Questões de Concurso Para engenheiro agrimensor

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Q2923460 Português
No trecho “esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra” (5º parágrafo), o verbo VISAR foi empregado em regência transitiva direta, em contexto no qual também admite regência com a preposição A. Nos itens abaixo, em que aparecem frases com verbos de dupla regência, aquele em que uma das frases está INCORRETA quanto à regência, pois, na língua culta, só se admite uma das formas, é:
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Q2923459 Português
A locução em caixa alta no trecho “Essa comicidade, ainda eficaz, APESAR Da dicção lusa, pré-modernista” (3º parágrafo) pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, por todas os termos abaixo relacionados, EXCETOpor:
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Q2923458 Português
No período “Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era” (5º parágrafo), a relação de sentido entre as duas orações é de:
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Q2923456 Português
Observando-se o sufixo da palavra em destaque no trecho “Essa COMICIDADE, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia” (3º parágrafo), pode-se afirmar que, entre as opções abaixo, aquela em que as três palavras foram formadas por sufixos de mesmo valor significativo e gramatical do sufixo da palavra destacada acima é:
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Q2923454 Português
A flexão do verbo TER e um de seus derivados, o verbo OBTER, foi feita corretamente nos trechos: “Cidades Mortas , de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias , de vários autores, têm uma conexão possível” (1º parágrafo) e “Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas 'batatas gramaticais' (2º parágrafo). Dos itens abaixo, todos com pares de frases com o verbo TER e derivados, o que apresenta as duas frases CORRETAS quanto à flexão dos verbos, de acordo com as normas da língua culta, é:
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Q2923453 Português
De acordo com as normas da língua culta, das alterações feitas na redação da oração adjetiva no trecho “aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte” (1º parágrafo), está INCORRETA quanto ao emprego do pronome relativo a seguinte:
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Q2923451 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)



Considerando-se as muitas vozes presentes no texto, pode-se afirmar que a última frase do texto “São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion” só pode ser atribuída:


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Q2923450 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)



As vírgulas empregadas no trecho “e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST” (8º parágrafo) se justificam pela mesma norma de pontuação que justifica a(s) vírgula(s) em:

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Q2923448 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)

A leitura dos três últimos parágrafos permite que se chegue às conclusões abaixo, EXCETO:
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Q2923445 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)

Da leitura do 7º parágrafo “Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana”, pode-se depreender que:
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Q2923442 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)

O pronome relativo em destaque no trecho “Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor QUE dá lugar a uma outra ordem de valores” (6º parágrafo) substitui, no contexto, o termo:
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Q2923440 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)

Pelo trecho “o cientista político Marcelo Jasmin (...) nota que a palavra carrega, em português, um sentido de 'fantasia', enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação” (6º parágrafo), pode-se depreender que, para o referido cientista político, o conceito de “utopia” está relacionado a algo que:
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Q2923439 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)

“O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias ” (6º parágrafo), isto é, ____ é o ponto de Utopias Agrárias partida de . Completa-se corretamente a lacuna acima, mantendo-se o sentido do texto, com o que está expresso em:
Alternativas
Q2923438 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)

No trecho “esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra” (7º parágrafo), o acento da crase foi corretamente empregado. Das frases abaixo, a única CORRETA quanto ao emprego do acento da crase é a seguinte:
Alternativas
Q2923437 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)

Lendo-se com atenção o texto, pode-se perceber que os pares de vocábulos e expressões abaixo estão em oposição de sentido, comEXCEÇÃOdo par:
Alternativas
Q2923436 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)

A obra Cidades Mortas , de Monteiro Lobato, aparece, no texto, com as características abaixo, EXCETO:
Alternativas
Q2923435 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)

O período “Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas” (2º parágrafo) foi reescrito abaixo de cinco formas distintas. A redação em que há flagrante alteração de sentido é:
Alternativas
Q2922674 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)

No início do texto, o autor afirma que Cidades Mortas , de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias , de vários autores, têm uma conexão possível: “aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte”. Pela leitura integral do texto, pode-se depreender que a “conexão possível” referida se expressa numa perspectiva de sentido:
Alternativas
Q2914626 Engenharia Cartográfica

A fotografia aérea registra a imagem do terreno em relação aos aspectos fisiográficos, ou seja, topografia, vegetação e drenagem, que aparecem diferenciados, EXCETO:


Alternativas
Q2914625 Engenharia Cartográfica

Em função da amplitude de perfis de usuários, tipos de dados e necessidades das aplicações, SIGs também precisam prover aos usuários e projetistas de aplicações, um conjunto adequado de funções de análise e manipulação dos dados geográficos. Sendo assim, podem-se classificar as aplicações do SIG em:


I. Socioeconômicas: envolvendo o uso da terra, seres humanos e a infra-estrutura existente.

II. Ambientais: enfocando o meio ambiente e o uso de recursos naturais.

III. Gerenciamento: envolvendo a realização de estudos e projeções que determinam onde e como alocar recursos para remediar problemas ou garantir a preservação de determinadas características.


Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Respostas
201: B
202: B
203: C
204: D
205: C
206: D
207: E
208: D
209: A
210: A
211: C
212: C
213: E
214: C
215: D
216: E
217: B
218: A
219: E
220: D