Questões de Concurso Para técnico - educação

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Q2583917 Português

O texto Ill serve de base para as questões de 8 a 10.


TEXTO III


Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia — pouco importa se vera ou falsa — de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo. Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo “ser”; e assim dei à voz de Deus a frase:

— Ó universo, eu sou-te, em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.

Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando deliberadamente e justissimamente a lei fundamental da concordância.

A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.

A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.


PESSOA, Fernando. A língua portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 72-73. (Adaptado).

“Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia — pouco importa se vera ou falsa — de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo. Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo 'ser'; e assim dei à voz de Deus a frase: — Ó universo, eu sou-te, em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.”


No excerto em destaque, temos a relação de transitividade e intransitividade do verbo estabelecida pelo narrador e que, metaforicamente, pode ser entendido a partir do fato de que:

Alternativas
Q2583915 Português

O texto Ill serve de base para as questões de 8 a 10.


TEXTO III


Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia — pouco importa se vera ou falsa — de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo. Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo “ser”; e assim dei à voz de Deus a frase:

— Ó universo, eu sou-te, em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.

Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando deliberadamente e justissimamente a lei fundamental da concordância.

A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.

A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.


PESSOA, Fernando. A língua portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 72-73. (Adaptado).

A partir da leitura do texto, só não se pode afirmar que a intenção do autor é a de:

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Q2583914 Português

O texto Il serve de base para as questões 6 e 7.


TEXTO Il


A professora passou uma lição de casa: fazer uma redação sobre o tema “Mãe só tem uma”.

No dia seguinte, cada aluno leu sua redação. Todos dizendo mais ou menos as mesmas coisas: a mãe nos amamenta, é carinhosa conosco, é a rosa mais linda de nosso jardim etc. etc. etc. Portanto, mãe só tem uma [...].

Aí chegou a vez de o Juquinha ler sua redação: “Domingo foi visita lá em casa. As visitas ficavam na sala. Elas foram ficando com sede e minha mãe pediu para mim ir buscar coca-cola na cozinha. Eu abri a geladeira e vi que só tinha uma coca-cola. Então gritei para minha mãe: MÃE, SÓ TEM UMA!


Disponível em: https://clubinho.xalingo.com.br/piadas/mae-so-tem-uma. Acesso em: 7 fev. 2024.

Com relação ao excerto "Domingo foi visita lá em casa. As visitas ficavam na sala. Elas foram ficando com sede e minha mãe pediu para mim ir buscar coca-cola na cozinha. Eu abria geladeira e vi que só tinha uma coca-cola”, é incorreto afirmar que:

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Q2583913 Português

O texto Il serve de base para as questões 6 e 7.


TEXTO Il


A professora passou uma lição de casa: fazer uma redação sobre o tema “Mãe só tem uma”.

No dia seguinte, cada aluno leu sua redação. Todos dizendo mais ou menos as mesmas coisas: a mãe nos amamenta, é carinhosa conosco, é a rosa mais linda de nosso jardim etc. etc. etc. Portanto, mãe só tem uma [...].

Aí chegou a vez de o Juquinha ler sua redação: “Domingo foi visita lá em casa. As visitas ficavam na sala. Elas foram ficando com sede e minha mãe pediu para mim ir buscar coca-cola na cozinha. Eu abri a geladeira e vi que só tinha uma coca-cola. Então gritei para minha mãe: MÃE, SÓ TEM UMA!


Disponível em: https://clubinho.xalingo.com.br/piadas/mae-so-tem-uma. Acesso em: 7 fev. 2024.

O efeito de humor desse texto baseia-se na possibilidade de interpretarmos, de forma distinta, as seguintes expressões:


I- “Mãe só tem uma”; e

II - “Mãe, só tem uma”.


Com base nisso, só não é correto afirmar que:

Alternativas
Q2583912 Português

O texto | serve de base para as questões de 1 a 5.


TEXTO |


Um homem de consciência


Chamava-se Jodo Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos queriam: mudar-se para terra melhor. Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.

— Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons — agora só um, e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando...

João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.

— E isso! — Deliberou lá por dentro. — Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então eu arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.

Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada... .

Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. E o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!

João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas.

Pela madrugada, botou-as num burro, montou no seu cavalinho magro e partiu.

Antes de deixar a cidade, foi visto por um amigo madrugador.

— Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?

— E Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.

— Mas como? Agora que você está delegado?

— Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus. sumiu.



LOBATO, Monteiro. Cidades Mortas.12. ed. São Paulo: Editora Brasiliense,1965.

“Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos queriam: mudar-se para terra melhor.” No excerto acima, Monteiro Lobato realizou uma opção estilística: a reiteração de determinadas construções e expressões linguísticas, com o uso de advérbios para estabelecer a relação entre as frases, dando a elas um sentido de:

Alternativas
Respostas
41: C
42: C
43: A
44: C
45: B