Questões de Concurso Para técnico de informática

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Q1108905 Português

                                         Um motivo para chorar

                                                                                                              (Olden Hugo.)


      Era um café da manhã, por volta das sete, a mim fato corriqueiro, na padaria da rua Maricá. Um homem estava já à mesa menor, só, com pães intactos e apenas o café sendo bebericado, sem aparentar gosto nesse ato. Permaneceu assim por grupos de minutos. Seus olhos focavam, através do vidro, o nada da movimentação expedita de automóveis, bicicletas, cães e pessoas. Houve uma lágrima.

      Engoli com esforço quando notei o choro emudecido daquele homem. Sua expressão se inalterou no rosto. Era fato bastante enigmático. Não tive reação precisa. Mais lágrimas vieram. Meu café demorou mais que o costumeiro. Pensei em oferecer-lhe um lenço, em perguntar se precisava de algo. Nada disso fiz.

      Vieram a meu coração tantas razões quantas possíveis capazes de levá-lo a emoção extrema.

      Era sem dúvida a perda de alguém para a morte inexorável, irreversível. É o motivo mais justo para chorar, o mais comum. Certamente ele amava essa pessoa com um amor que vem naturalmente, com os sentimentos que são latentes nos genes e que se despertam na convivência familiar. Era um amor de grilhões sanguíneos: seu pai, sua mãe, um irmão ou irmã. As lágrimas resultavam, por conseguinte, de lembranças inumeráveis de momentos em presença a qual jamais voltará a se efetivar. Jamais.

      Mas me houve dúvida. Julgando melhor, vi que o choro era solitário mesmo por solidão. Sua mulher não o acompanhava, não mais. E seria assim adiante. Era um choro de fim, definitivo. Era o fim do amor, que nunca acaba. Ele devia amá-la por motivos inquebráveis, não por sangue, mas por vida compartilhada, o que pode ser mais rijo. Lembrava-se, é pouco improvável, de trocas de solicitudes ao longo da vivência de um mundo restrito a ambos. Recordava-se, e isso provocava o choro, do amor que cresceu por serem uma vida em dois corpos que venceram guerras e festejaram glórias, solitários em sua união.

      Não era, entretanto, ainda acertado isso. Um amigo apartado, a perda de um emprego de relações vetustas são igualmente legítimas causas de pranto. E por alegria também se chora.

      Outras lágrimas ganharam a superfície da mesa, passando antes por sua mão que tapava a boca, talvez contendo palavras que viviam por si. Ele suspirava fundo.

      Havia mais possibilidades. Era então a distância do filho cuja voz diariamente lhe soprava suave os ouvidos, numa ficção tão verossímil que lhe arrancava de dentro o choro evitável por ser doloroso. A lembrança era da personalidade tão autônoma do menino, que mal sabia falar, mas que agia intrépido e seguro sempre. A lembrança era do cheiro, da textura da pele, dos abraços e beijos de amor real. Lembrava-se dos olhos nos seus olhos, como se nada mais houvesse a ver no universo. E não havia de melhor. Nisso vinha o choro.

      Uma lágrima me desceu junto. Não consegui terminar o café. Ele se levantou e se encaminhou ao caixa. Eu o segui com os olhos, bem úmidos. Quis dar nele um abraço demorado e dizer-lhe que tudo ficaria bem. Quis dizer a ele, com doçura, que era passageiro. Era minha vontade oferecer-lhe um conforto. Ia chamá-lo, mas minha garganta se embargou e chorei mais. Ele saiu pela porta sem que eu sequer pudesse apertar a sua mão.

(Disponível em: https://www.facebook.com/oldenhugo.silvafarias/posts/1583838504972154.)

O clímax de uma história é o seu momento de maior tensão, em que o conflito atinge o seu ápice. Considerando essa informação, indique onde, no texto, está localizado o clímax do texto.
Alternativas
Q1108903 Português

                                         Um motivo para chorar

                                                                                                              (Olden Hugo.)


      Era um café da manhã, por volta das sete, a mim fato corriqueiro, na padaria da rua Maricá. Um homem estava já à mesa menor, só, com pães intactos e apenas o café sendo bebericado, sem aparentar gosto nesse ato. Permaneceu assim por grupos de minutos. Seus olhos focavam, através do vidro, o nada da movimentação expedita de automóveis, bicicletas, cães e pessoas. Houve uma lágrima.

      Engoli com esforço quando notei o choro emudecido daquele homem. Sua expressão se inalterou no rosto. Era fato bastante enigmático. Não tive reação precisa. Mais lágrimas vieram. Meu café demorou mais que o costumeiro. Pensei em oferecer-lhe um lenço, em perguntar se precisava de algo. Nada disso fiz.

      Vieram a meu coração tantas razões quantas possíveis capazes de levá-lo a emoção extrema.

      Era sem dúvida a perda de alguém para a morte inexorável, irreversível. É o motivo mais justo para chorar, o mais comum. Certamente ele amava essa pessoa com um amor que vem naturalmente, com os sentimentos que são latentes nos genes e que se despertam na convivência familiar. Era um amor de grilhões sanguíneos: seu pai, sua mãe, um irmão ou irmã. As lágrimas resultavam, por conseguinte, de lembranças inumeráveis de momentos em presença a qual jamais voltará a se efetivar. Jamais.

      Mas me houve dúvida. Julgando melhor, vi que o choro era solitário mesmo por solidão. Sua mulher não o acompanhava, não mais. E seria assim adiante. Era um choro de fim, definitivo. Era o fim do amor, que nunca acaba. Ele devia amá-la por motivos inquebráveis, não por sangue, mas por vida compartilhada, o que pode ser mais rijo. Lembrava-se, é pouco improvável, de trocas de solicitudes ao longo da vivência de um mundo restrito a ambos. Recordava-se, e isso provocava o choro, do amor que cresceu por serem uma vida em dois corpos que venceram guerras e festejaram glórias, solitários em sua união.

      Não era, entretanto, ainda acertado isso. Um amigo apartado, a perda de um emprego de relações vetustas são igualmente legítimas causas de pranto. E por alegria também se chora.

      Outras lágrimas ganharam a superfície da mesa, passando antes por sua mão que tapava a boca, talvez contendo palavras que viviam por si. Ele suspirava fundo.

      Havia mais possibilidades. Era então a distância do filho cuja voz diariamente lhe soprava suave os ouvidos, numa ficção tão verossímil que lhe arrancava de dentro o choro evitável por ser doloroso. A lembrança era da personalidade tão autônoma do menino, que mal sabia falar, mas que agia intrépido e seguro sempre. A lembrança era do cheiro, da textura da pele, dos abraços e beijos de amor real. Lembrava-se dos olhos nos seus olhos, como se nada mais houvesse a ver no universo. E não havia de melhor. Nisso vinha o choro.

      Uma lágrima me desceu junto. Não consegui terminar o café. Ele se levantou e se encaminhou ao caixa. Eu o segui com os olhos, bem úmidos. Quis dar nele um abraço demorado e dizer-lhe que tudo ficaria bem. Quis dizer a ele, com doçura, que era passageiro. Era minha vontade oferecer-lhe um conforto. Ia chamá-lo, mas minha garganta se embargou e chorei mais. Ele saiu pela porta sem que eu sequer pudesse apertar a sua mão.

(Disponível em: https://www.facebook.com/oldenhugo.silvafarias/posts/1583838504972154.)

Considerando suas características textuais e semânticas, qual a principal finalidade do texto?
Alternativas
Q1106440 Redes de Computadores
De forma simplificada, como a transmissão Ethernet (CSMA-CD) verifica a possibilidade de se iniciar uma transmissão pelo cabo de rede?
Alternativas
Q1106439 Redes de Computadores
Qual é a camada responsável por fazer a transmissão fim a fim em uma rede de computadores, por meio do protocolo TCP?
Alternativas
Q1106438 Redes de Computadores
Entre os endereços IP a seguir, qual faz parte de uma rede classe B?
Alternativas
Q1106437 Banco de Dados
Analise o caso a seguir.
Um banco de dados possui duas tabelas. Na primeira, ficam registrados os funcionários e, na segunda, seus dependentes. Sabe-se que cada funcionário só pode informar um dependente.
Qual tipo de relacionamento deve existir entre as duas tabelas (funcionários e dependentes), respectivamente?
Alternativas
Q1106436 Sistemas de Informação
Qual é o tipo de relacionamento comercial na internet que permite que empresas façam negócios entre si utilizando o meio digital?
Alternativas
Q1106435 Banco de Dados
Qual comando SQL a seguir não resulta em erro durante a execução por estar na sintaxe correta?
Alternativas
Q1106434 Redes de Computadores
Como é denominado o tipo de multiplexação em que a transmissão ocorre dividindo-se o tempo para transmitir entre todos os hosts da rede?
Alternativas
Q1106433 Programação
Em Java, para identificar quantos caracteres existem em uma string, utiliza-se o método:
Alternativas
Q1106432 Banco de Dados
Qual é a sintaxe correta em SQL para se totalizar a coluna preco que está na tabela produtos?
Alternativas
Q1106431 Programação
Qual é a sintaxe correta para se criar uma classe abstrata em Java?
Alternativas
Q1106430 Programação
Assinale a linha em Java que não apresenta erro de sintaxe.
Alternativas
Q1106429 Programação
Como é conhecido o recurso de programação que permite ao programador criar métodos com o mesmo nome, mas com implementações lógicas diferentes?
Alternativas
Q1106427 Redes de Computadores
Como é conhecida a praga digital que, após instalada, tem como principal característica permitir o acesso remoto por meio de uma das portas do host?
Alternativas
Q1106426 Noções de Informática
Qual recurso do Word deve ser utilizado para se inserir um rodapé em um documento?
Alternativas
Q1106425 Noções de Informática
Qual função do Excel deve ser utilizada para se retornar a data e a hora atuais?
Alternativas
Q1106424 Redes de Computadores
Assinale a alternativa que apresenta a tecnologia que permite a criação de redes com até 2 km por segmento.
Alternativas
Q1106423 Arquitetura de Computadores
Qual é o resultado da conversão do número 524 de decimal para hexadecimal?
Alternativas
Q1106422 Segurança da Informação
Qual tipo de backup deve ser realizado para que a cópia dos arquivos seja apenas daqueles criados ou alterados desde o último backup normal ou incremental?
Alternativas
Respostas
5621: D
5622: B
5623: D
5624: B
5625: B
5626: C
5627: C
5628: A
5629: A
5630: C
5631: D
5632: B
5633: B
5634: A
5635: B
5636: A
5637: B
5638: D
5639: A
5640: A