Questões de Concurso Para técnico em secretariado

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Q923893 Banco de Dados
O Microsoft Access é um aplicativo utilizado para criar e manipular Banco de Dados. Os dados podem ser cadastros de clientes, de materiais em estoque, de fornecedores, e podem ser compartilhados entre cadastros, o que facilita a manipulação. Ainda sobre o Microsoft Access, analise as afirmativas abaixo:
I. A criação de um Banco de Dados tem início a partir de tabelas. II. O Banco de Dados é composto por arquivos, registros, campos e os próprios dados. III. Os dados nas Tabelas são organizados em linhas, ou seja, em campos e em Colunas, ou seja, em Registros. IV. Existem dois modos de trabalho nas Tabelas: Folha de Dados e Estrutura. V. No modo Relatório, o usuário pode desenvolver o layout de impressão, dando a aparência que desejar e, ainda, pode criar Etiquetas de Endereçamento.
Está INCORRETO o que se afirma, apenas, em
Alternativas
Q923892 Noções de Informática
Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma ação que pode ser realizada pelas opções da aba “Página Inicial” do Word 2010.
Alternativas
Q923891 Noções de Informática
Em documento aberto no Word, pressionar a combinação das teclas Crtl+P tem como finalidade
Alternativas
Q923890 Noções de Informática
Se selecionarmos as células B8 até a B11, conforme se mostra na figura abaixo, e clicarmos no botão Imagem associada para resolução da questão da barra de ferramentas, teremos
Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q923889 Noções de Informática
De acordo com Santos (2006), o Excel é um dos programas que permite desde tarefas simples, como controle de contas bancárias ou despesas domésticas, às mais complexas, como rotinas de folha de pagamento, tabelas estatísticas e registros de dados comerciais. Ainda sobre o Excel, é CORRETO afirmar que
Alternativas
Q923888 Noções de Informática
Sabino e Rocha (2004) afirmam queEntre os requisitos para o Secretariado está o domínio de alguns programas fundamentais”. Os aplicativos encontrados no Sistema Operacional Windows, amplamente difundidos como editores de texto, planilha eletrônica e criador de apresentações gráficas através de diapositivos, são respectivamente:
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Q923887 Secretariado
A reunião, de acordo com Alonso (2002), consiste em uma troca de informações para o esclarecimento de um ou mais assuntos a fim de traçar linhas de ação com a contribuição do grupo, visando promover uma maior produtividade. Ao se planejar uma reunião, deve-se
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Q923886 Secretariado
De acordo com Sabino e Rocha (2004), os novos modelos de telefone influenciaram o trabalho do Profissional de Secretariado. Antes esse Profissional teria que saber como solicitar à telefonista uma ligação; ele não necessitava saber os números dos telefones ou mantê-los anotados; bastava saber o nome do assinante para que a telefonista o identificasse. Sobre um bom atendimento telefônico, analise as afirmativas abaixo:
I. Considerar fatores, como pronúncia, velocidade e altura da voz, ênfase nas palavras importantes, repetindo-as ou usando pausas. II. Só atender após o terceiro toque, cumprimentando o interlocutor e utilizando as frases “quem gostaria?” e “fulano de onde?”, antes de transferir a ligação. III. Sendo do mesmo nível hierárquico, quem fez a chamada espera na linha. IV. Mostrar respeito pela pessoa com quem está falando. Entretanto, se o interlocutor estiver muito irritado, bradando ao telefone, responder no mesmo tom. V. Ao receber uma chamada e anotar o recado, colocar data, hora, nome completo da pessoa que ligou da empresa e do departamento de quem ligou, número do telefone, conteúdo do assunto e nome da pessoa a quem a chamada era destinada.
Está CORRETO o que se afirma, apenas, em
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Q923885 Arquivologia
Conforme suas características, forma e conteúdo, os documentos, de acordo com Portela e Schumacher (2006), podem ser classificados segundo o gênero e a natureza do assunto. Ainda sobre classificação de documentos, Medeiros (2006) afirma que é um agrupamento distribuído em classes, que designam grupo de coisas, de assuntos, de ideias ou de pessoas. De uma maneira geral, pode-se dizer que a classificação de documentos “procura dar ordem aos documentos que se encontram desordenados”. Nesse contexto, analise as afirmativas abaixo:
I. A organização de documentos mais comum é baseada em nome, assunto, origem, destino, ordem cronológica e local. II. No sistema de classificação Alfabético, os documentos podem ser ordenados por nome, assunto, origem, destino ou por local. III. O sistema de classificação Cronológico também é conhecido como Numérico. IV. Classificar o documento por Assunto em Ordem de Codificação é o mesmo que classificar por ordem Numérica. V. Não é possível classificar os documentos por divisão geográfica.
Está CORRETO o que se afirma, apenas, em
Alternativas
Q923884 Secretariado
O manuseio da correspondência deve ser adaptado às particularidades de cada empresa. Em relação a esse manuseio, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q923883 Secretariado
As atividades do Profissional de Secretariado são as mais diversas. Dentre elas, Medeiros (2006) destaca: assistência ao executivo, tomar ditado de cartas, atender a telefonemas, fazer chamadas telefônicas, anotar recados, atender clientes e visitas, arquivar correspondências, dentre outras. Em relação a tomar ditados, é CORRETO afirmar que
Alternativas
Q923882 Secretariado
De acordo com Alonso (2002), Etiqueta e Ética estão intimamente relacionadas e não é possível tê-las na vida profissional, se não a desenvolvemos primeiramente no aspecto pessoal. Sobre as regras de Etiqueta Profissional, analise as afirmativas a seguir:
I. Postura correta, asseio pessoal e maquilagem bem aplicada (no caso das mulheres), apresentação correta do vestuário e coordenação de atitudes e gestos. II. Um código de etiqueta tem sido passado para os usuários de internet. Trata-se de estabelecer um padrão de cortesia para e-mail; não é exigência, mas é de bom tom observar essas convenções, a exemplo de mensagens em maiúsculas que são consideradas ofensivas. III. Uma boa convivência com os colegas na empresa também exige algumas regras de etiqueta, como não invadir o ambiente de trabalho com a música nem tampouco se isolar com o fone de ouvido a ponto de obrigar seus colegas a se levantarem para chamar a sua atenção. IV. Quando se fala ao telefone celular, deve-se aumentar o tom de voz ou procurar um local apropriado onde possa ouvir e falar normalmente, embora a conversa interesse a todos no ambiente. V. O corpo e as atitudes falam; assim gesticular a todo o momento, pôr a mão na cabeça, mexer nos cabelos, falar alto, roer as unhas, falar cutucando a pessoa que está ao seu lado para lhe chamar a atenção são gestos deselegantes em ambientes sociais e profissionais.
No que tange à Etiqueta Profissional, está INCORRETO o que se afirma, apenas, em
Alternativas
Q923881 Secretariado
Medeiros (2006) afirma que, ao recepcionar alguém, o Profissional de Secretariado deverá informar-se quanto ao nome da visita, da organização a que pertence ou representa, do propósito e do assunto a ser tratado. Além dessas informações, para recepcionar com eficiência, é CORRETO afirmar que
Alternativas
Q923879 Redação Oficial
Considerando a definição CORRETA de ATA, temos
Alternativas
Q923878 Secretariado
De acordo com o Código de Ética do Profissional de Secretariado, analise as afirmativas abaixo:
I. É direito dos Secretários e Secretárias defender a integridade moral e social da profissão, denunciando às entidades da categoria qualquer alusão desmoralizadora. II. É dever dos Secretários e Secretárias procurar informar-se de todos os assuntos a respeito de sua profissão e dos avanços tecnológicos, que poderão facilitar o desempenho de suas atividades. III. Participar de movimentos sociais e/ou estudos que se relacionem com o seu campo de atividade profissional contraria o Código de Ética do Profissional de Secretariado. IV. A única penalidade às infrações do Código de Ética Profissional é a advertência, já que não pode haver cassação do Registro Profissional pela inexistência de um Conselho da Categoria. V. Compete ao Profissional de Secretariado identificar-se com a filosofia empresarial, sendo um agente facilitador e colaborador na implantação de mudanças administrativas e políticas.
Estão CORRETAS apenas
Alternativas
Q923877 Secretariado
No que tange às relações de trabalho, é CORRETO afirmar que
Alternativas
Q923876 Secretariado
Medeiros (2006) afirma queo sucesso ou fracasso da comunicação não pode ser atribuído a um único fator, pois o processo de comunicação intervém no comportamento das pessoas, preconceitos, tabus. Se a Secretária tem conhecimento do repertório cultural das pessoas para quem escreve e de seu ambiente, mais fácil se tornará compreender a mensagem delas”. Sobre comunicação, analise as afirmativas abaixo:
I. O Profissional de Secretariado deve usar linguagem simples e coerente para que o receptor compreenda a mensagem, pois a complexidade de linguagem é uma das principais barreiras para a comunicação. II. O executivo deverá receber informação de todos os tipos, não sendo necessário que o Profissional de Secretariado selecione as que são essenciais ao bom desenvolvimento das atividades. III. A repetição e redundâncias nas mensagens são desnecessárias, pois não asseguram uma boa compreensão da mensagem. IV. Quando o fator tempo for determinante, se a rapidez se fizer necessária, a comunicação face a face é mais eficaz que a comunicação escrita, pois nela o feedback é imediato. V. A revisão de cartas e o cuidado com a pronúncia das palavras ao telefone são atitudes recomendadas para se eliminarem ruídos e a mensagem atingir seu objetivo.
Estão CORRETAS
Alternativas
Q859029 Português

Texto 1


                                SINTAXE PENOSA


      Não, dileto leitor, não incorporei o espírito do professor Pasquale; não é o objetivo da presente coluna proferir uma invectiva contra os que violentam a sintaxe da língua de Camões com gerundismos ("vamos estar falando de ciência") ou destroçam a harmonia das orações subordinadas. Quando digo "sintaxe penosa", entenda-me literalmente: passarinhos cujo canto tem regras semelhantes à nossa tradicional ordem de sujeito seguido de verbo e objeto (por exemplo) nas frases.

      Se essa possibilidade não faz cair o seu queixo, deveria. Como enfatizei na coluna passada (eu sei, faz duas semanas já, mas quem sabe você recorda), os cientistas têm mostrado que é cada vez menor a lista das faculdades mentais exclusivamente humanas. Uma das poucas que sobraram – ou melhor, sobravam – é a linguagem com sintaxe. Alguns passarinhos japoneses resolveram melar o nosso triunfo, ao que parece.

      Os penosos em questão pertencem à espécie Parus minor, ou chapim-japonês. Assim como uma grande variedade de outros animais, incluindo outras aves, obviamente, mas também primatas como nós e outras criaturas, o chapim-japonês produz vocalizações que podem ser comparadas às nossas palavras.

      Esses sons foram criativamente apelidados com as letras A, B, C e D. Seu significado varia um pouco, mas podemos dizer, de modo geral, que combinações das três primeiras "palavras" (AC ou BC, por exemplo) denotam a presença de diversos tipos de predadores, enquanto os sons do tipo D (caracterizados por uma sequência de sete a dez "notas", como as de uma música) servem para recrutar outros passarinhos – quando um macho chama sua parceira, por exemplo.

      O bacana, porém, é que a "palavra" D pode ser combinada às outras, modificando o sentido delas. AC-D, digamos, pode ser usado quando um chapim vê um falcão e chama outras aves para avisá-las sobre o caçador e convocá-las para fazer "mobbing" (quando vários passarinhos se juntam para intimidar uma ave de rapina).

      A pergunta é: será que faz diferença a ordem dos fatores? Afinal, em português, "O cão mordeu o menino" e "O menino mordeu o cão" são frases com sentido completamente distinto. Foi o que Toshitaka Suzuki, da Universidade Sokendai, no Japão, resolveu testar usando gravações das "palavras" típicas das aves.

      Resultado: quando ouvem as gravações de ABC, os chapins olham assustados para os lados esperando um predador; se escutam só D, voam na direção do alto-falante, procurando o colega que teria chamado por eles. ABCD produz, como esperado, um misto de olhares assustados para os lados e voo rumo ao som. E quando o som é DABC? Em geral, nada – os bichos ficam confusos. A sintaxe da "frase" não faz sentido para eles. Ou seja, é a ordem dos termos dos chamados que importa nesse caso, como na fala humana. Os dados estão em artigo na revista científica "Nature Communications".

      Pode ser que você não esteja lá muito embasbacado com as proezas sintáticas do chapim-japonês. Está no seu direito, obviamente, mas o que descobertas como essa reiteram, feito a linha de baixo constante e sólida de um bom rock, é o fato inconteste de que as nossas capacidades mentais aparentemente inigualáveis derivam, na verdade, de "tijolinhos" cognitivos que já estavam presentes nos lugares mais improváveis da Árvore da Vida. Nosso edifício comportamental é mais arrojado, faraônico até – mas ainda tem as marcas de que um dia foi uma choupana.

LOPES, Reinaldo José. Publicado em 27 mar. 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldojoselopes/2016/03/1754157-sintaxe-penosa.shtml. Acesso em: 8 jul. 2017. Adaptado.

Acerca das normas de concordância e de regência verbal, incluídas as de emprego da crase, analise as afirmativas a seguir.


I. O trecho: “quando um chapim vê um falcão e chama outras aves para avisá-las sobre o caçador” também estaria em conformidade com a norma-padrão se fosse empregada a preposição “de”: „quando um chapim vê um falcão e chama outras aves para avisá-las do caçador‟.

II. O sinal indicativo de crase é opcional no trecho destacado em: “passarinhos cujo canto tem regras semelhantes à nossa tradicional ordem”, ao contrário do trecho: “Os penosos em questão pertencem à espécie Parus minor (...), em que a marcação da crase é obrigatória.

III. No trecho: “eu sei, faz duas semanas já”, a forma verbal destacada, com sentido de tempo decorrido, poderia flexionar corretamente no plural se o advérbio “já”, também de valor temporal, fosse descolocado para junto da citada forma verbal: “eu sei, já fazem duas semanas”.

IV. O trecho: “Uma das poucas que sobraram é a linguagem com sintaxe.” também estaria em conformidade com a norma-padrão se a forma verbal destacada fosse flexionada no singular, em concordância com “uma”.


Estão CORRETAS:

Alternativas
Q859023 Português

Texto 1


                                SINTAXE PENOSA


      Não, dileto leitor, não incorporei o espírito do professor Pasquale; não é o objetivo da presente coluna proferir uma invectiva contra os que violentam a sintaxe da língua de Camões com gerundismos ("vamos estar falando de ciência") ou destroçam a harmonia das orações subordinadas. Quando digo "sintaxe penosa", entenda-me literalmente: passarinhos cujo canto tem regras semelhantes à nossa tradicional ordem de sujeito seguido de verbo e objeto (por exemplo) nas frases.

      Se essa possibilidade não faz cair o seu queixo, deveria. Como enfatizei na coluna passada (eu sei, faz duas semanas já, mas quem sabe você recorda), os cientistas têm mostrado que é cada vez menor a lista das faculdades mentais exclusivamente humanas. Uma das poucas que sobraram – ou melhor, sobravam – é a linguagem com sintaxe. Alguns passarinhos japoneses resolveram melar o nosso triunfo, ao que parece.

      Os penosos em questão pertencem à espécie Parus minor, ou chapim-japonês. Assim como uma grande variedade de outros animais, incluindo outras aves, obviamente, mas também primatas como nós e outras criaturas, o chapim-japonês produz vocalizações que podem ser comparadas às nossas palavras.

      Esses sons foram criativamente apelidados com as letras A, B, C e D. Seu significado varia um pouco, mas podemos dizer, de modo geral, que combinações das três primeiras "palavras" (AC ou BC, por exemplo) denotam a presença de diversos tipos de predadores, enquanto os sons do tipo D (caracterizados por uma sequência de sete a dez "notas", como as de uma música) servem para recrutar outros passarinhos – quando um macho chama sua parceira, por exemplo.

      O bacana, porém, é que a "palavra" D pode ser combinada às outras, modificando o sentido delas. AC-D, digamos, pode ser usado quando um chapim vê um falcão e chama outras aves para avisá-las sobre o caçador e convocá-las para fazer "mobbing" (quando vários passarinhos se juntam para intimidar uma ave de rapina).

      A pergunta é: será que faz diferença a ordem dos fatores? Afinal, em português, "O cão mordeu o menino" e "O menino mordeu o cão" são frases com sentido completamente distinto. Foi o que Toshitaka Suzuki, da Universidade Sokendai, no Japão, resolveu testar usando gravações das "palavras" típicas das aves.

      Resultado: quando ouvem as gravações de ABC, os chapins olham assustados para os lados esperando um predador; se escutam só D, voam na direção do alto-falante, procurando o colega que teria chamado por eles. ABCD produz, como esperado, um misto de olhares assustados para os lados e voo rumo ao som. E quando o som é DABC? Em geral, nada – os bichos ficam confusos. A sintaxe da "frase" não faz sentido para eles. Ou seja, é a ordem dos termos dos chamados que importa nesse caso, como na fala humana. Os dados estão em artigo na revista científica "Nature Communications".

      Pode ser que você não esteja lá muito embasbacado com as proezas sintáticas do chapim-japonês. Está no seu direito, obviamente, mas o que descobertas como essa reiteram, feito a linha de baixo constante e sólida de um bom rock, é o fato inconteste de que as nossas capacidades mentais aparentemente inigualáveis derivam, na verdade, de "tijolinhos" cognitivos que já estavam presentes nos lugares mais improváveis da Árvore da Vida. Nosso edifício comportamental é mais arrojado, faraônico até – mas ainda tem as marcas de que um dia foi uma choupana.

LOPES, Reinaldo José. Publicado em 27 mar. 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldojoselopes/2016/03/1754157-sintaxe-penosa.shtml. Acesso em: 8 jul. 2017. Adaptado.

As palavras costumam se revestir de sentidos diferentes, a depender dos usos que se fazem delas. No Texto 1, o autor seleciona palavras diferentes para referir-se ao mesmo objeto da pesquisa apresentada. Analise o efeito de sentido proposto para cada escolha vocabular e identifique as afirmativas que se mostram coerentes com esse uso.


I. A escolha da palavra „penosos‟ em substituição a, por exemplo, pássaros em: “Os penosos em questão” (3º parágrafo), indica que o autor pretendeu trazer humor ao texto.

II. Em: “os chapins olham assustados para os lados esperando um predador” (7º parágrafo), o termo destacado não pode ser empregado para substituir “chapim-japonês” (3º parágrafo).

III. Em: “os bichos ficaram confusos” (7º parágrafo), a palavra “bichos” está empregada em sentido amplo, isto é, abrange todos os animais que estão referidos no texto.

IV. Em: “AC-D (...) pode ser usado quando um chapim vê um falcão e chama outras aves para avisá-las sobre o caçador” (5º parágrafo), o termo destacado tem sentido amplo e, com ele, podem-se “cobrir” várias espécies de uma mesma categoria.


Estão CORRETAS, apenas:

Alternativas
Q859022 Português

Texto 1


                                SINTAXE PENOSA


      Não, dileto leitor, não incorporei o espírito do professor Pasquale; não é o objetivo da presente coluna proferir uma invectiva contra os que violentam a sintaxe da língua de Camões com gerundismos ("vamos estar falando de ciência") ou destroçam a harmonia das orações subordinadas. Quando digo "sintaxe penosa", entenda-me literalmente: passarinhos cujo canto tem regras semelhantes à nossa tradicional ordem de sujeito seguido de verbo e objeto (por exemplo) nas frases.

      Se essa possibilidade não faz cair o seu queixo, deveria. Como enfatizei na coluna passada (eu sei, faz duas semanas já, mas quem sabe você recorda), os cientistas têm mostrado que é cada vez menor a lista das faculdades mentais exclusivamente humanas. Uma das poucas que sobraram – ou melhor, sobravam – é a linguagem com sintaxe. Alguns passarinhos japoneses resolveram melar o nosso triunfo, ao que parece.

      Os penosos em questão pertencem à espécie Parus minor, ou chapim-japonês. Assim como uma grande variedade de outros animais, incluindo outras aves, obviamente, mas também primatas como nós e outras criaturas, o chapim-japonês produz vocalizações que podem ser comparadas às nossas palavras.

      Esses sons foram criativamente apelidados com as letras A, B, C e D. Seu significado varia um pouco, mas podemos dizer, de modo geral, que combinações das três primeiras "palavras" (AC ou BC, por exemplo) denotam a presença de diversos tipos de predadores, enquanto os sons do tipo D (caracterizados por uma sequência de sete a dez "notas", como as de uma música) servem para recrutar outros passarinhos – quando um macho chama sua parceira, por exemplo.

      O bacana, porém, é que a "palavra" D pode ser combinada às outras, modificando o sentido delas. AC-D, digamos, pode ser usado quando um chapim vê um falcão e chama outras aves para avisá-las sobre o caçador e convocá-las para fazer "mobbing" (quando vários passarinhos se juntam para intimidar uma ave de rapina).

      A pergunta é: será que faz diferença a ordem dos fatores? Afinal, em português, "O cão mordeu o menino" e "O menino mordeu o cão" são frases com sentido completamente distinto. Foi o que Toshitaka Suzuki, da Universidade Sokendai, no Japão, resolveu testar usando gravações das "palavras" típicas das aves.

      Resultado: quando ouvem as gravações de ABC, os chapins olham assustados para os lados esperando um predador; se escutam só D, voam na direção do alto-falante, procurando o colega que teria chamado por eles. ABCD produz, como esperado, um misto de olhares assustados para os lados e voo rumo ao som. E quando o som é DABC? Em geral, nada – os bichos ficam confusos. A sintaxe da "frase" não faz sentido para eles. Ou seja, é a ordem dos termos dos chamados que importa nesse caso, como na fala humana. Os dados estão em artigo na revista científica "Nature Communications".

      Pode ser que você não esteja lá muito embasbacado com as proezas sintáticas do chapim-japonês. Está no seu direito, obviamente, mas o que descobertas como essa reiteram, feito a linha de baixo constante e sólida de um bom rock, é o fato inconteste de que as nossas capacidades mentais aparentemente inigualáveis derivam, na verdade, de "tijolinhos" cognitivos que já estavam presentes nos lugares mais improváveis da Árvore da Vida. Nosso edifício comportamental é mais arrojado, faraônico até – mas ainda tem as marcas de que um dia foi uma choupana.

LOPES, Reinaldo José. Publicado em 27 mar. 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldojoselopes/2016/03/1754157-sintaxe-penosa.shtml. Acesso em: 8 jul. 2017. Adaptado.

Acerca de algumas estratégias empregadas na composição do Texto 1, analise as afirmativas a seguir.


I. Como primeira “entrada” ao texto, o título antecipa e esclarece o tema para o leitor; no texto em questão, as conhecidas dificuldades que as pessoas costumam ter quando se trata de analisar a sintaxe da língua.

II. O autor propõe um título ambíguo com a intenção de brincar com o leitor, ou seja, deliberadamente, ele constrói um título com mais de uma possibilidade de sentido, para, ainda no primeiro parágrafo, esclarecer qual o sentido que ele pretendia para o título.

III. Há uma notável preocupação do autor em dialogar com o seu leitor para, assim, conseguir “fisgar” o seu interesse, a partir de uma perspectiva em que o assunto é tratado como algo curioso e interessante.

IV. Apesar de manter o estilo despretensioso do restante do texto, o parágrafo conclusivo cumpre a esperada função de retomar o tema e confirmar o seu teor comprobatório, o que se observa na expressão “fato inconteste”.


Estão CORRETAS:

Alternativas
Respostas
481: B
482: E
483: B
484: D
485: A
486: D
487: C
488: D
489: E
490: C
491: B
492: E
493: A
494: A
495: E
496: A
497: C
498: B
499: C
500: D