Questões de Concurso Para professor - matemática

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Q2674504 Português

AS QUESTÕES DE 01 A 08 SE REFEREM AO TEXTO SEGUINTE.


Não vale dizer


Ruy Castro*


Vale dizer. Vale lembrar. Vale ressaltar. Vale destacar. Vale acrescentar. E outros vales isso ou aquilo. Você pode não ter se tocado, mas, de há algum tempo, essas palavras estão lhe entrando pelos olhos com alarmante frequência e ocupando espaço à toa. A frase começa com "Vale dizer que ..." e segue-se o que a pessoa acha que vale dizer. Não ocorre a ela que, se dispensar o "vale dizer" e disser logo o que tem a dizer, sua informação não sofrerá nenhum prejuízo. Ao contrário, ganhará em concisão e objetividade.

É um vício de linguagem, como um tique nervoso ou uma pálpebra que dispara. E, como todo vício ou tique, brota de algum lugar no espaço e chega direto aos dedos de quem escreve, sem um estágio intermediário no nicho do cérebro onde se escolhem as palavras. A pessoa, quando se dá conta, já escreveu e, na verdade, nem se dá conta. Aliás, "na verdade" também é um desses tiques. Na verdade, por que "na verdade"? E quem garante que seja verdade? Em tempo: mesmo que fique ansioso com a ideia, experimente escrever sem usar "na verdade" e veja como não lhe fará a menor falta.

"Em tempo"? Eis outra relíquia arrancada do passado e posta a circular na mídia como se já não pudéssemos passar sem. Equivale ao "vale dizer". Dá-se assim: na sequência de uma informação, sapeca-se um ponto-parágrafo e, sem qualquer motivo, começa-se o parágrafo seguinte com "Em tempo ..." ‒ e lá vem a preciosa informação. É como se o autor temesse esquecer-se dela ou que seu espaço fosse acabar e ele não a usasse a tempo. Donde volto a sugerir: se escrever "Em tempo ...", experimente apagá-la e veja se seu conteúdo perde alguma coisa.

Alguém dirá que são implicâncias de um escriba ranzinza e que ninguém está ligando para isso. Pois devia estar. Manter a língua eficiente, como queria Ezra Pound, é obrigação de todos os que fazem uso dela.

"Fazer uso"? Epa! De todos que a usam, digo.


* Jornalista e escritor.


Folha de São Paulo, Opinião, 14 mar. 2022, p. A 2. Adaptado.

“Segundo Jakobson, é possível determinar funções da linguagem com base nas características dos textos e nas intenções do locutor.”


CEREJA, W. COCHAR, Thereza. Gramática reflexiva: texto, semântica e interação.

São Paulo: Atual, 2013, p. 19.


A função conativa ou apelativa da linguagem, entre as várias funções definidas pelo linguista russo Roman Jakobson, volta-se para o destinatário com o propósito de persuadi-lo por meio da mensagem transmitida.


A esse respeito, atente para a seguinte passagem transcrita do texto.


“...se escrever "Em tempo ...", experimente apagá-la e veja se seu conteúdo perde alguma coisa.”


No trecho, identifica-se a função conativa, fundamentalmente, pela (o)

Alternativas
Q2674503 Português

AS QUESTÕES DE 01 A 08 SE REFEREM AO TEXTO SEGUINTE.


Não vale dizer


Ruy Castro*


Vale dizer. Vale lembrar. Vale ressaltar. Vale destacar. Vale acrescentar. E outros vales isso ou aquilo. Você pode não ter se tocado, mas, de há algum tempo, essas palavras estão lhe entrando pelos olhos com alarmante frequência e ocupando espaço à toa. A frase começa com "Vale dizer que ..." e segue-se o que a pessoa acha que vale dizer. Não ocorre a ela que, se dispensar o "vale dizer" e disser logo o que tem a dizer, sua informação não sofrerá nenhum prejuízo. Ao contrário, ganhará em concisão e objetividade.

É um vício de linguagem, como um tique nervoso ou uma pálpebra que dispara. E, como todo vício ou tique, brota de algum lugar no espaço e chega direto aos dedos de quem escreve, sem um estágio intermediário no nicho do cérebro onde se escolhem as palavras. A pessoa, quando se dá conta, já escreveu e, na verdade, nem se dá conta. Aliás, "na verdade" também é um desses tiques. Na verdade, por que "na verdade"? E quem garante que seja verdade? Em tempo: mesmo que fique ansioso com a ideia, experimente escrever sem usar "na verdade" e veja como não lhe fará a menor falta.

"Em tempo"? Eis outra relíquia arrancada do passado e posta a circular na mídia como se já não pudéssemos passar sem. Equivale ao "vale dizer". Dá-se assim: na sequência de uma informação, sapeca-se um ponto-parágrafo e, sem qualquer motivo, começa-se o parágrafo seguinte com "Em tempo ..." ‒ e lá vem a preciosa informação. É como se o autor temesse esquecer-se dela ou que seu espaço fosse acabar e ele não a usasse a tempo. Donde volto a sugerir: se escrever "Em tempo ...", experimente apagá-la e veja se seu conteúdo perde alguma coisa.

Alguém dirá que são implicâncias de um escriba ranzinza e que ninguém está ligando para isso. Pois devia estar. Manter a língua eficiente, como queria Ezra Pound, é obrigação de todos os que fazem uso dela.

"Fazer uso"? Epa! De todos que a usam, digo.


* Jornalista e escritor.


Folha de São Paulo, Opinião, 14 mar. 2022, p. A 2. Adaptado.

A morfossintaxe é a observação conjunta da classificação morfológica e da função sintática das palavras nas orações.


Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre os aspectos morfossintáticos de algumas passagens transcritas do texto.


( ) Na frase “sua informação não sofrerá nenhum prejuízo.”, o sujeito é simples, o predicado é verbal e o verbo é transitivo direto.

( ) No período “Manter a língua eficiente, como queria Ezra Pound, é obrigação de todos os que fazem uso dela.”, a oração intercalada exprime concessão.

( ) Em “Donde volto a sugerir: se escrever ‘Em tempo ...’, experimente apagá-la...”, o termo destacado se classifica como pronome pessoal do caso oblíquo.

( ) No trecho “...e veja como não lhe fará a menor falta.”, a próclise é de rigor porque, na oração, antes do verbo, identifica-se palavra que atrai o pronome átono.


De acordo com as afirmações, a sequência correta é

Alternativas
Q2674502 Português

AS QUESTÕES DE 01 A 08 SE REFEREM AO TEXTO SEGUINTE.


Não vale dizer


Ruy Castro*


Vale dizer. Vale lembrar. Vale ressaltar. Vale destacar. Vale acrescentar. E outros vales isso ou aquilo. Você pode não ter se tocado, mas, de há algum tempo, essas palavras estão lhe entrando pelos olhos com alarmante frequência e ocupando espaço à toa. A frase começa com "Vale dizer que ..." e segue-se o que a pessoa acha que vale dizer. Não ocorre a ela que, se dispensar o "vale dizer" e disser logo o que tem a dizer, sua informação não sofrerá nenhum prejuízo. Ao contrário, ganhará em concisão e objetividade.

É um vício de linguagem, como um tique nervoso ou uma pálpebra que dispara. E, como todo vício ou tique, brota de algum lugar no espaço e chega direto aos dedos de quem escreve, sem um estágio intermediário no nicho do cérebro onde se escolhem as palavras. A pessoa, quando se dá conta, já escreveu e, na verdade, nem se dá conta. Aliás, "na verdade" também é um desses tiques. Na verdade, por que "na verdade"? E quem garante que seja verdade? Em tempo: mesmo que fique ansioso com a ideia, experimente escrever sem usar "na verdade" e veja como não lhe fará a menor falta.

"Em tempo"? Eis outra relíquia arrancada do passado e posta a circular na mídia como se já não pudéssemos passar sem. Equivale ao "vale dizer". Dá-se assim: na sequência de uma informação, sapeca-se um ponto-parágrafo e, sem qualquer motivo, começa-se o parágrafo seguinte com "Em tempo ..." ‒ e lá vem a preciosa informação. É como se o autor temesse esquecer-se dela ou que seu espaço fosse acabar e ele não a usasse a tempo. Donde volto a sugerir: se escrever "Em tempo ...", experimente apagá-la e veja se seu conteúdo perde alguma coisa.

Alguém dirá que são implicâncias de um escriba ranzinza e que ninguém está ligando para isso. Pois devia estar. Manter a língua eficiente, como queria Ezra Pound, é obrigação de todos os que fazem uso dela.

"Fazer uso"? Epa! De todos que a usam, digo.


* Jornalista e escritor.


Folha de São Paulo, Opinião, 14 mar. 2022, p. A 2. Adaptado.

No trecho “Alguém dirá que são implicâncias de um escriba ranzinza...”, sem prejuízo para o sentido pretendido, a palavra destacada, no contexto em que foi empregada, pode ser substituída, fundamentalmente, por

Alternativas
Q2674501 Português

AS QUESTÕES DE 01 A 08 SE REFEREM AO TEXTO SEGUINTE.


Não vale dizer


Ruy Castro*


Vale dizer. Vale lembrar. Vale ressaltar. Vale destacar. Vale acrescentar. E outros vales isso ou aquilo. Você pode não ter se tocado, mas, de há algum tempo, essas palavras estão lhe entrando pelos olhos com alarmante frequência e ocupando espaço à toa. A frase começa com "Vale dizer que ..." e segue-se o que a pessoa acha que vale dizer. Não ocorre a ela que, se dispensar o "vale dizer" e disser logo o que tem a dizer, sua informação não sofrerá nenhum prejuízo. Ao contrário, ganhará em concisão e objetividade.

É um vício de linguagem, como um tique nervoso ou uma pálpebra que dispara. E, como todo vício ou tique, brota de algum lugar no espaço e chega direto aos dedos de quem escreve, sem um estágio intermediário no nicho do cérebro onde se escolhem as palavras. A pessoa, quando se dá conta, já escreveu e, na verdade, nem se dá conta. Aliás, "na verdade" também é um desses tiques. Na verdade, por que "na verdade"? E quem garante que seja verdade? Em tempo: mesmo que fique ansioso com a ideia, experimente escrever sem usar "na verdade" e veja como não lhe fará a menor falta.

"Em tempo"? Eis outra relíquia arrancada do passado e posta a circular na mídia como se já não pudéssemos passar sem. Equivale ao "vale dizer". Dá-se assim: na sequência de uma informação, sapeca-se um ponto-parágrafo e, sem qualquer motivo, começa-se o parágrafo seguinte com "Em tempo ..." ‒ e lá vem a preciosa informação. É como se o autor temesse esquecer-se dela ou que seu espaço fosse acabar e ele não a usasse a tempo. Donde volto a sugerir: se escrever "Em tempo ...", experimente apagá-la e veja se seu conteúdo perde alguma coisa.

Alguém dirá que são implicâncias de um escriba ranzinza e que ninguém está ligando para isso. Pois devia estar. Manter a língua eficiente, como queria Ezra Pound, é obrigação de todos os que fazem uso dela.

"Fazer uso"? Epa! De todos que a usam, digo.


* Jornalista e escritor.


Folha de São Paulo, Opinião, 14 mar. 2022, p. A 2. Adaptado.

Considere os dois textos as seguir


TEXTO I


"Em tempo"? Eis outra relíquia arrancada do passado e posta a circular na mídia como se já não pudéssemos passar sem. Equivale ao "vale dizer". Dá-se assim: na sequência de uma informação, sapeca-se um ponto-parágrafo e, sem qualquer motivo, começa-se o parágrafo seguinte com "Em tempo ..." ‒ e lá vem a preciosa informação. É como se o autor temesse esquecer-se dela ou que seu espaço fosse acabar e ele não a usasse a tempo.


TEXTO II


Imagem associada para resolução da questão


Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/745908757017111559/>.


Avalie as afirmações sobre os sinais de pontuação.


I – O sinal de pontuação que marca, na escrita, a entonação de um questionamento foi utilizado adequadamente nos dois textos.

II – O travessão na frase “ ‒ e lá vem a preciosa informação.” (Texto I) indica a interrupção do que o autor desejava comunicar.

III – O ponto de exclamação em “Olha só!” (Texto II) introduz uma reflexão e antecede as palavras ditas por uma das personagens.

IV – As aspas em “vale dizer” (Texto I) e em “encarnar” (Texto II) foram empregadas para isolar expressão e palavra intercaladas no respectivo período.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Q2674500 Português

AS QUESTÕES DE 01 A 08 SE REFEREM AO TEXTO SEGUINTE.


Não vale dizer


Ruy Castro*


Vale dizer. Vale lembrar. Vale ressaltar. Vale destacar. Vale acrescentar. E outros vales isso ou aquilo. Você pode não ter se tocado, mas, de há algum tempo, essas palavras estão lhe entrando pelos olhos com alarmante frequência e ocupando espaço à toa. A frase começa com "Vale dizer que ..." e segue-se o que a pessoa acha que vale dizer. Não ocorre a ela que, se dispensar o "vale dizer" e disser logo o que tem a dizer, sua informação não sofrerá nenhum prejuízo. Ao contrário, ganhará em concisão e objetividade.

É um vício de linguagem, como um tique nervoso ou uma pálpebra que dispara. E, como todo vício ou tique, brota de algum lugar no espaço e chega direto aos dedos de quem escreve, sem um estágio intermediário no nicho do cérebro onde se escolhem as palavras. A pessoa, quando se dá conta, já escreveu e, na verdade, nem se dá conta. Aliás, "na verdade" também é um desses tiques. Na verdade, por que "na verdade"? E quem garante que seja verdade? Em tempo: mesmo que fique ansioso com a ideia, experimente escrever sem usar "na verdade" e veja como não lhe fará a menor falta.

"Em tempo"? Eis outra relíquia arrancada do passado e posta a circular na mídia como se já não pudéssemos passar sem. Equivale ao "vale dizer". Dá-se assim: na sequência de uma informação, sapeca-se um ponto-parágrafo e, sem qualquer motivo, começa-se o parágrafo seguinte com "Em tempo ..." ‒ e lá vem a preciosa informação. É como se o autor temesse esquecer-se dela ou que seu espaço fosse acabar e ele não a usasse a tempo. Donde volto a sugerir: se escrever "Em tempo ...", experimente apagá-la e veja se seu conteúdo perde alguma coisa.

Alguém dirá que são implicâncias de um escriba ranzinza e que ninguém está ligando para isso. Pois devia estar. Manter a língua eficiente, como queria Ezra Pound, é obrigação de todos os que fazem uso dela.

"Fazer uso"? Epa! De todos que a usam, digo.


* Jornalista e escritor.


Folha de São Paulo, Opinião, 14 mar. 2022, p. A 2. Adaptado.

Considere a estratégia argumentativa de Ruy Castro no último parágrafo e preencha as lacunas do texto a seguir.


Com a frase “‘Fazer uso’? Epa! De todos que a usam, digo.”, o autor confere um tom __________ ao seu texto ao grafar, quiçá propositalmente, a expressão “Fazer uso” composta por uma palavra cujo emprego ele __________ ao longo de toda a sua argumentação.


A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto é

Alternativas
Respostas
991: A
992: B
993: C
994: B
995: D