Questões de Concurso Para técnico de nível superior - informática

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Q2412003 Português

Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões.


COMO SE SENTE UM ESTRANGEIRO?


Estrangeiro é um conceito muito largo. Um sujeito que pode ser mil sujeitos. Eu não fui a mesma estrangeira na França que sou em Portugal. Assim como sei que um angolano, um francês ou um chinês em Portugal não se sentem da mesma forma que eu me sinto. Cada história é uma história, cada vivência é uma vivência.

Mas certos acontecimentos, eu acredito que sejam comuns. Há angústia pelas quais todos passamos, há medos compartilhados, prazeres que todos experimentamos, dúvidas que nos acompanham sempre, como as malas de rodinha e as saudades permanentes.

Todos vivemos uma certa fragilidade de raízes. Para nossos conterrâneos somos os que foram embora, e para os que nos recebem seremos sempre os de fora. É como se não pertencêssemos verdadeiramente a nenhum dos dois lugares, somos estrangeiros onde vivemos e, num dado momento, também somos estrangeiros no país onde nascemos. E não é simples de se lidar com o sentimento que isso traz.

Ser estrangeiro é ter sempre uma estranha sensação de que estão nos fazendo favor de nos deixarem permanecer na nossa própria casa. Trabalhamos, pagamos as contas, temos documentos, amores, projetos, mas mesmo assim não parecerem ser tão donos das nossas vidas. Nunca sabemos se aparecerá um Trump ou um outro absurdo qualquer.

Por outro lado, temos a contraditória riqueza de sentir que vivemos duas vidas ao mesmo tempo, enquanto os demais vivam apenas uma. A sensação é boa e é ruim. Uma vida mais preenchida, dois países, duas bases, dois ninhos. Ao mesmo tempo, duas ausências, duas saudades, dois vazios.

É dificil ser estrangeiro. As dúvidas sempre pairarão a seu respeito, não importa quão fiável você seja. Se você tiver nascido no hemisfério sul, as dúvidas duplicam. Assim como suponho que não seja fácil ser português na França nem romeno na Alemanha. Estrangeiros são eternas hipóteses. Por que está aqui? O que quer aqui? O que veio buscar aqui?

Contudo há dias em que o país que nos acolhe é puro abraço e nossas certezas dão o ar da graça. Há dias em que querem saber da nossa história, elogiam nosso sotaque e nossa coragem, fazem com que a gente se sinta bem-vindo. E talvez seja isso o que mais importa: sentir-se bem vindo. Com o resto a gente vai lidando.

Ser estrangeiro é viver na corda bamba dos sentimentos, na saga eterna dos documentos, na incerteza dos olhares e nas graças dos abertos que compensam todo o resto.

E, no fundo, é boa a sensação de apresentar a música do Zambujo para os amigos de lá e da Liniker para os amigos daqui. É bom levar azeitona boa para lá e trazer palmito de açaí para cá. Ensinar minhas amigas brasileiras a falarem “pirosa” e as amigas portuguesas a fatarem “periguete”. E bom presentear meu sogro com um livro do Gregório Duvivier e meu pai com um do Ricardo Araújo Pereira. É sorte beber a melhor cachaça e o melhor vinho. É bom carregar a alegria do samba e a emoção do fado ne mesmo peito.

Ser estrangeiro dói, por mais confortável que a situação possa ser. Não, não é fácil. Mas vale a pena. Como dizia um simpático senhor português que mora nas minhas prateleiras desde que a alma não seja pequena. Que quer passar além do Bojador tem de passar além da dor. Aos poucos vamos aprendendo.


FONTE: MANUS, Ruth. In: Um Dia Vamos Rir de Tudo Isso, p. 181,182.

Alternativa que não substitui com adequação semântica “os demais” na estrutura:


“(...) vivemos duas vidas ao mesmo tempo, enquanto os demais vivem apenas uma.”

Alternativas
Q2412001 Português

Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões.


COMO SE SENTE UM ESTRANGEIRO?


Estrangeiro é um conceito muito largo. Um sujeito que pode ser mil sujeitos. Eu não fui a mesma estrangeira na França que sou em Portugal. Assim como sei que um angolano, um francês ou um chinês em Portugal não se sentem da mesma forma que eu me sinto. Cada história é uma história, cada vivência é uma vivência.

Mas certos acontecimentos, eu acredito que sejam comuns. Há angústia pelas quais todos passamos, há medos compartilhados, prazeres que todos experimentamos, dúvidas que nos acompanham sempre, como as malas de rodinha e as saudades permanentes.

Todos vivemos uma certa fragilidade de raízes. Para nossos conterrâneos somos os que foram embora, e para os que nos recebem seremos sempre os de fora. É como se não pertencêssemos verdadeiramente a nenhum dos dois lugares, somos estrangeiros onde vivemos e, num dado momento, também somos estrangeiros no país onde nascemos. E não é simples de se lidar com o sentimento que isso traz.

Ser estrangeiro é ter sempre uma estranha sensação de que estão nos fazendo favor de nos deixarem permanecer na nossa própria casa. Trabalhamos, pagamos as contas, temos documentos, amores, projetos, mas mesmo assim não parecerem ser tão donos das nossas vidas. Nunca sabemos se aparecerá um Trump ou um outro absurdo qualquer.

Por outro lado, temos a contraditória riqueza de sentir que vivemos duas vidas ao mesmo tempo, enquanto os demais vivam apenas uma. A sensação é boa e é ruim. Uma vida mais preenchida, dois países, duas bases, dois ninhos. Ao mesmo tempo, duas ausências, duas saudades, dois vazios.

É dificil ser estrangeiro. As dúvidas sempre pairarão a seu respeito, não importa quão fiável você seja. Se você tiver nascido no hemisfério sul, as dúvidas duplicam. Assim como suponho que não seja fácil ser português na França nem romeno na Alemanha. Estrangeiros são eternas hipóteses. Por que está aqui? O que quer aqui? O que veio buscar aqui?

Contudo há dias em que o país que nos acolhe é puro abraço e nossas certezas dão o ar da graça. Há dias em que querem saber da nossa história, elogiam nosso sotaque e nossa coragem, fazem com que a gente se sinta bem-vindo. E talvez seja isso o que mais importa: sentir-se bem vindo. Com o resto a gente vai lidando.

Ser estrangeiro é viver na corda bamba dos sentimentos, na saga eterna dos documentos, na incerteza dos olhares e nas graças dos abertos que compensam todo o resto.

E, no fundo, é boa a sensação de apresentar a música do Zambujo para os amigos de lá e da Liniker para os amigos daqui. É bom levar azeitona boa para lá e trazer palmito de açaí para cá. Ensinar minhas amigas brasileiras a falarem “pirosa” e as amigas portuguesas a fatarem “periguete”. E bom presentear meu sogro com um livro do Gregório Duvivier e meu pai com um do Ricardo Araújo Pereira. É sorte beber a melhor cachaça e o melhor vinho. É bom carregar a alegria do samba e a emoção do fado ne mesmo peito.

Ser estrangeiro dói, por mais confortável que a situação possa ser. Não, não é fácil. Mas vale a pena. Como dizia um simpático senhor português que mora nas minhas prateleiras desde que a alma não seja pequena. Que quer passar além do Bojador tem de passar além da dor. Aos poucos vamos aprendendo.


FONTE: MANUS, Ruth. In: Um Dia Vamos Rir de Tudo Isso, p. 181,182.

A sensação de pertencimento às duas culturas está assinalada na texto no aspecto lexical em:

Alternativas
Q1778786 Programação
A questão baseia-se nas Figuras 7(a) e 7(b) abaixo. A Figura 7(a) mostra um programa implementado em Java, no qual se inseriu, intencionalmente, no local apontado pela seta nº 1, um retângulo, de modo a ocultar o código fonte digitado nesse local. A Figura 7(b) exibe uma caixa de diálogo que é apresentada ao usuário durante a execução do programa da Figura 7(a).
Imagem associada para resolução da questão

Ao ser executado o programa em Java da Figura 7(a), ele realiza determinado cálculo, apresenta o resultado e, a seguir, exibe a caixa de diálogo da Figura 7(b). Caso seja digitada, nessa caixa de diálogo, apenas a letra "s", em minúscula, e submetida ao programa, será executada, novamente, a estrutura de repetição; caso contrário, se for inserido e submetido ao programa qualquer outro caractere válido, por meio dessa caixa de diálogo, esse programa sairá da estrutura de repetição, apresentará a palavra "TERMINADO" e encerrará a sua execução. Para que esse programa comporte-se dessa forma, basta inserir, no local apontado pela seta nº 1 (Figura 7(a)), o seguinte código fonte:

I. (aux1 =="s"); II. (aux1.equals ("s")); III. (aux1.compareTo("s") == 0);
Quais estão corretas?
Alternativas
Q1778785 Banco de Dados
A questão baseia-se nas Figuras 6(a), 6(b) e 6(c) abaixo. A Figura 6(a) mostra as declarações SQL que permitiram criar, em um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD), as tabelas relacionais "CLIENTE" e "NOTA_FISCAL", que registram os dados dos clientes e das respectivas notas fiscais associadas a tais clientes. A Figura 6(b) exibe os campos de tais tabelas e todos os dados que elas armazenam no momento. A Figura 6(c) mostra o resultado de uma consulta realizada sobre tais tabelas nesse SGBD.
Imagem associada para resolução da questão
A Figura 6(c) exibe o resultado de uma consulta realizada sobre as tabelas da Figura 6(b), que atendeu às seguintes condições: (1) apresentar o código e nome de cada cliente, assim como a quantidade total de compras que cada um deles realizou e a respectiva média dos valores de tais compras; (2) exibir apenas os dados dos clientes, cujo valor médio de todas as suas compras seja maior que 230; e (3) ordenar o resultado pelo código dos clientes, de forma descendente. Portanto, para se obter o resultado exibido na Figura 6(c), bastou executar, nesse SGBD, a seguinte consulta SQL:
Alternativas
Q1778784 Algoritmos e Estrutura de Dados
A questão baseia-se nas Figuras 5(a) e 5(b) abaixo. A Figura 5(a) mostra um algoritmo elaborado na ferramenta VisuAlg 2.0. A Figura 5(b) mostra uma sequência de números que poderão ser utilizados pelo algoritmo da Figura 5(a). Por exemplo, se o algoritmo necessitar apenas de um número, lhe será fornecido o número "3"; caso necessite de um segundo número será utilizado o "1", e assim sucessivamente, da esquerda para a direita, na medida do necessário, até a conclusão da execução desse algoritmo.
Imagem associada para resolução da questão

Ao final da execução do algoritmo elaborado no software Visualg 2.0, mostrado na Figura 5(a), com os dados necessários da Figura 5(b), pode-se afirmar que será exibido o seguinte número:
Alternativas
Respostas
41: D
42: B
43: D
44: B
45: D