Questões de Concurso
Para técnico em anatomia e necrópsia
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I) Os riscos químicos, físicos e biológicos no laboratório de anatomia humana, deverão obedecer às normas de biossegurança vigentes e às normas estabelecidas pelos órgãos competentes aos laboratórios de ensino, experimentação e pesquisa. Cabe ao Técnico de anatomia adequar a normatização de acordo com as suas necessidades, promovendo mudanças na normatização se achar necessário;
II) A permanência dos alunos em laboratórios de anatomia para aulas práticas será apenas permitida mediante o uso de jalecos adequados e devidamente fechados. Os sapatos deverão ser fechados e a calça comprida. Caso não estejam devidamente paramentados, os alunos não poderão permanecer nos laboratórios de anatomia. A autorização para permanência de alunos sem a paramentação especificada pelas normas de biossegurança poderá ser concedida pelos técnicos de anatomia;
III) Agentes de risco químico são as substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão, como fungos e bactérias;
IV) Nos laboratórios de anatomia humana, o técnico deverá fazer uso de óculos de segurança, visores ou outros equipamentos de proteção facial sempre que houver risco de espirrar material infectante;
V) Os restos de tecido humano, como pele e gordura retiradas nas dissecções feitas em cadáveres devem ser eliminados juntamente com o lixo comum, em sacos que devem ser totalmente fechados, de cor branca, com a inscrição “risco biológico" e de forma a não permitir o derramamento de seu conteúdo. Uma vez fechados, precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou destinação final do resíduo que será feito pela empresa pública de limpeza e coleta de lixo que atende ao hospital ou instituição de ensino.
I) A mumificação é um fenômeno cadavérico transformativo que conserva o cadáver, sendo produzido exclusivamente por meio artificial, como feito pelos egípcios, por tribos em ilhas do pacífico e pelos incas no Peru, há centenas de anos;
II) Definimos como adipocera, o processo conservador transformativo caracterizado pela transformação do cadáver em substância de consistência mole e quebradiça, que pode surgir espontaneamente algumas semanas depois da morte, sob influência da presença de água parada e solo bastante úmido e argiloso;
III) A Putrefação cadavérica consiste na decomposição fermentativa da matéria orgânica que acontece sem a influência de microorganismos. É dividida no decorrer da marcha cadavérica em quatro períodos, não tão precisos assim, mas que podem ser identificados na maioria dos cadáveres em decomposição;
IV) Calcificação ou corificação são processos transformativos destrutivos que são observados em terrenos secos e áridos. No caso da corificação o corpo apresenta-se semelhante ao processo transformativo da mumificação;
V) A congelação consiste no processo transformativo conservador que pode permitir a identificação de indivíduos por um tempo bastante prolongado. Para isso, basta o cadáver ser submetido naturalmente a baixíssima temperatura e por um prolongado período de tempo.
I) Todo corpo recebido em instituições de ensino, proveniente de instituição hospitalar que tenha convênio com faculdades de medicina no Brasil, deverá ter suas cavidades cefálica, cervical, torácica e abdominal necropsiadas para confirmação das causalidades da morte constante no atestado de óbito fornecido pelo hospital;
II) A necropsia é obrigatória em todos os casos de morte violenta ou suspeita;
III) As necropsias compreendem apenas a inspeção interna do corpo, através do exame detalhado de suas cavidades e órgãos;
IV) Toda conclusão deve ser feita através de fundamentação científica e não por simples intuição e experiência que o profissional julgue possuir;
V) As necropsias são feitas com uma única finalidade, que é contemplar as necessidades médico sanitárias.
I) O cerebelo deverá ser cortado em fatias, utilizando um raquiótomo que é o instrumento indicado para cortes em estruturas encefálicas;
II) A primeira incisão que dará acesso ao crânio deverá ser bimastóidea longitudinal, unindo a glabela até a protuberância occipital externa;
III) O profissional deverá retirar a calvária que consiste no conjunto estratimérico formado pelo osso compacto externo, díploe, osso compacto interno e meninges;
IV) O cérebro deverá ser separado dos outros elementos do encéfalo, e posteriormente a estrutura anatômica de todos os integrantes encefálicos deverá ser examinada;
V) A incisão bimastóidea vertical deverá ser feita unindo os dois processos mastoideos dos ossos temporais para que toda a calvária seja rebatida para frente e para trás.