Questões de Concurso
Para técnico de administração e finanças - administracão
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VICIADOS EM APLICATIVOS
Ao deixar decisões com o mundo virtual, afeto minha criatividade.
De uns tempos para cá, ninguém mais dirige sem Waze. Mesmo sabendo o caminho, as quebradas, os truques. Confesso: conheço bastante bem São Paulo e mal sei usar o aplicativo. Não que eu seja contra. Há muitos anos, no Japão, fiquei deslumbrado com a possibilidade de chegar aonde quisesse. O aplicativo também me salvou em uma viagem à Alemanha. Quando o Waze desembarcou aqui, achei ótimo. Mas aí estava com um amigo, indo para minha casa. Um caminho conhecidíssimo ele botou o Waze.
- É melhor - respondeu ele, com expressão de esfinge.
Fomos. O trajeto congestionado. Propus uma rota alternativa. O motorista não gostou. Deu uma guinada à direita.
-Por que virou? -O Waze mandou. Aqui está vazio.
Estava. Todos os veículos, todos viraram imediatamente na mesma direção, congestionando toda a rua. Óbvio. O aplicativo dissera para fazerem o mesmo. E aí foi: uma sucessão de conversões, desvios, para chegar a novos congestionamentos. Quem vive há muito tempo em uma cidade tem seus truques. O Waze segue a lógica, inclusive de quilometragem. Mas não dá margem ao jeitinho pessoal, que é, frequentemente, a salvação. Por exemplo, seu eu vou para o Rio de Janeiro, quero pegar a Ayrton Sena, que é uma rodovia mais tranquila em termos de caminhões. O Waze sempre indica a Dutra. Quando há outro no volante, começa a briga.
- Vai pela direita.
- O Waze está mandando à esquerda.
- Maseu preiiro...
- E melhor. Diz que está vazia.
- ENTRAÁ DIREITADE UMAVEZ!
Mas a questão não é exatamente essa. Motoristas experientes abdicam de todo seu conhecimento. Anos de tráfego para não pensarem um segundo sequer no caminho.
Não sou maluco por aplicativo. Até hoje não incorporei a Siri à minha vida. Fico satisfeita em teclar. Sim, é uma facilidade. Temos de viver entre tantas.
Existe uma tal Alexia, que torna a casa inteligente. Uma companheira. Lê as notícias, toca música, prevê o tempo. Controla a casa. Pede comida. Até conta piadas. Há também a Siri, já citada aqui, e o Google Home, Aplicativos que cuidam da sua, da minha, da nossa vida.
Fazem parte de uma mesma tendência. Deixar tarefas e decisões por conta do mundo virtual. Ninguém mais tem de escolher uma música. Basta abrir uma lista do Spotfy, que nem precisa ser sua mesmo, mas de alguém que você admira. E fascinante. Mas sinto que cada vez mais me torno menos criativo. Se eu sigo o caminho do Waze, nunca entrarei por acaso em uma ruazinha diferente e apaixonante. Se me entrego à Alexia, algo do meu estilo e modo de ser estará se transformando.
Não importa o que eu diga agora, sempre será incrivelmente careta. Os aplicativos estão aí, mais cedo ou mais tarde também me entregarei a eles, e assim o mundo vai. Só me pergunio: cada vez que eu abdicar de uma pequena capacidade de tomar decisões, não estarei abrindo mão de uma partezinha de minha humanidade?
Fonte: CARRASCO, Walcir, VEJA, 20 de agosto 2021.
Assinale a alternativa que apresenta a perfeita relação entre aplicativo (1º Coluna) e destinação (2º Coluna):
1ª Coluna |
2ª Coluna |
1-Waze |
( ) Assistente inteligente para aparelho da Apple. |
2- Siri |
( )Aplicativo que auxilia a configuração de dispositivos como alto-falante Speaker. |
3- Google home |
( )Instrutor de navegação de trânsito. |
4- Alexa |
( ) Assistente virtual que conversa, interage e executa inclusive pesquisa em internet. |
VICIADOS EM APLICATIVOS
Ao deixar decisões com o mundo virtual, afeto minha criatividade.
De uns tempos para cá, ninguém mais dirige sem Waze. Mesmo sabendo o caminho, as quebradas, os truques. Confesso: conheço bastante bem São Paulo e mal sei usar o aplicativo. Não que eu seja contra. Há muitos anos, no Japão, fiquei deslumbrado com a possibilidade de chegar aonde quisesse. O aplicativo também me salvou em uma viagem à Alemanha. Quando o Waze desembarcou aqui, achei ótimo. Mas aí estava com um amigo, indo para minha casa. Um caminho conhecidíssimo ele botou o Waze.
- É melhor - respondeu ele, com expressão de esfinge.
Fomos. O trajeto congestionado. Propus uma rota alternativa. O motorista não gostou. Deu uma guinada à direita.
-Por que virou? -O Waze mandou. Aqui está vazio.
Estava. Todos os veículos, todos viraram imediatamente na mesma direção, congestionando toda a rua. Óbvio. O aplicativo dissera para fazerem o mesmo. E aí foi: uma sucessão de conversões, desvios, para chegar a novos congestionamentos. Quem vive há muito tempo em uma cidade tem seus truques. O Waze segue a lógica, inclusive de quilometragem. Mas não dá margem ao jeitinho pessoal, que é, frequentemente, a salvação. Por exemplo, seu eu vou para o Rio de Janeiro, quero pegar a Ayrton Sena, que é uma rodovia mais tranquila em termos de caminhões. O Waze sempre indica a Dutra. Quando há outro no volante, começa a briga.
- Vai pela direita.
- O Waze está mandando à esquerda.
- Maseu preiiro...
- E melhor. Diz que está vazia.
- ENTRAÁ DIREITADE UMAVEZ!
Mas a questão não é exatamente essa. Motoristas experientes abdicam de todo seu conhecimento. Anos de tráfego para não pensarem um segundo sequer no caminho.
Não sou maluco por aplicativo. Até hoje não incorporei a Siri à minha vida. Fico satisfeita em teclar. Sim, é uma facilidade. Temos de viver entre tantas.
Existe uma tal Alexia, que torna a casa inteligente. Uma companheira. Lê as notícias, toca música, prevê o tempo. Controla a casa. Pede comida. Até conta piadas. Há também a Siri, já citada aqui, e o Google Home, Aplicativos que cuidam da sua, da minha, da nossa vida.
Fazem parte de uma mesma tendência. Deixar tarefas e decisões por conta do mundo virtual. Ninguém mais tem de escolher uma música. Basta abrir uma lista do Spotfy, que nem precisa ser sua mesmo, mas de alguém que você admira. E fascinante. Mas sinto que cada vez mais me torno menos criativo. Se eu sigo o caminho do Waze, nunca entrarei por acaso em uma ruazinha diferente e apaixonante. Se me entrego à Alexia, algo do meu estilo e modo de ser estará se transformando.
Não importa o que eu diga agora, sempre será incrivelmente careta. Os aplicativos estão aí, mais cedo ou mais tarde também me entregarei a eles, e assim o mundo vai. Só me pergunio: cada vez que eu abdicar de uma pequena capacidade de tomar decisões, não estarei abrindo mão de uma partezinha de minha humanidade?
Fonte: CARRASCO, Walcir, VEJA, 20 de agosto 2021.
Assinale a alternativa que analisa o excerto: “Até hoje não incorporei a Siri à minha vida.” inadequadamente:
VICIADOS EM APLICATIVOS
Ao deixar decisões com o mundo virtual, afeto minha criatividade.
De uns tempos para cá, ninguém mais dirige sem Waze. Mesmo sabendo o caminho, as quebradas, os truques. Confesso: conheço bastante bem São Paulo e mal sei usar o aplicativo. Não que eu seja contra. Há muitos anos, no Japão, fiquei deslumbrado com a possibilidade de chegar aonde quisesse. O aplicativo também me salvou em uma viagem à Alemanha. Quando o Waze desembarcou aqui, achei ótimo. Mas aí estava com um amigo, indo para minha casa. Um caminho conhecidíssimo ele botou o Waze.
- É melhor - respondeu ele, com expressão de esfinge.
Fomos. O trajeto congestionado. Propus uma rota alternativa. O motorista não gostou. Deu uma guinada à direita.
-Por que virou? -O Waze mandou. Aqui está vazio.
Estava. Todos os veículos, todos viraram imediatamente na mesma direção, congestionando toda a rua. Óbvio. O aplicativo dissera para fazerem o mesmo. E aí foi: uma sucessão de conversões, desvios, para chegar a novos congestionamentos. Quem vive há muito tempo em uma cidade tem seus truques. O Waze segue a lógica, inclusive de quilometragem. Mas não dá margem ao jeitinho pessoal, que é, frequentemente, a salvação. Por exemplo, seu eu vou para o Rio de Janeiro, quero pegar a Ayrton Sena, que é uma rodovia mais tranquila em termos de caminhões. O Waze sempre indica a Dutra. Quando há outro no volante, começa a briga.
- Vai pela direita.
- O Waze está mandando à esquerda.
- Maseu preiiro...
- E melhor. Diz que está vazia.
- ENTRAÁ DIREITADE UMAVEZ!
Mas a questão não é exatamente essa. Motoristas experientes abdicam de todo seu conhecimento. Anos de tráfego para não pensarem um segundo sequer no caminho.
Não sou maluco por aplicativo. Até hoje não incorporei a Siri à minha vida. Fico satisfeita em teclar. Sim, é uma facilidade. Temos de viver entre tantas.
Existe uma tal Alexia, que torna a casa inteligente. Uma companheira. Lê as notícias, toca música, prevê o tempo. Controla a casa. Pede comida. Até conta piadas. Há também a Siri, já citada aqui, e o Google Home, Aplicativos que cuidam da sua, da minha, da nossa vida.
Fazem parte de uma mesma tendência. Deixar tarefas e decisões por conta do mundo virtual. Ninguém mais tem de escolher uma música. Basta abrir uma lista do Spotfy, que nem precisa ser sua mesmo, mas de alguém que você admira. E fascinante. Mas sinto que cada vez mais me torno menos criativo. Se eu sigo o caminho do Waze, nunca entrarei por acaso em uma ruazinha diferente e apaixonante. Se me entrego à Alexia, algo do meu estilo e modo de ser estará se transformando.
Não importa o que eu diga agora, sempre será incrivelmente careta. Os aplicativos estão aí, mais cedo ou mais tarde também me entregarei a eles, e assim o mundo vai. Só me pergunio: cada vez que eu abdicar de uma pequena capacidade de tomar decisões, não estarei abrindo mão de uma partezinha de minha humanidade?
Fonte: CARRASCO, Walcir, VEJA, 20 de agosto 2021.
Leia o excerto a seguir: (...) fiquei deslumbrado com a possibilidade de chegar aonde quisesse.”. Sobre ele, é adequado afirmar:
VICIADOS EM APLICATIVOS
Ao deixar decisões com o mundo virtual, afeto minha criatividade.
De uns tempos para cá, ninguém mais dirige sem Waze. Mesmo sabendo o caminho, as quebradas, os truques. Confesso: conheço bastante bem São Paulo e mal sei usar o aplicativo. Não que eu seja contra. Há muitos anos, no Japão, fiquei deslumbrado com a possibilidade de chegar aonde quisesse. O aplicativo também me salvou em uma viagem à Alemanha. Quando o Waze desembarcou aqui, achei ótimo. Mas aí estava com um amigo, indo para minha casa. Um caminho conhecidíssimo ele botou o Waze.
- É melhor - respondeu ele, com expressão de esfinge.
Fomos. O trajeto congestionado. Propus uma rota alternativa. O motorista não gostou. Deu uma guinada à direita.
-Por que virou? -O Waze mandou. Aqui está vazio.
Estava. Todos os veículos, todos viraram imediatamente na mesma direção, congestionando toda a rua. Óbvio. O aplicativo dissera para fazerem o mesmo. E aí foi: uma sucessão de conversões, desvios, para chegar a novos congestionamentos. Quem vive há muito tempo em uma cidade tem seus truques. O Waze segue a lógica, inclusive de quilometragem. Mas não dá margem ao jeitinho pessoal, que é, frequentemente, a salvação. Por exemplo, seu eu vou para o Rio de Janeiro, quero pegar a Ayrton Sena, que é uma rodovia mais tranquila em termos de caminhões. O Waze sempre indica a Dutra. Quando há outro no volante, começa a briga.
- Vai pela direita.
- O Waze está mandando à esquerda.
- Maseu preiiro...
- E melhor. Diz que está vazia.
- ENTRAÁ DIREITADE UMAVEZ!
Mas a questão não é exatamente essa. Motoristas experientes abdicam de todo seu conhecimento. Anos de tráfego para não pensarem um segundo sequer no caminho.
Não sou maluco por aplicativo. Até hoje não incorporei a Siri à minha vida. Fico satisfeita em teclar. Sim, é uma facilidade. Temos de viver entre tantas.
Existe uma tal Alexia, que torna a casa inteligente. Uma companheira. Lê as notícias, toca música, prevê o tempo. Controla a casa. Pede comida. Até conta piadas. Há também a Siri, já citada aqui, e o Google Home, Aplicativos que cuidam da sua, da minha, da nossa vida.
Fazem parte de uma mesma tendência. Deixar tarefas e decisões por conta do mundo virtual. Ninguém mais tem de escolher uma música. Basta abrir uma lista do Spotfy, que nem precisa ser sua mesmo, mas de alguém que você admira. E fascinante. Mas sinto que cada vez mais me torno menos criativo. Se eu sigo o caminho do Waze, nunca entrarei por acaso em uma ruazinha diferente e apaixonante. Se me entrego à Alexia, algo do meu estilo e modo de ser estará se transformando.
Não importa o que eu diga agora, sempre será incrivelmente careta. Os aplicativos estão aí, mais cedo ou mais tarde também me entregarei a eles, e assim o mundo vai. Só me pergunio: cada vez que eu abdicar de uma pequena capacidade de tomar decisões, não estarei abrindo mão de uma partezinha de minha humanidade?
Fonte: CARRASCO, Walcir, VEJA, 20 de agosto 2021.
Completa o diálogo seguinte com adequação à norma culta:
“Vai pela direita.
- O Waze está mandando à esquerda.
- Mas eu prefiro ...”
VICIADOS EM APLICATIVOS
Ao deixar decisões com o mundo virtual, afeto minha criatividade.
De uns tempos para cá, ninguém mais dirige sem Waze. Mesmo sabendo o caminho, as quebradas, os truques. Confesso: conheço bastante bem São Paulo e mal sei usar o aplicativo. Não que eu seja contra. Há muitos anos, no Japão, fiquei deslumbrado com a possibilidade de chegar aonde quisesse. O aplicativo também me salvou em uma viagem à Alemanha. Quando o Waze desembarcou aqui, achei ótimo. Mas aí estava com um amigo, indo para minha casa. Um caminho conhecidíssimo ele botou o Waze.
- É melhor - respondeu ele, com expressão de esfinge.
Fomos. O trajeto congestionado. Propus uma rota alternativa. O motorista não gostou. Deu uma guinada à direita.
-Por que virou? -O Waze mandou. Aqui está vazio.
Estava. Todos os veículos, todos viraram imediatamente na mesma direção, congestionando toda a rua. Óbvio. O aplicativo dissera para fazerem o mesmo. E aí foi: uma sucessão de conversões, desvios, para chegar a novos congestionamentos. Quem vive há muito tempo em uma cidade tem seus truques. O Waze segue a lógica, inclusive de quilometragem. Mas não dá margem ao jeitinho pessoal, que é, frequentemente, a salvação. Por exemplo, seu eu vou para o Rio de Janeiro, quero pegar a Ayrton Sena, que é uma rodovia mais tranquila em termos de caminhões. O Waze sempre indica a Dutra. Quando há outro no volante, começa a briga.
- Vai pela direita.
- O Waze está mandando à esquerda.
- Maseu preiiro...
- E melhor. Diz que está vazia.
- ENTRAÁ DIREITADE UMAVEZ!
Mas a questão não é exatamente essa. Motoristas experientes abdicam de todo seu conhecimento. Anos de tráfego para não pensarem um segundo sequer no caminho.
Não sou maluco por aplicativo. Até hoje não incorporei a Siri à minha vida. Fico satisfeita em teclar. Sim, é uma facilidade. Temos de viver entre tantas.
Existe uma tal Alexia, que torna a casa inteligente. Uma companheira. Lê as notícias, toca música, prevê o tempo. Controla a casa. Pede comida. Até conta piadas. Há também a Siri, já citada aqui, e o Google Home, Aplicativos que cuidam da sua, da minha, da nossa vida.
Fazem parte de uma mesma tendência. Deixar tarefas e decisões por conta do mundo virtual. Ninguém mais tem de escolher uma música. Basta abrir uma lista do Spotfy, que nem precisa ser sua mesmo, mas de alguém que você admira. E fascinante. Mas sinto que cada vez mais me torno menos criativo. Se eu sigo o caminho do Waze, nunca entrarei por acaso em uma ruazinha diferente e apaixonante. Se me entrego à Alexia, algo do meu estilo e modo de ser estará se transformando.
Não importa o que eu diga agora, sempre será incrivelmente careta. Os aplicativos estão aí, mais cedo ou mais tarde também me entregarei a eles, e assim o mundo vai. Só me pergunio: cada vez que eu abdicar de uma pequena capacidade de tomar decisões, não estarei abrindo mão de uma partezinha de minha humanidade?
Fonte: CARRASCO, Walcir, VEJA, 20 de agosto 2021.
À sindrome da dependência digital dá-se a denominação de:
VICIADOS EM APLICATIVOS
Ao deixar decisões com o mundo virtual, afeto minha criatividade.
De uns tempos para cá, ninguém mais dirige sem Waze. Mesmo sabendo o caminho, as quebradas, os truques. Confesso: conheço bastante bem São Paulo e mal sei usar o aplicativo. Não que eu seja contra. Há muitos anos, no Japão, fiquei deslumbrado com a possibilidade de chegar aonde quisesse. O aplicativo também me salvou em uma viagem à Alemanha. Quando o Waze desembarcou aqui, achei ótimo. Mas aí estava com um amigo, indo para minha casa. Um caminho conhecidíssimo ele botou o Waze.
- É melhor - respondeu ele, com expressão de esfinge.
Fomos. O trajeto congestionado. Propus uma rota alternativa. O motorista não gostou. Deu uma guinada à direita.
-Por que virou? -O Waze mandou. Aqui está vazio.
Estava. Todos os veículos, todos viraram imediatamente na mesma direção, congestionando toda a rua. Óbvio. O aplicativo dissera para fazerem o mesmo. E aí foi: uma sucessão de conversões, desvios, para chegar a novos congestionamentos. Quem vive há muito tempo em uma cidade tem seus truques. O Waze segue a lógica, inclusive de quilometragem. Mas não dá margem ao jeitinho pessoal, que é, frequentemente, a salvação. Por exemplo, seu eu vou para o Rio de Janeiro, quero pegar a Ayrton Sena, que é uma rodovia mais tranquila em termos de caminhões. O Waze sempre indica a Dutra. Quando há outro no volante, começa a briga.
- Vai pela direita.
- O Waze está mandando à esquerda.
- Maseu preiiro...
- E melhor. Diz que está vazia.
- ENTRAÁ DIREITADE UMAVEZ!
Mas a questão não é exatamente essa. Motoristas experientes abdicam de todo seu conhecimento. Anos de tráfego para não pensarem um segundo sequer no caminho.
Não sou maluco por aplicativo. Até hoje não incorporei a Siri à minha vida. Fico satisfeita em teclar. Sim, é uma facilidade. Temos de viver entre tantas.
Existe uma tal Alexia, que torna a casa inteligente. Uma companheira. Lê as notícias, toca música, prevê o tempo. Controla a casa. Pede comida. Até conta piadas. Há também a Siri, já citada aqui, e o Google Home, Aplicativos que cuidam da sua, da minha, da nossa vida.
Fazem parte de uma mesma tendência. Deixar tarefas e decisões por conta do mundo virtual. Ninguém mais tem de escolher uma música. Basta abrir uma lista do Spotfy, que nem precisa ser sua mesmo, mas de alguém que você admira. E fascinante. Mas sinto que cada vez mais me torno menos criativo. Se eu sigo o caminho do Waze, nunca entrarei por acaso em uma ruazinha diferente e apaixonante. Se me entrego à Alexia, algo do meu estilo e modo de ser estará se transformando.
Não importa o que eu diga agora, sempre será incrivelmente careta. Os aplicativos estão aí, mais cedo ou mais tarde também me entregarei a eles, e assim o mundo vai. Só me pergunio: cada vez que eu abdicar de uma pequena capacidade de tomar decisões, não estarei abrindo mão de uma partezinha de minha humanidade?
Fonte: CARRASCO, Walcir, VEJA, 20 de agosto 2021.
O texto “Viciados em Aplicativos” apresenta uma preocupação existencial:
A turma do primeiro ano do curso de ciências atuariais tem
40 alunos, distribuídos nessa tabela por idade, sendo xi a
idade do aluno e Fi o total de alunos com a idade xi.
Sabendo-se que a variância populacional é dada por
é correto afirmar que o desvio-padrão é
A turma do primeiro ano do curso de ciências atuariais tem
40 alunos, distribuídos nessa tabela por idade, sendo xi a
idade do aluno e Fi o total de alunos com a idade xi.
De acordo com a tabela, a média da idade dos alunos dessa
turma é
Um empréstimo de R$ 46.000,00 será pago em cinco
parcelas anuais consecutivas, com taxa de juros de 11% ao
ano, sem carência, pelo sistema de amortização constante
(SAC). Sabendo que os juros cobrados na quarta parcela
foram de R$ 2.024,00, o valor da quarta parcela
correspondeu a
Determinado investidor aplicou durante quatro períodos,
sempre no final do período, o valor de R$ 1.000,00 à taxa de
juros compostos de 20% ao ano. No final do quarto período o
montante acumulado totalizou
A respeito da composição da carteira de títulos de
investimentos apresentada, assinale a alternativa correta.
Esse quadro apresenta o total das importações brasileiras
registradas no período de 2010 a 2016, em milhões de
dólares. Alterando-se o ano-base de 2010 para 2012, o índice
do ano 2014 foi