Questões de Concurso Para técnico de laboratório - biologia

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Q1156517 Português

Bons dias!


(Machado de Assis - publicada em 21 de janeiro de 1889)



            Vi não me lembra onde...

           É meu costume; quando não tenho que fazer em casa, ir por esse mundo de Cristo, se assim se pode chamar à cidade de São Sebastião, matar o tempo. Não conheço melhor ofício, mormente se a gente se mete por bairros excêntricos; um homem, uma tabuleta, qualquer coisa basta a entreter o espírito, e a gente volta para casa “lesta e aguda”, como se dizia em não sei que comédia antiga.

            Naturalmente, cansadas as pernas, meto-me no primeiro Bond que pode trazer-me a casa ou à Rua do Ouvidor, que é onde todos moramos. Se o Bond é dos que têm de ir por vias estreitas e atravancadas, torna-se um verdadeiro obséquio do céu. De quando em quando, para diante de uma carroça que despeja ou recolhe fardos. O cocheiro trava o carro, ata as rédeas, desce e acende um cigarro: o condutor desce também e vai dar uma vista de olhos ao obstáculo. Eu, e todos os veneráveis camelos da Arábia, vulgo passageiros, se estamos dizendo alguma coisa, calamo-nos para ruminar e esperar.

           Ninguém sabe o que sou quando rumino. Posso dizer, sem medo de errar, que rumino muito melhor do que falo. A palestra é uma espécie de peneira, por onde a ideia sai com dificuldade, creio que mais fina, mas muito menos sincera. Ruminando, a ideia fica íntegra e livre. Sou mais profundo ruminando; e mais elevado também.

           Ainda anteontem, aproveitando uma meia hora de Bond parado, lembrei-me não sei como o incêndio do club dos Tenentes do Diabo. Ruminei os episódios todos. Entre eles, os atos de generosidade tinham parte das sociedades congêneres; e fiquei triste de não estar naquela primeira juventude, em que a alma se mostra capaz de sacrifícios e de bravura. Todas essas dedicações dão prova de uma solidariedade rara, grata ao coração.

           Dois episódios, porém, me deram a medida do que valho, quando rumino. Toda a gente os leu separadamente; o leitor e eu fomos os únicos que os comparamos.

        Refiro-me, primeiramente, à ação daqueles sócios de outro club, que correram à casa que ardia, e, acudindo-lhes à lembrança os estandartes, bradaram que era preciso salvá-los. “Salvemos os estandartes!”, e tê-lo-iam feito, a troco da vida de alguns, se não fossem impedidos a tempo. Era loucura, mas loucura sublime. Os estandartes são para eles o símbolo da associação, representam a honra comum, as glórias comuns, o espírito que os liga e perpetua.

         Esse foi o primeiro episódio. Ao pé dele, temos o do empregado que dormia na sala. Acordou este, cercado de fumo, que o ia sufocando e matando. Ergueu-se, compreendeu tudo, estava perdido, era preciso fugir. Pegou em si e no livro da escrituração e correu pela escada abaixo.                  Comparai esses dois atos, a salvação dos estandartes e a salvação do livro, e tereis uma imagem completa do homem. Vós mesmos que me ledes sois outros tantos exemplos de conclusão. Uns dirão que o empregado, salvando o livro, salvou o sólido; o resto é obra de sirgueiro. Outros replicarão que a contabilidade pode ser reconstituída, mas que o estandarte, símbolo da associação, é também a sua alma; velho e chamuscado, valeria muito mais que o que possa sair agora’ novo, de uma loja. Compará-lo-ão à bandeira de uma nação, que os soldados perdem no combate, ou trazem esfarrapada e gloriosa.

        E todos vós tereis razão; sois as duas metades do homem, formais o homem todo... Entretanto, isso que aí fica dito está longe da sublimidade com que o ruminei. Oh! Se todos ficássemos calados! Que imensidade de belas e grandes ideias! Que saraus excelentes! Que sessões de Câmara! Que magníficas viagens de Bond! Boas noites!


(Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro http://www.bibvirt.futuro. usp.br.)

Na oração, “Não conheço melhor ofício, mormente se a gente se mete por bairros excêntricos”, a palavra SE pode ser corretamente classificada, na ordem em que aparece, como
Alternativas
Q1156516 Português

Bons dias!


(Machado de Assis - publicada em 21 de janeiro de 1889)



            Vi não me lembra onde...

           É meu costume; quando não tenho que fazer em casa, ir por esse mundo de Cristo, se assim se pode chamar à cidade de São Sebastião, matar o tempo. Não conheço melhor ofício, mormente se a gente se mete por bairros excêntricos; um homem, uma tabuleta, qualquer coisa basta a entreter o espírito, e a gente volta para casa “lesta e aguda”, como se dizia em não sei que comédia antiga.

            Naturalmente, cansadas as pernas, meto-me no primeiro Bond que pode trazer-me a casa ou à Rua do Ouvidor, que é onde todos moramos. Se o Bond é dos que têm de ir por vias estreitas e atravancadas, torna-se um verdadeiro obséquio do céu. De quando em quando, para diante de uma carroça que despeja ou recolhe fardos. O cocheiro trava o carro, ata as rédeas, desce e acende um cigarro: o condutor desce também e vai dar uma vista de olhos ao obstáculo. Eu, e todos os veneráveis camelos da Arábia, vulgo passageiros, se estamos dizendo alguma coisa, calamo-nos para ruminar e esperar.

           Ninguém sabe o que sou quando rumino. Posso dizer, sem medo de errar, que rumino muito melhor do que falo. A palestra é uma espécie de peneira, por onde a ideia sai com dificuldade, creio que mais fina, mas muito menos sincera. Ruminando, a ideia fica íntegra e livre. Sou mais profundo ruminando; e mais elevado também.

           Ainda anteontem, aproveitando uma meia hora de Bond parado, lembrei-me não sei como o incêndio do club dos Tenentes do Diabo. Ruminei os episódios todos. Entre eles, os atos de generosidade tinham parte das sociedades congêneres; e fiquei triste de não estar naquela primeira juventude, em que a alma se mostra capaz de sacrifícios e de bravura. Todas essas dedicações dão prova de uma solidariedade rara, grata ao coração.

           Dois episódios, porém, me deram a medida do que valho, quando rumino. Toda a gente os leu separadamente; o leitor e eu fomos os únicos que os comparamos.

        Refiro-me, primeiramente, à ação daqueles sócios de outro club, que correram à casa que ardia, e, acudindo-lhes à lembrança os estandartes, bradaram que era preciso salvá-los. “Salvemos os estandartes!”, e tê-lo-iam feito, a troco da vida de alguns, se não fossem impedidos a tempo. Era loucura, mas loucura sublime. Os estandartes são para eles o símbolo da associação, representam a honra comum, as glórias comuns, o espírito que os liga e perpetua.

         Esse foi o primeiro episódio. Ao pé dele, temos o do empregado que dormia na sala. Acordou este, cercado de fumo, que o ia sufocando e matando. Ergueu-se, compreendeu tudo, estava perdido, era preciso fugir. Pegou em si e no livro da escrituração e correu pela escada abaixo.                  Comparai esses dois atos, a salvação dos estandartes e a salvação do livro, e tereis uma imagem completa do homem. Vós mesmos que me ledes sois outros tantos exemplos de conclusão. Uns dirão que o empregado, salvando o livro, salvou o sólido; o resto é obra de sirgueiro. Outros replicarão que a contabilidade pode ser reconstituída, mas que o estandarte, símbolo da associação, é também a sua alma; velho e chamuscado, valeria muito mais que o que possa sair agora’ novo, de uma loja. Compará-lo-ão à bandeira de uma nação, que os soldados perdem no combate, ou trazem esfarrapada e gloriosa.

        E todos vós tereis razão; sois as duas metades do homem, formais o homem todo... Entretanto, isso que aí fica dito está longe da sublimidade com que o ruminei. Oh! Se todos ficássemos calados! Que imensidade de belas e grandes ideias! Que saraus excelentes! Que sessões de Câmara! Que magníficas viagens de Bond! Boas noites!


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No trecho “[...] que é onde todos moramos”, ocorre uma figura de linguagem conhecida como
Alternativas
Q1156515 Português

Bons dias!


(Machado de Assis - publicada em 21 de janeiro de 1889)



            Vi não me lembra onde...

           É meu costume; quando não tenho que fazer em casa, ir por esse mundo de Cristo, se assim se pode chamar à cidade de São Sebastião, matar o tempo. Não conheço melhor ofício, mormente se a gente se mete por bairros excêntricos; um homem, uma tabuleta, qualquer coisa basta a entreter o espírito, e a gente volta para casa “lesta e aguda”, como se dizia em não sei que comédia antiga.

            Naturalmente, cansadas as pernas, meto-me no primeiro Bond que pode trazer-me a casa ou à Rua do Ouvidor, que é onde todos moramos. Se o Bond é dos que têm de ir por vias estreitas e atravancadas, torna-se um verdadeiro obséquio do céu. De quando em quando, para diante de uma carroça que despeja ou recolhe fardos. O cocheiro trava o carro, ata as rédeas, desce e acende um cigarro: o condutor desce também e vai dar uma vista de olhos ao obstáculo. Eu, e todos os veneráveis camelos da Arábia, vulgo passageiros, se estamos dizendo alguma coisa, calamo-nos para ruminar e esperar.

           Ninguém sabe o que sou quando rumino. Posso dizer, sem medo de errar, que rumino muito melhor do que falo. A palestra é uma espécie de peneira, por onde a ideia sai com dificuldade, creio que mais fina, mas muito menos sincera. Ruminando, a ideia fica íntegra e livre. Sou mais profundo ruminando; e mais elevado também.

           Ainda anteontem, aproveitando uma meia hora de Bond parado, lembrei-me não sei como o incêndio do club dos Tenentes do Diabo. Ruminei os episódios todos. Entre eles, os atos de generosidade tinham parte das sociedades congêneres; e fiquei triste de não estar naquela primeira juventude, em que a alma se mostra capaz de sacrifícios e de bravura. Todas essas dedicações dão prova de uma solidariedade rara, grata ao coração.

           Dois episódios, porém, me deram a medida do que valho, quando rumino. Toda a gente os leu separadamente; o leitor e eu fomos os únicos que os comparamos.

        Refiro-me, primeiramente, à ação daqueles sócios de outro club, que correram à casa que ardia, e, acudindo-lhes à lembrança os estandartes, bradaram que era preciso salvá-los. “Salvemos os estandartes!”, e tê-lo-iam feito, a troco da vida de alguns, se não fossem impedidos a tempo. Era loucura, mas loucura sublime. Os estandartes são para eles o símbolo da associação, representam a honra comum, as glórias comuns, o espírito que os liga e perpetua.

         Esse foi o primeiro episódio. Ao pé dele, temos o do empregado que dormia na sala. Acordou este, cercado de fumo, que o ia sufocando e matando. Ergueu-se, compreendeu tudo, estava perdido, era preciso fugir. Pegou em si e no livro da escrituração e correu pela escada abaixo.                  Comparai esses dois atos, a salvação dos estandartes e a salvação do livro, e tereis uma imagem completa do homem. Vós mesmos que me ledes sois outros tantos exemplos de conclusão. Uns dirão que o empregado, salvando o livro, salvou o sólido; o resto é obra de sirgueiro. Outros replicarão que a contabilidade pode ser reconstituída, mas que o estandarte, símbolo da associação, é também a sua alma; velho e chamuscado, valeria muito mais que o que possa sair agora’ novo, de uma loja. Compará-lo-ão à bandeira de uma nação, que os soldados perdem no combate, ou trazem esfarrapada e gloriosa.

        E todos vós tereis razão; sois as duas metades do homem, formais o homem todo... Entretanto, isso que aí fica dito está longe da sublimidade com que o ruminei. Oh! Se todos ficássemos calados! Que imensidade de belas e grandes ideias! Que saraus excelentes! Que sessões de Câmara! Que magníficas viagens de Bond! Boas noites!


(Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro http://www.bibvirt.futuro. usp.br.)

De acordo com as ideias contidas no texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1085915 Biologia
Sobre a meiose, analise as afirmativas seguintes.
1) No processo de meiose, ocorrem duas divisões celulares; porém, a duplicação cromossômica acontece antes da primeira divisão. 2) Durante a meiose II, ocorre a condensação dos cromossomos e a fixação em novo fuso. 3) Na anáfase II, os centrômeros se dividem para que as cromátides sigam para polos opostos. 4) Na prófase I, os cromossomos se condensam, ocorre o rompimento da membrana nuclear e a formação dos fusos.
Estão corretas:
Alternativas
Q1085914 Biologia
Durante o processo de mitose, as células passam por diferentes fases do ciclo celular. Considerando esse processo, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1085913 Técnicas em Laboratório
O ensaio de imunoabsorção ligado a enzima (ELISA), é uma técnica imunológica sensível utilizada em vários imunoensaios. No teste de Elisa indireto, para detecção de anticorpos contra o vírus de imunodeficiência humana (HIV), assinale a alternativa correta quanto à ordem das amostras. 4
1) Soro do paciente. 2) Partículas fragmentadas do HIV (antígeno). 3) Substrato enzimático. 4) Anticorpos anti-IgG conjugados à enzima.
A sequência correta é:
Alternativas
Q1085912 Técnicas em Laboratório
A reação de polimerase em cadeia (PCR) é muito utilizada para a identificação de patógenos e para o diagnóstico microbiológico. Considerando esse dado, analise as alternativas seguintes.
1) Um único oligonucleotídeo atua como iniciador na reação de PCR. 2) O Cloreto de Magnésio é um cofator importante para a enzima Taq DNA polimerase. 3) As amostras de DNA utilizadas na PCR para fins de diagnóstico devem estar altamente puras. 4) A PCR-multiplex é uma variação da PCR convencional e se diferencia pela capacidade de amplificar simultaneamente mais de uma sequência-alvo. 5) Na reação de PCR, a DNA polimerase promove o anelamento dos iniciadores. Estão corretas, apenas:
Alternativas
Q1085911 Técnicas em Laboratório
A coloração de Gram é um procedimento de coloração diferencial muito utilizado em bactérias. Sobre esse procedimento, analise as proposições abaixo.
1) No processo de coloração de Gram, ocorre a formação de um complexo cristal violeta-iodo. 2) Diferenças estruturais de parede celular, entre bactérias Gram positivas e negativas, fazem com que essas bactérias reajam de maneiras diferentes no processo de coloração de Gram. 3) As bactérias Gram positivas contêm uma camada mais espessa de peptideoglicano; por isso, em contato com o álcool, elas são desidratadas, o que lhes fecha os poros e impede a saída do complexo cristal violeta-iodo. 4) A safranina é utilizada como um contracorante para as bactérias Gram positivas. 5) O sucesso de uma boa coloração se deve, principalmente, a uma eficiente fixação do material na lâmina. Por isto, antes de iniciar a etapa de coloração, a suspensão bacteriana deve ser fixada com álcool absoluto.
Estão corretas, apenas:
Alternativas
Q1085910 Técnicas em Laboratório
Um professor solicitou ao técnico do laboratório a preparação de uma solução de vitaminas termolábeis para compor um meio de cultura previamente esterilizado. Qual método de esterilização deve ser utilizado nesse contexto?
Alternativas
Q1085909 Técnicas em Laboratório
O técnico de Biologia vai preparar, para uma atividade prática, 500 mililitros de uma solução de Tris-HCl 50 mM (pH 8.0). Para esta solução, qual a quantidade necessária de Tris-HCl em gramas? (Dados: Tris-HCl = 121,14 g/mol).
Alternativas
Q1085908 Técnicas em Laboratório
Em uma reação de PCR in vitro, alguns componentes são utilizados no processo de amplificação, como, por exemplo, o MgCl2. No estoque, tenho um recipiente com uma concentração de 50 mM. Quanto preciso utilizar, em uma reação cujo volume final é de 30 uL, na concentração de 3 mM?
Alternativas
Q1085907 Biologia
Acerca das moléculas de DNA e RNA, analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1085906 Biologia
Quanto à organização do material genético em células, é correto afirmar que:
Alternativas
Q1085905 Veterinária
Para o descarte de carcaças, é correto afirmar que:
Alternativas
Q1085901 Veterinária
Assinale a alternativa que define “biotério”, de acordo com a Resolução Normativa n° 3 do CONCEA, de 14 de dezembro de 2011.
Alternativas
Q1085900 Legislação Federal
A Lei n° 11.794, de 8 de outubro de 2008, conhecida como Lei Arouca, prevê que:
Alternativas
Q1085899 Veterinária
Sobre os pisos e paredes de uma unidade de biotério, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1085898 Veterinária
Para a sexagem de ratos ou camundongos recém-nascidos, deve-se observar: A
Alternativas
Q1085897 Veterinária
Considerando os dados biológicos e os animais especificados a seguir, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1085896 Veterinária
Qual o animal, entre os usados em laboratório, não possui vesícula biliar?
Alternativas
Respostas
1381: A
1382: B
1383: C
1384: D
1385: B
1386: C
1387: B
1388: A
1389: D
1390: C
1391: B
1392: B
1393: A
1394: E
1395: A
1396: C
1397: E
1398: C
1399: D
1400: B