Questões de Concurso Para odontólogo - clínica geral

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Q2757057 Português

Leia o texto 5 para responder à questão 19.

Fonte: Google imagens (2016)

Texto 5

Pátria Minha

Vinícius de Moraes

[...]

Mais do que a mais garrida a minha pátria tem

Uma quentura, um querer bem, um bem

Um “libertas quae sera tamen

Que um dia traduzi num exame escrito:

“Liberta que serás também”

E repito!

[...]

Disponível em: <www.releituras.com/viniciusm_patria.asp>. Acesso em: 12 nov. 2016.

A frase em latim “libertas quae sera tamen” traduz-se, comumente, por “liberdade ainda que tardia”.


A esse diálogo entre obras dá-se o nome de intertextualidade. Sobre esse recurso, pode-se afirmar que

Alternativas
Q2757052 Português

Leia o texto 4 para responder às questões de 12 a 18.

Texto 4

Aquela velha carta de A B C dava arrepios. Três faixas verticais borravam a capa, duras,

antipáticas; e, fugindo a elas, encontrávamos num papel de embrulho o alfabeto, sílabas,

frases soltas e afinal máximas sisudas.

Suportávamos esses horrores como um castigo e inutilizávamos as folhas percorridas,

05 esperando sempre que as coisas melhorassem. Engano: as letras eram pequeninas e

feias; o exercício da soletração, cantado, embrutecia a gente; os provérbios, os graves

conselhos morais ficavam impenetráveis, apesar dos esforços dos mestres arreliados,

dos puxavantes de orelhas e da palmatória.

“A preguiça é a chave da pobreza”, afirmava-se ali. Que espécie de chave seria aquela?

10 Aos seis anos, eu e os meus companheiros de infelicidade escolar, quase todos pobres,

não conhecíamos a pobreza pelo nome e tínhamos poucas chaves, de gavetas, de

armários e de portas. Chave de pobreza para uma criança de seis anos é terrível.

Nessa medonha carta, que rasgávamos com prazer, salvam-se algumas linhas. “Paulina

mastigou pimenta.” Bem. Conhecíamos pimenta e achávamos natural que a língua de

15 Paulina estivesse ardendo. Mas que teria acontecido depois? Essa história contada em

três palavras não nos satisfazia, precisávamos saber mais alguma coisa a respeito da

aventura de Paulina.

O que ofereciam, porém, à nossa curiosidade infantil eram conceitos idiotas: “Fala pouco

e bem: ter-te-ão por alguém”. Ter-te-ão! Esse Terteão para mim era um homem, e nunca

20 pude compreender o que ele fazia na última página do odioso folheto. Éramos realmente

uns pirralhos bastante desgraçados.

Marques Rebelo enviou-me há dias um A B C novo. Recebendo-o, lembrei-me com

amargura da chave da pobreza e do Terteão, que ainda circulam no interior.

A capa da brochura que hoje me aparece tem uns balões — e logo aí o futuro cidadão

25 aprende algumas letras. Na primeira folha, em tabuleiros de xadrez de casas brancas e

vermelhas, procurou-se a melhor maneira de impingir aos inocentes essa coisa

desagradável que é o alfabeto. O resto do livro encerra pedaços de vida de um casal de

crianças. João e Maria regam flores, bebem leite, brincam na praia, jogam bola,

passeiam em bicicleta, nadam, apanham legumes, vão ao Jardim Zoológico.

30 Tudo isso é dito em poucas palavras, como na história de Paulina, que mastigava

pimentas na velha carta de A B C. Mas enquanto ali o caso se narrava com letras miúdas

e safadas, em papel de embrulho, aqui as brincadeiras e as ocupações das personagens

se contam em bonitas legendas e principalmente em desenhos cheios de pormenores

que a narração curta não poderia conter.

35 As legendas são de Marques Rebêlo, as ilustrações, de Santa rosa, dois artistas que há

tempo tiveram livros premiados no concurso de literatura infantil realizado pelo Ministério

da Educação. Onde andam esses livros? Premiados e inéditos, exatamente como se não

tivessem sido premiados.

Marques Rebêlo e Santa Rosa fizeram agora um pequeno álbum e a Companhia Nestlé

40 editou-o, espalhou quinhentos mil volumes entre os garotos do Brasil. Está certo. A

Companhia Nestlê não se dedica a negócios de livros, mas isto não tem importância:

parece que a melhor edição de obra portuguesa foi feita por um negociante de vinhos.

Graciliano Ramos. Linhas tortas. Obra póstuma.13. ed., Rio de Janeiro: Record,1986. p.174-175 (Adaptado).

Um texto com coesão é aquele que apresenta conexão entre suas ideias. Para que essa ligação seja estabelecida de forma clara, podemos utilizar diversas ferramentas. Um importantíssimo processo coesivo: a COESÃO REFERENCIAL, cuja função é evitar indesejáveis repetições vocabulares.


No texto 4, os termos que exercem a coesão referencial são

Alternativas
Q2757049 Português

Leia o texto 4 para responder às questões de 12 a 18.

Texto 4

Aquela velha carta de A B C dava arrepios. Três faixas verticais borravam a capa, duras,

antipáticas; e, fugindo a elas, encontrávamos num papel de embrulho o alfabeto, sílabas,

frases soltas e afinal máximas sisudas.

Suportávamos esses horrores como um castigo e inutilizávamos as folhas percorridas,

05 esperando sempre que as coisas melhorassem. Engano: as letras eram pequeninas e

feias; o exercício da soletração, cantado, embrutecia a gente; os provérbios, os graves

conselhos morais ficavam impenetráveis, apesar dos esforços dos mestres arreliados,

dos puxavantes de orelhas e da palmatória.

“A preguiça é a chave da pobreza”, afirmava-se ali. Que espécie de chave seria aquela?

10 Aos seis anos, eu e os meus companheiros de infelicidade escolar, quase todos pobres,

não conhecíamos a pobreza pelo nome e tínhamos poucas chaves, de gavetas, de

armários e de portas. Chave de pobreza para uma criança de seis anos é terrível.

Nessa medonha carta, que rasgávamos com prazer, salvam-se algumas linhas. “Paulina

mastigou pimenta.” Bem. Conhecíamos pimenta e achávamos natural que a língua de

15 Paulina estivesse ardendo. Mas que teria acontecido depois? Essa história contada em

três palavras não nos satisfazia, precisávamos saber mais alguma coisa a respeito da

aventura de Paulina.

O que ofereciam, porém, à nossa curiosidade infantil eram conceitos idiotas: “Fala pouco

e bem: ter-te-ão por alguém”. Ter-te-ão! Esse Terteão para mim era um homem, e nunca

20 pude compreender o que ele fazia na última página do odioso folheto. Éramos realmente

uns pirralhos bastante desgraçados.

Marques Rebelo enviou-me há dias um A B C novo. Recebendo-o, lembrei-me com

amargura da chave da pobreza e do Terteão, que ainda circulam no interior.

A capa da brochura que hoje me aparece tem uns balões — e logo aí o futuro cidadão

25 aprende algumas letras. Na primeira folha, em tabuleiros de xadrez de casas brancas e

vermelhas, procurou-se a melhor maneira de impingir aos inocentes essa coisa

desagradável que é o alfabeto. O resto do livro encerra pedaços de vida de um casal de

crianças. João e Maria regam flores, bebem leite, brincam na praia, jogam bola,

passeiam em bicicleta, nadam, apanham legumes, vão ao Jardim Zoológico.

30 Tudo isso é dito em poucas palavras, como na história de Paulina, que mastigava

pimentas na velha carta de A B C. Mas enquanto ali o caso se narrava com letras miúdas

e safadas, em papel de embrulho, aqui as brincadeiras e as ocupações das personagens

se contam em bonitas legendas e principalmente em desenhos cheios de pormenores

que a narração curta não poderia conter.

35 As legendas são de Marques Rebêlo, as ilustrações, de Santa rosa, dois artistas que há

tempo tiveram livros premiados no concurso de literatura infantil realizado pelo Ministério

da Educação. Onde andam esses livros? Premiados e inéditos, exatamente como se não

tivessem sido premiados.

Marques Rebêlo e Santa Rosa fizeram agora um pequeno álbum e a Companhia Nestlé

40 editou-o, espalhou quinhentos mil volumes entre os garotos do Brasil. Está certo. A

Companhia Nestlê não se dedica a negócios de livros, mas isto não tem importância:

parece que a melhor edição de obra portuguesa foi feita por um negociante de vinhos.

Graciliano Ramos. Linhas tortas. Obra póstuma.13. ed., Rio de Janeiro: Record,1986. p.174-175 (Adaptado).

Observe os fragmentos I e II.


I. “Aquela velha carta de A B C dava arrepios” (linha 1)

II. “[...] letras miúdas e safadas [...]” (linha 31-32)”.


A partir da análise dos fragmentos I e II, é correto afirmar que

Alternativas
Q2757046 Português

Leia o texto 4 para responder às questões de 12 a 18.

Texto 4

Aquela velha carta de A B C dava arrepios. Três faixas verticais borravam a capa, duras,

antipáticas; e, fugindo a elas, encontrávamos num papel de embrulho o alfabeto, sílabas,

frases soltas e afinal máximas sisudas.

Suportávamos esses horrores como um castigo e inutilizávamos as folhas percorridas,

05 esperando sempre que as coisas melhorassem. Engano: as letras eram pequeninas e

feias; o exercício da soletração, cantado, embrutecia a gente; os provérbios, os graves

conselhos morais ficavam impenetráveis, apesar dos esforços dos mestres arreliados,

dos puxavantes de orelhas e da palmatória.

“A preguiça é a chave da pobreza”, afirmava-se ali. Que espécie de chave seria aquela?

10 Aos seis anos, eu e os meus companheiros de infelicidade escolar, quase todos pobres,

não conhecíamos a pobreza pelo nome e tínhamos poucas chaves, de gavetas, de

armários e de portas. Chave de pobreza para uma criança de seis anos é terrível.

Nessa medonha carta, que rasgávamos com prazer, salvam-se algumas linhas. “Paulina

mastigou pimenta.” Bem. Conhecíamos pimenta e achávamos natural que a língua de

15 Paulina estivesse ardendo. Mas que teria acontecido depois? Essa história contada em

três palavras não nos satisfazia, precisávamos saber mais alguma coisa a respeito da

aventura de Paulina.

O que ofereciam, porém, à nossa curiosidade infantil eram conceitos idiotas: “Fala pouco

e bem: ter-te-ão por alguém”. Ter-te-ão! Esse Terteão para mim era um homem, e nunca

20 pude compreender o que ele fazia na última página do odioso folheto. Éramos realmente

uns pirralhos bastante desgraçados.

Marques Rebelo enviou-me há dias um A B C novo. Recebendo-o, lembrei-me com

amargura da chave da pobreza e do Terteão, que ainda circulam no interior.

A capa da brochura que hoje me aparece tem uns balões — e logo aí o futuro cidadão

25 aprende algumas letras. Na primeira folha, em tabuleiros de xadrez de casas brancas e

vermelhas, procurou-se a melhor maneira de impingir aos inocentes essa coisa

desagradável que é o alfabeto. O resto do livro encerra pedaços de vida de um casal de

crianças. João e Maria regam flores, bebem leite, brincam na praia, jogam bola,

passeiam em bicicleta, nadam, apanham legumes, vão ao Jardim Zoológico.

30 Tudo isso é dito em poucas palavras, como na história de Paulina, que mastigava

pimentas na velha carta de A B C. Mas enquanto ali o caso se narrava com letras miúdas

e safadas, em papel de embrulho, aqui as brincadeiras e as ocupações das personagens

se contam em bonitas legendas e principalmente em desenhos cheios de pormenores

que a narração curta não poderia conter.

35 As legendas são de Marques Rebêlo, as ilustrações, de Santa rosa, dois artistas que há

tempo tiveram livros premiados no concurso de literatura infantil realizado pelo Ministério

da Educação. Onde andam esses livros? Premiados e inéditos, exatamente como se não

tivessem sido premiados.

Marques Rebêlo e Santa Rosa fizeram agora um pequeno álbum e a Companhia Nestlé

40 editou-o, espalhou quinhentos mil volumes entre os garotos do Brasil. Está certo. A

Companhia Nestlê não se dedica a negócios de livros, mas isto não tem importância:

parece que a melhor edição de obra portuguesa foi feita por um negociante de vinhos.

Graciliano Ramos. Linhas tortas. Obra póstuma.13. ed., Rio de Janeiro: Record,1986. p.174-175 (Adaptado).

Observe o fragmento: “[...] a melhor edição de obra portuguesa foi feita por um negociante de vinhos.” (linha 42).


A forma ativa dessa frase é

Alternativas
Q2757043 Português

Leia o texto 4 para responder às questões de 12 a 18.

Texto 4

Aquela velha carta de A B C dava arrepios. Três faixas verticais borravam a capa, duras,

antipáticas; e, fugindo a elas, encontrávamos num papel de embrulho o alfabeto, sílabas,

frases soltas e afinal máximas sisudas.

Suportávamos esses horrores como um castigo e inutilizávamos as folhas percorridas,

05 esperando sempre que as coisas melhorassem. Engano: as letras eram pequeninas e

feias; o exercício da soletração, cantado, embrutecia a gente; os provérbios, os graves

conselhos morais ficavam impenetráveis, apesar dos esforços dos mestres arreliados,

dos puxavantes de orelhas e da palmatória.

“A preguiça é a chave da pobreza”, afirmava-se ali. Que espécie de chave seria aquela?

10 Aos seis anos, eu e os meus companheiros de infelicidade escolar, quase todos pobres,

não conhecíamos a pobreza pelo nome e tínhamos poucas chaves, de gavetas, de

armários e de portas. Chave de pobreza para uma criança de seis anos é terrível.

Nessa medonha carta, que rasgávamos com prazer, salvam-se algumas linhas. “Paulina

mastigou pimenta.” Bem. Conhecíamos pimenta e achávamos natural que a língua de

15 Paulina estivesse ardendo. Mas que teria acontecido depois? Essa história contada em

três palavras não nos satisfazia, precisávamos saber mais alguma coisa a respeito da

aventura de Paulina.

O que ofereciam, porém, à nossa curiosidade infantil eram conceitos idiotas: “Fala pouco

e bem: ter-te-ão por alguém”. Ter-te-ão! Esse Terteão para mim era um homem, e nunca

20 pude compreender o que ele fazia na última página do odioso folheto. Éramos realmente

uns pirralhos bastante desgraçados.

Marques Rebelo enviou-me há dias um A B C novo. Recebendo-o, lembrei-me com

amargura da chave da pobreza e do Terteão, que ainda circulam no interior.

A capa da brochura que hoje me aparece tem uns balões — e logo aí o futuro cidadão

25 aprende algumas letras. Na primeira folha, em tabuleiros de xadrez de casas brancas e

vermelhas, procurou-se a melhor maneira de impingir aos inocentes essa coisa

desagradável que é o alfabeto. O resto do livro encerra pedaços de vida de um casal de

crianças. João e Maria regam flores, bebem leite, brincam na praia, jogam bola,

passeiam em bicicleta, nadam, apanham legumes, vão ao Jardim Zoológico.

30 Tudo isso é dito em poucas palavras, como na história de Paulina, que mastigava

pimentas na velha carta de A B C. Mas enquanto ali o caso se narrava com letras miúdas

e safadas, em papel de embrulho, aqui as brincadeiras e as ocupações das personagens

se contam em bonitas legendas e principalmente em desenhos cheios de pormenores

que a narração curta não poderia conter.

35 As legendas são de Marques Rebêlo, as ilustrações, de Santa rosa, dois artistas que há

tempo tiveram livros premiados no concurso de literatura infantil realizado pelo Ministério

da Educação. Onde andam esses livros? Premiados e inéditos, exatamente como se não

tivessem sido premiados.

Marques Rebêlo e Santa Rosa fizeram agora um pequeno álbum e a Companhia Nestlé

40 editou-o, espalhou quinhentos mil volumes entre os garotos do Brasil. Está certo. A

Companhia Nestlê não se dedica a negócios de livros, mas isto não tem importância:

parece que a melhor edição de obra portuguesa foi feita por um negociante de vinhos.

Graciliano Ramos. Linhas tortas. Obra póstuma.13. ed., Rio de Janeiro: Record,1986. p.174-175 (Adaptado).

Observe o trecho: “Tudo isso é dito em poucas palavras, como na história de Paulina, que mastigava pimentas na velha carta de A B C. Mas enquanto ali o caso se narrava com letras miúdas e safadas, em papel de embrulho, aqui as brincadeiras e as ocupações das personagens se contam em bonitas legendas e principalmente em desenhos cheios de pormenores que a narração curta não poderia conter.” (linhas 30-34).


Os advérbios destacados formam um par opositivo. Sobre esses termos pode-se afirmar que

Alternativas
Respostas
76: D
77: A
78: C
79: B
80: E