De acordo com o Artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente “a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.” Mas a realidade é outra. Segundo a pesquisa Perfil da Juventude Brasileira, promovida pelo Instituto Cidadania, 46% da juventude e adolescência já perderam parente ou amigo próximo de forma violenta e 38% já viram de perto alguém que morreu por causas externas, sendo que destes, 62% foram assassinados. Trata-se de uma sangrenta batalha fraticida que resulta em jovens e adolescentes cada vez mais expostos ao risco de morte violenta num círculo vicioso de tragédias. Como bem enfatiza o professor Luiz Eduardo Soares, “o problema (da violência) alcançou um ponto tão grave que já há um déficit de jovens do sexo masculino na estrutura demográfica brasileira. Um déficit que só se verifica nas sociedades em guerra. Portanto, apesar de não estarmos em guerra, experimentamos as consequências típicas de uma guerra.”
(Jornal Mundo Jovem, ano 49, nº 417, junho de 2011)
A partir da leitura do texto pode-se inferir que