Leia o texto para responder a questão.
A consultoria norte-americana McKinsey lançou em
2016 um relatório sobre mobilidade urbana prevendo que
o futuro das grandes cidades será definido por tendências
tecnológicas.
O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg
New Energy Finance, aposta que, nos próximos 10 a 15 anos,
graças à integração de fenômenos como a internet das coisas
(conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente. Para sustentar a previsão, são citados fatos
como o barateamento das baterias, o surgimento de serviços
de compartilhamento de carros e o crescimento do investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa,
existem três modelos de mobilidade urbana avançada que
podem ser alcançados até 2030.
O primeiro modelo, chamado de “limpo e compartilhado”, é mais provável de acontecer em regiões metropolitanas
densas e que se encontram em estágio de desenvolvimento,
como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas
cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da falta de infraestrutura, a alternativa
seria chegar a um transporte mais limpo, com a adoção de
veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada
e a limitação do número de carros próprios nas ruas.
Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los Angeles, o modelo seria o de
“autonomia privada”. Nesses lugares, o uso de carros continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias
como carros autônomos e elétricos. A conectividade pode
facilitar a cobrança de taxas e multas em situações de mais
congestionamento. O compartilhamento de carros também
pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios
em grande escala.
O modelo mais radical é o de “mobilidade integrada”,
com potencial para ser alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong, Cingapura
e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita sob demanda, com opções limpas, baratas e
flexíveis – como carros autônomos, carros compartilhados e
transporte público de altíssima qualidade. O uso de veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo seria facilitado pelo uso de plataformas de
software que controlam os fluxos de tráfego e promovem a
mobilidade como um serviço.
O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.
(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata
em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)