Questões de Concurso
Para analista legislativo - jornalismo
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O trecho a seguir reproduz um comentário do jornalista Luis Nassif, então colunista de economia do Jornal da Noite, da TV Bandeirantes, em abril de 1994.
Bom, hoje eu não vou falar de economia, vou falar de um assunto que me deixa doente. Toda a imprensa está há uma semana denunciando donos de escola que presumivelmente teriam cometido abuso sexual contra crianças de quatro anos. Toda a cobertura se funda em opinião da polícia. Está havendo um massacre. Mais que isso, está havendo um linchamento. Se eles forem culpados, não é mais que merecido. E se não forem? Uma leitura exaustiva de todos os jornais mostra o seguinte: não há até agora nenhuma prova conclusiva de que a criança foi violentada por adulto. Não há nenhuma prova conclusiva contra as pessoas que estão sendo acusadas. Tem-se apenas a opinião de policiais que ganharam notoriedade com denúncias e, se eventualmente se descobrir que as denúncias são falsas, vão ter muita dificuldade de admitir. Por isso, a melhor fonte não é a polícia, neste momento. A imprensa deve às pessoas que estão sendo massacradas, no mínimo, um direito de defesa, de procurar versões fora da polícia. Repito: é possível que as pessoas sejam culpadas. Mas é possível que sejam inocentes. E se forem inocentes?
O caso, que consistiu em uma cobertura baseada em ilações não comprovadas arruinando a vida dos acusados, tornou-se um tema recorrente em debates históricos, éticos e metodológicos do jornalismo. Até hoje esse capítulo da imprensa brasileira é conhecido como caso
Considere:
Como será a sociedade e a política neste país daqui a setenta anos, quando algumas das crianças que hoje estão na escola ainda estarão vivas? Vamos preservar o governo pela Constituição, a igualdade de todos os cidadãos perante a lei e a pureza da Justiça, ou seremos governados pelo dinheiro ou pela turba?
As respostas a estas perguntas dependerão amplamente do tipo de educação que as pessoas irão receber através de seus jornais − os livros escolares, os oradores, os pregadores das massas
(Adaptado de: PULITZER, Joseph. O ensino de jornalismo, a opinião pública. Florianópolis: Insular, 2009)
Na perspectiva de Pulitzer, um dos demiurgos do modelo praticado no século XX, o jornalismo consiste em uma atividade que visa essencialmente a
Considere os dois trechos a seguir, sobre pesquisas de opinião.
I. Levantamento conduzido pelo CONECTA revela que a grande maioria dos internautas brasileiros (73%) afirma já ter consumido transgênicos e, entre os 27% que não sabem ou afirmam que não ingeriram, 59% se mostram abertos a experimentar. Em linha com o que os estudos científicos, testes e análises de biossegurança garantem – que os transgênicos são seguros para alimentação humana, animal e para o meio ambiente − apenas uma minoria acredita que eles fazem mal (33%) ou causam reações alérgicas (29%).
(Adaptado de: http://www.ibopeinteligencia.com/noticias-e-pesquisas/brasileiro-esta-aberto-ao-consumo-de-transgenicos-aponta-pesquisa/)
II. O Greenpeace Brasil encomendou uma pesquisa ao IBOPE Inteligência sobre a percepção do cidadão em relação aos agrotóxicos. Os dados apontam que 82% da população brasileira considera muito importante que um político apresente propostas para a introdução de alimentos sem agrotóxicos na merenda escolar da rede pública. Para quase 60%, políticos que têm como prioridade a introdução de alimentos sem agrotóxicos nas escolas têm uma imagem mais positiva.
(Adaptado em: http://www.ibopeinteligencia.com/noticias-e-pesquisas/para-brasileiro-e-muito-importante-que-politicoscriem-propostas-de-merenda-sem-agrotoxico/)
Os resultados mostram que as pesquisas de opinião
Considere:
Listas, tabelas e gráficos são então convertidos de modo que sejam funcionais a uma construção narrativa. O software constrói frases simples, mas legíveis, com linguagem técnica ou informal, coerente com a linha editorial do jornal que solicita o serviço. O resultado é uma nota com um número de palavras que varia entre 150 e 300. E todo o processo é realizado em poucos segundos, automaticamente.
Em julho de 2014, a Associated Press, uma das maiores agências de notícias do mundo, causou polêmica ao anunciar a adoção do Wordsmith, um sistema para a produção de notícias sobre os resultados trimestrais das sociedades cotadas em bolsas de valores. “Durante muitos anos perdemos tempo mastigando números e remanejando as informações fornecidas pelas empresas, publicando cerca de 300 relatórios a cada trimestre”, explicou o editor-chefe de Economia da AP, Lou Ferrara. “A partir de agora podemos produzir até 4.400 destes relatórios.” Para confeccionar tantas notícias seriam necessárias dezenas de jornalistas que se ocupassem exclusivamente desta tarefa, a custos exorbitantes.
(Adaptado de: SANTORI, F. G. Jornalismo-robô: softwares que escrevem notícias dividem indústria e profissionais de mídia. Opera Mundi, 20/01/2015)
Como mostrada no trecho acima, a implantação das tecnologias de comunicação para processamento de grande quantidade de dados cumpre, em relação aos profissionais da área, o papel de
Considere o trecho abaixo extraído do livro Estado Narciso, de Eugênio Bucci (Cia das Letras, 2015)
Foi essa regulação que propiciou as condições para que houvesse a convivência, nos Estados Unidos, de três grandes redes nacionais de televisão aberta − NBC, CBS e ABC −, que alcançaram seu apogeu entre os anos 1960 e 1990. Graças a essa regulação, o mercado norte-americano realizou um projeto público por meio de empresas privadas, cujo objetivo era fomentar uma esfera pública protegida contra manipulações de informação engendradas pelo aparato estatal ou pelo poder desmedido das grandes corporações. Com idas e vindas, erros e acertos, a FCC [Federal Communications Commission] tem servido de anteparo a uma tendência natural do capitalismo, a concentração do capital (e do poder que daí decorre), e tem se mostrado capaz de promover na regulação as adaptações que os tempos requerem, conforme as mudanças de padrão tecnológico.
A regulação dos meios de comunicação realizada dentro de parâmetros liberais, em países como os EUA, tem como objetivo garantir
No ambiente web, diferente da mídia impressa, não há limite para o tamanho dos textos e o redator pode manter tudo que considera ideal para o internauta, permitindo maior contextualização, ou seja, um conjunto de opções informativas mais vasto do que o oferecido pelos outros meios de comunicação.
Esta característica do ambiente web é conhecida como
Considere:
A maioria dos sites jornalísticos surgiram como meros reprodutores do conteúdo publicado em papel. Apenas numa etapa posterior é que começaram a surgir veículos realmente interativos e personalizados. [...] A Web começou, assim, a moldar produtos editoriais interativos com qualidades convidativas: custo zero, grande abrangência de temas e personalização.
(Adaptado de: FERRARI, Pollyana. Jornalismo digital. São Paulo: Editora Contexto, 2003)
Avalie as proposições abaixo:
I. O modelo de negócio dos portais de notícia acostumou o público com acesso gratuito ao conteúdo e agora as empresas têm dificuldade de estabelecer planos de assinatura.
II. A interatividade acontece também quando o internauta pode personalizar os itens de menu que quer acessar. Ele passa, dessa forma, a ser um coautor do conteúdo.
III. O custo zero de acesso foi possível no início da popularização da Internet graças a formas mais eficientes de publicidade, como os banners e pop up customizados de acordo com o IP de acesso.
Está correto o que se afirma em
Considere:
O caráter pontual do lead, sintetizando algumas informações básicas quase sempre no início da notícia, fornece um epicentro para a percepção do conjunto. É por esse motivo que o lead torna a notícia mais comunicativa e mais interessante, pois otimiza a figuração singularizada da reprodução jornalística.
(Adaptado de: GENRO FILHO, Adelmo. O segredo da pirâmide − para uma teoria marxista do jornalismo. Porto Alegre, Tchê, 1987. p. 183-202)
A figuração singularizada citada no texto se refere à produção de
Considere:
As técnicas americanas impuseram ao jornalismo noticioso um conjunto de restrições formais que diziam respeito tanto à linguagem quanto à estruturação do texto. Inspirado no noticiário telegráfico, o estilo jornalístico passou a ser mais seco e forte.
(Adaptado de: RIBEIRO, Ana Paula Goulart. Jornalismo, literatura e política: a modernização da imprensa carioca nos anos 1950. In. Estudos Históricos, n. 31, 2003. Rio de Janeiro, CPDOC/FGV)
O trecho se aplica ao texto jornalístico
Considere:
O certo é que, quando as mídias empresariais internas escondem, ‘varrem para debaixo do tapete’ os problemas ‘internos’ da empresa, eles aparecem noticiados, discutidos, nas mídias externas à empresa, entre elas as mídias sindicais.
(Adaptado de: NASSAR, Paulo; FIGUEIREDO, Rubens. O que é comunicação empresarial? São Paulo: Brasiliense, 2003, p. 72)
A partir do trecho acima,
I. ignorar a rede informal é uma das formas de varrer os problemas para debaixo do tapete.
II. a mídia sindical, ou rádio peão, é a responsável pelos boatos organizacionais.
III. a rádio peão pode ser incorporada nas estratégias de comunicação interna quando os dirigentes da organização se propõem a desmentir, oficialmente, os boatos organizacionais.
Está correto o que se afirma APENAS em
Considere:
Na reprodução dos jornais acima,
Considere:
O assessor de imprensa consegue emplacar no veículo de maior circulação da cidade, durante as férias de julho, uma informação considerada de baixo valor-notícia se analisada pelos critérios de noticiabilidade definidos por Nelson Traquina.
I. Graças ao valor-notícia equilíbrio, assuntos que teriam menor valor-notícia, por outros critérios, ganham espaço.
PORQUE
II. O valor-notícia equilíbrio tem relação com a quantidade de notícias sobre um determinado assunto que já existe ou que tenha sido publicado há pouco tempo.
As asserções