Questões de Concurso Para agente de vigilância sanitária

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Q2316441 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
Em “Hoje, sou visto quase como um pária.” (1º parágrafo), o vocábulo destacado foi acentuado pela razão que:
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Q2316440 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
 Em “Bob Wolfenson no meio da maior discussão...” (4º parágrafo) a palavra destacada foi grafada corretamente com SS da mesma forma que deve ser:
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Q2316439 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
Sobre a afirmação baseada no texto “O autor não gosta de cachorros”, ela é:
Alternativas
Q2316438 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
Sobre o texto só é verdadeiro o que se afirma em: 
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Q2316437 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
A palavra “pária” no texto foi utilizada com o sentido de:
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Q2316436 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
De acordo com texto, a crença das pessoas que explica a razão do autor não gostar de cães é: 
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Q2316435 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar...” (3º parágrafo), pode-se afirmar que sintaticamente a oração destacada tem valor semântico de:  
Alternativas
Q2316434 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
De acordo com o texto, o autor é considerado um pária por que: 
Alternativas
Q2316433 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
Sobre a proposta de que nas últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros, o autor mostra:
Alternativas
Q2316432 Português
Os vira-latas de Tiradentes



1 Anos atrás não havia problema em não curtir cachorro. Era como não comer jiló ou não jogar gamão. Gosto pessoal. Hoje, sou visto quase como um pária por não achar graça em interagir com quadrúpedes, em ter as costas das mãos babadas ou a blusa tatuada por patas de cães desconhecidos. Creem que seja falta de empatia — e provavelmente acham que, na etimologia de "empatia", esteja a palavra "pata".


2 Numa das últimas eleições havia um candidato a deputado que propunha destinar verbas do SUS para cachorros. Todos sabemos que as verbas públicas são finitas. Falta dinheiro pra tudo, inclusive pra saúde. Dar dinheiro do SUS pra tratar sarna de um basset significa, portanto, tirar dinheiro de gente. O que estava por trás da proposta — nem tão por trás, na verdade — era que entre uma pessoa e um cachorro, devemos optar pelo cachorro.


3 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que explique o fenômeno, mas acredito que haja uma ligação direta entre o esgarçamento dos laços sociais e a ascensão dos lulus-da-pomerânia. Culpamos Zuckerberg por tudo, mas há de se considerar que parte da responsabilidade pelo murundu contemporâneo seja da Cobasi.


4 No meu bairro, onde 20 anos atrás havia duas videolocadoras excelentes, agora há dois pet shops — e ninguém vai me convencer de que trocar Fellini por Royal Canin faz da Terra um lugar melhor. São quase antípodas, o cinema e o totó. O primeiro nos faz refletir sobre o mundo, problematiza a realidade, traz uma questão para o nosso sábado à noite. O segundo é um red-bull do narcisismo, um viés de confirmação para nossa estropiada autoestima.


5 Vira-latas, porém, são outra história. Estou há dois dias em Tiradentes para participar da FLITI, uma feira literária. De longe admiro, trupicando pelo calçamento de pedras, entre os sobrados centenários, velhos ídolos da pena. Nestas últimas 48 horas, porém, tenho idolatrado mesmo é a turma dos cachorros.


6 Um bando de vira-latas está para os bichos de estimação como o bando de Lampião está para uma reunião de condomínio. Tô nem aí pra bicho de estimação. Sou fã dos cachorros de Tiradentes. Ontem à tarde estavam Reinaldo Moraes e Bob Wolfenson no meio da maior discussão sobre o erotismo na fotografia e na literatura, um vira-latas caramelo adentrou o palco na maior malemolência, parou na frente dos dois e passou a lamber suas partes íntimas.


7 Ninguém se incomoda com eles — e por que deveríamos? Sabemos — e eles, mais ainda— que são os donos da cidade. Aquele filho de pastor com fox paulistinha é um barão, você pensa. O salsicha com boxer é visconde. O supracitado caramelo, de raça indefinida, manco, certamente é um conde — se fosse ser humano, usaria uma bengala de ouro e marfim.


8 Ainda não li nenhuma obra de sociologia que trate do assunto, mas acredito que haja uma ligação direta e inversa entre as redes sociais e os vira-latas. Eles são uma espécie de anti-Instagram. A expressão física do #nofilter. Um aprazível #TBT todos os dias da semana.


9 Ontem de madrugada, chegando de uma festa — sob o mesmo teto em que, há uns 150 anos, provavelmente, Joaquim José da Silva Xavier trocou suas inconfidências — avistei o vira-latas caramelo. A rua estava vazia. Só uma cigarra, distante, quebrava o silêncio. Ao nos cruzarmos eu disse "boa-noite". Ele, sem nem me olhar, abanou o rabo. Dormi o sono dos justos, recém-intitulado grão-duque de São José do Rio das Mortes, capitania de Minas Gerais, reino de Portugal. 


Extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2023/10/os-vira-latas-de-tiradentes.shtml
O texto trata mais especificamente sobre:
Alternativas
Q2269247 Conhecimentos Gerais
No período pós ditadura militar, um fato relevante para a história do Brasil aconteceu de forma semelhante nos anos de 1992 e 2016. Que fato foi esse?
Alternativas
Q2269246 História e Geografia de Estados e Municípios
Em que data foi sancionada a lei que elevou Palma Sola/SC à categoria de município?
Alternativas
Q2269244 Português
Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado. 


Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

O número de orações presentes na frase é de: 
Alternativas
Q2269243 Português
Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado. 


A complexidade é ainda maior, 'ou seja, o TDAH é um fator de risco para várias condições' com as quais compartilha características.

A oração destacada trata-se de uma oração:
Alternativas
Q2269242 Português
Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado. 


Em 2021, o sistema de saúde mental dos EUA enfrentava um cenário desafiador. A maioria dos prestadores de serviços tradicionais para o TDAH, como psiquiatras, psicólogos, terapeutas de saúde mental e enfermeiras psiquiátricas, tinha listas de espera com meses de antecedência para novos pacientes.

Assinale a opção CORRETA e acordo com o texto base.
Alternativas
Q2269241 Português
Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado. 


Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador 'distinguir entre características semelhantes ao TDAH'.

 A oração destacada trata-se de uma oração:
Alternativas
Q2269240 Português
Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado. 


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

De acordo com as regras de acentuação gráfica, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q2269239 Português
Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado. 


Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais.

Assinale a opção CORRETA quanto à nova pontuação sem alteração de sentido da frase original.
Alternativas
Q2269238 Português
Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado. 


Por exemplo, a constante exposição 'a feedbacks (1)' negativos pode levar adultos com 'TDAH a desenvolverem sintomas secundários (2)' de depressão e ansiedade.

Em se tratando de sinal de crase, é CORRETO afirmar que, em:
Alternativas
Q2269237 Português
Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado. 


O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, 'requer', em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH.

Em relação ao verbo destacado, é CORRETO afirmar que, nesta frase, trata-se de verbo:
Alternativas
Respostas
301: C
302: E
303: E
304: C
305: E
306: B
307: C
308: B
309: B
310: A
311: B
312: C
313: A
314: C
315: C
316: B
317: C
318: D
319: A
320: A