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

Releia o trecho a seguir.


“Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado.”


São sinônimos da palavra destacada, EXCETO:

Alternativas
Q2726868 Português

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TEXTO I


O estupro


Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.


Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.


Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.


Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.


Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.


Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.


O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.


Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.


Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.


Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.


A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.


A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito. A realidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.


Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.


Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.


O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.


VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017.

Disponível em: <https://goo.gl/QmDE86>.

Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

São fatores que beneficiam o comportamento do estuprador, EXCETO:

Alternativas
Q2726867 Português

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TEXTO I


O estupro


Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.


Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.


Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.


Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.


Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.


Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.


O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.


Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.


Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.


Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.


A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.


A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito. A realidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.


Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.


Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.


O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.


VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017.

Disponível em: <https://goo.gl/QmDE86>.

Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

Analise as afirmativas a seguir.


I. O convívio liberal entre homens e mulheres não condiz com os fatos apresentados nas pesquisas.

II. Crianças e mulheres, maiores vítimas dos casos de estupro, são abusadas, em sua maioria, por familiares.

III. Ter a liberdade de andar com pequenos biquínis ou seminuas no Carnaval faz com que as mulheres tenham uma falsa ideia de segurança no convívio com os homens.


Estão de acordo com a opinião do autor as afirmativas:

Alternativas
Q2726866 Português

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TEXTO I


O estupro


Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.


Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.


Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.


Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.


Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.


Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.


O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.


Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.


Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.


Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.


A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.


A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito. A realidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.


Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.


Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.


O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.


VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017.

Disponível em: <https://goo.gl/QmDE86>.

Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

São características citadas pelo autor sobre a maioria dos estupros, EXCETO:

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Q2726865 Português

INSTRUÇÃO: Leia o texto I a seguir para responder às questões de 1 a 10.


TEXTO I


O estupro


Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.


Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.


Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até hoje me perseguem.


Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.


Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.


Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.


O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.


Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.


Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.


Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o próprio pai.


A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se digne a reconhecer-lhe existência.


A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval fortalece esse mito. A realidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta própria.


Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres que se dão ao respeito não são atacadas”.


Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças, adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.


O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.


VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017.

Disponível em: <https://goo.gl/QmDE86>.

Acesso em: 12 set. 2017 (Adaptação).

Analise as afirmativas a seguir.


I. Um dos motivos apontados como causa dos estupros é o excesso de confiança.

II. Para a maioria dos entrevistados, a mulher é atacada por mostrar excessivamente o corpo.

III. Os estupros mencionados nas pesquisas se referem apenas aos cometidos contra as mulheres.


De acordo com o texto, estão incorretas as afirmativas:

Alternativas
Q2726821 Direito Administrativo

“No regime administrativo disciplinar, o instituto da prescrição acarreta a extinção da punibilidade e visa a punir inércia da Administração que, sabendo do suposto ilícito, não diligencia na exigida apuração, embora já tivesse elementos para fazê-lo.”


Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.

www.cgu.gov.br


___Vinicius é servidor público federal investido no cargo de enfermeiro desde 2010. Em 2015, ele foi convocado a fazer parte de uma Comissão de Sindicância para apurar ilícito administrativo. Ao produzir o relatório final, Vinicius e os demais membros da Comissão fizeram um estudo detalhado acerca do Instituto da prescrição administrativa a fim de se chegar à decisão final. Sobre a prescrição, de acordo com a Lei nº 8112/90, a Comissão deve considerar que:

Alternativas
Q2726814 Português

TORQUATO NETO: LITERATO CANTABILE



___O poeta piauiense Torquato Neto, morto prematuramente em 1972, foi um dos grandes nomes da contracultura brasileira, nos anos 1960. O texto adiante é parte da primeira estrofe de seu marcante poema “Literato Cantabile”.


“agora não se fala mais

toda palavra guarda uma cilada

(...)”

Caso quiséssemos estragar ainda mais o belíssimo poema de Torquato Neto, poderíamos, por exemplo, ousar substituir, por um sinônimo ou, pior, por um antônimo, o termo “cilada” – tão eloquente e esteticamente adequado ao poema e ao seu contexto sócio-histórico-cultural. Assinale a única alternativa que apresenta um termo antônimo de “cilada”.

Alternativas
Q2726813 Português

TORQUATO NETO: LITERATO CANTABILE



___O poeta piauiense Torquato Neto, morto prematuramente em 1972, foi um dos grandes nomes da contracultura brasileira, nos anos 1960. O texto adiante é parte da primeira estrofe de seu marcante poema “Literato Cantabile”.


“agora não se fala mais

toda palavra guarda uma cilada

(...)”

Se coubesse alterar (na verdade, estragar, não é mesmo?!) os versos do poeta, introduzindo, entre o primeiro e o segundo verso, uma conjunção coordenativa conclusiva (a que, obviamente, indica a conclusão de uma ideia), deveríamos optar por:

Alternativas
Q2726811 Português

Considere o texto a seguir:


___A sessão da Câmara Federal de 17 de abril de 2016, que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, causou profundo impacto na sociedade brasileira. Não apenas pela gravidade institucional da matéria e da decisão, mas também por ter revelado limitações e contradições de grande parte dos parlamentares; todos eles eleitos pelo voto popular. Um verdadeiro choque para muitos brasileiros.


Recolhido de “PELA LÍNGUA PORTUGUESA

DO BRASIL, VOTO SIM!

http://noticias.r7.com/blogs/portugues-de-brasileiro/pela-lingua-

-portuguesa-do-brasil-voto-sim-20160417/


___Dentre as bizarrices ditas durante as indevidas declarações de voto, chamaram atenção diversos atropelos à norma culta da língua portuguesa, conforme citado nas alternativas adiante.


___Assinale a única alternativa em que não ocorre falha de concordância:

Alternativas
Q2726810 Português

Considere o texto a seguir:


___“O país passou, sem escala, dos anacolutos de Dilma Rousseff às mesóclises de Temer. De um ponto de vista (digamos) psíquico-gramatical, a mudança faz o desfavor de sugerir que não há meio termo para o ser brasileiro: ou tropeçamos a cada passo na desestruturação lógica e sintática, tentando fazer com que palavras e coisas se encaixem a golpes de marreta, ou caímos na cafonice bacharelesca que azeita as engrenagens do discurso enquanto o afasta da fala popular e o torna marotamente difícil, concebido menos para se comunicar com cidadãos do que para mesmerizar multidões. Em algum lugar profundo de nossa mentalidade, há uma placa de bronze na qual, sob uma efígie de Rui Barbosa e com nota de rodapé informando tratar-se de tradução do latim, está gravada esta mentira: “Falar enrolado é sinal de uma inteligência superior”.”


Trecho decupado de Temer e a mesóclise: o homem prono-

minal, de Sérgio Rodrigues. 30 de maio de 2016.

http://www.melhordizendo.com/

temer-e-mesoclise-o-homem-pronominal/


___Marque a alternativa que define, corretamente, a figura de linguagem associada pelo autor ao modo de expressão da então presidente afastada Dilma Rousseff.

Alternativas
Q2726809 Português

TEXTO 5



“A mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada.”


___A frase, capaz de provocar calafrios, é alvo de concordância de um em cada três brasileiros, segundo pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Mesmo entre as mulheres, 30% concordam com esse raciocínio, que culpa a vítima pela violência sexual sofrida.


___No Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, conforme registros oficiais. Estimativas apontam, no entanto, que apenas 10% dessas agressões sexuais são registradas, o que sugere uma cifra oculta de até 500 mil estupros anuais. O levantamento mostrou também que a porcentagem de concordância com a frase é a mesma entre homens e mulheres: 30%.


___A percepção de que a mulher que usa “roupas provocativas” é culpada caso sofra um estupro é maior entre pessoas que têm apenas o ensino fundamental (41%), moradores de cidades de até 50 mil habitantes (37%) e pessoas acima dos 60 anos (44%). Essa convicção tem menos apelo entre os que possuem ensino superior (16%) e têm até 34 anos (23%).


___Outra frase apresentada aos entrevistados foi “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”, com a qual 37% dos entrevistados concordaram. Nesse caso, o índice foi maior entre os homens (42%) do que entre as mulheres (32%).”


Adaptado de http://noticias.uol.com.br/cotidiano/

ultimas-noticias/2016/09/21/um-em-cada-3-brasileiros-

-concorda-que-mulher-tem-culpa-por-estupro-diz-pesquisa.

htm#comentarios

“No Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, conforme registros oficiais.”


Em relação a esse trecho do TEXTO 5, é correto afirmar que as vírgulas foram empregadas, respectivamente, para:

Alternativas
Q2726808 Português

TEXTO 5



“A mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada.”


___A frase, capaz de provocar calafrios, é alvo de concordância de um em cada três brasileiros, segundo pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Mesmo entre as mulheres, 30% concordam com esse raciocínio, que culpa a vítima pela violência sexual sofrida.


___No Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, conforme registros oficiais. Estimativas apontam, no entanto, que apenas 10% dessas agressões sexuais são registradas, o que sugere uma cifra oculta de até 500 mil estupros anuais. O levantamento mostrou também que a porcentagem de concordância com a frase é a mesma entre homens e mulheres: 30%.


___A percepção de que a mulher que usa “roupas provocativas” é culpada caso sofra um estupro é maior entre pessoas que têm apenas o ensino fundamental (41%), moradores de cidades de até 50 mil habitantes (37%) e pessoas acima dos 60 anos (44%). Essa convicção tem menos apelo entre os que possuem ensino superior (16%) e têm até 34 anos (23%).


___Outra frase apresentada aos entrevistados foi “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”, com a qual 37% dos entrevistados concordaram. Nesse caso, o índice foi maior entre os homens (42%) do que entre as mulheres (32%).”


Adaptado de http://noticias.uol.com.br/cotidiano/

ultimas-noticias/2016/09/21/um-em-cada-3-brasileiros-

-concorda-que-mulher-tem-culpa-por-estupro-diz-pesquisa.

htm#comentarios

“A frase, capaz de (1) provocar calafrios, é alvo de concordância de um em cada três brasileiros, segundo pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Mesmo entre as mulheres, 30% (2) concordam com esse raciocínio, que culpa a vítima pela violência sexual sofrida.”


Quanto à regência com que se apresentam nesse trecho do TEXTO 5, os verbos numerados e sublinhados são, respectivamente:

Alternativas
Q2726807 Português

TEXTO 5



“A mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada.”


___A frase, capaz de provocar calafrios, é alvo de concordância de um em cada três brasileiros, segundo pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Mesmo entre as mulheres, 30% concordam com esse raciocínio, que culpa a vítima pela violência sexual sofrida.


___No Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, conforme registros oficiais. Estimativas apontam, no entanto, que apenas 10% dessas agressões sexuais são registradas, o que sugere uma cifra oculta de até 500 mil estupros anuais. O levantamento mostrou também que a porcentagem de concordância com a frase é a mesma entre homens e mulheres: 30%.


___A percepção de que a mulher que usa “roupas provocativas” é culpada caso sofra um estupro é maior entre pessoas que têm apenas o ensino fundamental (41%), moradores de cidades de até 50 mil habitantes (37%) e pessoas acima dos 60 anos (44%). Essa convicção tem menos apelo entre os que possuem ensino superior (16%) e têm até 34 anos (23%).


___Outra frase apresentada aos entrevistados foi “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”, com a qual 37% dos entrevistados concordaram. Nesse caso, o índice foi maior entre os homens (42%) do que entre as mulheres (32%).”


Adaptado de http://noticias.uol.com.br/cotidiano/

ultimas-noticias/2016/09/21/um-em-cada-3-brasileiros-

-concorda-que-mulher-tem-culpa-por-estupro-diz-pesquisa.

htm#comentarios

As aspas são um sinal de pontuação, cuja principal finalidade é destacar alguma parte de um texto, distinguindo-a do restante, com propósitos definidos. São sinais simples que podem expressar sentidos complexos.


Considerada a íntegra do TEXTO 5, é correto afirmar que as aspas utilizadas na expressão “roupas provocativas”, no início do terceiro parágrafo servem para destacar que:

Alternativas
Q2726806 Português

Considere o seguinte contexto:


___Durante um julgamento, em agosto deste ano, o ministro Ricardo Lewandowski passou, assim, a palavra à colega Cármen Lúcia, que o substituiria na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF): “Então eu concedo a palavra à eminente ministra Cármen Lúcia, nossa presidenta eleita… ou presidente?”


___A ministra – em alusão à preferência da então presidenta afastada Dilma Rousseff pelo termo presidenta – respondeu: “Eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, não é não?”, disse, rindo.


___Inconveniências à parte, o fato é que ambas as formas são aceitas para designar uma mulher que assume a presidência de qualquer órgão ou do país. Presidenta ou presidente. No dicionário ‘Houaiss’, por exemplo, está consignado o termo presidenta para definir ‘mulher que preside (algo)’ ou ‘mulher que se elege para a presidência de um país’. O termo, portanto, é vernáculo.


___Leia, atentamente, os três títulos e subtítulos selecionados da repercussão que o episódio teve na mídia e assinale a alternativa correta:


(1) “Cármen Lúcia pede para ser chamada de ‘presidente’ em vez de ‘presidenta’” | G1;

(2) “Presidenta ou presidente?

Cármen Lúcia assume o STF e recusa-se ser chamada pelo feminino de presidente” | Revista Carta Capital;

(3) “Carmen Lúcia revogou a invencionice arrogante de Dilma” | Revista Veja.

Alternativas
Q2726805 Português

Considere o texto a seguir:


___“O tradicional colégio Pedro II, escola federal fundada em 1837, no Rio, não tem mais uniformes masculino e feminino. Na prática, o uso de saias está autorizado para os meninos, que podem usá-las livremente. Desde maio deste ano, o Pedro II adota nas listas de chamada o nome social escolhido por alunos e alunas transexuais”.


Adaptado de Colégio Pedro II, no Rio, libera saia para

meninos. Estadão, 20/09/2016.

http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,colegio-pedro-

-ii-no-rio-libera-saia-para-meninos,10000077010


___Para o estabelecimento da coesão textual, são diversos os recursos disponíveis na língua portuguesa. Entre eles estão os pronomes. O termo las, em destaque no primeiro parágrafo, trata-se de pronome pessoal:

Alternativas
Q2726804 Português

Considere o texto a seguir:


___“Movimento apoiado por conservadores motiva sindicâncias contra professores e provoca censura nas aulas em estados e municípios, onde a restrição de liberdade de expressão já é lei.”


Imagem associada para resolução da questão


___Janeth de Souza terminou de dar suas aulas de inglês no Instituto de Educação Rangel Pestana, em Nova Iguaçu, e estava a caminho de casa quando recebeu um telefonema. Deveria comparecer (1) a Diretoria Regional de Educação Metropolitana I para responder (2) a uma sindicância. Chegando lá, foi informada de que havia uma “denúncia anônima” feita (3) aquela Diretoria: um vídeo de 40 minutos de uma de suas aulas, em que explicava (4) a alunos porque os professores entrariam em greve. Janeth estava sendo acusada de “doutrinação ideológica” – um termo que nunca tinha ouvido em seus mais de 30 anos de profissão.


Adaptado de Escola Sem Partido caça bruxas nas salas de aula, de Andrea Dip. Pública | Agência de Reportagem e Jornalis-

mo Investigativo | agosto de 2016. http://apublica.org/2016/08/escola-sem-partido-caca-bruxas-nas-salas-de-aula/


___Atente para os termos (1), (2), (3) e (4) em destaque no texto. A seguir, assinale, dentre as alternativas adiante, aquela que apresenta a sequência correta quanto ao emprego do sinal indicativo da crase.

Alternativas
Q2726803 Português

Imagem associada para resolução da questão


O verbete golpista é assim descrito no dicionário HOUAISS da língua portuguesa:


“adjetivo e substantivo de dois gêneros


que ou aquele que dá golpe (‘manobra desleal’ e ‘golpe de Estado’) ou golpes que ou quem é favorável a golpe(s) de Estado”


___Como substantivo, golpista apresenta uma só forma para o gênero masculino e o gênero feminino. A distinção de gênero deve ser feita com o uso dos artigos o, a, um, uma ou de outros determinantes (o golpista, a golpista, um golpista, uma golpista).


___Marque a alternativa em que aparece, também, um substantivo biforme, aquele que apresenta duas formas diferentes, uma para o gênero masculino e outra para o gênero feminino.

Alternativas
Q2726802 Português

TEXTO 4


APERTEM OS CINTOS, ESTAMOS ENTRANDO NA ERA DA PÓS-VERDADE


___Pós-verdade parece mais uma expressão de impacto para chamar a atenção de um público saturado de informações e inclinado para a alienação noticiosa. Mas o fato é que estamos diante de um (1) fenômeno que já começou a mudar nossos comportamentos e valores em relação aos conceitos tradicionais de verdade, mentira, honestidade e desonestidade, credibilidade e dúvida.


___Segundo a revista The Economist, o mundo contemporâneo está substituindo os fatos por indícios, percepções por convicções, distorções por vieses. Estamos saindo da dicotomia tradicional entre certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto, fatos ou versões, verdade ou mentira para ingressarmos numa era de avaliações fluidas, terminologias vagas ou juízos baseados mais em sensações do que em evidências. A verossimilhança ganhou mais peso que a comprovação.


___A pós-verdade, um termo já incorporado ao vocabulário da mídia mundial, é parte de um processo inédito provocado essencialmente pela avalancha de informações gerada pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TICs). Com tanta informação ao nosso redor é inevitável que surjam dezenas e até centenas de versões sobre um mesmo fato. A consequência também inevitável foi a relativização dos conceitos e sentenças.


___Tudo torna-se mais sério e complexo quando se combina com a teoria da “cognição preguiçosa”, criada pelo psicólogo e prêmio Nobel Daniel Kahneman, para quem as pessoas tendem a ignorar fatos, dados e eventos que obriguem o cérebro a um esforço adicional.


Trechos adapados do original Apertem os cintos, estamos

entrando na era da pós-verdade, de Carlos Castilho, Pós-doutorando

no POSJOR/UFSC e membro da diretoria do Observatório

da Imprensa. Publicado em OBJETHOS | Observatório da

Ética Jornalística. https://objethos.wordpress.com/2016/09/26/

comentario-da-semana-apertem-os-cintos-estamos-entrando-

-na-era-da-pos-verdade/

Quanto à tipologia textual que caracteriza o terceiro parágrafo do TEXTO 4, é correto afirmar que:

Alternativas
Respostas
5281: B
5282: C
5283: A
5284: D
5285: B
5286: D
5287: C
5288: E
5289: B
5290: C
5291: D
5292: C
5293: D
5294: A
5295: C
5296: B
5297: E
5298: B
5299: E
5300: C