Questões de Concurso Para analista de tecnologia da informação - redes
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TEXTO 7
FRAGMENTO DE GEOGRAFIA DA FOME
JOSUÉ DE CASTRO | Josué Apolônio de Castro nasceu em Recife, Pernambuco, em 05 de setembro de 1908. Foi influente médico, nutrólogo, professor, geógrafo, cientista social, político, escritor e ativista brasileiro do combate à fome. Fundou e dirigiu o Instituto de Nutrição da UFRJ. Com o Golpe de Estado de 1964, foi destituído do cargo de embaixador-chefe em Genebra e teve seus direitos politicos cassados pelo Ato Institucional nº 1. Viveu exilado na França até sua morte em Paris, em 24 de setembro de 1973.
“Desobedecendo às ordens do senhor e plantando às escondidas seu roçadinho de mandioca, de batata doce, de feijão e de milho. Sujando aqui, acolá, o verde monótono dos canaviais com manchas diferentes de outras culturas. Benditas manchas salvadoras da monotonia alimentar da região” (Geografia da Fome, p. 133).
Quanto ao trecho dado é correto afirmar que:
Em sua obra essencial – Geografia da Fome –
o autor revela a fome como fruto do subdesenvolvimento econômico, da ação predatória dos
colonizadores, do capital internacional, da monocultura, do latifúndio, da ingerência política,
ou seja, de uma estrutura civilizatória fundada
na exploração do homem e da natureza.
Após a leitura dos textos 5 e 6, responda à questão.
TEXTO 5
LETRA DE CHICLETE COM BANANA*
*Ano de gravação por Jackson do Pandeiro: 1959.
Jornal do Comércio
Releia os versos adiante e responda à questão proposta a seguir.
Me diz aí, Tião!
Diga, Tião! Oi!
Fosse? Fui!
Comprasse? Comprei!
Pagasse? Paguei!
Me diz quanto foi?
Foi 500 reais...
Nesse refrão estão claras as marcas da variação
linguística de tipo:
Após a leitura dos textos 5 e 6, responda à questão.
TEXTO 5
LETRA DE CHICLETE COM BANANA*
*Ano de gravação por Jackson do Pandeiro: 1959.
Jornal do Comércio
TEXTO 4
POEMA BEIRA
JARID ARRAES | nasceu em Juazeiro do Norte, na região do Cariri, Ceará, em 12 de fevereiro de 1991. É escritora e tem mais de 60 títulos publicados em Literatura de Cordel.
BEIRA
que mulher que
sou
me pergunto
espelhada
que mulher tem essa pele
desbotada
o que sou de mulher
com cabelos armados
e perigosos
que mulher periga
na linha encardida
da caixa parda
que mulher que sou
aos teus olhos
de mulher
sou repetição
diferença
ou sou resposta
quem sabe
ausência
que sou eu
mulher
misturada
entre cores
diluídas
e marcas
deixadas
não sei que mulher
é meu tipo
de ser
se sou como ela
como outra
se minhas raízes
se fazem entender
pergunto
no espelho
com o tubo
de creme
[pingaram três gotas
no tapete]
que mulher sou eu
mulher-quase
mulher-nem-tanto
mulher-um-pouco-demais
para não ser.
Após realizar a leitura do texto 3, responda à questão.
TEXTO 3
POEMA TECENDO A MANHÃ
JOÃO CABRAL DE MELO NETO | nasceu em Recife, Pernambuco, em 1920, e morreu no Rio de Janeiro, em 1999. Poeta, acadêmico, diplomata consagrado.
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.