Questões de Concurso
Para técnico em farmácia
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Pra que discutir com madame?
De Haroldo Barbosa e Janet de Almeida (1945)
Madame diz que a raça não melhora
Que a vida piora por causa do samba,
Madame diz que o samba tem pecado
Que o samba é coitado e devia acabar,
Madame diz que o samba tem cachaça,
Mistura de raça, mistura de cor.
Madame diz que o samba democrata,
é música barata sem nenhum valor,
Vamos acabar com o samba,
Madame não gosta que ninguém sambe
Vive dizendo que samba é vexame
Pra que discutir com madame?
No carnaval que vem também concorro,
Meu bloco de morro vai cantar ópera,
E na avenida, entre mil apertos,
Vocês vão ver gente cantando concerto
Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno, meu Deus, que horror!
O samba brasileiro democrata
Brasileiro na batata é que tem valor.
Pra que discutir com madame?
De Haroldo Barbosa e Janet de Almeida (1945)
Madame diz que a raça não melhora
Que a vida piora por causa do samba,
Madame diz que o samba tem pecado
Que o samba é coitado e devia acabar,
Madame diz que o samba tem cachaça,
Mistura de raça, mistura de cor.
Madame diz que o samba democrata,
é música barata sem nenhum valor,
Vamos acabar com o samba,
Madame não gosta que ninguém sambe
Vive dizendo que samba é vexame
Pra que discutir com madame?
No carnaval que vem também concorro,
Meu bloco de morro vai cantar ópera,
E na avenida, entre mil apertos,
Vocês vão ver gente cantando concerto
Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno, meu Deus, que horror!
O samba brasileiro democrata
Brasileiro na batata é que tem valor.
No trecho a seguir:
“Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno, meu Deus, que horror!”
Esses versos são exemplos de linguagem informal. Marque a alternativa que NÃO apresenta
uma característica desse tipo de uso da língua.
Pra que discutir com madame?
De Haroldo Barbosa e Janet de Almeida (1945)
Madame diz que a raça não melhora
Que a vida piora por causa do samba,
Madame diz que o samba tem pecado
Que o samba é coitado e devia acabar,
Madame diz que o samba tem cachaça,
Mistura de raça, mistura de cor.
Madame diz que o samba democrata,
é música barata sem nenhum valor,
Vamos acabar com o samba,
Madame não gosta que ninguém sambe
Vive dizendo que samba é vexame
Pra que discutir com madame?
No carnaval que vem também concorro,
Meu bloco de morro vai cantar ópera,
E na avenida, entre mil apertos,
Vocês vão ver gente cantando concerto
Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno, meu Deus, que horror!
O samba brasileiro democrata
Brasileiro na batata é que tem valor.
Assinale a alternativa que apresenta uma oposição NÃO abordada na letra de “Pra que discutir com Madame?”.
“(...) — O doutor é formado em Direito? indaguei por minha vez — Não. Formei-me em Línguas Orientais e Exegese Bíblica, na Universidade de Sófia, tendo começado o curso no Cairo. Disfarcei a vontade que me deu de rir, ouvindo tão extravagante titulo escolar. Havia alguma coisa de opereta, mas o homem era tão simpático, tinha sido tão amável e parecia tão ilustrado que me esforcei por sujeitar o meu ímpeto de rir, soltando uma frase à-toa: — Na Europa o homem de estudo tem campo, sabe onde deve chegar; aqui... — Qual, doutor! Não há como a sua terra! A questão é pendurar, quando se entra, a sobrecasaca de cavalheiro no Pão de Açúcar; e no mais — tudo vai às mil maravilhas! O padeiro ficou atônito com a cínica franqueza do julgamento do jornalista. Teve um assomo de virtude e objetou pudicamente: — Nem tanto, doutor! Nem tanto! olhe que ainda há homens honestos nesta terra e em altas posições — o que é mais raro! O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico e expelindo uma longa fumaça cheia de dúvida e de troça, disse devagar: — Pode ser, Laje! Quem sabe?”
Fragmento de “O triste fim de Policarpo Quaresma”
Lima Barreto. p. 19.
“(...) — O doutor é formado em Direito? indaguei por minha vez — Não. Formei-me em Línguas Orientais e Exegese Bíblica, na Universidade de Sófia, tendo começado o curso no Cairo. Disfarcei a vontade que me deu de rir, ouvindo tão extravagante titulo escolar. Havia alguma coisa de opereta, mas o homem era tão simpático, tinha sido tão amável e parecia tão ilustrado que me esforcei por sujeitar o meu ímpeto de rir, soltando uma frase à-toa: — Na Europa o homem de estudo tem campo, sabe onde deve chegar; aqui... — Qual, doutor! Não há como a sua terra! A questão é pendurar, quando se entra, a sobrecasaca de cavalheiro no Pão de Açúcar; e no mais — tudo vai às mil maravilhas! O padeiro ficou atônito com a cínica franqueza do julgamento do jornalista. Teve um assomo de virtude e objetou pudicamente: — Nem tanto, doutor! Nem tanto! olhe que ainda há homens honestos nesta terra e em altas posições — o que é mais raro! O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico e expelindo uma longa fumaça cheia de dúvida e de troça, disse devagar: — Pode ser, Laje! Quem sabe?”
Fragmento de “O triste fim de Policarpo Quaresma”
Lima Barreto. p. 19.
“(...) — O doutor é formado em Direito? indaguei por minha vez — Não. Formei-me em Línguas Orientais e Exegese Bíblica, na Universidade de Sófia, tendo começado o curso no Cairo. Disfarcei a vontade que me deu de rir, ouvindo tão extravagante titulo escolar. Havia alguma coisa de opereta, mas o homem era tão simpático, tinha sido tão amável e parecia tão ilustrado que me esforcei por sujeitar o meu ímpeto de rir, soltando uma frase à-toa: — Na Europa o homem de estudo tem campo, sabe onde deve chegar; aqui... — Qual, doutor! Não há como a sua terra! A questão é pendurar, quando se entra, a sobrecasaca de cavalheiro no Pão de Açúcar; e no mais — tudo vai às mil maravilhas! O padeiro ficou atônito com a cínica franqueza do julgamento do jornalista. Teve um assomo de virtude e objetou pudicamente: — Nem tanto, doutor! Nem tanto! olhe que ainda há homens honestos nesta terra e em altas posições — o que é mais raro! O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico e expelindo uma longa fumaça cheia de dúvida e de troça, disse devagar: — Pode ser, Laje! Quem sabe?”
Fragmento de “O triste fim de Policarpo Quaresma”
Lima Barreto. p. 19.
Na frase “O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico (...)”, o termo em destaque apresenta um pronome:
“Os decanos e diretores presentes à 102ª Reunião da Plenária de Decanos e Diretores da UFRJ reafirmam a defesa da plena gratuidade nos estabelecimentos oficiais, nos termos do Art. 206, IV, da Constituição Federal, um requisito para a democracia e o desenvolvimento nacional comprometido com o bem viver de todo o povo. A gratuidade é uma conquista republicana que assegura o direito de todos à educação e estabelece o dever do Estado no fomento da educação, cultura, ciência e tecnologia, tal como ocorre nos países que possuem elevada qualidade de vida.(...)”.
Trecho inicial do documento “Futuro da universidade federal ameaçado, futuro da nação ameaçado: nota da Plenária de Decanos e Diretores da UFRJ”, de 31 de julho de 2017.
Conforme a nota de Decanos e Diretores da
UFRJ, entre a gratuidade do ensino como uma
conquista republicana que assegura direitos e
o que ocorre nos países que possuem elevada
qualidade de vida, há uma relação de:
Congênito
Luiz Melodia
Se a gente falasse menos
Talvez compreendesse mais
Teatro, boate, cinema
Qualquer prazer não satisfaz
Palavra figura de espanto, quanto
Na terra tento descansar
(...)
Mas o tudo que se tem
Não representa nada
Tá na cara
Que o jovem tem seu automóvel
O tudo que se tem
Não representa tudo
O puro conteúdo é consideração
Quem não vê!
Não goza de consideração
Quem não vê!
Então sai a consideração
Quem não vê
Não goza de considera
(...)
No trecho a seguir:
“Tá na cara
Que o jovem tem seu automóvel”.
Nesses versos da canção, Luiz Melodia destaca:
TEXTO 3
“Há alguns anos circula na internet o ‘teste do pescoço’, que instiga o leitor a refletir sobre as desigualdades em nossa sociedade a partir de suas experiências cotidianas, particularmente naquilo que toca a presença ou ausência de negros e brancos em diferentes atividades e espaços sociais: qual a cor dos médicos, dos trabalhadores domésticos, dos políticos, de professores, alunos e funcionários em colégios de elite e nas universidades etc. A ideia é que a contemplação desses lugares permite uma resposta intuitiva à questão se há ou não discriminação no Brasil: pretos e pardos são raramente encontrados nas áreas e funções de maior poder aquisitivo e status social, ao passo que brancos nelas dominam. (...)”.
Fragmento inicial do Relatório das desigualdades de raça, gênero e classe / ano 2017 / n. 1 / p. 1 gemaa / Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa | UERJ.
TEXTO 3
“Há alguns anos circula na internet o ‘teste do pescoço’, que instiga o leitor a refletir sobre as desigualdades em nossa sociedade a partir de suas experiências cotidianas, particularmente naquilo que toca a presença ou ausência de negros e brancos em diferentes atividades e espaços sociais: qual a cor dos médicos, dos trabalhadores domésticos, dos políticos, de professores, alunos e funcionários em colégios de elite e nas universidades etc. A ideia é que a contemplação desses lugares permite uma resposta intuitiva à questão se há ou não discriminação no Brasil: pretos e pardos são raramente encontrados nas áreas e funções de maior poder aquisitivo e status social, ao passo que brancos nelas dominam. (...)”.
Fragmento inicial do Relatório das desigualdades de raça, gênero e classe / ano 2017 / n. 1 / p. 1 gemaa / Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa | UERJ.
O texto adiante é um fragmento do romance Infância, de Graciliano Ramos, publicado em 1945. Leia-o e responda à questão proposta.
TEXTO 2
“Poder ser alguém em uma sociedade, para muitas pessoas sempre esteve ligado ao fato de ter conhecimento da letra, ser letrado. O pai tinha consciência da importância do poder que tinha a escrita, pois, em sua concepção, um homem letrado era um homem ‘sabido’ que possuía armas terríveis, as letras. No entanto, o sujeito aprende a ler, mas não adquire, muitas vezes, a capacidade de fazer uso da escrita. Como aconteceu com o menino: Certamente meu pai usara um horrível embuste naquela maldita manhã, inculcando-me a excelência do papel impresso. Eu não lia direito, mas, arfando penosamente, conseguia mastigar os conceitos sisudos: ‘A preguiça é a chave da pobreza – Quem não ouve conselhos raras vezes acerta – Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém.’
Esse Terteão para mim era um homem, e não pude saber que fazia ele na página final da carta. As outras folhas se desprendiam, restavam-me as linhas em negrita, resumo da ciência anunciada por meu pai.
- Mocinha, quem é Terteão?
Mocinha estranhou a pergunta. Não havia pensado que Terteão fosse homem. Talvez fosse. “Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém”.
- Mocinha, que quer dizer isso?
Mocinha confessou honestamente que não conhecia Terteão. E eu fiquei triste, remoendo a promessa de meu pai, aguardando novas decepções.”
Considerando as informações que o trecho
dado oferece, assinale a alternativa com a afirmação INCORRETA.
TEXTO 1
Conceição Lima nasceu em 1961, na ilha de São
Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de
língua portuguesa que se tornou independente de
Portugal em 1975, após 500 anos de colonização.
Ela cresceu em meio às lutas políticas pela independência de seu país. Formada pelo King’s College de
Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC.
Certos pequenos tiranos
“A certos pequenos tiranos
comove-os o enigma na pétala de uma orquídea
e o langor1 da linha na palma da própria mão.
Algures2
, um estranho brinquedo falece
na secretária onde existem.
Por vezes articulam breves sentenças
e estão sempre em atritos com o mesmo
orçamento.
Mas crêem no amparo de feitiços e amuletos
e segregam uma teia de invencível apatia
que tolhe as impressoras, as portas dos armários
e contrai as linhas das quatro paredes.
Porque os emociona a própria bondade
tomam por amor a vénia3 dos vassalos4
os pequenos tiranos
que publicam altos amigos como títulos de jornal
e distribuem grãos de favor como quem outorga um
foral.
São meticulosos no arrumar dos papéis
pois na simetria das coisas enterram a luz das ideias.
Mortifica-os a idade, são hipocondríacos
e só por distracção morrerão em África.
(...)”
1 Languidez
2 Em algum Lugar
3 Reverência
Leia o trecho a seguir:
“A certos pequenos tiranos comove-os o enigma na pétala de uma orquídea e o langor da linha na palma da própria mão.”
O termo em destaque nesses versos foi utilizado como um recurso de coesão textual e refere-se:
TEXTO 1
Conceição Lima nasceu em 1961, na ilha de São
Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de
língua portuguesa que se tornou independente de
Portugal em 1975, após 500 anos de colonização.
Ela cresceu em meio às lutas políticas pela independência de seu país. Formada pelo King’s College de
Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC.
Certos pequenos tiranos
“A certos pequenos tiranos
comove-os o enigma na pétala de uma orquídea
e o langor1 da linha na palma da própria mão.
Algures2
, um estranho brinquedo falece
na secretária onde existem.
Por vezes articulam breves sentenças
e estão sempre em atritos com o mesmo
orçamento.
Mas crêem no amparo de feitiços e amuletos
e segregam uma teia de invencível apatia
que tolhe as impressoras, as portas dos armários
e contrai as linhas das quatro paredes.
Porque os emociona a própria bondade
tomam por amor a vénia3 dos vassalos4
os pequenos tiranos
que publicam altos amigos como títulos de jornal
e distribuem grãos de favor como quem outorga um
foral.
São meticulosos no arrumar dos papéis
pois na simetria das coisas enterram a luz das ideias.
Mortifica-os a idade, são hipocondríacos
e só por distracção morrerão em África.
(...)”
1 Languidez
2 Em algum Lugar
3 Reverência
TEXTO 1
Conceição Lima nasceu em 1961, na ilha de São
Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de
língua portuguesa que se tornou independente de
Portugal em 1975, após 500 anos de colonização.
Ela cresceu em meio às lutas políticas pela independência de seu país. Formada pelo King’s College de
Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC.
Certos pequenos tiranos
“A certos pequenos tiranos
comove-os o enigma na pétala de uma orquídea
e o langor1 da linha na palma da própria mão.
Algures2
, um estranho brinquedo falece
na secretária onde existem.
Por vezes articulam breves sentenças
e estão sempre em atritos com o mesmo
orçamento.
Mas crêem no amparo de feitiços e amuletos
e segregam uma teia de invencível apatia
que tolhe as impressoras, as portas dos armários
e contrai as linhas das quatro paredes.
Porque os emociona a própria bondade
tomam por amor a vénia3 dos vassalos4
os pequenos tiranos
que publicam altos amigos como títulos de jornal
e distribuem grãos de favor como quem outorga um
foral.
São meticulosos no arrumar dos papéis
pois na simetria das coisas enterram a luz das ideias.
Mortifica-os a idade, são hipocondríacos
e só por distracção morrerão em África.
(...)”
1 Languidez
2 Em algum Lugar
3 Reverência
Leia o trecho a seguir:
“Porque os emociona a própria bondade tomam por amor a vénia dos vassalos”
Nesses versos sobressai uma característica dos “certos pequenos tiranos”. Marque a alternativa que apresenta tal característica.
TEXTO 1
Conceição Lima nasceu em 1961, na ilha de São
Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de
língua portuguesa que se tornou independente de
Portugal em 1975, após 500 anos de colonização.
Ela cresceu em meio às lutas políticas pela independência de seu país. Formada pelo King’s College de
Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC.
Certos pequenos tiranos
“A certos pequenos tiranos
comove-os o enigma na pétala de uma orquídea
e o langor1 da linha na palma da própria mão.
Algures2
, um estranho brinquedo falece
na secretária onde existem.
Por vezes articulam breves sentenças
e estão sempre em atritos com o mesmo
orçamento.
Mas crêem no amparo de feitiços e amuletos
e segregam uma teia de invencível apatia
que tolhe as impressoras, as portas dos armários
e contrai as linhas das quatro paredes.
Porque os emociona a própria bondade
tomam por amor a vénia3 dos vassalos4
os pequenos tiranos
que publicam altos amigos como títulos de jornal
e distribuem grãos de favor como quem outorga um
foral.
São meticulosos no arrumar dos papéis
pois na simetria das coisas enterram a luz das ideias.
Mortifica-os a idade, são hipocondríacos
e só por distracção morrerão em África.
(...)”
1 Languidez
2 Em algum Lugar
3 Reverência
TEXTO 1
Conceição Lima nasceu em 1961, na ilha de São
Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de
língua portuguesa que se tornou independente de
Portugal em 1975, após 500 anos de colonização.
Ela cresceu em meio às lutas políticas pela independência de seu país. Formada pelo King’s College de
Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC.
Certos pequenos tiranos
“A certos pequenos tiranos
comove-os o enigma na pétala de uma orquídea
e o langor1 da linha na palma da própria mão.
Algures2
, um estranho brinquedo falece
na secretária onde existem.
Por vezes articulam breves sentenças
e estão sempre em atritos com o mesmo
orçamento.
Mas crêem no amparo de feitiços e amuletos
e segregam uma teia de invencível apatia
que tolhe as impressoras, as portas dos armários
e contrai as linhas das quatro paredes.
Porque os emociona a própria bondade
tomam por amor a vénia3 dos vassalos4
os pequenos tiranos
que publicam altos amigos como títulos de jornal
e distribuem grãos de favor como quem outorga um
foral.
São meticulosos no arrumar dos papéis
pois na simetria das coisas enterram a luz das ideias.
Mortifica-os a idade, são hipocondríacos
e só por distracção morrerão em África.
(...)”
1 Languidez
2 Em algum Lugar
3 Reverência
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