Questões de Concurso Para psicólogo
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O uso de testes no processo de Avaliação Psicológica, de acordo com Pellini e Leme (em Ambiel), esta deve ser realizada pelo profissional da psicologia de forma crítica e ética.
Afirma-se que para atuar desta forma o psicólogo deve:
I elaborar ou escolher instrumentos adequados, considerando a correta condição de aplicação e análise de seus resultados, definindo o que aferir e como aferir, e verificar as consequências dessa aferição e o uso dos resultados obtidos.
II usar testes estrangeiros na sua forma original, somente em processos seletivos de empresas multinacionais, para comparar o desempenho entre os candidatos estrangeiros e os candidatos brasileiros, garantindo a padronização dos resultados.
III empregar, na devolutiva dos resultados para colegas psicólogos, termos técnicos, constando as referências aos recursos utilizados e discutindo-se os detalhes dos aspectos mais primitivos às defesas mais regressivas e mais maduras do cliente.
Dentre os itens mencionados:
Para avaliação de comportamentos de risco na adolescência, Câmara (em Alchieri) realizou três análises de regressão logística, uma para cada variável: enfrentamento violento, conduta sexual e consumo de drogas ilegais.
Tabela 2. Variáveis incluídas no modelo final para enfrentamento violento, conduta sexual de risco e consumo de drogas ilegais (estimativas e significância dos coeficientes) |
Modelo preditivo final para enfrentamento violento | ||||||
B |
S.E. |
Wald |
Df |
Sig |
Exp(B) |
|
Sexo |
.-.692 |
.794 |
.077 |
-.099 |
094 |
-.121 |
Dirige carro ou moto |
.157 |
..224 |
.203 |
.021 |
.035 |
.044 |
Bem-estar psicológico |
.041 |
.056 |
8.027 |
15.352 |
13.825 |
8.002 |
ACS - Criar ilusões |
4.052 |
8.893 |
7.720 |
1 |
1 |
1 |
ACS - Ação Social |
1 |
1 |
1 |
1 |
.005 |
.000 |
ACS - Autoculpar-se |
.000 |
.005 |
.034 |
003 |
.005 |
.501 |
ACS - Buscar diversões relaxantes |
2.211 |
1.080 |
.906 |
1.098 |
.896 |
1.169 |
Modelo preditivo para comportamento sexual de risco | ||||||
Sexo |
1.042 |
.292 |
12.716 |
1 |
.000 |
.353 |
Número de parceiros sexuais no ano passado |
1.918 |
254 |
56.900 |
1 |
000 |
6.806 |
Experiência com álcool |
.537 |
.224 |
5.754 |
1 |
.016 |
1.711 |
Bem-estar psicológico |
-.071 |
.022 |
10.295 |
1 |
.001 |
.931 |
ACS - Buscar pertença |
-.119 |
.048 |
6.226 |
1 |
.013 |
.888 |
Modelo preditivo final para consumo de drogas ilegais | ||||||
Número de parceiros sexuais no ano |
.535 |
.758 |
.621 |
.103 |
-.092 |
.135 |
Experiência com álcool |
.221 |
.115 |
.039 |
.046 |
15.709 |
11.729 |
Experiência com cigarro |
29.245 |
7.187 |
4.039 |
1 |
1 |
1 |
ACS - Redução da tensão |
1 |
1 |
.000 |
.001 |
.000 |
.007 |
ACS - Buscar apoio espiritual |
.044 |
1.708 |
2.134 |
1.861 |
1.109 |
.912 |
De acordo com a interpretação da tabela, no que se refere ao comportamento sexual de risco, Câmara descreve as variáveis que apresentam efeitos significativos. Dentre essas variáveis independentes, a que apresenta um efeito significativamente maior é a variável:
Numa das duas teorias utilizadas por Câmara (em Alchieri), para entender os aspectos intervenientes nos comportamentos de riscos entre jovens, ele aponta que a execução do comportamento, uma vez NÃO estando completamente sob o controle da vontade do sujeito, pode estar influenciada por fatores externos do(da):
Numa das duas teorias utilizadas por Câmara (em Alchieri), para entender os aspectos intervenientes nos comportamentos de riscos entre jovens, ele aponta que as ações ou os comportamentos de um indivíduo NÃO são realizados sem que este possa refletir sobre suas implicações. Trata-se da Teoria:
“Está em curso no Brasil um verdadeiro genocídio. A violência tem se tornado um flagelo para toda a sociedade, difundindo o sofrimento, generalizando o medo e produzindo danos profundos na economia. Entretanto, os efeitos mais graves da nossa barbárie cotidiana não se distribuem aleatoriamente. Como tudo no Brasil, também a vitimização letal se distribui de forma desigual: são sobretudo os jovens pobres e negros, do sexo masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pagado com a vida o preço da nossa insensatez coletiva. O problema alcançou um ponto tão grave que já há déficit de jovens do sexo masculino na estrutura demográfica brasileira. (...) Um jovem pobre e negro caminhando pelas ruas de uma grande cidade brasileira é um ser socialmente invisível. Uma das formas mais eficientes de tornar alguém invisível é projetar sobre ele ou ela um estigma, um preconceito. (...) Um dia, um traficante dá a um desses jovens uma arma. Quando um desses meninos nos parar na esquina, apontandonos esta arma, estará provocando em cada um de nós um sentimento – o sentimento do medo, que é negativo, mas é um sentimento. Ao fazê-lo, saltará da sombra em que desaparecera e se tornará visível. A arma será o passaporte para a visibilidade. (...) O jovem pede a carteira; aponta a arma para minha cabeça e pede a carteira. Pede, não. Ordena. Velha fórmula: a bolsa ou a vida. Leva o dinheiro. Com a grana, compra um tênis de marca.”
Soares, L.E. “Juventude e violência no Brasil contemporâneo. Em MAIA, M. S. (org) Por uma ética do cuidado. Garamond, p.323-355. (adaptado).
Do dilema entre se esse fenômeno é matéria para a psicologia ou é caso de polícia, a posição de Soares é a de que: