Questões de Concurso Para assistente administrativo

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Q2794552 Matemática

Lúcio tem cinco filhos: Lalá, Lelé, Lili, Loló e Lulu. Porém, restaram apenas três bombons no pacote para lhes dar. Supondo que um filho possa ganhar mais de um bombom, de quantos modos diferentes ele poderá fazer essa distribuição?

Alternativas
Q2794550 Matemática

Marta e Laura estavam jogando um dado não viciado. Marta apostou que duvidava que Laura atirasse duas vezes o dado e caísse, nas duas vezes, o número 6 na face de cima. Assim, a probabilidade de Laura ganhar a aposta é igual a:

Alternativas
Q2794549 Raciocínio Lógico

Carlos, durante o período matinal na pré-escola, recebeu um desenho para pintar, como o ilustrado abaixo. Ele tinha à disposição 3 lápis de cor de cores diferentes (azul, verde e vermelho). Para a atividade, Carlos deverá utilizar apenas dois lápis: um para pintar o interior do sol e outro para pintar o lado externo ao círculo. Assim, de quantas formas diferentes poderá o desenho ser pintado por Carlos?

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Alternativas
Q2794544 Raciocínio Lógico

Se “Algum concurseiro é gaúcho”, então é correto afirmar que, com certeza:

Alternativas
Q2794542 Raciocínio Lógico

“É falso afirmar que se Marcos tem 30 anos, então Maria não tem 20 anos.”. Essa proposição composta equivale à seguinte afirmação:

Alternativas
Q2794540 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

A alternativa cujo termo transcrito é um caracterizador do nome é a:

Alternativas
Q2794538 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

Ao se reescrever a oração “os operários de fábricas são assombrados pelo espectro de sua substituição por máquinas” (L.3/4), transpondo-a para a voz ativa, tem-se:

Alternativas
Q2794527 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

A noção de valor antitético se faz presente no fragmento:

Alternativas
Q2794525 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

Sobre o uso das formas linguísticas no texto, é correto afirmar:

Alternativas
Q2794522 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

A oração “...embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais indignos” (L.57/58), semanticamente, equivale a:

Alternativas
Q2794510 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

A alternativa em que a oração transcrita tem função restritiva é:

Alternativas
Q2794509 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

A leitura do texto permite inferir:

Alternativas
Q2794501 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

Quanto aos parágrafos que compõem o texto, é correto afirmar que o

Alternativas
Q2794004 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

A leitura do texto permite concluir:

Alternativas
Q2791194 Administração Geral

A gestão de Recursos Humanos ou Administração de RH é uma atividade exercida pelo Departamento de RH de empresas com o papel principal de desenvolver as seguintes atividades:

Alternativas
Q2791192 Noções de Informática

Para a operacionalização e funcionamento de máquinas copiadoras, impressoras e fac-símile, é incorreto afirmar:

Alternativas
Q2791191 Arquivologia

Analise os procedimentos seguintes:

I. Todas as correspondências expedidas devem ser assinadas pelo respectivo remetente e protocolada no setor responsável pelo protocolo.

II. É importante a definição do horário em que se vai expedir correspondência para orientação de todos os interessados neste tipo de serviço.

III. É correto e imprescindível que se registre no envelope da correspondência a ser expedida, o nome e o endereço corretos do destinatário e do remetente,m para as devidas identificações.

IV. As correspondências que contêm documentos da empresa devem ser expedidas com aviso de recebimento (AR).

Estão corretas:

Alternativas
Q2791189 Arquivologia

Sobre “Protocolo”, marque a afirmação incorreta.

Alternativas
Q2791186 Redação Oficial

“Este documento deve ser elaborado com um plano contendo: Introdução, desenvolvimento e conclusão. Pode ser feito por escrito ou oralmente.”

(MARTINS, Dileta Silveira et al. Português Instrumental. Editora Sagra Luzzatto. 24ª Ed.Porto Alegre.)

O texto caracteriza o seguinte documento.

Alternativas
Q2791185 Redação Oficial

Analise as informações seguintes:

É todo pedido que se encaminha a uma autoridade do Serviço Público. A palavra destacada nas expressões seguintes é importantíssima para que o emissor tenha despacho favorável. ”(Nestes termos pede deferimento;)” ou Nestes termos espera deferimento.) “Neste tipo de comunicação, utiliza-se de linguagem que se aproxima de níveis informais.(...) Por se tratar de comunicação rotineira e corriqueira, evita-se explicar siglas e apresentar personagens envolvidos na comunicação. Quando se distribui em diversos departamentos, deve-se evitar registros apenas das siglas do departamento emissor ou somente o primeiro nome do receptor das cópias.” “Esta correspondência é reproduzida em muitos exemplares, porque é dirigida a muitas pessoas ou a um órgão. Serve para transmitir avisos, ordens ou instruções. Em geral, contém assunto de caráter ou interesse geral.”

As informações registram características, respectivamente, das correspondências oficias:

Alternativas
Respostas
1341: C
1342: E
1343: B
1344: C
1345: E
1346: B
1347: C
1348: E
1349: C
1350: A
1351: D
1352: C
1353: E
1354: C
1355: E
1356: C
1357: A
1358: E
1359: B
1360: B