Questões de Concurso
Para agente de defensoria - comunicação social
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Nosso grande escritor Graciliano Ramos foi, como se sabe, prefeito da cidade alagoana de Palmeira dos Índios. Sua gestão ficou marcada não exatamente por atos administrativos ou decisões políticas, mas pelo relatório que o prefeito deixou, terminado o mandato. A redação desse relatório é primorosa, pela concisão, objetividade e clareza (hoje diríamos: transparência), qualidades que vêm coerentemente combinadas com a honestidade absoluta dos dados e da autoavaliação – rigorosíssima, sem qualquer complacência – que faz o prefeito. Com toda justiça, esse relatório costuma integrar sucessivas edições da obra de Graciliano. É uma peça de estilo raro e de espírito público incomum. Tudo isso faz pensar na relação que se costuma promover entre linguagens e ofícios. Diz-se que há o “economês”, jargão misterioso dos economistas, o “politiquês”, estilo evasivo dos políticos, o “acadêmico”, com o cheiro de mofo dos baús da velha retórica etc. etc. E há, por vezes, a linguagem processual, vazada em arcaísmos, latinismos e tecnicalidades que a tornam indevassável para um leigo. Há mesmo casos em que se pode suspeitar de estarem os litigantes praticando – data venia – um vernáculo estrito, reservado aos iniciados, espécie de senha para especialistas. Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulário especializado; trata-se, sim, de evitar o exagero das linguagens opacas, cifradas, que pedem “tradução” para a própria língua a que presumivelmente pertencem. O exemplo de Graciliano diz tudo: quando o propósito da comunicação é honesto, quando se quer clareza e objetividade no que se escreve, as palavras devem expor à luz, e não mascarar, a mensagem produzida. No caso desse honrado prefeito alagoano, a ética rigorosa do escritor e a ética irrepreensível do administrador eram a mesma ética, assentada sobre os princípios da honestidade e do respeito para com o outro. (Tarcísio Viegas, inédito)
Está plenamente adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:
A maior contribuição do antropólogo Claude Lévi-Strauss
(que, ainda jovem, trabalhou no Brasil, e morreu, centenário, em
2009) é de uma simplicidade fundamental, e se expressa na
convicção de que não pode existir uma civilização absoluta
mundial, porque a própria ideia de civilização implica a coexistência
de culturas marcadas pela diversidade. O melhor da
civilização é, justamente, essa "coalizão" de culturas, cada uma
delas preservando a sua originalidade. Ninguém deu um golpe
mais contundente no racismo do que Lévi-Strauss e poucos
pensadores nos ensinaram, como ele, a ser mais humildes.
Lévi-Strauss, em suas andanças pelo mundo, foi um
pensador aberto para influências de outras disciplinas, como a
linguística. Foi ele também quem abriu as portas da antropologia
para as ciências de ponta, como a cibernética, que era
então como se chamava a informática, conectando-a com novas
disciplinas como a teoria dos sistemas e a teoria da informação.
Isso deu um novo perfil à antropologia, que propiciou uma nova
abertura para as ciências exatas, e reuniu-a com as ciências
humanas.
Em 1952, escreveu o livro Raça e história, a pedido da
Unesco, para combater o racismo. De fato, foi um ataque feroz
ao etnocentrismo, materializado num texto onde se formulavam
de modo claro e inteligível teses que excediam a mera
discussão acadêmica e se apoiavam em fatos. Comenta o
antropólogo brasileiro Viveiros de Castro, do Museu Nacional:
"Ele traz para diante dos olhos ocidentais a questão dos índios
americanos, algo que nunca antes havia sido feito. O
colonialismo não mais podia sair nas ruas como costumava
fazer. Foi um crítico demolidor da arrogância ocidental: os
índios deixaram de ser relíquias do passado, deixaram de ser
alegorias, tornando-se nossos contemporâneos. Isso vale mais
do que qualquer análise."
Reconhecer a existência do outro, a identidade do outro,
a cultura do outro - eis a perspectiva generosa que Lévi-Strauss
abriu e consolidou, para que nos víssemos a todos como
variações de uma mesma humanidade essencial.
(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa Fapesp, dezembro 2009)
I. Hoje convivemos muito mais com amigos e desconhecidos, e, nesse caso, ser afável é uma vantagem (linhas 24 a 26). Se o período for iniciado por "Ser afável é uma vantagem", estará correto iniciar o segundo termo por "em que pese".
II. No período as boas maneiras, além de não serem apenas coisa de um passado mítico de galanteria, ainda ficaram mais importantes na vida contemporânea (linhas 20 a 22), as orações articulam-se com sentido de adição.
III. A oração subordinada ser afável (linha 26) tem valor de substantivo, e pode ser corretamente substituída por a afabilidade.
Está correto o que se afirma APENAS em
I. ... em estado natural, sem as construções sociais, "a vida do homem é solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta".
II. Por isso, emergem leis necessárias, entre as quais ...
A articulação lógica entre elas se estabelece por
Apesar da remoção de 14 mulheres ontem e de mais 17 previstas para hoje, a cadeia feminina de Votorantim continuará superlotada. Ontem ela amanheceu com 147 detentas, número que nesta sexta-feira deve baixar para 116, caso não haja novas prisões nesta data. Ocorre que a população carcerária no local é 2,4 vezes maior que a capacidade da unidade, de 48 pessoas.
(Jornal Cruzeiro do Sul Online - 4/12/2009)
O título e o lead dessa matéria apresentam um vício condenado por boa parte dos editores. Eles são textos
A Defensoria Pública do Estado e a Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban) assinaram na última sexta-feira um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), em que a instituição educacional se comprometeu a realizar vestibular para os candidatos aprovados no início de 2009 em 2a e 3a chamadas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Os candidatos tiveram a matrícula recusada pela universidade por não terem participado do processo seletivo que aconteceu em fevereiro, antes da divulgação da lista dos selecionados no Prouni. (http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/Default.aspx?idPagina=3086 - Acesso em 10/12/2009)
O lead dessa matéria interna do Portal da Defensoria Pública do Estado de São Paulo valoriza o seguinte elemento da matéria jornalística:
(MS 22.164, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 17/11/95)" (http://br.vlex.com/vid/40808900)
Os textos que completam as lacunas I e II acima, referentes aos direitos fundamentais são, respectivamente,
Os sinais convencionais de correção de provas gráficas significam, respectivamente,
O conceito usado pela autora é o de
(MAFFESOLI, M. A comunicação sem fim (teoria pós-moderna da comunicação). Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 20, p. 13-20, abr. 2003.2003, p. 13). Eduardo Portanova Barros (http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/images/ stories/pdfs)
Ao explicar as concepções teóricas de Maffesoli lembra que o filósofo defende que, "para além de uma concepção progressista, destacam-se três arcaísmos na pós-modernidade: o retorno de Dioniso (dimensão hedonista da existência), a ideia de tribo (modo de estar-junto a partir do gosto compartilhado) e a de nomadismo (sedentarização da existência, retorno da animalidade, do bárbaro e do selvagem)".
A palavra que completa o trecho do texto de Maffesoli, é
a. Consiste em ações de marketing voltadas para o público interno da empresa, com o fim de promover entre seus funcionários e departamentos valores destinados a servir clientes. (Saul Fruta Bekin)
b. Setor planejado com objetivos definidos para viabilizar toda a interação possível entre a Organização e seus empregados. (Margarida M. K. Kunsch)
c. Objetiva conquistar simpatia, credibilidade e confiança, realizando como meta finalista a influência político- social. (Margarida M. K. Kunsch) aos nomes:
I. Comunicação Institucional.
II. Comunicação Interna.
III. Endomarketing.