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As palavras recesso e hausto significam respectivamente:
Não é o lar o último recesso do homem civilizado,
sua última fuga, o derradeiro recanto em que pode
esconder suas mágoas e dores. Não é o lar o
castelo do homem. O castelo do homem é o seu
banheiro. Num mundo atribulado, numa época
convulsa, numa sociedade desgovernada, numa
família dissolvida ou dissoluta só o banheiro é um
recanto livre, só essa dependência da casa e do
mundo dá ao homem um hausto de tranquilidade.
É ali que ele sonha suas derradeiras filosofias e
seus moribundos cálculos de paz e sossego.
Outrora, em outras eras do mundo, havia jardins
livres, particulares e públicos, onde o homem
podia se entregar à sua meditação e à sua prece.
Desapareceram os jardins particulares, pois o
homem passou a viver montado em lajes, tendo
como ilusão de floresta duas ou três plantas
enlatadas que não são bastante grandes para
ocultar seu corpo da fúria destrutiva da
proximidade forçada de outros homens. Não
encontrando mais as imensidões das praças
romanas que lhe davam um sentido de solidão,
não tendo mais os desertos, hoje saneados,
irrigados e povoados, faltando-lhe as grutas dos
companheiros de Chico de Assis, onde era
possível refletir e ponderar, concluir e amadurecer,
o homem foi recuando, desesperou-se e só obteve
um instante de calma no dia em que de novo
descobriu seu santuário dentro de sua própria
casa — o banheiro
Ainda de acordo com o texto acima assinale a CORRETA:
Para o autor, a realidade fora do lar compreende:
Não é o lar o último recesso do homem civilizado, sua última fuga, o derradeiro recanto em que pode esconder suas mágoas e dores. Não é o lar o castelo do homem. O castelo do homem é o seu banheiro. Num mundo atribulado, numa época convulsa, numa sociedade desgovernada, numa família dissolvida ou dissoluta só o banheiro é um recanto livre, só essa dependência da casa e do mundo dá ao homem um hausto de tranquilidade. É ali que ele sonha suas derradeiras filosofias e seus moribundos cálculos de paz e sossego. Outrora, em outras eras do mundo, havia jardins livres, particulares e públicos, onde o homem podia se entregar à sua meditação e à sua prece. Desapareceram os jardins particulares, pois o homem passou a viver montado em lajes, tendo como ilusão de floresta duas ou três plantas enlatadas que não são bastante grandes para ocultar seu corpo da fúria destrutiva da proximidade forçada de outros homens. Não encontrando mais as imensidões das praças romanas que lhe davam um sentido de solidão, não tendo mais os desertos, hoje saneados, irrigados e povoados, faltando-lhe as grutas dos companheiros de Chico de Assis, onde era possível refletir e ponderar, concluir e amadurecer, o homem foi recuando, desesperou-se e só obteve um instante de calma no dia em que de novo descobriu seu santuário dentro de sua própria casa — o banheiro.
O texto de Millôr é uma crônica: