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Q864583 Legislação do Ministério Público
São deveres dos membros do Ministério Público, além de outros previstos em lei, exceto:
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Q864582 Legislação do Ministério Público
Assinale a opção que não se encontra dentro do rol de funções constitucionais e legais de que é incumbido o Ministério Público, na forma da Lei Complementar Estadual nº 15, de 22 de novembro de 1996.
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Q864571 Raciocínio Lógico
Nenhum universitário é estudioso. Alguns estudiosos são candidatos aprovados em concursos. Logo,
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Q864569 Raciocínio Lógico
Considere a proposição: Se um time de futebol de areia é do interior, então, ele é desacreditado. Qual opção abaixo define a sua proposição contrapositiva?
Alternativas
Q864566 Português

De acordo com as regras de regência verbal, estão corretas as frases:


I. Morar na capital implica em fazer muita economia.

II. Prefiro livros de drama aos de ficção científica.

III. Os atiradores visaram ao alvo do alto de um edifício.

IV. O funcionário da repartição recusou-se a visar a documentação para o concurso.

V. Os bombeiros assistiram os desabrigados pela enchente.

Alternativas
Q864565 Português

Tomando por base os elementos constitutivos do texto, sua compreensão e análise, responda a questão.


      “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.

      Arrastaram-se para lá, devagar, sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aio a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.

      Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.

      – Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai.

      Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas o pequeno esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se, fechou os olhos [...].

      A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.

      – Anda, excomungado.

      O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

      Tinham deixado os caminhos, cheios de espinho e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.” 

                                                                   (Graciliano Ramos. Vidas Secas.) 

No excerto do texto: “Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o.”, o uso do travessão se justifica
Alternativas
Q864564 Português

Tomando por base os elementos constitutivos do texto, sua compreensão e análise, responda a questão.


      “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.

      Arrastaram-se para lá, devagar, sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aio a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.

      Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.

      – Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai.

      Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas o pequeno esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se, fechou os olhos [...].

      A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.

      – Anda, excomungado.

      O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

      Tinham deixado os caminhos, cheios de espinho e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.” 

                                                                   (Graciliano Ramos. Vidas Secas.) 

No excerto do texto “Arrastaram-se para , devagar...”, o termo em negrito, textualmente,
Alternativas
Q864563 Português

Tomando por base os elementos constitutivos do texto, sua compreensão e análise, responda a questão.


      “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.

      Arrastaram-se para lá, devagar, sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aio a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.

      Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.

      – Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai.

      Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas o pequeno esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se, fechou os olhos [...].

      A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.

      – Anda, excomungado.

      O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

      Tinham deixado os caminhos, cheios de espinho e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.” 

                                                                   (Graciliano Ramos. Vidas Secas.) 

No texto, os vocábulos “escanchado” e “cambaio” podem ser substituídos sem prejuízo na construção de efeito de sentido pelos equivalentes:
Alternativas
Q864562 Português

Tomando por base os elementos constitutivos do texto, sua compreensão e análise, responda a questão.


      “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.

      Arrastaram-se para lá, devagar, sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aio a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.

      Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.

      – Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai.

      Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas o pequeno esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se, fechou os olhos [...].

      A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.

      – Anda, excomungado.

      O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

      Tinham deixado os caminhos, cheios de espinho e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.” 

                                                                   (Graciliano Ramos. Vidas Secas.) 

No tocante aos elementos que compõem o texto narrativo, é legítimo afirmar:
Alternativas
Q864561 Português

Marque a opção cujas frases apresentam pronomes demonstrativos.


I. A mulher cujo filho ganhou na loteria foi morar no exterior.

II. São inconsequentes os que agem dessa forma.

III. Ele já sabia que tais notícias viriam à tona após sua renúncia.

IV. O garoto chegou a sua casa cansado.

V. Nesta tarde, teremos a confraternização da empresa.

Alternativas
Q864559 Português

Com base na compreensão global do texto e de elementos da composição textual, responda a questão.


                           As raízes do caráter nacional


      Parece possível distinguir duas tendências fundamentais na reação ao grupo estranho: uma de admiração e aceitação, outra de desprezo e recusa. 


      Aparentemente, quase todos os seres humanos apresentam essas duas tendências fundamentais. A participação em nosso grupo provoca sentimentos de segurança e bem estar, pois supomos entender que os que falam a nossa língua têm um passado em comum conosco, e também sabem o que esperar de nós. Mesmo quando nos desentendemos, sabemos por que isso ocorre, podemos esperar que nosso interlocutor acabe por nos entender e aceitar. E nisso talvez a linguagem desempenhe um papel fundamental, pois os homens geralmente são incapazes de utilizar perfeitamente mais de uma língua, e só naquela aprendida na infância somos capazes de exprimir todas as sutilezas do pensamento, todas as formas de ódio e amor. Além disso, o local em que nascemos e crescemos, a paisagem que conhecemos, tudo isso parece constituir um universo próximo e amigo, cujo reencontro é sempre uma alegria e uma consolação.

      No outro extremo, o estrangeiro provoca a nossa desconfiança, às vezes o nosso medo. Nem sempre entendemos os seus gestos e certamente não compreendemos a sua língua. Ele não se veste como nós, a sua fisionomia pode ser diferente da nossa e não adora nossos deuses. Entre os primitivos, o estrangeiro passava por uma complexa cerimônia, destinada a afastar os malefícios que trouxesse de seus demônios; ao voltar de uma viagem, as pessoas deveriam permanecer isoladas por algum tempo, até que delas se afastassem os demônios estranhos, acaso encontrados pelo caminho.

      E, no entanto, sentimos que o contrário também é verdade. Frequentemente sonhamos com um país distante, a terra prometida onde possamos realizar nossos desejos. Sentimos que aqueles que mais nos conhecem são também capazes de ignorar o que de melhor trazemos conosco. E o provérbio: “ninguém é profeta em sua terra” traduz precisamente essa ideia de que não podemos compreender integralmente quem está muito próximo de nós. As situações novas, além disso, são atraentes e provocantes: o novo ou desconhecido parece, pelo menos durante algum tempo, mais belo e atraente do que o velho; os nossos olhos parecem mais penetrantes ao observar a nova paisagem, ao admirar outras figuras humanas.

(LEITE, D. M. In.: O caráter nacional brasileiro. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1976. p. 11.)

Qual a função da linguagem predominante no texto?
Alternativas
Q864558 Português

Com base na compreensão global do texto e de elementos da composição textual, responda a questão.


                           As raízes do caráter nacional


      Parece possível distinguir duas tendências fundamentais na reação ao grupo estranho: uma de admiração e aceitação, outra de desprezo e recusa. 


      Aparentemente, quase todos os seres humanos apresentam essas duas tendências fundamentais. A participação em nosso grupo provoca sentimentos de segurança e bem estar, pois supomos entender que os que falam a nossa língua têm um passado em comum conosco, e também sabem o que esperar de nós. Mesmo quando nos desentendemos, sabemos por que isso ocorre, podemos esperar que nosso interlocutor acabe por nos entender e aceitar. E nisso talvez a linguagem desempenhe um papel fundamental, pois os homens geralmente são incapazes de utilizar perfeitamente mais de uma língua, e só naquela aprendida na infância somos capazes de exprimir todas as sutilezas do pensamento, todas as formas de ódio e amor. Além disso, o local em que nascemos e crescemos, a paisagem que conhecemos, tudo isso parece constituir um universo próximo e amigo, cujo reencontro é sempre uma alegria e uma consolação.

      No outro extremo, o estrangeiro provoca a nossa desconfiança, às vezes o nosso medo. Nem sempre entendemos os seus gestos e certamente não compreendemos a sua língua. Ele não se veste como nós, a sua fisionomia pode ser diferente da nossa e não adora nossos deuses. Entre os primitivos, o estrangeiro passava por uma complexa cerimônia, destinada a afastar os malefícios que trouxesse de seus demônios; ao voltar de uma viagem, as pessoas deveriam permanecer isoladas por algum tempo, até que delas se afastassem os demônios estranhos, acaso encontrados pelo caminho.

      E, no entanto, sentimos que o contrário também é verdade. Frequentemente sonhamos com um país distante, a terra prometida onde possamos realizar nossos desejos. Sentimos que aqueles que mais nos conhecem são também capazes de ignorar o que de melhor trazemos conosco. E o provérbio: “ninguém é profeta em sua terra” traduz precisamente essa ideia de que não podemos compreender integralmente quem está muito próximo de nós. As situações novas, além disso, são atraentes e provocantes: o novo ou desconhecido parece, pelo menos durante algum tempo, mais belo e atraente do que o velho; os nossos olhos parecem mais penetrantes ao observar a nova paisagem, ao admirar outras figuras humanas.

(LEITE, D. M. In.: O caráter nacional brasileiro. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1976. p. 11.)

De acordo com o texto, é legítimo afirmar:
Alternativas
Q864557 Português
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, identifique quais os números entre parênteses podem ocupar uma vírgula no seguinte texto de autoria de Millôr Fernandes, intitulado “Contracheque”: “De repente (1) viu-se (2) cheio de dinheiro. A empresa (3) por engano (4) em vez do ordenado (5) lhe pagou os descontos”.
Alternativas
Q864556 Português

A questão refere-se ao seguinte texto, de Clarice Lispector, intitulado “Escrever, prolongar o tempo”.


“Não posso escrever enquanto estou ansiosa ou espero soluções porque em tais períodos faço tudo para que as horas passem; e escrever é prolongar o tempo, é dividi-lo em partículas de segundos, dando a cada uma delas uma vida insubstituível.”

(LISPECTOR, Clarice. Para não esquecer: crônicas. SP: Ática, 1984)


Sobre o texto acima, é possível afirmar que

Alternativas
Q864555 Português
Considere a frase: “Diante de tamanha corrupção, a conclusão ____ que se chega é a de que não se pode ficar ____ espera de uma atitude ética dos políticos nas ações governamentais. É preciso dizer adeus ____ ilusão de que haverá autoridades justas no país”. Em norma padrão da língua portuguesa, tendo como base o uso ou não do acento indicativo da crase, as lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente com:
Alternativas
Q864554 Português

             Rio 2016: um jogo (olímpico?) de cartas marcadas


      [...] Grandes projetos com forte apelo simbólico (grandes museus, por exemplo), megaeventos esportivos, exposições internacionais comparecem com uma monótona regularidade em estratégias que, por seu lado, não cansam de proclamar sua originalidade e criatividade. No entanto, sem dúvida, trata-se de negócio, e não de arte, quando se constroem novos e majestosos museus; assim como se trata de negócio, e não de esporte, quando se organizam Jogos Olímpicos.

      A retórica olímpica não consegue mais esconder a essência da operação. Como compensação às cidades que se prestam a investir bilhões para quinze dias de glória, promete agora o chamado “legado”. Em troca do negócio, dizem-nos, vamos cuidar do meio ambiente, dos transportes, da questão social etc. Nem Atlanta, nem Pequim, nem Atenas sugerem que essa nova retórica tenha qualquer sentido. Em Montreal, o legado é a enorme dívida. Isso para não falar dos Jogos Panamericanos de 2007, aqui mesmo, entre nós, cujo maior legado são elefantes brancos e uma fatura engordada a golpes de aditivos aos contratos.

      Quanto custarão os Jogos Olímpicos? Eis algo que ninguém arrisca dizer, nem mesmo o Comitê Olímpico Internacional, que, por via das dúvidas, cobra dos governos nacionais o compromisso de cobrirem todas as eventuais perdas. Assim, um cheque em branco é passado a autoridades locais e a grupos empresariais estrategicamente situados nos centros decisórios que determinarão as empreiteiras a serem contratadas, os terrenos a serem adquiridos, os consultores a serem recrutados [...].

      Sabemos desde já quem serão os ganhadores: as grandes empreiteiras, os grandes proprietários de terras da Barra da Tijuca. Enquanto isso, os perdedores também já são conhecidos e permanecerão desprovidos de transporte naquelas áreas onde reside a imensa maioria da população de nossa cidade.

      O legado, já sabemos de antemão: uma vez mais a socialização dos custos e a privatização dos benefícios. E uma cidade ainda mais desigual e injusta.

     (VAINER, Carlos. Jornal dos economistas. Dezembro de 2009. Adaptado)

Dadas as proposições seguintes sobre o texto,


I. Grandes projetos de megaeventos prometem legados que, de acordo com o texto, são promissores para o desenvolvimento urbano.

II. Usualmente, a essência da operação dos megaeventos esportivos é a de investir nas cidades; no entanto as administrações locais não sabem gerir de forma satisfatória tais investimentos.

III. De acordo com o texto, os investimentos nos Jogos Panamericanos de 2007 deixaram inúmeros legados ao Brasil.

IV. Os legados prometidos pela retórica olímpica, segundo Vainer, não são confiáveis, pois historicamente têm gerado déficit econômico nos orçamentos das cidades que sediam megaeventos esportivos.


verifica-se que está(ão) correta(s)

Alternativas
Q864553 Português

             Rio 2016: um jogo (olímpico?) de cartas marcadas


      [...] Grandes projetos com forte apelo simbólico (grandes museus, por exemplo), megaeventos esportivos, exposições internacionais comparecem com uma monótona regularidade em estratégias que, por seu lado, não cansam de proclamar sua originalidade e criatividade. No entanto, sem dúvida, trata-se de negócio, e não de arte, quando se constroem novos e majestosos museus; assim como se trata de negócio, e não de esporte, quando se organizam Jogos Olímpicos.

      A retórica olímpica não consegue mais esconder a essência da operação. Como compensação às cidades que se prestam a investir bilhões para quinze dias de glória, promete agora o chamado “legado”. Em troca do negócio, dizem-nos, vamos cuidar do meio ambiente, dos transportes, da questão social etc. Nem Atlanta, nem Pequim, nem Atenas sugerem que essa nova retórica tenha qualquer sentido. Em Montreal, o legado é a enorme dívida. Isso para não falar dos Jogos Panamericanos de 2007, aqui mesmo, entre nós, cujo maior legado são elefantes brancos e uma fatura engordada a golpes de aditivos aos contratos.

      Quanto custarão os Jogos Olímpicos? Eis algo que ninguém arrisca dizer, nem mesmo o Comitê Olímpico Internacional, que, por via das dúvidas, cobra dos governos nacionais o compromisso de cobrirem todas as eventuais perdas. Assim, um cheque em branco é passado a autoridades locais e a grupos empresariais estrategicamente situados nos centros decisórios que determinarão as empreiteiras a serem contratadas, os terrenos a serem adquiridos, os consultores a serem recrutados [...].

      Sabemos desde já quem serão os ganhadores: as grandes empreiteiras, os grandes proprietários de terras da Barra da Tijuca. Enquanto isso, os perdedores também já são conhecidos e permanecerão desprovidos de transporte naquelas áreas onde reside a imensa maioria da população de nossa cidade.

      O legado, já sabemos de antemão: uma vez mais a socialização dos custos e a privatização dos benefícios. E uma cidade ainda mais desigual e injusta.

     (VAINER, Carlos. Jornal dos economistas. Dezembro de 2009. Adaptado)

Segundo o texto, uma das consequências do empreendimento dos Jogos Olímpicos é
Alternativas
Q864552 Português

A questão refere-se ao seguinte excerto do texto jornalístico intitulado “Educação não comove ninguém”, publicado no jornal Gazeta de Alagoas, em 7 de agosto de 2011.


“Quantas vezes, apenas nos últimos anos (ou nos últimos meses), não se noticiou a situação de alguma escola a ser fechada, por falta de condições estruturais para funcionar?”  


Em qual das opções a colocação pronominal segue, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o mesmo caso da colocação do pronome “se” no fragmento acima? 

Alternativas
Q864551 Português

                 

Assinale a opção em que a partícula “se” tem a mesma função que a empregada na charge.
Alternativas
Q864550 Português

                 

Sobre a charge, não se pode afirmar que
Alternativas
Respostas
5401: A
5402: E
5403: A
5404: A
5405: C
5406: B
5407: E
5408: A
5409: E
5410: C
5411: B
5412: D
5413: E
5414: B
5415: E
5416: B
5417: A
5418: A
5419: E
5420: C