Questões de Concurso Para analista de tecnologia da informação - processos e desenvolvimento

Foram encontradas 354 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q814338 Banco de Dados
A modelagem conceitual é uma fase muito importante no planejamento de uma aplicação de um banco de dados bem-sucedida. Sobre diagramas entidade-relacionamento (DER), assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q814337 Arquitetura de Software
Sobre os diferentes usos de arquiteturas cliente-servidor, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q814336 Arquitetura de Software
Em uma arquitetura cliente-servidor, uma aplicação é modelada como um conjunto de serviços fornecidos pelos servidores e um conjunto de clientes que usam esses serviços. Sobre esta arquitetura, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q814335 Arquitetura de Software
Uma arquitetura funcional é uma representação do domínio funcional da aplicação web (WebApp). Sobre a arquitetura funcional de uma WebApp, considere as seguintes assertivas:
I. como o processo de WebE é incremental e a construção da WebApp normalmente utiliza bastante o desenvolvimento baseado em componentes, o projeto funcional detalhado resulta em modelos formais e documentação detalhada. II. durante o projeto funcional, padrões arquiteturais não são aplicáveis. III. existem muitas maneiras de modelar e documentar uma arquitetura funcional; porém, como a maioria das WebApps é altamente modular, um modelo de linha de base é um diagrama de componentes UML.
Qual(is) assertiva(s) está(ão) correta(s) no que se refere à arquitetura de WebApps?
Alternativas
Q814334 Engenharia de Software
Sobre o paradigma de orientação a objetos, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q814333 Engenharia de Software
Os termos “objeto” e “orientado a objetos” são aplicados a tipos diferentes de entidades, métodos de projeto, sistemas e linguagens de programação. Sobre o paradigma orientado a objetos e suas classes, considere as seguintes assertivas:
I. um objeto é uma entidade que possui um estado e um conjunto definido de operações definidas para funcionar nesse estado. II. o estado é representado por um conjunto de métodos de objeto. III. as operações associadas ao objeto fornecem um conjunto de atributos aos outros objetos da mesma classe.
Qual(is) assertiva(s) está(ão) correta(s) em relação à orientação a objetos?
Alternativas
Q814332 Engenharia de Software
Um sistema orientado a objetos é constituído de objetos que interagem e mantêm seu próprio estado local, fornecendo operações baseadas nesse estado. Sobre a orientação a objetos nos diversos níveis do desenvolvimento de software, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q814331 Engenharia de Software
Na Engenharia de Software, a satisfação de requisitos funcionais e de desempenho explicitamente declarados, normas de desenvolvimento explicitamente documentadas e características implícitas que são esperadas em todo o software desenvolvido profissionalmente, denomina-se
Alternativas
Q814330 Engenharia de Software

A Engenharia de Software realiza tarefas de modelagem que levam à especificação completa dos requisitos e à representação abrangente do projeto para o software a ser construído. Em relação à fase de análise de requisitos, considere as seguintes assertivas:


I. a análise de requisitos exige que o desenvolvedor descarte noções preconcebidas da corretividade do software recém-desenvolvido.

II. a análise de requisitos fornece ao projetista de software uma representação da informação, função e comportamento, que podem ser traduzidos para os projetos arquitetural, de interfaces e em nível de componentes.

III. a análise de requisitos de um programa é a estrutura ou estruturas do sistema que abrange os componentes de software, as propriedades externamente visíveis desses componentes e as relações entre eles.


Qual(is) assertiva(s) está(ão) corretas em relação à análise de requisitos?

Alternativas
Q814329 Engenharia de Software
De acordo com a UML 2.0, assinale a alternativa correta no que diz respeito a um diagrama de classes.
Alternativas
Q814328 Governança de TI
Segundo a ISO/IEC 2000-1, entre os requisitos gerais para o sistema de gestão de serviços, está a responsabilidade da direção. Quanto ao compromisso da direção, considere as seguintes assertivas:
I. assegurar que o plano de gestão de serviços seja criado, implementado e mantido, a fim de aderir à política, atingir os objetivos da gestão de serviços e cumprir os requisitos do serviço. II. estabelecer, implementar e manter o SGS e os serviços e, continuamente, melhorar sua eficácia. III. assegurar o fornecimento de recursos.
Qual(is) assertiva(s) corresponde(m) a compromissos da direção?
Alternativas
Q814327 Governança de TI
Um analista da EBSERH está trabalhando em um processo do CobiT 4.1 que tem como objetivo a identificação e a classificação dos problemas, análise de causas-raiz e respectiva resolução; ainda, a identificação de recomendações para melhoria, manutenção dos registros de problemas e revisão da situação das ações corretivas. O analista está trabalhando em qual processo?
Alternativas
Q814326 Governança de TI
Considere que a EBSERH deseja entender a situação dos seus sistemas de TI. Há evidências de que a empresa reconheceu que existem questões que precisam ser trabalhadas. No entanto, o enfoque geral de gerenciamento é desorganizado. Como guia para essa iniciativa, optou-se por começar os trabalhos a partir do modelo de maturidade genérico descrito no CobiT 4.1, modelo de onde os modelos de maturidade são construídos. Na situação descrita, para medição inicial de performance, em qual nível do modelo de maturidade genérico a empresa se encontra?
Alternativas
Q814325 Governança de TI
Sobre o ITIL V3, considere os processos constantes nas assertivas a seguir:

I. planejamento e Suporte da Transição; Gerenciamento da Continuidade de Serviço de TI. II. gerenciamento da Demanda; Gerenciamento do Conhecimento. III. gerenciamento de Mudanças; Avaliação da Mudança.
Em qual(is) assertiva(s) consta(m) exclusivamente processos do ciclo Transição de Serviço?
Alternativas
Q814324 Governança de TI
Os administradores de rede com uma carga de trabalho excessiva não têm tempo para gerenciar a rede de forma a promover melhorias e otimizações. O relato de problemas por parte dos usuários diretamente com esses administradores é um dos fatores que contribuem para a grande carga de trabalho. É necessário minimizar o impacto no negócio, garantindo que os níveis de qualidade de serviço acordados sejam mantidos. Qual processo do ITIL V3 pode melhorar esta situação?
Alternativas
Q814323 Governança de TI
Sobre ITIL, é correto afirmar que
Alternativas
Q779535 Direito Constitucional
A saúde é direito de todos e dever do Estado. De acordo com a Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q779522 Português

                      SOMOS OS MAIORES INIMIGOS DE NOSSA

                                  POSSIBILIDADE DE PENSAR

                                                                                                   Contardo Calligaris

      Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de meu filho e abri uma conta no Facebook. A conta é no nome da cachorra pointer que foi minha grande companheira nos anos 1970 e funciona assim: ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, não posto nada e não converso com ninguém. Uso o Face apenas para selecionar um “feed” de notícias, que são minha primeira leitura rápida de cada dia.

      Meu plano era acordar e verificar imediatamente os editoriais e as chamadas dos jornais, sites, blogs que escolhi e, claro, percorrer a opinião de meus colunistas preferidos, nos EUA e na Europa. Alguns links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece depois, enquanto tomo meu café.

      Tudo ótimo, no melhor dos mundos. Até o dia em que me dei conta do seguinte: sem que esta fosse minha intenção, eu tinha selecionado só a mídia que pensa como eu – ou quase. Meu dia começava excessivamente feliz, com a sensação de que eu vivia (até que enfim) na paz de um consenso universal. Mesmo na minha juventude, eu nunca tinha conhecido um tamanho sentimento de unanimidade. Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, identificava-me com o editorial. Não havia propriamente colunistas: a linguagem usada no jornal inteiro já continha e propunha uma visão do mundo. Ora, junto com “L’Unità” eu sempre lia mais um jornal – o “Corriere della Sera”, se eu estivesse em Milão, o “Journal de Genève”, em Genebra, e o “Le Monde”, em Paris. Nesses segundos jornais, eu verificava os fatos (não dava para acreditar nem mesmo no lado da gente) e assim esbarrava nos colunistas – em geral laicos e independentes, sem posições partidárias ou religiosas definidas.

      Em sua grande maioria, eles não escreviam para convencer o leitor: preferiam levantar dúvidas, inclusive neles mesmos. E era isso que eu apreciava. Hoje, os colunistas desse tipo ainda existem, embora sejam poucos. Eles estão mais na imprensa tradicional; na internet, duvidar não é uma boa ideia, porque é preciso criar e alimentar os consensos do “feed” do Face.

      O “feed” do Face, elogiado por muitos por ser uma espécie de jornal sob medida, transforma-se, para cada um, numa voz única, um jornal que apresenta apenas uma visão, piorado por uma falsa sensação de pluralidade (produzida pelo número de links).

      A gente se queixa que a mídia estaria difundindo uma versão única e parcial de fatos e ideias, mas a realidade é pior: não são os conglomerados, somos nós que, ao confeccionar um jornal de nossas notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento e vivemos nele. Como sempre acontece, somos nossos piores censores, os maiores inimigos de nossa possibilidade de pensar.

      De um lado, o leitor do “feed” não se informa para saber o que aconteceu e decidir o que pensar, ele se informa para fazer grupo, para fazer parte de um consenso. Do outro, o comentarista escreve, sobretudo para ser integrado nesses consensos e para se tornar seu porta-voz. O resultado é uma escrita extrema, em que os escritores competem por leitores tanto mais polarizados que eles conseguiram excluir de seu “jornal” as notícias e as ideias com as quais eles poderiam não concordar: leitores à procura de quem pensa como eles.

      Claro, que não é um caso de ignorância completa, mas a internet potencializa a vontade de se perder na opinião do grupo e de não pensar por conta própria. Essa vontade é a mesma que tínhamos no meu tempo de juventude – se não cresceu. O que temos, na verdade, é uma paixão pelo consenso.

      Entre consensos opostos, obviamente, não há diálogo nem argumentos, só ódio.

      Em suma, provavelmente, o resultado último da informação à la carte (que a internet e o “feed” facilitam) será a polarização e o tribalismo.

      Eu mesmo me surpreendo: em geral, acho chatérrimos os profetas do apocalipse, que estão com medo de que o mundo se torne líquido ou coisa que valha. Mas, por uma vez, a contemporaneidade me deixa, digamos, pensativo.

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/09/1817706-somos-os-maiores-inimigos-de-nossa-possibilidade-de-pensar.shtml

Referente aos excertos “Uso o Face apenas para selecionar um “feed” de notícias[...]” e “O resultado é uma escrita extrema[...]”, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q779520 Português

                      SOMOS OS MAIORES INIMIGOS DE NOSSA

                                  POSSIBILIDADE DE PENSAR

                                                                                                   Contardo Calligaris

      Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de meu filho e abri uma conta no Facebook. A conta é no nome da cachorra pointer que foi minha grande companheira nos anos 1970 e funciona assim: ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, não posto nada e não converso com ninguém. Uso o Face apenas para selecionar um “feed” de notícias, que são minha primeira leitura rápida de cada dia.

      Meu plano era acordar e verificar imediatamente os editoriais e as chamadas dos jornais, sites, blogs que escolhi e, claro, percorrer a opinião de meus colunistas preferidos, nos EUA e na Europa. Alguns links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece depois, enquanto tomo meu café.

      Tudo ótimo, no melhor dos mundos. Até o dia em que me dei conta do seguinte: sem que esta fosse minha intenção, eu tinha selecionado só a mídia que pensa como eu – ou quase. Meu dia começava excessivamente feliz, com a sensação de que eu vivia (até que enfim) na paz de um consenso universal. Mesmo na minha juventude, eu nunca tinha conhecido um tamanho sentimento de unanimidade. Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, identificava-me com o editorial. Não havia propriamente colunistas: a linguagem usada no jornal inteiro já continha e propunha uma visão do mundo. Ora, junto com “L’Unità” eu sempre lia mais um jornal – o “Corriere della Sera”, se eu estivesse em Milão, o “Journal de Genève”, em Genebra, e o “Le Monde”, em Paris. Nesses segundos jornais, eu verificava os fatos (não dava para acreditar nem mesmo no lado da gente) e assim esbarrava nos colunistas – em geral laicos e independentes, sem posições partidárias ou religiosas definidas.

      Em sua grande maioria, eles não escreviam para convencer o leitor: preferiam levantar dúvidas, inclusive neles mesmos. E era isso que eu apreciava. Hoje, os colunistas desse tipo ainda existem, embora sejam poucos. Eles estão mais na imprensa tradicional; na internet, duvidar não é uma boa ideia, porque é preciso criar e alimentar os consensos do “feed” do Face.

      O “feed” do Face, elogiado por muitos por ser uma espécie de jornal sob medida, transforma-se, para cada um, numa voz única, um jornal que apresenta apenas uma visão, piorado por uma falsa sensação de pluralidade (produzida pelo número de links).

      A gente se queixa que a mídia estaria difundindo uma versão única e parcial de fatos e ideias, mas a realidade é pior: não são os conglomerados, somos nós que, ao confeccionar um jornal de nossas notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento e vivemos nele. Como sempre acontece, somos nossos piores censores, os maiores inimigos de nossa possibilidade de pensar.

      De um lado, o leitor do “feed” não se informa para saber o que aconteceu e decidir o que pensar, ele se informa para fazer grupo, para fazer parte de um consenso. Do outro, o comentarista escreve, sobretudo para ser integrado nesses consensos e para se tornar seu porta-voz. O resultado é uma escrita extrema, em que os escritores competem por leitores tanto mais polarizados que eles conseguiram excluir de seu “jornal” as notícias e as ideias com as quais eles poderiam não concordar: leitores à procura de quem pensa como eles.

      Claro, que não é um caso de ignorância completa, mas a internet potencializa a vontade de se perder na opinião do grupo e de não pensar por conta própria. Essa vontade é a mesma que tínhamos no meu tempo de juventude – se não cresceu. O que temos, na verdade, é uma paixão pelo consenso.

      Entre consensos opostos, obviamente, não há diálogo nem argumentos, só ódio.

      Em suma, provavelmente, o resultado último da informação à la carte (que a internet e o “feed” facilitam) será a polarização e o tribalismo.

      Eu mesmo me surpreendo: em geral, acho chatérrimos os profetas do apocalipse, que estão com medo de que o mundo se torne líquido ou coisa que valha. Mas, por uma vez, a contemporaneidade me deixa, digamos, pensativo.

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/09/1817706-somos-os-maiores-inimigos-de-nossa-possibilidade-de-pensar.shtml

Em relação aos termos que compõem o excerto “A conta é no nome da cachorra pointer que foi minha grande companheira durante minha juventude nos anos 1970 e funciona assim: ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, não posto nada e não converso com ninguém.”, é correto afirmar que
Alternativas
Q779516 Português

                      SOMOS OS MAIORES INIMIGOS DE NOSSA

                                  POSSIBILIDADE DE PENSAR

                                                                                                   Contardo Calligaris

      Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de meu filho e abri uma conta no Facebook. A conta é no nome da cachorra pointer que foi minha grande companheira nos anos 1970 e funciona assim: ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, não posto nada e não converso com ninguém. Uso o Face apenas para selecionar um “feed” de notícias, que são minha primeira leitura rápida de cada dia.

      Meu plano era acordar e verificar imediatamente os editoriais e as chamadas dos jornais, sites, blogs que escolhi e, claro, percorrer a opinião de meus colunistas preferidos, nos EUA e na Europa. Alguns links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece depois, enquanto tomo meu café.

      Tudo ótimo, no melhor dos mundos. Até o dia em que me dei conta do seguinte: sem que esta fosse minha intenção, eu tinha selecionado só a mídia que pensa como eu – ou quase. Meu dia começava excessivamente feliz, com a sensação de que eu vivia (até que enfim) na paz de um consenso universal. Mesmo na minha juventude, eu nunca tinha conhecido um tamanho sentimento de unanimidade. Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, identificava-me com o editorial. Não havia propriamente colunistas: a linguagem usada no jornal inteiro já continha e propunha uma visão do mundo. Ora, junto com “L’Unità” eu sempre lia mais um jornal – o “Corriere della Sera”, se eu estivesse em Milão, o “Journal de Genève”, em Genebra, e o “Le Monde”, em Paris. Nesses segundos jornais, eu verificava os fatos (não dava para acreditar nem mesmo no lado da gente) e assim esbarrava nos colunistas – em geral laicos e independentes, sem posições partidárias ou religiosas definidas.

      Em sua grande maioria, eles não escreviam para convencer o leitor: preferiam levantar dúvidas, inclusive neles mesmos. E era isso que eu apreciava. Hoje, os colunistas desse tipo ainda existem, embora sejam poucos. Eles estão mais na imprensa tradicional; na internet, duvidar não é uma boa ideia, porque é preciso criar e alimentar os consensos do “feed” do Face.

      O “feed” do Face, elogiado por muitos por ser uma espécie de jornal sob medida, transforma-se, para cada um, numa voz única, um jornal que apresenta apenas uma visão, piorado por uma falsa sensação de pluralidade (produzida pelo número de links).

      A gente se queixa que a mídia estaria difundindo uma versão única e parcial de fatos e ideias, mas a realidade é pior: não são os conglomerados, somos nós que, ao confeccionar um jornal de nossas notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento e vivemos nele. Como sempre acontece, somos nossos piores censores, os maiores inimigos de nossa possibilidade de pensar.

      De um lado, o leitor do “feed” não se informa para saber o que aconteceu e decidir o que pensar, ele se informa para fazer grupo, para fazer parte de um consenso. Do outro, o comentarista escreve, sobretudo para ser integrado nesses consensos e para se tornar seu porta-voz. O resultado é uma escrita extrema, em que os escritores competem por leitores tanto mais polarizados que eles conseguiram excluir de seu “jornal” as notícias e as ideias com as quais eles poderiam não concordar: leitores à procura de quem pensa como eles.

      Claro, que não é um caso de ignorância completa, mas a internet potencializa a vontade de se perder na opinião do grupo e de não pensar por conta própria. Essa vontade é a mesma que tínhamos no meu tempo de juventude – se não cresceu. O que temos, na verdade, é uma paixão pelo consenso.

      Entre consensos opostos, obviamente, não há diálogo nem argumentos, só ódio.

      Em suma, provavelmente, o resultado último da informação à la carte (que a internet e o “feed” facilitam) será a polarização e o tribalismo.

      Eu mesmo me surpreendo: em geral, acho chatérrimos os profetas do apocalipse, que estão com medo de que o mundo se torne líquido ou coisa que valha. Mas, por uma vez, a contemporaneidade me deixa, digamos, pensativo.

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/09/1817706-somos-os-maiores-inimigos-de-nossa-possibilidade-de-pensar.shtml

Referente à expressão “vivia na paz de um consenso universal”, em relação ao contexto em que ela aparece no texto, é correto afirmar que
Alternativas
Respostas
141: D
142: D
143: B
144: C
145: E
146: A
147: A
148: D
149: B
150: C
151: E
152: D
153: A
154: C
155: E
156: B
157: D
158: B
159: A
160: E