Questões de Concurso Para químico

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Q1878179 Português

Após a leitura dos textos 5 e 6, responda à questão.



TEXTO 5

LETRA DE CHICLETE COM BANANA*



*Ano de gravação por Jackson do Pandeiro: 1959.

Jornal do Comércio 




JACKSON DO PANDEIRO | José Gomes Filho nasceu no Engenho Tanques, em Alagoa Grande, Paraíba, em 31 de agosto de 1919, e faleceu em Brasília, em 10 de julho de 1982. É chamado “O Rei do Ritmo”. Ao lado de Luiz Gonzaga, nacionalizou a música e a cultura nordestinas.


Composição original de GORDURINHA | Waldeck Artur de Macedo nasceu em Salvador, Bahia, em 10 de agosto de 1922, e faleceu no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro de 1969. Compositor, autor, cantor, radialista, humorista.


Eu só boto bebop* no meu samba
Quando Tio Sam tocar um tamborim
Quando ele pegar
No pandeiro e no zabumba.
Quando ele aprender
Que o samba não é rumba.
Aí eu vou misturar
Miami com Copacabana.
Chiclete eu misturo com banana,
E o meu samba vai ficar assim:


Tururururururi bop-bebop-bebop
Eu quero ver a confusão


Tururururururi bop-bebop-bebop
Olha aí, o samba-rock, meu irmão 


É, mas em compensação,
Eu quero ver um boogie-woogie**
De pandeiro e violão.
Eu quero ver o Tio Sam
De frigideira


* O bebop é uma das correntes mais influentes do jazz. Seu nome provém da imitação do som das centenas de martelos que batiam no metal na construção das ferrovias estadunidenses, gerando uma “melodia” cheia de pequenas notas. Numa batucada brasileira.


** O boogie-woogie é um estilo de blues, caracterizado pelo uso sincopado da mão esquerda ao piano. Foi consagrado e popularizado pela música negra, nos anos 1930 e 1940, nos Estados Unidos.


TEXTO 6
LETRA DE JACK SOUL BRASILEIRO*


*Ano de gravação: 2000.


LENINE | Oswaldo Lenine Macedo Pimentel nasceu em Recife, Pernambuco, em 1959. É cantor, compositor, arranjador, multi-instrumentista, letrista, ator, escritor, produtor musical, engenheiro químico e ecologista. 


Jack Soul Brasileiro
E que o som do pandeiro
É certeiro e tem direção
Já que subi nesse ringue
E o país do swing
É o país da contradição


Eu canto pro rei da levada
Na lei da embolada
Na língua da percussão
A dança mugango dengo
A ginga do mamolengo
Charme dessa nação


Quem foi?
Que fez o samba embolar?
Quem foi?
Que fez o coco sambar?
Quem foi?
Que fez a ema gemer na boa?
Quem foi?
Que fez do coco um cocar?
Quem foi?
Que deixou um oco no lugar?
Quem foi?
Que fez do sapo cantor de lagoa?


Me diz aí, Tião!
Diga, Tião! Oi!
Fosse? Fui!
Comprasse? Comprei! Pagasse?
Paguei!
Me diz quanto foi?
Foi 500 reais...


Jack Soul Brasileiro
Do tempero, do batuque
Do truque, do picadeiro
E do pandeiro, e do repique
Do pique do funk rock
Do toque da platinela*
Do samba na passarela
Dessa alma brasileira
Despencando da ladeira
Na zueira da banguela


* chapas metálicas do pandeiro

Depois de cotejar as duas letras dadas – de Gordurinha e de Lenine –, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1878178 Português

TEXTO 4

POEMA BEIRA





JARID ARRAES | nasceu em Juazeiro do Norte, na região do Cariri, Ceará, em 12 de fevereiro de 1991. É escritora e tem mais de 60 títulos publicados em Literatura de Cordel.



BEIRA



que mulher que

sou

me pergunto

espelhada



que mulher tem essa pele

desbotada 



o que sou de mulher

com cabelos armados

e perigosos

que mulher periga

na linha encardida

da caixa parda



que mulher que sou

aos teus olhos

de mulher


sou repetição

diferença

ou sou resposta

quem sabe

ausência



que sou eu

mulher

misturada 



entre cores

diluídas

e marcas

deixadas



não sei que mulher

é meu tipo

de ser

se sou como ela



como outra

se minhas raízes

se fazem entender



pergunto

no espelho

com o tubo

de creme



[pingaram três gotas

no tapete]



que mulher sou eu

mulher-quase

mulher-nem-tanto

mulher-um-pouco-demais

para não ser. 


Em relação ao poema dado, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1878177 Português

Após realizar a leitura do texto 3, responda à questão.



TEXTO 3

POEMA TECENDO A MANHÃ



      JOÃO CABRAL DE MELO NETO | nasceu em Recife, Pernambuco, em 1920, e morreu no Rio de Janeiro, em 1999. Poeta, acadêmico, diplomata consagrado.



Um galo sozinho não tece uma manhã:

ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele

e o lance a outro; de um outro galo

que apanhe o grito que um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.

para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.

Ainda a respeito do poema dado, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1878176 Português

Após realizar a leitura do texto 3, responda à questão.



TEXTO 3

POEMA TECENDO A MANHÃ



      JOÃO CABRAL DE MELO NETO | nasceu em Recife, Pernambuco, em 1920, e morreu no Rio de Janeiro, em 1999. Poeta, acadêmico, diplomata consagrado.



Um galo sozinho não tece uma manhã:

ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele

e o lance a outro; de um outro galo

que apanhe o grito que um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.

para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.

Pode-se considerar que, em seu nível fundamental de significados, o poema articula duas tensões ou oposições básicas. Assinale a alternativa em que elas estão mencionadas.
Alternativas
Q1878175 Português

TEXTO 2

FRAGMENTO DE A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES



      DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR | nasceu em 22 de junho de 1961, em Campina Grande, Paraíba. Pós-doutor e professor nas Universidades Federais do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Campina Grande, Paraíba, e nas estaduais da Paraíba, de São Paulo e de Campinas. 



      “O ‘Nordeste’, na verdade, está em toda parte desta região do país e em lugar nenhum, porque ele é uma cristalização de estereótipos que são subjetivados como característicos do ser nordestino e do Nordeste. Estereótipos que são operativos, positivos, que instituem uma verdade que se impõe de tal forma, que oblitera a multiplicidade das imagens e das falas regionais, em nome de um feixe limitado de imagens e falas-clichês, que são repetidas ad nauseum, seja pelos meios de comunicação, pelas artes, seja pelos próprios habitantes de outras áreas do país e da própria região.” 



Sobre o fragmento dado é válido afirmar que o trecho “estereótipos que são subjetivados como característicos do ser nordestino e do Nordeste” é, semântica e diretamente, relacionado pelo autor com:

Alternativas
Respostas
1636: A
1637: D
1638: D
1639: B
1640: C