Questões de Concurso Para estágio - técnico em informática

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Q398465 Redes de Computadores
Uma rede de cabeamento estruturado é uma forma organizada e planejada de realizar a conexão de vários computadores em um ambiente de grande porte, em que vários pontos de rede são distribuídos e, no fim, direcionados para uma sala central, onde ficam localizados os equipamentos de rede. No armário de telecomunicações, o equipamento intermediário entre os pontos de comunicação e os switches de rede é conhecido como
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Q398464 Noções de Informática
Em um escritório de contabilidade, determinado colaborador trabalha em um computador que possui instalado o aplicativo Microsoft Office Excel 2003 (configuração padrão). Este colaborador recebeu de um cliente uma planilha intitulada “Débitos.xlsx", produzida no Microsoft Excel 2007, e não está conseguindo abrir este arquivo no seu computador. Para solucionar este problema, deve ser adotado o seguinte procedimento
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Q398463 Noções de Informática
A conexão entre computadores e meios físicos de dados é realizada através do dispositivo placa de rede. Toda placa de rede recebe um número único para a sua identificação denominado
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Q398462 Sistemas Operacionais
No ambiente Linux, o comando utilizado para atribuir permissão a um arquivo é o CHMOD. Para definir tais permissões, convenciona-se à seguinte tabela de permissões na base octal. Relacione corretamente as colunas a seguir.

Octal                                          Descrição

0                                                ( ) Escrita
1                                                ( ) Leitura.
2                                                ( ) Nenhum acesso (somente o usuário root tem o poder de alterar).
3                                                ( ) Leitura, escrita e execução
4                                                ( ) Escrita e execução.                                  
5                                                ( ) Execução.
6                                                ( ) Leitura e escrita.
7                                                ( ) Leitura e execução.
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Q398461 Sistemas Operacionais
Nos Sistemas Operacionais Linux, os diretórios /dev e /sbin são utilizados, respectivamente, para armazenar
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Q398460 Português

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


Em “No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.", o termo destacado denota a ideia de
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Q398459 Português

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


Dentre os trechos a seguir, a ideia de oposição está presente em
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Q398458 Português

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


Em “Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo - há amor.", o uso do travessão justifica-se por
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Q398457 Português

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


O significado da palavra é determinado pelo contexto em que ela é empregada. No texto, o significado do termo em destaque está INCORRETO em
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Q398456 Português

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


Os gêneros textuais apresentam características sócio-comunicativas, definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Dessa forma, o texto “Sobre o amor, desamor" é um(a)
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Q398455 Português

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


“Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos." A alternativa que explica a afirmativa do autor é
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Q398454 Português

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


Assinale a alternativa em que o autor nos remete à ideia de que nos relacionamentos duradouros o amor está no fim.
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Q398453 Português

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


Qual é a visão que o autor tem do amor?
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Q398452 Português

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


De acordo com o trecho “'Eles se separaram' pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. 'Estão se separando' é triste mesmo.", é correto afirmar que a visão do autor sobre separação é que
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Q398451 Português

 Sobre o amor, desamor

Chega a notícia de que um casal de estrangeiros, nosso amigo, está se separando. Mais um! É tanta separação que um conhecido meu, que foi outro dia a um casamento grã-fino, me disse que, na hora de cumprimentar a noiva, teve a vontade idiota de lhe desejar felicidades “pelo seu primeiro casamento”. 

E essas notícias de separação muito antes de sair nos jornais correm com uma velocidade espantosa. Alguém nos conta sob segredo de morte, e em três ou quatro dias percebemos que a cidade inteira já sabe − e ninguém morre por causa disso. 

Uns acham graça em um detalhe ou outro. Mas o que fica, no fim, é um ressaibo amargo − a ideia das aflições e melancolias desses casos. 

Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos... (principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver − os dois sempre juntos, quietos e delicados. Ele a desprezava. Ela o odiava.) 

Sim, direis, mas há casos de amor lindos para toda vida, a paixão que vira ternura e amizade. Acaso não acreditais nisso, detestável Braga, pessimista barato? 

E eu vos direi que sim. Já me contaram, já vi. É bonito. Apenas não entendo bem por que sempre falamos de um caso assim com uma ponta de pena. (“Eles são tão unidos, coitados.”) De qualquer modo, é mesmo muito bonito; consola ver. Mas como certos quadros, a gente deve olhar de uma certa distância. 

“Eles se separaram” pode ser uma frase triste e às vezes nem isso. “Estão se separando” é triste mesmo. 

Adultério devia ser considerado palavra feia, já não digo pelo que exprime, mas porque é uma palavra feia.

Concubina também. Concubinagem devia ser simplesmente riscada do dicionário; é horrível.

Mas do lado legal está a pior palavra: cônjuge. No dia em que a mulher descobre que o homem, pelo simples fato de ser seu marido, é seu cônjuge, coitado dele.

Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo − há amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos.

(Braga, Rubem. Pequena antologia do Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997.)  


Através do título “Sobre o amor, desamor", o autor pretende
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Ano: 2015 Banca: MGA Órgão: TCE-CE Prova: MGA - 2015 - TCE-CE - Informática |
Q686208 Banco de Dados
As linguagens utilizadas para controlar e consultar os dados em SQL, respectivamente, são:
Alternativas
Ano: 2015 Banca: MGA Órgão: TCE-CE Prova: MGA - 2015 - TCE-CE - Informática |
Q686201 Arquitetura de Software
Com relação ao modelo Clientes/Servidor, assinale o que NÃO é característica de um SERVIDOR:
Alternativas
Ano: 2015 Banca: MGA Órgão: TCE-CE Prova: MGA - 2015 - TCE-CE - Informática |
Q686195 Noções de Informática
Quais são os componentes básicos de um computador?
Alternativas
Q620679 Português
Considerando o novo acordo ortográfico, analise as proposições a seguir.

I. Na frase “A modelo Gisele Bündchen despede-se das passarelas em 2015", a crase está corretamente empregada, pois trata-se de um nome próprio, no caso o sobrenome da modelo, e possui origem estrangeira.

II. Na frase “ As nações européias começam a dar indícios de grande progressão econômica", o termo “européias" está acentuado de forma incorreta, pois deixou de existir acentuação em ditongos de palavras paroxítonas.

III. O alfabeto brasileiro passou a ter 23 letras, com a inclusão de “K", “Y" e “Z".

IV. O governo pôde constatar a alta taxa de rejeição com o aumento de combustível e energia elétrica", o termo “pôde" está corretamente acentuado por se tratar de uma exceção na regra de acento diferencial.

Assinale a alternativa que apresenta, sequencialmente, as proposições CORRETAS
Alternativas
Q620677 Português
Com relação à concordância nominal e verbal, estão corretas, EXCETO
Alternativas
Respostas
61: E
62: C
63: C
64: A
65: A
66: D
67: E
68: B
69: E
70: B
71: E
72: E
73: E
74: C
75: D
76: A
77: A
78: A
79: A
80: A