Questões de Concurso Para técnico de laboratório - física

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Q2062244 Português
Segundo Cegalla (2013, p. 17), “é objeto da sintaxe o estudo das palavras associadas na frase”. Os textos a seguir tratam desse assunto.
TEXTO I
“No livro ‘Dimensão Tácita’, publicado em 1966, o filósofo britânico de origem húngara Michael Polanyi (1891–1976) apontou que o conhecimento humano do mundo e de nós mesmos está, em grande medida, além da nossa capacidade de expressão. ‘Sabemos mais do que conseguimos dizer’, afirmou."
TEXTO II
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Avalie o que se afirma sobre os dois textos.
I – Nas orações “Sabemos mais” (Texto I) e “Como você é confusa, Eulália” (Texto II) o sujeito é indeterminado e elíptico, respectivamente.
II – Em “eu nem preciso sair do lugar para saber que eu já sei o suficiente!” (Texto II), a oração “para saber” exprime uma circunstância e, nesse contexto, funciona como um adjunto adverbial de modo.
III – A oração em destaque no período “o filósofo britânico de origem húngara Michael Polanyi (1891– 1976) apontou que o conhecimento humano do mundo e de nós mesmos” (Texto I) funciona como objeto direto tal como em “para saber que já sei o suficiente” (Texto II).

Está correto apenas o que se afirma em 
Alternativas
Q2062243 Português
Preencha corretamente as lacunas do texto, considerando-se o que afirmam Cereja e Chochar (2013, p. 314) sobre a pontuação.
“Um texto escrito adquire sentidos diferentes quando pontuado de formas diferentes. O uso da pontuação depende da intenção do locutor do discurso. Os sinais de pontuação estão diretamente relacionados ao _____________, ao _____________ e às intenções”. Assim, no período “Saber dirigir é muito mais do que seguir as instruções básicas (soltar freio de mão etc.)...”, o uso dos parênteses tem caráter _____________. Já em “Reconhecer um rosto, jogar xadrez, falar uma língua estrangeira são outros exemplos de coisas que sabemos fazer...”, as vírgulas foram empregadas para separar frases _____________.
A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto é
Alternativas
Q2062242 Português
A morfossintaxe é compreendida como a apreciação conjunta da classificação morfológica e da função sintática das palavras nas orações.
A esse respeito, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir.
( ) No trecho “...que todo cidadão recebe do instrutor de autoescola: se não fosse assim, bastaria escutar.”, o substantivo “cidadão” estará flexionado no plural, de acordo com a norma-padrão, caso se escreva “cidadões”.
( ) Na frase “é porque você não entendeu o assunto direito ou ainda não o dominou.”, não há regra clara para a colocação do pronome oblíquo átono e, por isso, ele pode assumir uma das duas posições: antes ou depois do verbo.
( ) Em “A doação incluía uma boa quantia em dinheiro, mas essa se desvalorizou durante a 1ª Guerra Mundial”, o termo em destaque está empregado no contexto como pronome, retomando informação precedente.
( ) No período “O instituto só viria a ser criado em 1969, tornando-se um polo de atração para matemáticos do mundo todo.”, o trecho permanecerá redigido conforme a norma-padrão e com o sentido preservado, se o verbo em destaque for substituído por “caso se tornasse”.

De acordo com as afirmações, a sequência correta é
Alternativas
Q2062241 Português
Os dois textos seguintes tratam de alguns aspectos semânticos e estilísticos das palavras.
TEXTO I
“Em Djursholm, subúrbio elegante da cidade de Estocolmo, fica a sede do Instituto Mittag-Leffler. O palacete foi construído na década de 1890 pelo matemático sueco Gösta Mittag-Leffler (1846–1927), cujo casamento com a rica herdeira Signe af Lindfors dotara-o com os meios necessários para se permitir e a sua família uma residência refinada”. 
TEXTO II
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Avalie o que se informa a respeito.
I – No Texto II, a frase “tive que trocar todas as peças.”, observa-se o emprego do vocábulo destacado em sentido conotativo, figurado, pelo seu poder evocativo.
II – Na frase “Isso é um paradoxo.” (Texto II), considerando-se o contexto, o termo sublinhado pode ser corretamente substituído, sem prejuízo de sentido ao texto, por “consenso”.
III – No Texto I, as palavras “elegante” e “refinada” foram empregadas em sentido próprio, literal, pois apenas qualificam os substantivos que as acompanham na sentença, respectivamente.
IV – No primeiro período do Texto I, a palavra “família” é polissêmica, pois, se utilizada em novos contextos, apresentará outros sentidos como, por exemplo: categorização científica, tipos gráficos, elementos químicos, para citar alguns.
Está correto apenas o que se afirma em
Alternativas
Q2062240 Português
O paradoxo de Polanyi impede
a inteligência artificial?

Marcelo Viana*

Em Djursholm, subúrbio elegante da cidade de Estocolmo, fica a sede do Instituto Mittag-Leffler. O palacete foi construído na década de 1890 pelo matemático sueco Gösta Mittag-Leffler (1846–1927), cujo casamento com a rica herdeira Signe af Lindfors dotara-o com os meios necessários para se permitir e a sua família uma residência refinada.

Em 1916, o casal doou a propriedade, incluindo sua excelente biblioteca, à Academia de Ciências da Suécia, para que nela fosse constituído um instituto de matemática. A doação incluía uma boa quantia em dinheiro, mas essa se desvalorizou durante a 1ª Guerra Mundial, o que inviabilizou o projeto. O instituto só viria a ser criado em 1969, tornando-se um polo de atração para matemáticos do mundo todo.

No térreo do instituto, há uma sólida lareira em granito cinza-chumbo. Gravada na pedra, uma inscrição em escrita antiga que um amigo sueco decifrou para mim com alguma dificuldade: "A mente não alcança além da palavra". Uma forma elegante de afirmar que aquilo que não conseguimos explicar aos demais não sabemos realmente.

É uma ideia importante para alguém que, como eu, treina estudantes para descobrir, compreender e comunicar ideias matemáticas. Por isso, repito a frase de Mittag-Leffler com frequência a meus alunos. Maneira de dizer que, se a sua tese não está bem escrita, é porque você não entendeu o assunto direito ou ainda não o dominou.

Mas nem todo mundo concorda. No livro "Dimensão Tácita", publicado em 1966, o filósofo britânico de origem húngara Michael Polanyi (1891–1976) apontou que o conhecimento humano do mundo e de nós mesmos está, em grande medida, além da nossa capacidade de expressão. "Sabemos mais do que conseguimos dizer", afirmou.

Saber dirigir é muito mais do que seguir as instruções básicas (soltar freio de mão etc.) que todo cidadão recebe do instrutor de autoescola: se não fosse assim, bastaria escutar. Mas esse muito mais, que adquirimos fazendo, não somos capazes de descrever. Reconhecer um rosto, jogar xadrez, falar uma língua estrangeira são outros exemplos de coisas que sabemos fazer, mas somos incapazes de expressar como fazemos. Na época, o "paradoxo de Polanyi" foi visto como um golpe profundo na ideia de inteligência artificial.

Isso constituiria um obstáculo sério à ideia de inteligência artificial. Programas de computador consistem, assim se pensava na época, de um conjunto de instruções que descrevem de modo completo e preciso o que deve ser feito. Se não sabemos explicar como reconhecemos uma face ou escolhemos uma jogada no xadrez, como podemos escrever os códigos explicando a um computador como executar essas tarefas? __________ superioridades intrínsecas da inteligência humana sobre a inteligência artificial: a sua capacidade de fazer coisas que não consegue descrever.

No entanto essas são algumas das muitas tarefas em que a inteligência artificial tem feito progressos espetaculares nos últimos anos, a partir do advento dos métodos de aprendizagem de máquina. Descobrimos como computadores podem aprender a realizar tarefas complexas com base em exemplos, em dados reais, sem que tenhamos que explicitar exatamente o que devem fazer.

* Diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, ganhador do Prêmio Louis D., do Institut de France.

Folha de São Paulo, 23 ago. 2022. (Adaptado).
A linguagem utilizada pelo autor do texto é 
Alternativas
Respostas
781: C
782: E
783: A
784: B
785: C